segunda-feira, julho 29, 2013

The Wolverine

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Por onde começar? Esta análise não será fácil, porque ainda não tenho interiorizado o que achei mesmo do filme. Logo não sei por onde começar.

Ok. Pelo princípio parece-me bem.

The Wolverine leva-nos a um período logo após o péssimo X3, onde Logan está no buraco... ou quase. «Vive» no meio duma montanha, entre ursos... e o que ursos costumam fazer no mato. Até que surge-lhe uma japonesa pequenita mas rija, convidando-o a acompanhá-la ao Japão. Um velho amigo de Logan pretende vê-lo. Quer despedir-se, tentando agradecer a Logan ter-lhe salvo a vida há muitos anos atrás. Quer dar-lhe a dádiva da mortalidade. (Parece-me uma prenda algo fajuta, mas sobre o assunto pouco posso opinar. Por norma, não dou prendas a ninguém.)

The Wolverine tem uma boa premissa. É clássica, esta mistura do animal dentro de Logan, com os costumes mais brandos dos japoneses. Foi nesta story arc que Logan aprendeu a controlar um pouco melhor esse seu lado animalesco. E foi onde conheceu uma das suas esposas. (Sim, o Wolverine é uma espécie de Liz Taylor dos mutantes.) Tudo isto na BD. E, em defesa dos criadores deste filme, há muito das histórias da BD aqui. Muitos pormenores, muitos personagens bem aproveitados. Outros nem tanto mas, no geral, a premissa é mais que boa. O desenrolar é que...

Li algures que um dos problemas do filme era não ser muito fiel à BD. Que seria um filme melhor para quem não conhecesse as histórias originais. Não as conheço de cor, confesso, mas sei delas o suficiente para discordar da afirmação. Acho é que tem acção a menos. Estou mal habituado, talvez. Mas achei um filme moroso ali a partir de meio. Mais uma vez, outra parte fidedigna ao material original. Era algo que também não gostava das histórias de Wolverine enquanto personagem solitário. Daí não as conhecer tão bem. Não eram das minhas preferidas. Tudo muito lento. Já o final desta sequela... O final é mau. Perde-se completamente numa miscelânea de más decisões de desenrolar de história.

No fundo, torna-se num novelo disforme. A lã é boa. Deveria dar uma bola perfeita. Dá apenas um novelo esquisito. E sim, acabei de fazer uma analogia comparando um dos personagens mais sanguinários da BD a uma coisa que é entretenimento de gatinhos, mais que uma vez. That's just how I roll!

The Wolverine não é tão mau como se esperava. Infelizmente, porque a minha esperança era que fosse tão mau, mas tão mau, que seria bom. Acaba por ser um visionamento interessante, dado que houve um esforço genuíno em fazer algo fiel ao personagem. Só que não é incrível. Nem perto disso.

sexta-feira, julho 26, 2013

Not Suitable for Children

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Cancro testicular num jovem. A notícia que será incapaz de ter crianças depois do tratamento abala mais o rapaz, do que perder um dos bens mais precisosos que qualquer homem tem. Adiando um pouco o tratamento, o jovem parte assim em busca duma moça que queira engravidar com ele, já que nem congelar os seus meninos consegue. Tempo urge. O baixo ventre do rapaz também.

Estúpido, como qualquer jovem de hoje em dia que faz pouco mais que festejar cenas, este jovem em particular não tem os olhos abertos o suficiente para perceber a bomba que tem na casa que divide com os dois melhores amigos. O rapaz amigo pouco poderá ajudá-lo nesta sua missão. Já a rapariga amiga... Falamos duma autraliana (sotaque incrível), muito gira de olhos claros (sempre uma vantagem aquando se tenta procriar) e (FTW) ruiva. Este último pormenor então é suficiente para fazer um testículo rebentar só por si. Quase que o jovem nem precisa de fazer a intervenção cirúrgica.

Gostava de poder dizer que há mais do que isto. Não é o caso.

quinta-feira, julho 25, 2013

42

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Muito gostam os americanos das suas «histórias verdadeiras». A história de Jackie Robinson, o primeiro negro a jogar na primeira divisão de baseball, merece ser contada. Claro que sim. Foi um herói. Um pioneiro. Enfrentou uma data de gente com uma mentalidade tacanha e provou que merecia jogar com os melhores. Independentemente de questões raciais, foi um óptimo jogador. Não quer dizer que dê um bom filme. É inspirador. Sem dúvida. Só que tudo é por demais perfeito. A mulher dele é espectacular. O patrão incrível. Os colegas pessoas extraordinárias. Tudo bom. Quase que faz parecer que foi fácil. O que não terá sido, sem qualquer dúvida.

42 era o número da camisola. É o único número retirado do desporto. Mais ninguém que jogue ou venha a jogar baseball profissionalmente poderá ter o 42. Já o filme é para fãs do desporto. Fãs do homem. Merecido. Merecerá isso e todas mais homenagens que lhe queiram fazer. Como filme... meh.

terça-feira, julho 23, 2013

Jack the Giant Slayer

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A melhor coisa a dizer é que não é uma má adaptação de um clássico. É, aliás, uma boa interpretação do clássico. A história era básica e talvez o maior desafio seria esticar o enredo, para poder ser uma longa metragem. Um dos truques óbvios foi meter uma história de amor. Com uma princesa, ainda por cima. Mas mais que isso. Criaram um conjunto de gigantes, com todo um historial com os humanos. A partir daí temos batalhas e os humanos quase a perder, surgindo o herói improvável. Acima de tudo, surpreende a dimensão do projecto, tendo um elenco até bastante respeitável. Não fazia ideia que Singer estava envolvido, confesso. Apresentados todros os aspectos positivos, Jack the Giant Slayer não deixa de ser um filme para miúdos. Não que isso seja mau, atenção. Mas não passa muito disso.

domingo, julho 21, 2013

Pacific Rim

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Complicado dizer muito sem estragar a coisa. O que é certo é que o trailer revela praticamente tudo o que é preciso saber sobre o filme... mas continuam a existir pequenas boas surpresas.

Pacific Rim promete muito e, posso dizer com bastante segurança, cumpre na totalidade. É o que é. Que não se espere Shakespeare ou drama intenso. São robôs contra monstros. Ponto. Os diálogos são ruins e maior parte das cenas lembram outras coisas. Ali a meio juro que veio-me à cabeça o Highway to the Dangerzone! (Vão pesquisar. Vejam o vídeo. Eu espero.) E nada disso é mau. Porque sem termos tempo para pensar coisas como «isto é estúpido» ou «porque é que este personagem está a dizer esta barbaridade?»... POW! Um robô mete-se à porrada com um mostro. Ou dois. Ou três.

Pacific Rim é um incrível espectáculo visual e vale muito a pena ver. Não é nada como os Transformers, onde tudo passa demasiado rápido para se perceber o que está a acontecer. É o sonho de qualquer geek de blockbusters de Verão, filmes do Godzilla, fã de Power Rangers ou Top Gun ou manga/animé ou . Não espero sequela, porque não deixam essa porta muito aberta. Mas prequelas seriam fixes. Garantido é que gostaria de regressar a este universo.

Até agora, é o «filme do Verão».

sexta-feira, julho 19, 2013

Skyfall

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Bond:
Ainda Craig. Ainda o pior de todos. E parece que vai manter-se por pelo menos mais um.

Odeio o gajo.

Sinopse:
A MI6 sofre um ataque cibernético, que termina numa explosão no edifício. Já antes os vilões tinham conseguido roubar informação secreta sobre os seus agentes. O grande alvo é M. Há um plano de vingança que, entre outros, tem o objectivo de arruinar-lhe a carreira, procurando que seja despedida sem glória, depois de todos os anos ao serviço.

Vilão/Capangas:
O vilão é bom, sim senhor, ou não fosse Bardem. O rapaz tem o suficiente de disforme para parecer um óptimo Bond villain. Convenhamos que saber representar ajuda. Agora, a questão que se levanta é: será um sonho para um actor ser um Bond villain? Espero que não haja muitas miúdas a querer ser Bond girls, mas villain será fixe. Claro que toda a gente quer ser o Bond. Tendo em conta que é o Craig, até é possível qualquer um ser o Bond. Aparecer em qualquer filme destes, hoje em dia, tem as suas vantagens só por si. Entenda-se: €€. Mas eu curtia. Se fosse actor, gostava de ser o vilão. Especialmente se pudesse ter um gato ao colo.

Bond Girls:
Gostei de Eve. Muito pela surpresa que não revelarei aqui. Acima de tudo pelo flirtar com o Bond. Óptima química entre os dois, por muito que Craig seja um robô. Já a francesa... não acharia piada em teoria, mas depois de minutos em cena e um par de decotes, fiquei convencido. Pena ter aparecido tão pouco.

Gadgets:
Bond fica desiludido com a pistola e rádio detector. Queixa-se. Resposta:
- Were you expecting an exploding pen? We don't really go in for that any more.

Odeio o novo Q.

Cena Bond:
Não abundaram «cenas Bond», mas ao menos houve uma. Bond persegue um capanga, em cima dum comboio. O nosso herói passa duma carruagem para a outra usando uma retroescavadora. Não faz muito sentido, bem sei. É difícil de explicar. Teve piada.

Notas finais:
Este foi mais Bond. Até no genérico. Abençoado Sam Mendes. Não sei se foi ele ou não. Será a referência duma equipa que trouxe um pouco de Bond de novo ao franchise. Continua a haver demasiada coisa que não faz sentido, muito em termos de continuidade. Nunca foi o forte dos filmes Bond, mas ter uma M que aparece nas primeiras e nas últimas aventuras do personagem é só estúpido. As bocas ao Q também são esquisitas. E que raios foram aqueles momentos de chamar velho a este Bond? Não é suposto estar a começar a carreira de mais famoso agente secreto britânico? Passava ainda sem saber tanto sobre o passado do personagem, mas fico contente que voltámos a ser fiéis ao passado. Fala-se de Mendes para o próximo. Acho que não aceitará, mas gostava muito que o fizesse.

quarta-feira, julho 17, 2013

The Hobbit: An Unexpected Journey

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Dez anos. Faz dez anos desde os filmes do Senhor dos Anéis. Não tinha percebido que tinha passado tanto tempo. Parece que foi ontem. O que é certo é que uma década foi o suficiente para anestesiar-me em relação a filmes épicos. Um trilogia - embora desnecessária -, do Hobbit deveria ser algo épico. Não o é. Não quero ser mal interpretado. Regressar a este universo será sempre um prazer. Só que já não é a mesma coisa. O deslumbrar de ver certos personagens ganharem vida.

Toda a gente sabe que o Hobbit é o mais fraco dos livros, ou não tivesso sido escrito sem intuito de prolongar o universo. Mas ver o grupo dos 13 deveria ser mais empolgante. Conhecer o pai de Gimli deveria ser uma experiência só por si. Ver, nem que seja por um segundo, Smaug, deveria arrepiar-me. Porque não aconteceu, então? Estarei mais velho? Não fará grande diferença. Não é como se tivesse visto os outros na adolescência. Suponho que sim. Suponho que ver Avengers, 6 Fast & Furious, ou outros, tenha-me deixado mais frio.

Estou (estamos?) mal habituados.

Claro que não ajuda já ter visto alguns truques de certos personagens, usados em determinadas situações. E em nada ajuda ver cantorias ridículas. Essa parte então era escusada.

domingo, julho 14, 2013

Parker

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Parker (o filme, não o personagem, entenda-se) passa maior parte do tempo a ser uma cópia foleira do Payback. Tentando tornar diferente esta enésima iteração de Statham como gajo que anda aos tiros, dá porrada, conduz carros, etc., lá pelo meio surge J-Lo, como espécie de love interest. O que é estranho só por si. Statham tem uma namoradinha que gosta muito dele, apesar de ser um meliante, sempre a aparecer em casa todos ensanguentado. Para além de a colocar em risco de vida, tudo em nome dos seus elevados princípios. Adoro ver ladrões com princípios. Devolve-me um pouco da esperança na humanidade que há muito perdi.

A partir do momento em que J-Lo aparece, tudo deixa de fazer sentido. O papel dela é completamente despropositado e inútil, sendo uma parceira na vingança de Statham, mas sem oferecer grande ajuda. Aliás, atrapalha mais que uma vez. Já o papel da mãe de J-Lo é algo de incrível. É uma cabeleireira reformada, que passa a vida a ver novelas. Quando Statham aparece-lhe em casa todo ensanguentado (é um padrão, sim), nem pestaneja. Ajuda o desconhecido, que claramente não se cortou todo a fazer uma salada.

Resumindo: Parker não é mau, é péssimo. (Desta vez, tanto o filme como o personagem.)

sexta-feira, julho 12, 2013

Jack Reacher

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I mean to beat you to death and drink your blood from a boot.

Tenho a dizer que o Tomás está cheio de areia num determinado orifício corporal. E não fosse ter medo que venha cá a casa saltar em cima de móveis, e até dizia que irritou-me este filme enganar-me completamente. Com um póster destes sempre pensei que fosse uma coisa de acção, à la mission difícil de concretizar. Nada disso. É quase um regresso aos tempos d'A Firma. Sim, o Tomás faz algumas das suas cenas de acção. Tem umas pancadarias à velho (entenda-se lentas, não de velhos a cuspirem-se uns aos outros, com bengalas na ar). E acho que até chega a conduzir o carro em alta velocidade, o maluco. Mas isto não é um filme de acção. É uma trama (adoro a palavra) de incriminação por interesses bastante fraquinhos. O Tomás é o herói na mesma, calma. Ele e o decote da Rosamunda. Qual deles o mais imponente?

Quero dizer o decote mas, lá está, tenho medo do Tomás.

quinta-feira, julho 11, 2013

Fast & Furious 6

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Neverending laaaaaanding strip!

Apesar de ser apenas um «filme de acção», há várias lições a aprender com esta sequela:
- Uma pessoa deve sempre olhar para os dois lados, antes de atravessar. Mesmo que esteja dentro dum avião bombardeiro.
- Ser uma miúda gira não te garante voltar ao mundo dos vivos. Já atitude...
- É sempre possível melhorar uma fórmula perfeita. No caso de comida, é acrescentar bacon. No caso de filmes de acção, é acrescentar a Gina Carano.
- Aquela cena de não poder falar ao telemóvel enquanto se conduz... epá, é treta. Sim. Tudo balelas. Uma teoria inventada pelos malandros que estão a tentar boicotar as pobres industrias das telecomunicações. Estes gajos andam a altas velocidades por cidades cosmopolitas várias, e passam o tempo todo ao walkie-talkie. Qual auricular fajuto, qual carapuça. Isso não é para eles.
- Um avião bombardeiro pode ter peso a mais. Atenção que isto são aviões que transportam tanques, elefantes e outras coisas pesadas acabadas em es, mas mete-se um carro inimigo a mais e já surge aquela dificuldade em levantar voo.
- É possível gerir um franchise da melhor maneira, mesmo fazendo sempre a mesma coisa. Os cavalheiros que gerem o Bond podiam aprender umas coisas com estas pessoas.
- E, finalmente, por muito que se pense que algo pode terminar, há sempre mais meia hora de carros pequenitos a perseguir um avião bombardeiro numa pista de tamanho digno de recorde do Guiness.

Seguindo a premissa de perseguições, despeço-me a dizer: I'm hot on your ass, blondie boy (no gay pun intended).

quarta-feira, julho 10, 2013

A Good Day to Die Hard

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Segundo filme, em outros tantos dias seguidos, no qual Cole Hauser aparece e morre sem qualquer relevância para a história. A existir maus tipos de typecast, este será o pior deles todos.

Desengane-se quem achava que fazer um filme Die Hard seria complicado. Ora vejamos a premissa desta sequela: largar John McClane em Moscovo, a tentar safar o filho da prisão, e... ACÇÃO!

Cria-se assim hora e meia de divertimento, bem complementado com uma data de exageros, momentos ridículos e muitas explosões. Alguns poderão criticar que o yippee ki yay não terá saído na melhor altura. Que se pode esperar duma 4.ª sequela (quinto da série), em que ainda por cima o protagonista tem alguns 70 anos e continua aos tiros e a explodir camiões e afins? E Chernobyl. Sim, A Chernobyl faz parte da história, com toda a sua radioactividade e uma piscina de «água das chuvas» muito bem colocada.

Última nota mental: quando a vida te dá limonada (entenda-se: tens um helicóptero a destruir o andar onde estás, aos tiros), salta da janela. É sempre a melhor opção. Acontece mais vezes do que se podia esperar. Em A Good Day to Die Hard acontece duas vezes... que tenham mostrado. Acredito que até tenha acontecido mais vezes.

terça-feira, julho 09, 2013

Olympus Has Fallen

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Do filme pouco há a apontar. Lembra o Die Hard, com a meritória nota de referência que já se pode outra vez destruir monumentos americanos com um avião. Óptimo. Deve-se ainda ter em conta que os coreanos são uns meninos que, quando são muitos, são valentes, mas no um para um já têm medo de morrer. Outra coisa importante a reter deste povo é que podem parecer muitos a entrar, mas lá pelo meio já são só meia dúzia, ou não pudessem ser todos aviados por um americano (interpretado por um escocês). Ou seja, aprendemos que os escoceses é que são lixados. Isto para quem nasceu na década de 90 e nunca viu o Braveheart. Para o resto da população humana não é novidade.

 Prefiro antes falar sobre um assunto que passou a ser-me muito querido... a partir do momento que lembrei-me dele a meio do filme: sou contra a paz mundial.

É muito bonito as candidatas a Miss Mundo apelaram à paz mundial todos os anos, mas será que alguma vez pensaram nas consequências? Que aconteceria à indústria de Hollywood, em especial aos filmes de acção, se às tantas não houvesse «inimigos mundiais»? Pensemos um pouco no passado. Se não houvesse o possível flagelo do comunismo, teríamos visto tantos filmes geniais, com os russos como maus da fita? Que aconteceria aos Bond e aos heróis militares americanos? Aliás, se pensarmos bem, esta mui bem financiada campanha anti-comunista se calhar impediu o espalhar do comunismo pelo mundo. Claro que hoje em dia os russos são amigos de toda a gente, para não falar em interessantíssimos parceiros comerciais. Mas temos na moda agora os coreanos, sem esquecer todo o Médio Oriente. Se bem que estes últimos ainda são um assunto sensível. Não dá para metê-los a fazer atentados terroristas, a explodir cidades americanas. Seria um pouco inconveniente para toda a gente.

Assim, peço-vos que pensem no assunto. Em como a não existência de paz mundial ajuda todos os anos ao nosso entretenimento pessoal. Acho que todos conseguiremos dormir um pouco mais descansados esta noite.

domingo, julho 07, 2013

Movie 43

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Após avisos e avisos em contrário, com uma data de gente a dizer-me que o filme é horrível (entenda-se, uma ou duas pessoas), tive que confirmar. Tive que ver com os meus próprios olhos o quão estúpido era este filme. E confirma-se. É muito estúpido. Mais surpreendente de tudo é a quantidade de talento que por aqui anda. Como é que se convence tanto actor na berlinda a fazer uma coisa destas? Tenho as minhas teorias, mas melhor não dá-las aqui. Apenas chamaria a atenção à minha pessoa e não me apetece desaparecer para dentro duma carrinha com os vidros fumados.

Já disse demasiado.

21 & Over

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Oh my God! Did we just kill Jeff Chang again?

Lembrou-me o Fim-de-semana Com o Morto. E isso foi bom, porque eu gostei do FdScoM. Claro que se o visse agora ia só achar que era estúpido, mas para a altura foi divertido. Como é que conseguiram fazer um segundo, nunca hei-de perceber. Já este 21 & Over é só tonto. Tem umas cenas engraçadas, mas está quase tudo no trailer. No entanto, foi educativo aprender sobre mais alguns jogos universitários. Era esse o objectivo. Não era para ver seios.

Admission

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Chegaremos alguma vez a um ponto na vida em que não estaremos sujeitos a momentos de catarse?

Tina Fey tinha a sua vida controladinha. Fazia parte da equipa que escolhe os alunos que entrem em Princeton. Vivia com um professor da universidade há algum tempo, que a tratava como um cão. De forma carinhosa, entenda-se. E tinha conseguido afastar-se da mãe, com quem tem uma relação complicada. Só que às tantas encontra Paul Rudd e há um miúdo que diz que é enfadonha. Se não tivesse o intuito de ser um elogio, talvez não a tivesse incomodado tanto. Depois disso dão-se momentos de catarse e afins. A minha afinal não era fixe e houve coisas que ainda vou a tempo de corrigir, etc.

Desengane-se quem vem a pensar que é uma comédia tonta. Há tentativa de ter sumo. Não é uma tentativa espectacular, mas vale pelo esforço. Há que gostar de Fey e de Rudd, o que não é difícil.

sábado, julho 06, 2013

G.I. Joe: Retaliation

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Melhoraram a coisa. Corrigiram alguns detalhes. Fizeram uma transição porreira para o calhau. A modelito desta vez é mais credível. (Ver a que me refiro aqui.) Continua a faltar alguma coisa para ser incrível. Até continua a faltar alguma coisa para ser fixe de se ver num sábado à tarde (como foi o caso). Tem um desenrolar de acção mais porreiro e os vilões têm mais protagonismo. Só que continua a ser impossível criar ligação ao projecto. Até porque duvido que venham a fazer um terceiro. Este não se pagou. E estas coisas são caras. Tenho alguma pena, porque ao menos houve evolução. Não me lembro duma cena do primeiro. Lembrar-me-ei de algumas coisas aqui. Mais que não seja, da explosão duma capital europeia. Essa parte foi bem fixe.

Spring Breakers

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Spring break, b£tc#€s!

O filme é um longo videoclipe, cheio de cenas em festas, meio turvas, com seios, coca, ganza e álcool. Uma data de gente burra, demasiado nova e muita mais feia do que se acha. Música. Praia. Spring break, para quem ainda não percebeu. Há um repetir de cenas marcantes, dos diálogos. E é assim que tem que ser, porque esta história bem espremida não dura nem uma hora. Mas nada disto é obrigatoriamente mau. Está muito bem montado. E daí as repetições não custarem. Tem alguma pinta e música que faz a diferença. Menos as partes da Britney Spears. Essas partes são só horríveis. Agora, vamos não ver aqui algo mais dramático do que é. Não vamos começar com filosofias dos males de spring break e a decadência da juventude, blah-di-bla-blah. É um filme com uma data de gente estúpida, a fazer coisas muito estúpidas, algumas mais da idade que outras. Ponto.

quarta-feira, julho 03, 2013

Man of Steel

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O que é ser um super-homem? Nitzsche tinha lá as suas teorias, mas não me refiro a isso, do qual sei quase nada. Nestes moldes da BD, ser um super-homem implica ser capaz de feitos que meros humanos não conseguem alcançar. É ser um deus e mesmo assim colocar a vida humana acima de tudo. É ser superior. É ser maior do que os homens (não comecem). E para poder dizer algo de bom deste filme, eu teria que ser um super-homem.

Reshoots. Rewrites. Palavras que nunca abonam a favor de qualquer filme. E é a DC. Essa parte também não ajuda. Sim, acertaram com o Batman. Acedo. Contudo, não criaram uma fórmula maravilha. E se é isto que pretendem fazer para cimentar uma possibilidade de JLA, estão longe de o poder vir a fazer em condições. Os reshoots aqui notam-se. Não é escabroso ao longo de todo o filme, mas na primeira metade é bastante notório. Aquela parte do padre então é para lá de ridícula. O filme tem mais buracos no enredo que qualquer estrada velha, muito antes de autárquicas. E não é uma questão de fugir demasiado da versão BD. São mesmo erros de enredo. Foi especial ter partes em que personagens secundários sabiam coisas que só os principais deveriam saber. E os papéis que determinados personagens empenhavam... Era surreal. A Lois Lane fazia tudo, porque sim. Um general americano (um aleatório qualquer) tomava decisões sozinho sobre o destino da raça humana. Cientistas eram militares e militares cientistas. E o Super-homem derrota militares de profissão, tão poderosos como ele, à porrada.

O objectivo foi recontar a história. Foi revitalizar o franchise. Pretendia-se fazer o mesmo que com o Batman, com a agravante que houve um Super-homem recentemente. E houve um Smallville recentemente. Tudo foi ignorado. Por muito que não se gostasse de ambos os exercícios, havia coisas boas a retirar. Essas partes foram ignoradas. Tudo em prol dum Clark Kent que não é Clark Kent; dum Krypton muito adulterado; e dum Super-homem que teve menos de Super do que é habitual. Honestamente, se era para isto, prefiria um continuar do último Super-homem, ou mesmo do Smallville. Qualquer coisa era melhor que isto.

«A música é boa.» Não fui eu que o disse. A minha companhia conseguiu dizer algo positivo sobre o filme. É mais super-homem que eu.