terça-feira, dezembro 30, 2008

The Fall

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Lee Pace sofre duma maleita mundialmente conhecida: «coração partido».
Como consequência desta doença, Lee vai parar ao hospital, após uma tentativa drástica de acabar com a dor que tinha no peito. Lá, conhece uma miudinha, que tinha caído e partido o braço. Conta-lhe histórias sobre bandidos, vingaça, amores correspondidos e não correspondido, personagens caricatas e mundos de fantasia.

Essa é a história de The Fall. Depois há a história por detrás do filme. Quase tão interessante.
Tarsem é um realizador com um talento enorme a nível visual. Um outro filme seu, The Cell, foi um flop a nível de bilheteiras, mas foi conceituado devido à estética. Este Fall caminhava para um destino ainda mais negro. A falta de nomes que levam pessoas ao cinema - Lee Pace ainda não era conhecido pelo Pushing Daisies -, a juntar a uma miúda que mal fala inglês e a uma história algo rebuscada, este factores todos levaram a que o filme tenha ido directamente para vídeo. Isto passou-se em 2006. Algum tempo depois, David Fincher e Spike Jonze decidiram relançar o filme, banqueando os custos de lançamento. O amor pela sétima arte (e uns quantos trocos no bolso) fazem isto a um(dois) homem(ns).

Muito bonito. Cenários e planos incríveis.
Histórias decentes é que não é muito com o Tarsem.
Para este tipo de enredo, sempre prefiro o Barão.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Ghost Town

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I see dead people.

Ricky Gervais odeia pessoas. Até aqui tudo bem. Faz todo o sentido.
Devido a um incidente (não falarei mais sobre o assunto porque até achei piada à maneira como a coisa foi revelada), Ricky consegue agora ver fantasmas. Assim que estes se apercebem, passam a importunar o cavalheiro em todo o lado. A ideia (cliché, claro) é que os defuntos não podem seguir em frente enquanto não resolverem um qualquer assunto com os que ficaram para trás.
Um destes fantasmas é Greg Kinnear, que chateia o Ricky para lidar com a situação da ex-mulher. Greg está chateado porque está com outro homem, com quem vai casar. Pede ajuda a Ricky para romper o relacionamento. Segundo Greg, o novo rapaz é um malandro e não é bom para a ex. Ao aceder, finalmente, Ricky vê-a e apaixona-se.
E aqui entra a premissa que é verdadeiramente ridícula! Comparado com isto, ver mortos é a coisa mais plausível do mundo!! Estas pessoas de hollywood querem fazer-nos crer que um bumbling fool como o Ricky, com o seu peso a mais e dentes de vampiro, consegue conquistar uma fabulosa mulher como a Téa Leoni!!!!! Não, isto não é possível, meus amigos. Ainda para mais a ideia é a mais estereotipada de sempre. Insinuam que o Ricky conquista-a com humor. Porque o novo namorado é demasiado sério e não a faz rir!!! Yeah, right!!
Ponto número um: É absurdo quererem fazer-nos crer que o Ricky seria capaz de roubar uma mulher ao Rocketeer.
B - Uma pessoa quando é genuinamente engraçado, é sempre engraçado, independentemente das circunstâncias. Quando alguém é aquele tipo de engraçado que está sempre a mandar bocas e a fazer rir as pessoas, não há maneira de desligar o interruptor. Não me considero ser um gajo com piada. Tenho a mania que sou e, como tal - e ainda devido ao facto de só me dar com pessoas com um fraco sentido de humor -, não consigo resistir minimamente a mandar uma boca. Posso estar de mau humor. Posso estar chateado com alguém. Posso estar a meio duma briga, em plena discussão. Pode ser um ambiente menos apropriado ou inóspito para humor. Não interessa! Se aparece a oportunidade de mandar uma piada, eu mando. E seria o mesmo com o Ricky. É daqueles gajos que tem sempre uma boca na ponta da língua. Por muito chateado ou desiludido com a vida, não iria começar a mandar bocas só porque conheceu uma mulher.
Em todo o caso, isto só serve para realçar o ridículo da situação. Pessoas de certo nível acasalam com pessoas do mesmo nível. Seja de beleza, interesse, estatuto social, situação financeira.

Remeto-vos para um episódio do Cupido. Será quiçá o único sítio onde vi escritores e realizadores e afins a lidarem com esta trama duma forma realista.
Neste episódio, uma mulher muito atraente (hoje em dia casada com o Ben Stiller) pede ao agora mundialmente reconhecido Jeremy Piven ajuda para encontrar um homem... como é que hei de pôr isto? Alguém simpático e que goste dela por ela e não por ser atraente. A moça tinha acabado com o namorado, um homem extremamente atraente e sucedido, mas que não a tratava com respeito, segundo ela. Jeremy começa à procura de candidatos, que acabam por responder a este «anúncio pessoal». Dentro duma lista de potenciais, a moça escolhe um rapaz pouco... novamente falta-me a expressão mais adequada. Podemos considerar o cavalheiro como um loser! Muito simpático. Engraçado. Bom rapaz. Mas feiinho, claro. Fazem ainda um ou dois encontros e, após uns momentos iniciais contrangedores, acabam mesmo por criar uma empatia. Têm bocas em comum e partilham alguns momentos muito bons. Ele começa a ficar louco por ela, apesar de saber da impossibilidade da relação. Ela gosta dele e fica surpreendida com isto.
Final: Bastou ao ex-namorado ligar para voltar para ele.
Não dá hipótese! Esta é a realidade das coisas. Mulheres bonitas ficam com homens bonitos. Por muito que não sejam os parceiros ideais. O pior da coisa é que elas sabem disto! Quando a moça volta a sair com o ex, tenta partilhar algumas das brincadeiras que tinha tido com o loser. Não funciona, claro. Ele não tem o mesmo (ou nenhum) sentido de humor. Ela percebe que com o bonitão nunca se irá divertir, ou ser ela mesmo, ou até ser feliz. Ela volta para o loser depois disto? Não.

Uma última nota para Téa.
Conheci-a ainda miúda no Bad Boys. Não lhe achei piada nenhuma, na altura. Ainda a terei visto mais uma vez ou outra, mas nunca chamou a atenção. Não saberia sequer o nome dela, naquela fase. Até ao Family Man.
UAU!!!!! Aí finalmente vi a mulher que se tinha tornado.
A história ajudou e muito. Uma moça que abdicou da carreira para estar com o homem que ama e ser feliz. O facto dela ser a mulher da vida de Nicolas Cage, the one that got away. Enquanto público, temos que perceber porque é que Nic abdicaria de tudo também e faria tudo para estar com aquela mulher. Téa faz-nos ver isso perfeitamente.
A seguir encantou-me no Spanglish. Algo abafada por Paz Vega, talvez. Mas mesmo assim!
Mesmo sendo uma cabra e não fazendo sentido [SPOILER ALERT!!!!!] porque é que Sandler está com ela, é Téa e percebe-se!
Sim, Téa Leoni vai para o meu Top 10. De caras!

E, com este filme, bato o recorde de filmes vistos num mês, deste ano. Esperemos que seja para manter o ritmo, daqui para a frente.

Hellboy II: The Golden Army

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Até há bem pouco tempo, a história do Hellboy vivia de pequenos contos, baseados em lendas e mitos. Tanto no filme original como no animado, foi com base na banda desenhada que se desenvolveram os guiões. Não li tudo de Hellboy. Li aquilo que consegui arranjar.

Talvez esteja enganado, mas acho que a história deste filme não foi feita com base na BD. Funciona bem. É um bom enredo. Faz com que o visionamento seja bastante agradável. É um filme de aventura/acção muito aprazível. Perdi apenas a parte de ver «em tela» as histórias que li. Para um apreciador de BD, este é um dos grandes sonhos de «miúdo», de fanboy.

Faltou essa parte mas não é por isso que deixa de ser um bom filme.

sábado, dezembro 27, 2008

Tropic Thunder

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Tantos recursos.
Tantos meios.
Tanto talento.
Tantos clichés.

O Ben Stiller acordou um dia, com uma ideia estúpida. Agarrou no telemóvel e ligou aos amiguinhos. Assim de repente, arranjou Nick Nolte, Tom Cruise, Robert Downey Jr., Jack Black e Steve Coogan, para poderem todos participar na sua ideia. Pelo meio, mete os amiguinhos menos popularuchos ao barulho e lá se faz mais um daqueles filmes em que acho que as pessoas que os fazem se divertem mais do que o público que os vêem.

Muitos, mas muitos clichés.
Algumas boas cenas (maior parte já metidas no trailer).
E está feito um blockbuster «cómico».

Não, não gosto muito do Ben Stiller.
Também não acredito que ele goste muito de mim.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

WALL·E

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É um filme perfeitamente adorável.
Esta versão moderna do Short Circuit entra facilmente no goto.
É impossível não gostar do pequeno robô.

Agora já faz muito mais sentido algumas reacções, quando perguntava o que tinham achado!
O pessoal recusa-se a assumir quando um filme puxa pelo mais básico em nós. Quando a criança dentro de nós, que está entediada de morte maior parte do tempo, pode finalmente sair e divertir-se um pouco. Encantar-se com o mais puro. Há pessoal que tem vergonha de assumir estas coisas.

A minha criança está toda contente.
Talvez com um pouco de sono, tendo em conta as horas. Deliciada, acima de tudo.

PS - A barata ficou parada à espera que o WALL-E regressasse!!!!!
OOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!

[PEQUENA ADENDA]
Para quem ainda vá a tempo de ler isto, fica aqui a informação que há uma curta chamada BURN·E. Neste pequeno filme, são retratadas as peripécias de um pequeno robô durante a acção do filme. Não é nada de extraordinário, mas é um complemento com mais uns pormenores deliciosos.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Death Race

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Que ideia...

Num futuro meio apocalíptico, a forma de entretenimento é meter prisioneiros em corridas de carros com o seu quê de adultas. Carros blindados, quítados ao máximo, com armas e tudo. Supostamente, o corredor que sobreviver e ganhar cinco corridas, tem direito à liberdade. Jason Statham é incriminado para poder encarnar a personagem dum corredor que tinha ganho quatro corridas. O cavalheiro era popular e as audiências é que mandam. O problema é que as corridas são altamente viciadas.

Pouco fica do filme. É um filme de acção. Puro e duro.
Contudo, fica aqui a referência a uma nova mula. Em duas palavras:
boo












yah












E para que não se pense que sou um «masculinista», fica também alguma coisa para as meninas.
(Há meninas a ler isto?!)

Eagle Eye

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Oops!...

Uma coisa digo em relação a este filme: perseguições com instruções não têm tanta piada.
Segue na faixa da esquerda a 72 milhas por hora.
Trava.
Passa o vermelho a 54 milhas por hora.
Afinal é uma perseguição ou uma aula de condução?!

O filme lembra-me um bocado o Enemy of the State. Sendo que com a devida diferença que o Jason Lee não morre nos primeiros minutos.
Shia LaBeouf e Michelle Monaghan são «escolhidos» para um qualquer «atentado terrorista». Recebem uma chamada telefónica misteriosa, com instruções claram sobre o que fazer, assim como o devido «incentivo» para as seguirem.
Sim, tenho que usar uma data de vezes aspas! A ideia é não dar demasiado a entender do filme.

Que mais se pode dizer?
O Shia está decidido a só fazer blockbusters. A Michelle é uma forte candidata ao Top 10, mas não me faz de todo acreditar que é mãe dum puto de 9(+/-) anos. É irritante quando estamos a curtir um filme e, de repente, somos confrontados com alguém que não apreciamos muito. Deu-se aqui com Billy Bob Thornton. Às tantas o gajo aparece e... não sei, deu-me aquele arrepio na espinha. Muito desconfortável.

domingo, dezembro 21, 2008

We Own The Night

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Para quem quiser ver um seio da Eva Mendes, este é o filme a ver. É logo no início e o único problema é que, às tantas, o Joaquin Phoenix mete-se à frente.

Isto entra demasiado dentro do mesmo registo do Departed.
Mark Wahlberg e o Joaquin são irmãos. O primeiro é polícia, seguindo a tradição da família. O segundo trabalha num «clube» que tem ligações com uma família que lida no contrabando de drogas pesadas. Pedem a Joaquin para ser um chibo para a polícia, ele nega-se e atacam o irmão, chefe do departamento de investigação ao caso.

Não traz nada de novo, tirando o seio da Eva, que não será novidade para muito boa gente.

sábado, dezembro 20, 2008

College

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Isto foi-me vendido como sendo dos mesmos criadores do Waiting.
Eu gostei do Waiting e uma coisa posso dizer: Isto não tem nada a ver!

No entanto, a questão aqui nem é ter visto este filme.
A questão é que são 6 da manhã e estou a postar comentários sobre um filme ridículo!!

Iris

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Acompanhamos a vida de Iris e do marido, tanto no início da relação, como no final. No início, Iris é interpretada por Kate Winslet. No final, pela Dame Judi Dench. No início, Iris é uma jovem escritora, com um futuro promissor. No final, é uma escritora conceituada, com várias obras publicadas. Saltamos entre espaços temporais, acompanhando o início da relação com o marido e o final, onde Iris é diagnosticada com Alzheimer. A outra grande paixão de Iris são as palavras. E agora começa a esquecê-las todas.

Grandes interpretações aqui. Valeu mesmo um Óscar a Jim Broadbent! A de Dench, a partir do momento que começa a ficar perdida, sem saber como expressar-se, algo tão fácil antes... muito bom!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Open Season 2

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A ideia era ver qualquer coisa simples, para rir e descontrair um pouco.
O problema é que estas sequelas de animação nunca são nada de especial.
Esta já nem tem as vozes originais, por exemplo.

Surfer, Dude

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Neste filme, sendo um surfista de Malibu, foi pedido a Matthew McConaughey que falasse sem o sotaque do sul, sua imagem de marca. Em boa verdade, não foi uma tarefa complicada, tendo em conta a simplicidade das falas de Matthew.

A história é um bocado ridícula.
O «contrato» de Matthew é comprado por um magnata, ex-surfista. É-lhe pedido que entre num reality show sobre surfistas. Sendo purista do surf, Matthew nega-se. Sem o dinheiro que costuma receber, Matthew vê-se preso em Malibu numa das maiores «secas» de ondas.
Dias difíceis para esta simples alma.

- You're a surfer?! Is that a job?
- Not really!

Swing Vote

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Ok, admito. Sou eu o gajo que gosta do Kevin Costner.

A premissa do filme é que um voto pode mesmo fazer a diferença.
Por um completo acaso... uma daquelas coisas que nunca aconteceria, de tão pouco provável que é, as eleições para a presidência dos Estados Unidos serão decididas por um estado, por um condado, por um voto. Devido a um suposto erro informático, esse voto de decisão é de Kevin. Assim, 10 dias depois dele «ter votado», Kevin irá votar novamente, decidindo com isto quem será o próximo presidente. Nesses 10 dias, Kevin, um pai solteiro, labrego, recém-desempregado, será tratado como um rei pelos candidatos dos dois partidos americanos.

Sim, são 10 dias em que os dois candidatos fazem uma campanha eleitoral, apenas para uma pessoa. Procurando aliciá-lo com tudo e mais alguma coisa, com todos os truques. Apelando a que vão tomar medidas - ou tomando-as, mesmo - em relação às opiniões de Kevin.
O meu problema com a história - ignorando a surrealidade da premissa base do filme - é que os candidatos nunca fariam isto. O que aconteceria, nesta remota possibilidade, é que iam meter-se 300 mil advogados ao barulho até que se encontrasse uma maneira de mandar abaixo aquelas eleições. O mais provável é que teria que se fazer uma nova eleição, votando toda a gente outra vez.

Swing Vote é um filme agradável de se ver, enquanto se faz outra coisa qualquer.

terça-feira, dezembro 16, 2008

The Rocker

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Vi por dois motivos.
1- Precisava dum filme curto (tem pouco mais de 1h30), tendo em conta as horas que são.
2- Rainn Wilson. O cavalheiro faz o The Office e merece o meu respeito e consideração. Não é um Dwight tão bom como o britânico, mas tem os seus momentos. Curioso ver nos bloopers da série que é quem se desbronca mais vezes a rir.

Posto isto, não há muito mais a dizer.
É uma comédia engraçada cheia de clichés e só tenho pena que o Will Arnett apareça tão pouco tempo (no início e no fim), sendo que esta pecha é compensada pelo facto da Christina Applegate ter bastante tempo de antena.
Gosto muito!

The Nines

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Primeira de três recomendações, de pessoas diferentes.
Bem, este não foi bem uma recomendação. Foi uma referência que levou a uma insinuação.
Cá estou eu a tentar emendar a mão.

É complicado falar deste tipo de filmes sem revelar demasiado sobre a história.
Acho que posso dizer que:
gostei do desenrolar da(s) história(s)
gostei das ligações entre elas
gosto do elenco
gostei da utilizações de personagens como eles próprios
gostei do mistério
e ADOREI a frase: I've always been kind of obsessed with nuns. You know, they're kind of like God's fag-hags, so...

Gostei de mais duas coisas, mas estas próximas alíneas já irão conter SPOILERS!!!
Cuidado ao ler:
gostei da ideia das várias vidas possíveis de serem criadas... podemos chamar-lhes «vidas paralelas» ;)
e gostei de como a ideia para este filme terá sido de alguém que joga demasiado SIMS, ou conhece alguém que joga demasiado SIMS

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Heaven


Heish!!!!
Este final...
Este final não lembra ao diabo!

Mas voltemos ao início.

Já vi pessoas meterem-se em buracos grandes, numa de se apaixonarem por coisas impossíveis.
Contudo, parece-me que o Giovanni Ribisi leva «o bolo».

Giovani é polícia há pouco tempo.
É suposto registar o depoimento de Cate Blanchett, presa por ter colocado uma bomba num escritório, só que acaba por tornar-se também tradutor, já que isto passa-se em Itália e Cate quer fazer o depoimento em inglês.
Pelo meio, apaixona-se e decide ajudá-la.

Pois!...
Como disse, um belo buraco para se meter.

Blue State

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Breckin Meyer é voluntário na campanha de Kerry nas eleições de 2004 para presidente dos Estados Unidos. Breckin está tão convicto de que Kerry vai ganhar que faz uma promessa de mudar para o Canadá, na remota possibilidade de que tal não aconteça.

Como bem sabemos, naquele ano a balança voltou a pender para o lado dos Republicanos.

A promessa foi feita na noite de eleições, já com uma dose considerável de álcool no sangue, mas Breckin vê-se sem nada a que se agarrar. O cavalheiro abdicou do resto da vida durante a campanha e agora, depois dos resultados, a perspectiva de mudar de país acaba por ser a única coisa apelativa.
É o problema de focar-se numa questão e esquecer tudo o resto. Eventualmente apercebemo-nos que perdemos coisas e que, no final, provou não ter valido a pena. Pior ainda que se vê que não há forma de voltar atrás, no que se perdeu.
Solução: fugir!
Refugiar-se num qualquer outro projecto e dedicar-se, evitando pensar, porque custa demasiado.

Para a viagem para norte, Breckin procura companhia para a viagem, para dividir custos e tudo mais. Aqui entre Anna Paquin e, a partir daqui, saltamos dum problema pessoal/político para um romance.

A primeira parte da história até está bem desenvolvida. Ao longo do filme percebemos de onde vem a fixação de Breckin e porque é que o personagem tem as atitudes que tem. A segunda parte, a do romance... percebemos porque é que o Breckin se interessa pela Paquin. Percebemos que ele quer mais do que só ter conversazinhas ao longo da viagem. Dela só vemos interesse quando, às tantas, reclama porque ele não lhe deu atenção nenhuma durante a festa. Porque é que as mulheres têm que ser levadas a extremos para mostrar o que sentem?!
Bem, estou a desviar-me da questão.
É fraquinha a parte do romance. Daí que, a certa altura, o filme se perca um bocado.

Blue State tem alguns bons pormenores e começa até bastante bem. Não é nada de especial mas é um filme agradável de se ver.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Dark Water

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Como é que saltei duma comédia ridícula para um filme de suspense, não sei. O que é certo é que, por incrível que pareça, há um elo de ligação entre os dois. Este filme também tem o John C. Reilly!

Começámos bem. Tínhamos a premissa da Jennifer Connely encharcada em várias cenas. E o início do filme é com um flashback ao ano de 74. Bom ano. Ano da liberdade.

Depois meteu-se a ameaça de um filme com fantasmas. Só que é daqueles filmes reles onde não vemos os fantasmas. Não há coisas a abanar por nenhum motivo aparente, nem gajos com pistolas de raios a tentar prendê-los em caixas pequenas. Ameacei parar o filme e desistir. Arrependo-me agora de não o ter feito.
Só que, pelo meio, recebi más notícias e a coisa estragou-se só por si. Comecei a ver o filme às 7 e tal e acabei-o agora, quase à uma da manhã. Pelo meio houve telefonemas, mensagens, mails e um pouco de atrofiar. Muito de atrofiar, aliás. A partir daí, mais valia acabar o bicho.

É o que fica deste filme. Não a história ou uma qualquer cena específica. Fica o contexto e o dia em que o vi.

domingo, dezembro 07, 2008

Step Brothers

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It's the fucking Catalina Wine Mixer.

Saltamos novamente para comédias estúpidas. Curiosamente esta também é produzida pelo Apatow! Foi coincidência, juro. Não fazia ideia. Ao contrário do Pineapple, este não parece tão «favor de amigo». Mais que não seja, não me parece que nem o Will Ferrell nem o John C. Reilly precisem de favores para fazer filmes. Contudo, não haja dúvida, isto nasceu de uma ideia estúpida, provavelmente despoletada por consumo de narcóticos.

Breves notas:
- Difícil não gostar de um filme que começa com Vampire Weekend e LCD Soundsystem.
- O John C. Reilly foi uma excelente descoberta a nível cómico. Desde o Taladega Nights.
- As cenas de sexo entre John C. Reilly e a Kathryn Hahn são hilariantes!!
- Irrita-me ver que dois idiotas de 40 anos, ainda a viverem com os pais, a fazerem as mesmas idiotices dos tempos de adolescente, sem qualquer futuro, sem o mínimo de ambição, a viver uma vida de completos falhados, mesmo assim conseguem ter uma vida melhor que a minha.
- A cena do beliche é previsível mas mesmo assim gira.
- Gostei da maneira como a Mary Steenburgen e o Richard Jenkins se enrolaram antes de saberem os respectivos nomes.
- As cenas de porrada e de sonambulismo são tão estúpidas como ridículas como caóticas. Sim, têm piada.
- Ir a entrevistas de trabalho de smoking é uma excelente ideia!!!!!

Há mais duas ou três cenas fixes. Não quero contar-vos o filme todo. Apetece-me, mas não o vou fazer.

sábado, dezembro 06, 2008

The Chronicles Of Narnia: Prince Caspian

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Saltamos de animação para fantasia.

Gosto de fantasia. Gostei do primeiro e gostei deste.

O primeiro vi-o - muito bem acompanhado naquela altura - numa sala de cinema num domingo à tarde, se não estou em erro. Tenho ideia de ser um dia como este, meio chuvoso, mas não meto as mãos no fogo. Duma coisa tenho a certeza. Sendo de tarde, a média de idades do público era bastante baixa. Um dos espectadores era novo, muito novo. Estava acompanhado pela mãe e esta passou o tempo todo a relatar e explicar ao imberbe o que se passava com a história. Por um lado, não terei problemas em assumir que era bastante irritante. Quando estamos numa sala de cinema, a magia desta é ajudar-te a embrenhares-te na história de tal forma que esqueces o mundo exterior. Estás lá! No meio da acção. No meio da história. Com todos os heróis e heroínas. A sofrer com eles. A torcer por eles. Este ruído de fundo perturbou. Por outro lado, é perfeitamente compreensível e aceitável. E até mesmo... doce. Não pude deixar de sentir um pouco de inveja da criança. Enquanto que, para mim, era só mais um filme do qual já nem me lembro bem dos pormenores, para ele foi uma experiência marcante. Dali poderá nascer uma paixão pelo género. Daqui a muitos anos poderá voltar à memória um serão mágico que passou com a mãe. Não a consigo recriminar por fazê-lo. De todo.

Um amigo meu queixou-se que não conseguiu ver o filme todo. Terá desistido após uma segunda tentativa, pois na primeira adormeceu. A razão de tal é que o filme é longo. Tem duas horas e tal. Para mim o filme passou num instante e foi mais «curto» que muitos que já vi com menos de hora e meia. O universo está bem criado. A emoção e envolvimento com personagens e história é grande.

Está previsto um terceiro, para 2010.
Mal posso esperar.

TMNT


Como a última transição não correu tão bem como o esperado, voltamos um passo atrás e fazemos a transição de filme de animação para filme de animação baseado numa série.

Confesso que era grande, mas grande fã destas tartarugas mutantes. Hoje em dia já me passou um pouco. Mais que não seja, demorei este tempo todo para ver o filme, quando já o tinha há algum tempo. Mas mesmo assim ainda curto bué estes personagens. Fica mais abaixo no post uma prova disso mesmo, para além do quão geek sou.

Algumas pequenas notas sobre o filme:
- As vozes parecem ser um pouco mal selecionadas ao princípio, mas depois habituamo-nos, como a do Splinter, por exemplo.
- É fixe ver a evolução da personagem April. Passou de donzela em perigo para o um papel mais activo.
- O Kevin Smith tem meia dúzia de falas. Porquê?
- Também foi porreiro ter uma história que não envolvesse o Shredder.
- Por muito que tivesse apreciado os outros filmes, com pessoas em fatos gigantes ridículos, a animação proporciona momentos muito mais bonitos.

Que irritante. Em menos de 24h já vi tantos filmes como em Outubro.


Pineapple Express

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Esta transição já não correu tão bem. A ideia era passar duma animação com o Seth Rogen, para uma comédia com o Seth Rogen. A questão é que não foi muito cómico.

Há aqui dois problemas grandes.
1 - Fazer amizades no mundo do espectáculo faz com que se tenha que ajudar pessoas a fazer filmes. Gosto do Judd Apatow e das coisas que escreve ou realiza. Só que quando produz os filmes dos amiguinhos!... Primeiro foi o Jason Segel a escrever o Forgetting Sarah Marshall. Agora é o Seth Rogen a escrever este Pineapple. Como são amigos, é natural que se ajude a produzir os filmes que escrevem. O problema é que estão a ajudar a fazer maus filmes.
2 - Pessoal, só porque as coisas parecem engraçadas quando estão com a moca, não quer dizer que sejam verdadeiramente engraçadas!
Há muita muita muita coisa mesmo, que é absolutamente hilariante e tenho a certeza que foi pensada por alguém muito muito mas mesmo muito broado. MAS não é TUDO engraçado. Tudo o que se faz com a moca não é obrigatoriamente engraçado.

Qual é o problema aqui? Este pessoal todo cresceu a ver filmes do Cheech & Chong, todos fod%#&$ dos cornos, nas caves dos papás, com a rapaziada. Terá sido, provavelmente, das experiências mais hilariantes e marcantes das vidas deles. Isto não faz desses filmes bons filmes. DE TODO! São filmes estúpidos, para se ver com a moca, com uma data de pessoal. Que se façam filmes destes de vez em quando. Seja. Que se escrevam com a moca. Tudo bem. Mas leiam-nos com calma, sóbrios, depois. Para terem e haver certezas que não é só um devaneio induzido por narcóticos.

Em quase duas horas de filmes, ri-me UMA VEZ! Foi um bom momento. Foi uma boa piada. Admito. Tudo o resto... uma beca perda de tempo. Talvez a culpa seja minha. Deveria ter visto sob o efeito. Talvez. Não sei. Vejam o filme, preferencialmente sob o efeito de um qualquer estupefaciente, e digam-me de vossa sentença.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Kung Fu Panda

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baby steps

Consegui fazer a transição de séries para filmes com um filme baseado numa série de animação.
Agora salto para um filme de animação.

É divertido.
Lembra-me um bocado a história do Beverly Hills Ninja, mas com a componente usual de história de animação. A cena do underdog, misturado com a ideia que podemos ser aquilo que quisermos. Tudo aquilo que desejarmos está ao nosso alcance e não é a nossa forma física ou qualquer outro impedimento que nos vai desviar do objectivo, desde que façamos o esforço e desde que acreditemos. Há potencial em todos nós e se não formos egoístas e se formos pacientes e modestos, talvez...
O moral do costume.

Marcou-me este filme? Não especialmente.
Como já disse em mais do que uma ocasião, em relação a filmes de animação, o que me surpreende verdadeiramente é a qualidade que vai evoluindo. Cada vez se fazem filmes de animação mais bonitos.













Para «crianças» como somos todos, como gosto de pensar que somos, é muito bom. Muito divertido. É sempre fixe ver filmes destes.

Futurama: Bender's Game

IMDb

Após um longo interregno, cá volto ao visionamento de filmes. Muitos pensaram que tinha deixado de escrever sobre os filmes que via, desistindo assim deste popularíssimo blogue. Alguns pensavam que tinha morrido. Outros pensaram o impossível, que tinha deixado de ser geek, ou pior ainda, que tinha arranjado uma namorada! Mais cedo um qualquer suíno estaria empoleirado numa estátua, após um majestoso voo.

A transição de séries para filmes não é fácil. Séries devoram-se com facilidade. Menos envolvência numa história. Menos tempo de visionamento (em teoria). Não ter que escrever sobre o que vi. (Sim, sou molenga ao ponto de queixar-me porque tenho que escrever algumas linhas de texto para um blogue lido por meia dúzia de pessoas que têm trabalhos com demasiada liberdade.) Nada como facilitar a transição vendo um episódio grande duma série cancelada.

Este Futurama, dos três, é o mais fraquito. Há uma coisa muito estranha e diferente neste filme, em relação à série e aos outros. Embora haja muitas referências a cenas actuais, filmes ou personalidades, nunca conheci nos Simpsons ou no Futurama a cena de fazer spoofs de outras coisas. Enquanto o Family Guy usa e abusa desse artifício - tendo mesmo feito uns episódios de uma versão do Star Wars - não esperava esse tipo de trama aqui. Bender's Game, às tantas, torna-se no Senhor dos Anéis, com umas achegas ao Star Wars e coisas desse calibre. Estranhei. E daí que não tenha morrido de amores.

Por muito que o humor das criações de Groening às vezes se perca, por ser tão... bem, à falta de melhor expressão, tão Groening!, o que é certo é que é isso que espero destas aventuras de animação. Um estilo de humor muito específico, que já me entretem há mais de 15 anos.

Resumindo:
Se quero um estilo de humor a gozar com outras coisas: Family Guy, Robot Chicken e afins.
Se quero um estilo de humor que me faça pensar um pouco, tendo história e sumo, embora possa não ter qualquer efeito ou que possa fazer-me cair do sofá de tanto rir: Simpsons, Futurama, American Dad, King of the Hill

Isto a nível de animação, claro.
(Sim, eu sei que Robot Chicken não é animação!! Cut me some slack, will ya?!)

sábado, outubro 18, 2008

Wanted

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Confesso que já não me recordo de grande coisa da BD que deu origem a isto.
Confesso que a li um pouco na diagonal.
Confesso que não é das minhas coisas preferidas do deus que é Millar.
Mas tenho ideia que este filme não tem grande coisa a ver!

A história foi... hollywoodada.
Os livros de BD passaram para uns gajos que criaram uma história.
A história passou para uns outros gajos que escreveram o guião.
E lá veio o realizador dar o seu toque pessoal.

Não me entendam mal. O filme é fixe e vê-se bastante bem, sendo que tem alguns detalhes geniais, e nada como ter a Jolie como eye candy. A sério! A mulher não faz mais nada neste filme senão poses!! Foi uma reedição do brilhante papel no Gone in Sixty Seconds, só que com mais tempo de antena.
Moral da história é: isto não é completamente Millar.

Das cenas com detalhes geniais, esta é a melhor:

Journey To The Center Of The Earth

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É um filme giro de aventura/fantasia. Dava jeito ter visto no cinema, onde a vertente 3D pudesse verdadeiramente ser apreciada. Fica a nota que na Islândia (país em voga, nos últimos dias) afinal não há só a Bjork.

Esta miúda é muito gira.

Get Smart

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Era fã da série. Achava-lhe piada e tive mesmo um pequeno crush de criança pela Agente 99. Sou fã do Steve Carell. Sou fã do The Rock que, surpreendentemente, já abdicou desta alcunha. Sou grande fã do Alan Arkin. E sou fã dos seios da Anne Hathaway.

Contudo, há uma realidade inabalável: certas coisas são suposto ficar no passado. Nos tempos que correm temos fácil acesso a todo o tipo de séries e filmes do passado. Sabendo isto, Hollywood faz remakes e versões de tudo e mais alguma coisa, desde a década de 70. Não vale a pena. As lembranças são boas e muita coisa deve ficar no passado. O filme até é giro e os criadores aproveitaram muita coisa da série - a totozice do Smart, o sapato telefone - só que não é a mesma coisa.

Tudo tem o seu timing e é por isso que há que aproveitar as coisas na altura certa. Anos depois há um risco demasiado grande de não ser a mesma coisa. Há o risco da desilusão. É assim com quase tudo. Às vezes não é assim, mas por norma...

terça-feira, outubro 14, 2008

Burn After Reading


Os Cohen são cavalheiros com talento. Disso não me parece que haja dúvidas. Depois, há a vantagem da aposta na Frances McDormand. Passo a explicar: a Frances é casada com um deles. Daí que apareça em todos os filmes. É chato quando se tem que meter a esposa em tudo, independentemente dela não saber representar. Aqui não é o caso. Frances é uma excelente actriz e ainda bem que aparece sempre.

A questão é que os manos têm dois tipos de filmes.
Intensos e negros, como o Blood Simple ou o Fargo, com personagens peculiares e assustadores. Ridículos e zbróink, como o Ladykillers ou o Big Lebowsky, sempre com personagens estranhos/burros/caricatos, mas com uma forte dose de humor inteligente.
A minha preferência vai para a segunda categoria, confesso. Ainda hoje cito - com alguma frequência - cenas do Lebowsky.

Este Burn...
Até já passou algum tempo desde que o vi (uma hora e pouco, maior parte do tempo à procura de lugar para estacionar), mas mesmo assim continuo sem saber em que categoria o colocar. Suponho que seja entre as duas. Começa como parecendo pertencer à classe séria. Aparece o Brad Pitt e claramente passa para o outro pólo. Mete um pouco de trama político e o Malkovich e a Tilda Swinton, qualquer um deles especialmente assustador. O Clooney surge a fazer o mesmo papel de desorientado a que nos tem habituado nos últimos tempos, muito ao estilo do O Brother ou do Leatherheads.

Começa sério e acaba de forma ridícula. Pelo meio tenta ser um pouco de uma coisa, nunca esquecendo a outra.

Não o recomendo. Prefiro mil vezes outros filmes dos manos. No entanto, parece-me que não ficarão completamente desiludidos se o forem ver na mesma.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Smart People


Dizer que adoro este tipo de filmes será pouco. O irritante é que não é bom gostar de filmes pretensiosos. Fica sempre bem dizer «é um filme despretensioso». Só que... Filmes têm momentos, para mim. Os bons, pelo menos.

O início quando agarra. Não sabes nada do filme e começas a ver e envolves-te com os personagens, com a história. Não pensas em mais nada. Esqueces a tua vida durante um instante e vives aquilo que vês. Tentas absorver os detalhes de cada cena. É um pouco por aí com o meio. Já estás familiarizado com tudo e divertes-te com o desenvolver das coisas. Ris-te e pensas «isto é tão este gajo», quando acabaste de «conhecer» o personagem há 30m. O final... com o final é mais raro de acontecer. O meu ponto de vista sobre finais de filmes já é conhecido para quem me ouve a falar destas coisas há anos ou para quem lê esta bodega de blogue desde o início. O «momento» com o final é de deixar-te na ponta da cadeira. É não conseguires deixar de roer as unhas, na expectativa de saber qual dos finais que antevês vai acontecer, se é que consegues prever alguma coisa.

Com este filme, foi o início. Foi o ver de dois ou três actores/actrizes e sentires-te bem com vê-los, porque aprecias o trabalho, porque gostas de os ver a representar, a verdadeiramente representar.

O que me leva aos três pontos que ainda queria mencionar.

A carreira de Dennis começou (para mim, entenda-se) com o Micro-Herói. Aqui, o sorriso matreiro/charmoso de Dennis conquistou-me. Aqui começou ainda a sua relação com Meg Ryan que terminou com o propalado par de chifres, cortesia do palerma neo-zelandês. A partir daí foi continuando com filmes de aventura e mais um ou outro com algum sumo. O auge dá-se em Playing by Heart, quando percebo que o cavalheiro, para além de ser uma figura de alguém que gostaria de ser, passa para alguém de quem respeito muito as qualidades reprentativas. O homem não faz um papel mas sim um papelão! Passa por uma coisa que mencionei num dos últimos filmes que vi, onde disse que, embora respeitasse o Aaron Eckhart, não acedia a que conseguisse passar por looser. Em Dennis vejo isso. Um homem que tem tudo para ser o maior e sempre fez papéis disso mesmo - ignorando a conversa da traição da outrora menina bonita americana - e, de repente, vemos o gajo com uma data de defeitos e inseguranças como qualquer reles mortal e ACREDITAS nisso. Playing by Heart é, aliás, um dos filmes que recomendo a toda a gente com um mínimo de coração. Na altura em que toda a gente falou de Magnolia, Playing foi ignorado injustamente. Embora sejam semelhantes e, devido à altura que saíram, sejam inevitavelmente comparáveis, parece-me a mim que Playing é melhor, mais completo. Infelizmente as pessoas tardam em dar-me ouvidos. Os que vêem o filme dão-me razão, mas é sempre tardiamente. A título de finalizar: adoro o Dennis e aqui faz um óptimo papel.

A nova menina bonita e mordaz de quem se espera muita coisa. Tenho duas questões pertinentes em relação a esta moça.
- Até quando é que irá fazer papel de adolescente? É que Hollywood tende a abusar destas coisas.
- Para quando uma interpretação diferente?

Foram desencantar este cavalheiro de um qualquer buraco onde estava enfiado e só tenho uma coisa a dizer em relação a isso: FO#$-SE, AINDA BEM!!! Acho-lhe um piadão. Aqui interpreta o irmão que só aparece para pedir dinheiro, nunca tendo um emprego fixo e sendo muito pouco fiável. Confesso que, em mais do que uma ocasião durante o filme, desejei ser o gajo.

E é assim. É por estas e por outras que adoro ver filmes.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Beowulf

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Este Beowulf é o maior!
Não porque mate monstros, completamente nu.
Nem porque tem a portentosa voz do Ray Winstone.
Nada disso.
Beowulf é o maior porque ganha qualquer concurso de pais.

«Ah e tal, o meu filho é médico e salva vidas.»
«Pois o meu filho é rico, porque é dono de uma empresa multinacional.»
«Isso não é nada, que o que meu filho ganhou a Liga dos Campeões no primeiro ano de sénior. Vai ser o melhor jogador de sempre!!»
(estranha, a minha lista de prioridades)

Então e o teu filho, Beowulf?
Pois... o meu filho... o meu filho é... como é que eu hei-de dizer? O meu filho é um dragão!

POW

Pena não ter visto este filme com olhos de ver. Estava abstraído com problemas do mundo real. Ter sido interrompido com más histórias não ajudou. É muito bonito. Isso é um facto. Contudo, junto a minha às vozes de quem protestou com a propalada interpretação de Angelina Jolie. A mulher aparece praí 10m num filme de duas horas!
Nua, é verdade, sim.
Mas não mais que 10 minutos!!

domingo, setembro 21, 2008

You Don't Mess with the Zohan

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Sábado com o Schneider. Domingo com Sandler. Um fim-de-semana muito MTV/SNL.

Irrita-me estar ainda demasiado rendido a estereótipos.
Só tinha ideia do poster deste filme. Talvez tivesse alguma impressão que Sandler faria de cabeleireiro. O que é certo é que estava com a impressão de que o gajo iria fazer de homossexual. Porquê?! Lá está! Estereótipos.
Muito irritante.

Em relação ao filme, já vi melhores do Sandler. Este não está nada de especial.

sábado, setembro 20, 2008

Big Stan

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Por norma, em filmes do Rob Schneider, este caramelo tende a levar porrada de todos os lados.
Os personagens deles são sempre idiotas, incapazes de fazer a mais simples tarefa sem que se metam em apuros. Isto até é giro, até certo ponto. Há que admitir que o personagem é sempre o mesmo. Nojento, burro, desajeitado, incapaz, mas bom moço a quem acaba por acontecer boas coisas no final.

Talvez farto de levar porrada, Rob decidiu realizar este Big Stan onde, para contrariar a tendência, é o maior do mundo. Neste filme, o personagem de Rob é um aldrabão que vende timeshare. Vai a tribunal e é condenado a 3 anos de prisão. Com um medo atroz de ser sodomizado (não temos todos?), Rob aproveita os 6 meses antes de começar a sentença para aprender artes marciais e conseguir proteger, de todas as formas e feitios, a sua irís traseira. Na prisão, graças à sua nova perícia, Rob não só protege o não fabuloso rabo, como ainda consegue mudar o comportamento dos outros prisioneiros. «Obriga-os» a darem-se bem. Acaba com violações e outro tipo de violências, comuns em prisões.
Aqui, Rob é o herói à séria, em vez de ser só o herói ridículo.

Embora seja legítimo dizer que o personagem padrão de Rob já estivesse a cansar, o que é certo é que não sei se gosto deste Rob confiante e seguro.

Astérix Aux Jeux Olympiques

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1.º
Porque é que o filme não é Asterix E Obelix?

2.º
Incomoda-me sempre quando mudam actores nas sequelas. O Asterix não é o mesmo. Não é que se dê muito por ele, já que quase não faz nada, mas para quem é o único que tem o nome no título, sempre podia ter um pouco mais de carisma.

3.º
Não é tão engraçado como os outros dois.

4.º
A cena final em que aparecem estrelas de desporto francesas, só porque sim, é irritante. Mais que não seja porque aparece o Zidane.

Ou seja, girito mas fraco.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Leatherheads

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Já se pode dizer que o Clooney é bom realizador.
Pode dizer-se, pois o cavalheiro já mandou cá para fora alguns bons filmes. No entanto, a cena curiosa é que ainda não tem propriamente um estilo. Não dele, pelo menos. No Confessions notei, na altura, muitos toques de Soderbergh. Aqui é mais ao estilo dos Cohen, muito O Brother. Há que dar-lhe o mérito de aprender com os melhores. Não sou fã do Soderbergh mas já me vi a gostar muito de filmes dele.

O homem é um cromo. Um playboy com bastante talento e um sorriso matreiro que encanta toda a gente. Sou fã, mas também curtia ter o papel de alguns dos figurantes que tiveram a oportunidade de dar-he uns socos valentes, neste filme. Poderá ser considerado uma relação de amor/ódio. Adoro o gajo e queria ser ele, mas também o odeio porque é infinitamente superior à minha pessoa.

Ficará sempre como o caramelo do Alright hard drinkers, let's drink hard.

Bill

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Gosto dum bom filme de loosers. Parece-me, aliás, uma óptima temática para esta semana.
Confesso, no entanto, que é difícil identificar-me com o Aaron Eckhart. Conheço o cavalheiro de papéis em que é um personagem demasiado confiante. O último foi o Dark Knight, mas lembro-me bem dele no Thank You For Smoking. Claro que aqui, Aaron acaba por ter um final relativamente feliz e ainda bem que se dá a cena com a esposa dele. Se tem tido o final previsível tinha estragado um bocado a coisa.

Não há muito para dizer sobre o filme. É bastante divertido, embora longe de ser uma verdadeira comédia. Este é, aliás, um problema que tenho com a categarização de filmes. Filmes como Bill estão longe de ser comédias. São apenas filmes com histórias sobre pessoas. São sobre vidas normais, quiçá com alguns eventos menos normais.

Como última nota: Elizabeth Banks.
Muito, mas muito gira. Extremamente divertida e parece ser uma pessoa genuinamente simpática. Poderá ser ilusão cinematográfica, claro. Convenhamos que não sou um especialista em avaliar pessoas, especialmente se só as conheço de filmes. Para mais, não é uma miuda, é uma mulher. Entrou no estrelato na altura média normal - à volta dos 30. É um acontecimento comum em Hollywood e para mim faz sentido, visto ser aquela idade em que o ser humano está aprimorado. Mantém-se ainda alguma loucura da juventude mas já se encaram as coisas com outra calma, outro ponto de vista.
Com 34 anos, Miss Banks entra de caras para o Top 10.

quarta-feira, setembro 17, 2008

The Promotion

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Stiffler trabalha num supermercado. Concorre para uma posição de chefia, para outra loja dentro da mesma cadeia. À partida, Stiffler tem o lugar garantido só que, pelo meio, aparece John C. Reilly, vindo do Canadá com a filha e esposa escocesa, para a concorrência.
Os dois entram em competição.

Tendo em conta esta história, coloco a questão pertinente: Com um pai canadiano e uma mãe escocesa, como será o sotaque da miúda?
Sim, o filme é assim tão interessante.

Neste tipo de enredo, a ideia é cada um ir enterrando o rival, de forma a ficar por cima. Neste filme, os gajos eram tão maus (não é maus no sentido de vil, é mesmo só reles, otários, deprimentes) que só iam piorando no ranking. Às tantas era mais uma questão de qual deles a pior opção.

domingo, setembro 14, 2008

The Love Guru

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Aqui há uns anos, já o Eddie Murphy tinha feito um filme com a base desta história. Chamava-se precisamente Holy Man. A versão Eddie tentava ser um pouco mais séria, contudo. Esta do Mike é mesmo só as cenas zbróink do costume.
O curioso é que ambos os actores atingiram o seu auge comercial no mesmo filme. Até aquele ponto, nada tinham em comum, tirando o seu passado profissional no SNL.

Como é óbvio, esta versão do Mike é substancialmente melhor. É preciso gostar do estilo de humor dele, mas mesmo que não se goste, dá sempre para achar piada a uma qualquer boca reles ao ex-Mini Me.
Para mim, o Mike é o maior. Gostei dele como Wayne. Ri-me muito com o Austin Powers. E adorei o gajo num filme muito específico. Este Guru não é magnífico. Ele já fez melhor. É uma boa comédia. E a Jessica Alba é boa nas horas.

De realçar que tenho visto algumas comédias ultimamente e todas envolvem um ou outro cavalheiro do Daily Show. Isto são excelentes notícias. Qualquer um deles é hilariante!

Hancock

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Uma questão de espectativas, como estou farto de dizer.
Estava com grandes esperanças para este filme. Para mim, tinha sido o que tinha perdido este Verão. Não foi tão bom como estava à espera - esperava um Will mais «bandeiroso», suponho, não tão sério - mas acabou por surpreender com mais um pouco de sumo na parte final. Não o esperava e foi uma alegre surpresa.
É um bom filme pipoca.

Uma nota final para Charlize.
A mulher é muito, mas muito bonita.
Estranhamente não entra no meu Top 10, mas dou-lhe todo o mérito do mundo. Mesmo depois de caos e destruição, a mulher continua bela.
Não há outra maneira de colocar a coisa.

sábado, setembro 13, 2008

Harold & Kumar Escape from Guantanamo Bay

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Gosto desta versão moderna do Cheech and Chong.
É ridícula, como os originais, mas sempre tem mais algum sumo.
Ok, sumo talvez seja um pequeno exagero, mas há um enredo, por muito tresloucado que seja. O simples facto de aparecerem uma data de gajos conhecidos/famosos do mundo da comédia dá-lhe alguma credibilidade.

Àparte disso, devo dizer que esta miúda é gira nas horas! Tem uns laivos de Ali Larter mas consegue ser melhor, já que ao menos é um bocadinho mais roliça. Dêem-lhe mais um tempinho, se começar a acumular tempo de antena, facilmente ganhará um spot no meu Top 10.

Último detalhe: o Barney é o maior, é um facto. Contudo, ver o Neil Patrick Harris a fazer dele mesmo só que completamente fo#&#$ dos cornos, é muito BOM!!

sexta-feira, setembro 12, 2008

What Happens in Vegas...

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Este filme não faz sentido nenhum.

A Cameron Diaz é despachada pelo namorado num aniversário de namoro, quando se preparava para casar. O Ashton Kutcher é despedido pelo pai(!) por ser um marialva. Encontram-se em Vegas e casam-se. Bêbados, claro.
Por sorte/acidente, no dia seguinte, enquanto chegavam à conflituosa decisão que tinha sido um erro, ganham demasiado dinheiro numa slot machine. A moeda era dela. Ele é que a meteu na máquina. A moeda, não ela. De quem é o dinheiro? Vão a tribunal decidir.
Até aqui tudo bem. Muita gente já terá estado nesta posição. Quem é que nunca fez idiotices, com os copos? O problema é que, no tribunal, o juíz - um cavalheiro algo conservador - decide obrigá-los a tentarem fazer com que o casamento funcione. Só depois é que decidirá para quem deve ir o dinheiro... Porquêêêêê?!? Começa a palhaçada e os ataques e as armadilhas, para tentar que o outro falhe, para ficar com o dinheiro.

E pelo meio discutem por tudo e por nada.
E magoam-se um ao outro.
E descobrem coisas em comum.
E descobrem coisas que impressionam.
E acabam por apoiar-se para certas coisas, porque não custa nada.
E às tantas os defeitos não são assim tão graves.
E as coisas até são fáceis.
E não é preciso perder algo para saber que é bom. Às vezes basta ver o que está à nossa frente.

E não é suposto ser assim?