Quer queiram admitir ou não, o Antonio Banderas é o gajo que qualquer homem ambiciona ser: garanhão latino, smooth, slick, conversador, gajo porreiro, engraçado, bem disposto e versátil. Já se tinha posto numa de artístico, dentro da arte da representação, numa de cantor/músico (mariachi, entenda-se) mas agora decidiu investir em mais um campo, o da dança.
Em Take the Lead, Banderas é um professor de dança que, saiba-se lá porquê, decide ir para uma escola... com problemas, digamos assim, para ensinar danças de salão. Na cabeça dele isto iria ensinar as problemáticas crianças a evitar drogas e sexo sem protecção, ou até mesmo a evitar sexo, ponto final!
Pois, eu também não achei essa parte muito credível.
Mas como já disse antes, gosto de ver personagens a enfrentarem e ultrapassarem problemas através de artimanhas e truques, ou simples conversa.
Também não se pode ir à procura de absoluta realidade em todos os filmes porque se começarmos a pensar muito:
- O Jaws é ridículo, bastava não se meterem na água e não morria ninguém!
- O Pulp Fiction realmente não passa de ficção já que o John e o Samuel têm um gajo a descarregar uma arma um metro à frente deles e não levam um único tiro.
- Todos os musicais de SEMPRE são estupidamente ridículos porque NINGUÉM começa a dançar e a cantar só porque sim.
- O Hook não é possível porque pessoas não voam.
- Nenhum filme do Woody Allen é real porque ninguém tem paciência para estar a ouvir um gajo a falar e a dizer parvoíces durante TANTO tempo.
Eu podia estar aqui o dia todo, mas acho que já perceberam.
Em todo o caso, este filme é uma mistura do Dangerous Minds com o Dirty Dancing, o que poderá ser irritante para aqueles que já viram ambos os filmes e todas as cópias que os seguiram. Isto tem que ser compreendido porque estes filmes já não são feitos para nós mas precisamente para os adolescentes que não viram os «clássicos».
É assim a vida, num dia somos o público alvo, noutro já não interessamos a ninguém.
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