segunda-feira, março 24, 2008

Juno

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5.º da Maratona dos Cinco

Deixei o melhor para o fim.

Admito que serei algo tendencioso a falar deste.
Acho que já gostava dele antes mesmo de ver o trailer.
O problema foi que não o fui logo ver. O problema é que isto foi parar aos Óscares e acabou por ser empolgado, sem necessidade nenhuma. Não que não mereça lá estar, simplesmente porque sou um egoísta do caraças nestas coisas e gosto de ter este tipo de filmes só para mim, não para as massas.

Não devia ter deixado tanto tempo passar. Não devia ter deixado tanta gente falar-me do filme.
Devia logo ter agarrado em alguém especial e ter ido ver um filme que poderia ser especial.

Geraram-se espectativas, o problema do costume.

Existem algumas coisas demasiado surrealistas, contudo.
A reacção dos pais não existe. Ninguém fica impávido e sereno com a revelação de que a filha está grávida. Mesmo que já o esperassem. Não há pai no mundo que não matasse o puto que lhe engravidasse a filha. E não há maneira de me convencerem que uma miúda como a Ellen Page alguma vez poderia apaixonar-se pelo Michael Cera. Especialmente no secundário.
Sem hipótese... impossível!

Para mais, enquanto via o filme, a vida meteu-se no meio.
Decidiu interromper-me o que parecia ser um óptimo serão, onde os meus ânimos se elevavam com uma bela peça cinematográfica, e mandar-me ao chão, atirando ainda um bocadinho de terra para os olhos e dando aquele pontapé no estômago, não para aleijar, só para perceber que não estava a imaginar a coisa.

É assim a vida.

domingo, março 23, 2008

Michael Clayton

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4.º da Maratona dos Cinco

Hmm!...
Uma surpresa.
Tinha este filme... não era em má consideração, mas esperava algo bastante secante.
Atenção, vejo-me facilmente a adormecer também a ver isto, mas não é a coisa mais horrível do mundo.

Não prima é pela novidade.
É mais uma história de advogados com consciência. Os clientes são uns vígaros e, num golpe de procura de absolvimento/vingança, o advogaddo chega-se à frente e queima os verdadeiros maus-da-fita. Se bem que o Clooney aqui nem é bem advogado.
Gosto deste twist ao conto.
Como as pessoas já não acreditam minimamente na bondade dos advogados, vamos torná-los em algo próximo da lei - porque é conveniente que saibam algo disso - mas não necessariamente advogados; vamos metê-los num escritório de advogados - porque convém haver a proximidade às empresas malévolas - mas que não tenham exactamente clientes e processo em tribunal, etc.

PS - O Clooney é o maior. Porque é que a Tilda Swinton é que ganhou um Óscar... isso é que já me passa ao lado.

There Will Be Blood

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3.º da Maratona dos Cinco

Este foi o que custou mais a ver, até agora.

Não percebi.
Juro que não percebi.
Não percebi o interesse na história.
Não percebi a necessidade de fazer este filme.
Não percebi as motivações do personagem.
Não percebi certas atitudes do Daniel Day-Lewis.
Não percebi porque é que certas personagens apareceram tanto e outras tão pouco.
Não percebi porque é que o PT Anderson decidiu fazer isto. Até o Punch-Drunk Love é melhor que isto.

É certo que não terei entrado com a melhor das disposições.
Não sou fã do Daniel, embora admita que o gajo aqui faz uma excelente interpretação.
Não percebi exactamente o personagem - como aliás já não tinha percebido no Gangs of New York - mas se calhar isso passa mais pelo escritor/realizador e não o actor, não sei.

Não percebi o fascínio pelo negócio do petróleo.

O Daniel é um homem do petróleo que está a tentar vingar no negócio, no virar do século passado. É um homem que fará tudo para chegar aos seus objectivos e, embora se considere um homem de família e respeitador dos outros, estamos a falar de TUDO mesmo. Daniel descobre um sítio com um enorme potencial e começa a subir na vida, ajudando a zona onde isto decorre a prosperar.

A partir daí... confesso que perdi-me.
O gajo ajuda a terriola, ficando rico com isso. Começa a dar-se mal com algumas pessoas mas mesmo isso não me parece muito bem explicado. As coisas começam a correr mal mas sem necessidade nenhuma.
Mesmo a banda sonora. Toda a banda sonora, desde o início, dá aquele ar de que algo vai correr mal, ou algo está a correr mal.
Há toda a sensação de impending doom mas nunca se percebe porquê, porque tudo está a correr relativamente bem.

Epá, não percebi.

No Country for Old Men

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2.º da Maratona dos Cinco

Curioso como é o segundo filme que vejo hoje, em que um(a) escocês(a) faz de pessoa de outra nacionalidade.

Eu não quero ser esta pessoa.
Eu não quero ser o gajo que vê defeitos em tudo.
Só que tenho uma coisa que também me fez confusão neste filme.
Não é muito grave. Não afectou a minha apreciação final.
Fez-me só confusão.

Josh Brolin é um texano normal. Veterano da guerra de Vietnam, Josh estava a caçar quando se deparou com um negócio de droga que correu mal. Josh ignora os narcóticos mas acaba por ficar com a mala com dinheiro. A partir daí, é uma perseguição ao homem com a mala, efectuada por um muito psicótico Javier Bardem, entre alguns outros.

O meu problema é que Josh, apesar de ter tido alguns lapsos, mostrou ser muito inteligente na forma como fugiu aos seus perseguidores. Mesmo a Javier.
Como é que um soldador, que vive num parque de roulotes, consegue ter este tipo de sangue frio, este tipo de controlo sobre o seu instinto de sobrevivência?!
Tudo bem, o cavalheiro teve treino militar e voltou da guerra sem grandes mazelas.
Mesmo assim!...

O filme é bom. Violento qb. Estranho que tenha ido parar aos Oscares, já que não reconheço o «estilo» desta cerimónia neste filme. Justifica-se pelo elenco e realização, naturalmente.

No final perderam-me um bocado, mas não deixa de ser um bom filme.

Atonement

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1.º da Maratona dos Cinco

Por nenhuma ordem especial, começamos por este.

Muito deprimente, diga-se de passagem.
Não foi tão secante como esperava. Algumas pessoas avisaram-me que poderia ter pouca tolerância para o ver, desconhecendo a minha capacidade para ver tudo e mais alguma coisa. Acabou por não custar assim tanto.

Tem alguns bons momentos e confesso que a certa altura fiquei a odiar a irmã mais nova, desejando que McAvoy lhe enfiasse um belo sopapo.
Tenho um pequeno problema com a narrativa.
A história não traz grandes novidades: Homem e mulher são afastados, numa primeira instância, pelas circunstâncias provocadas pela miúda ser uma completa idiota, e depois pela guerra. A história de um amor que nunca chegou a acontecer, misturado com um dos eventos mais significativos de sempre.
A maneira como se conta a história é o que torna este filme especial. Mesmo as representações não são nada de extraordinário. Há muitos mais momentos de pausa, de reflecção, de consequência, momentos artístico, bonitos.
O desenrolar da história está agradável de seguir.
O meu problema com a narrativa passa pelo facto de que, maior parte do tempo, é difícil discernir qual o objectivo do filme.

Ok, conhecem-se e gostam um do outro e querem comer-se. Comem-se! Ok, e agora?
Ok, a miúda é uma idiota e os gajos vão separar-se. E agora, acabou?
Ok, ele vai para a guerra e está perdido em França. É esse o objectivo? É suposto caminhar até ela?

Talvez se tivesse visto o trailer ou soubesse mais do filme, não teria ficado com essa impressão. Só que como não gosto de fazer isso!...

sábado, março 22, 2008

Smiley Face

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A Anna Faris é uma broada do pior.
Está com uma moca descomunal, num dia em que tem que pagar a conta da luz, senão a pessoa com quem divide a casa vai dar-lhe um tiro; tem uma audição importante; tem que pagar ao dealer, senão este vai ficar-lhe com a mobília... um dia atarefado, portanto.

Plano de acção: comprar mais erva (bom começo) usando o dinheiro para pagar a conta da luz (naturalmente), ir à audição (broada, uma pessoa representa melhor, certo?), levantar dinheiro para saldar as dívidas com o dealer (dívidas com um dealer, como é que uma pessoa chega a este ponto na vida?), para pagar as contas da luz (não era suposto já ter dinheiro para pagar isto?) e para comprar ingredientes para fazer mais bolinhos, para substituir os que foram acidentalmente comidos, bolinhos esses que pertencem ao psicótico companheiro de casa (como não podia deixar de ser!).

Escusado será dizer que a coisa não corre exactamente como o planeado.

sexta-feira, março 21, 2008

Music and Lyrics

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Estranho o facto do consenso geral, em relação tanto a Drew Barrymore como ao Hugh Grant, ser tão negativo. Tenho ideia que o pessoal não gosta deles por serem demasiado panhonhas. Demasiado sem-saborões. Isto é estranho. Por muito idiotas que sejam, são ambos queridos e inócuos. Lá está, o mundo aceita muito mais facilmente filhos-da-p#$%!

Para mais, tanto um como outro já fizeram boas coisas.
O Hugh fez o Quatro Casamentos, um dos filmes da minha vida. E gostei dele no Bridget Jones' Diary. Um papel que achei diferente dos do costume dele. (Isto não é de todo consensual!)
A Drew fez o ET, um dos filmes da vida... do mundo!
Ok, já lá vai o tempo do ET, mas desde então sempre se meteu em projectos interessantes. Participa em séries como o Family Guy. Esteve no Donnie Darko. Teve um enorme fairplay na cena do My Date with Drew e mesmo a questão do Charlie's Angels... sim, são filmes um pouco reles, mas ponham-se no lugar dela. Todos nós temos as nossas séries fetiche de quando éramos putos. A Equipa A, o MacGuyver ou a Wonder Woman. Se tivessem oportunidade, não faziam uma versão cinematográfica destas pérolas de infância?
Claro que sim.

Este filme não é nada de especial. Sofre dos mesmo problemas de todas a comédias românticas de hoje em dia. Para além de ser lamechas, sofre do facto que torna-se cada vez mais difícil o contar de um começo de namoro/relação duma forma nova e original.
Rapaz conhece rapariga. Trocam piadas. Descobrem coisas em comum. Comem-se. Passam por um mau bocado. Há um gesto romântico para reatar as coisas. Felizes para sempre. O fim.

É girito qb. O Hugh e a Drew não têm uma má química. Tem algumas piadas engraçadas.
O único senão é ficar com as músicas pop ranhosas na cabeça.
Isso é que já é chato.

Live Free or Die

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Um idiota numa terriola pequena quer ser alguém, quer ser um gangster.
Apela a que cometeu crimes que não cometeu.
Mete-se com gandulos por obrigação e borra-se todo ao fazê-lo.
Elabora planos ridículos que, quando consegue cumprir, lhe tiram o sono, mesmo que não tenham funcionado.
Comete crimes idiotas para esconder outros crimes idiotas.
Uma besta, no fundo.

Esta é a história dele... uma história que poderia ter ficado por contar.

domingo, março 16, 2008

Death at a Funeral

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Sempre bom ver um filme com o belo estilo de humor britânico. A onda anglo-saxónica de dizer qualquer coisa absolutamente ridícula com o ar mais sério do mundo.

Aqui, temos situações absurdas num funeral.
O velório de um pai de família é «abalado» por uns personagens peculiares, narcóticos fortes e algumas revelações menos convenientes.

Nada como ter um homem todo nu, em cima de um telhado, para meter as coisas na devida perspectiva.

Foxfire

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Este estado de espírito desta altura afecta-me sempre.
É a mesma coisa com música. Sempre que sou confrontado com este espírito de teen angst, a cena grunge desta época... isto deprime-me com'ó raio!

Porque é que vi isto?
Há uns tempos descobri uma banda chamada Rilo Kiley. Não é nada de especial mas achei-lhes piada. A vocalista chama-se Jenny Lewis. Descobri mais tarde que a miúda também é actriz. Não fez muita coisa, mas fez este Foxfire.
Se juntarmos a Angelina Jolie (a minha pancada por ela dá-se, única e exclusivamente, neste período e inteiramente por culpa do Hackers!) e umas insinuações no imdb que isto metia lesbianismo...
Tinha que ver o filme.

É giro mas não é grande coisa.
Meia dúzia de miúdas adolescentes que querem revoltar-se para não serem mais as vítimas.
O mundo é uma m$#%& e os homens são todos uns porcos. Seja namorados, colegas de escola ou pais. As miúdas unem-se à volta de Jolie - uma James Dean de passagem pela cidade - e viram-se contra aqueles que lhes querem fazer mal.

De lesbianismo não tem nada.

domingo, março 09, 2008

Run Fatboy Run

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9.º da maratona

Este já fica, mais ou menos, fora do dia da maratona.
Tinha planeado um sábado repleto de filmes e foi isso que fiz. Para todos os efeitos, este termina no domingo... mas acho que ninguém vai ter isso em consideração, certo?

Depois duma dose industrial de «comédia» americana, ficou o melhor para o fim.
Uma comédia simples, um pouco a dar-lhe para o romântica, britânica... para desenjoar...

Simon Pegg começou a correr no dia do casamento. Correu dali para fora, deixando Thandie Newton, grávida, no altar. Foi o maior erro da vida de Simon e agora, numa maratona de Londres, Simon vai tentar correr de volta para uma vida feliz.

















Estranho ver o Dylan Moran relativamente coerente!...

sábado, março 08, 2008

Sydney White

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8.º da maratona

Voltamos à minha fixação com a Amanda Bynes.
Esta fixação tende a desvanecer, no entanto. Se não arranjam um filme decente, com um mínimo de bocas mais adultas para a miúda, acho que vou ter que desistir duma vez por todas.
Vejo-a a mandar bocas com os melhores, mas continuam a fazer filmes infantis - extremamente comerciais, claro - para ela.

Para versão moderna da Branca de Neve, nem está muito mau. Girito qb.
Gostei especialmente do twist que deram à conversa da maçã envenenada. Nada mau.
E a maneira como enfiaram a música dos anões também está gira.

Voltámos é à fórmula original de filmes universitários, com geeks versus gente bonita.
Os geeks são os bons da fita, claro!

American Pie: Beta House

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7.º da maratona

Já nem se estão a esforçar.
Não há história, tirando que estar na faculdade é, única e exclusivamente, para beber e f#$%&!
Agarram nos personagens do último e metem-nos na faculdade, onde é travada a batalha do costume entre geeks e jocks.
A diferença é que aqui os «maus da fita» são os geeks.

Para vermos o quão pouco desenvolvido isto é, no final dão-se as «Olimpíadas Gregas» entre as casa Beta e Geek. Em disputa está a influência soberana sobre o campus univeritário.
Era assim que estavam vestidos alguns dos personagens. Muito «gregos»:

Hot Rod

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6.º da maratona

É a 2ª vez que vejo a Isla Fisher e o Will Arnett hoje, agora no mesmo filme.

Há algumas coisas que se aproveitam desta idiotice:
- As montagens com som à la anos 80, com música metal, ou de «dança» da altura, muito Footloose.
- O asiático com o seu movimento pélvico >> muito bom!!
- A realidade às tantas proferida pelo personagem principal «Verdadeiros homens têm bigode!»

Nem mais, Rod. Nem mais.

Balls of Fury

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5.º da maratona

Porque é que nos estão a tentar convencer que o Dan Fogler tem piada?!
Vi o gajo no Good Luck Chuck e aqui, e em nenhum dos dois o gajo fez-me rir.
Serei eu ou ele?
Tendo em conta que sou quem sou (de notar que tenho o sentido de humor mais fantástico de sempre!) e o Dan é uma nova estrela em ascensão em Hollywood, acho que esta pergunta responde-se facilmente.

Já o Christopher Walken... o cavalheiro aqui está hilariante.
Kudos, Mr. Walken.
Está a melhorar com a idade.

Lets Go to Prison

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4.º da maratona

Dax Shepard entrou demasiado cedo na senda de entrar e sair da prisão. A partir do momento em que foi preso enquanto menor, não conseguir evitar sair, cometer um qualquer outro crime e voltar à prisão.
Para mais, é sempre o mesmo juíz a meter o gajo dentro.
Dax está farto e irá vingar-se na pessoa que considera ser a responsável pelo ciclo vicioso que entrou.
O único problema é que o juíz morre, três dias antes de Dax sair da prisão.
Este terá então que vingar-se no alvo mais próximo: Will Arnett, filho do juíz.
Duma forma um pouco furtuita, Dax arranja maneira de mandar Will para a prisão.
Agora, Will vai provar um pouco do remédio que Dax tem sofrido estes anos todos.

Parece ser uma ideia engraçada.
Acaba por não ser nada de especial.

Jackass 2.5

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3.º da maratona

São os restos das filmagens do Jackass 2.
Sendo restos, naturalmente que isto pressupõe que são as piores ideias.
Contudo, não deixa de ter piada ver um gordo a levar uns tiros no cu, ou o Mike Judge a bombar ar para o cu dum gajo.

After School Special

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2.º da maratona

Uns miúdos no secundário, completos totós que nem conseguem falar com miúdas, decidem fazer um filme pornográfico...
Que ideia tão original!

Tenho que deixar de dar hipóteses aos gajos do National Lampoon's.

The Pleasure of Your Company

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1.º da maratona

Jason Biggs está tão loucamente apaixonado pela namorada, que acha que a maneira mais romântica de a pedir em casamento é fazê-lo num restaurante cheio de gente, vestido de cupido!! Naturalmente que a miúda morre. Ali mesmo.
Jason está desolado e passa um ano em auto-destruição.
Até que sai um dia à rua, finalmente, e decide propor casamento a Isla Fisher, uma completa desconhecida que trabalha num restaurante. Isla, a quem o (muito gay) namorado também propôs casamento no dia anterior, está tão confundida da cabeça que diz que sim.

Sim, é uma comédia ridícula.
Será essa a temática de hoje.