quarta-feira, agosto 31, 2011

Green Lantern

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Eu não queria. A sério que não queria, mas vou ter que mandar vir. Ainda não sei como. Ainda não sei se tenho sequer forças para mandar vir com tudo o que há para mandar vir. Não sei se tenho sequer capacidades para mandar vir com tudo o que há para mandar vir. Vai ter que ser.

Toda a gente andava a dizer que o filme seria mau. Por «toda a gente» entenda-se uma pessoa com quem falo destes filmes. O que é certo é que o burburinho da Internet era negativo. Não ligo muito a essas coisas. Pessoal para mandar vir há sempre. Muitas vezes não têm razão. No entanto, neste caso percebeu-se desde cedo que a coisa não seria boa. Eu, na minha ingenuidade, acreditei que com as espectativas baixas como estavam, até iria divertir-me. Lá bonito o filme é, só que depois a história está toda colada a cuspo. Li hoje um artigo que dava algumas sugestões do porquê de ser tão mau. A ideia geral do artigo é que tentaram ser demasiado fiéis à origem do personagem, tentando colocar demasiadas coisas duma só vez. Concordo mas, mesmo neste acto de manter tudo igual à origem, acabaram por falhar nos detalhes. Não é que meteram o Abin Sur a aterrar num «pântano» que de pântano tinha pouco, mais parecia umas docas!? Sei que é um pormenor de m€rd@, mas para quê mudar o local? Já tinha havido uma cena no deserto, é certo, mas e então? A vida do personagem é ao pé do deserto, caramba! sigh Estou a perder-me. A sério que é complicado. Porque a dúvida que residirá na mente de qualquer espectador que conheça minimamente a história é: como é possível complicar algo tão simples?

Parece-me claro que a DC não tem um plano, ao contrário da Marvel. Talvez não tenham controlo sobre a produção, problema que a Marvel também teve até criar a Marvel Studios. O que se passará é que temos pessoas que não percebem de banda desenhada a fazer adaptações para cinema. Problema grave, sim. Porque eu gosto deste personagem. É dos poucos da DC que gosto verdadeiramente. E mesmo com a má escolha de Reynolds (não convenceu, de todo) seria possível fazer uma boa série de filmes do Green Lantern. Com este flop, que não tem outro nome, dificilmente farão um segundo.

- O Kilowog estava foleiro, com barba e pouco parecido à BD.
- O Reynolds fartou-se de levar porrada, ficando cheio de escoriações e mazelas na cara, que desapareciam na cena seguinte.
- Ambas as visitas a Oa foram forçadas, especialmente a segunda.
- Abusaram imenso das cenas com a miúda.
- Demasiados vilões.
- Demasiadas coisas condensadas em pouco tempo.
- Mais um que não teve treino.
- Ele criou um lança chamas que lançou chamas a sério!?!!?
- O vilão da terra é ridículo.
- Meter o Parallax foi um exagero.
- A primeira vez que usou o anel desfez uma parede arremessando um gajo contra ela, mandando outro contra um carro e um terceiro para não sei aonde, mas não houve repercussões de nada disto.
- ...

Houve mais. Houve ainda mais algumas.
Eu tentei gostar do filme, a sério. As pessoas que o fizeram é que não deixaram.

PS - Que ingénuo fui aqui.

terça-feira, agosto 30, 2011

Banlieue 13: Ultimatum

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Podia jurar que tinha falado aqui no blogue sobre o primeiro Banlieue. Este Ultimatum é a sequela. Melhor guião, em boa verdade, mas o efeito surpresa de pessoal ao saltos perdeu-se há muito.

A premissa é simples: dois artistas dos saltos, sendo um também das artes marciais. Um polícia e outro... não ladrão, mas menos «polícia», vá. Um dentro do bairro, o outro fora. Tornaram-se amigos apesar de não estarem exactamente do mesmo lado. Acima de tudo, o que não é polícia quer limpar o seu bairro, há muito lotado de delinquentes. O polícia compreende a nobre acção e até que gostaria de ajudar. Entretanto há uma empresa qualquer que deseja construir um condomínio de luxo no bairro. O 13, sim. Para tal, nada como meter toda a gente aos tiros, incriminando os maus, matando uns polícias. Arranjam assim maneira de envolver o governo e mandar mísseis para dar cabo daquela bodega toda. Overkill vem à cabeça, sim. Mas o espectacular nem é que o governo francês esteja disposto a lançar bombas para um bairro no meio de Paris. O mais incrível é que o dos saltos que não é polícia, não há maneira nenhuma de alguém lhe meter a mão, dê por onde der. E nem um murro que seja é dado ao polícia, lutador-mor especialista em tudo que é Bruce Lee, parece-me. Foram mais de 20 que estiveram de roda dele num corredor dum edifício governamental, todos a atacar um a um. Quase que tiraram senha para levarem nos cornos à vez. Sim, porque o polícia foi incriminado para que não interferisse no pérfido plano dos «super-polícias». Os saltimbanco, cada um especialista da sua coisa, com a ajuda de alguns «amigos», lá invadem a casa do presidente francês e convencem-no que a melhor solução sempre é rebentar com o bairro 13.

domingo, agosto 28, 2011

Beautiful Boy

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Por acaso já pensei algumas vezes neste ângulo. Histórias sobre miúdos que matam uma data de gente na escola há muitas. Curiosamente são sempre miúdos norte-americanos. Já tivemos o ponto de vista das vítimas, dos agressores e até dos heróis. Beautiful Boy é com o ponto de vista dos que ficam e levam com as consequências: as famílias. Neste caso, os pais, um casal prestes a separar-se mas que aguentou tanto tempo precisamente por causa do miúdo. Este pesadelo aproxima o casal. Afasta-o. Fortalelece-o. Destrói-o. A angústia de querer continuar a amar o filho, sabendo que fez algo horrível. O peso de não saber o que fizeram mal... se é que fizeram alguma coisa mal. Sim, claro que os actos das crianças reflectem-se na grande maioria na educação dada pelos pais. Mas há desiquilíbrios químicos. Há drogas que destróiem o cérebro. Há acidentes e há traumas fora de casa. Um filho vai para uma guerra. Volta de lá traumatizado e mata uma data de gente porque pensa que ainda está a lutar. É culpa dos pais? Há atenuantes. Há muitas possibilidades. Em todo o caso, o pesadelo de viver uma experiência destas é vivida neste filme. E, enquanto o via, andei a arranjar comédias, porque não posso estar sempre a ver estas coisas pesadas. Chiça.

Bamboozled

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Damon Wayans é um escritor de televisão. Trabalha para um dos principais canais, mas não se sente respeitado. Os seus projectos e as suas ideias não são tão bem aceites ou apoiadas como as de um branco. Farto desta discriminação, Wayans cria um programa televisivo onde os actores pintam a cara de preto, como antigamente, um programa que abusa de todos os estereótipos, o programa mais ofensivo e politicamente incorrecto que consegue criar. O objectivo era fazer uma crítica. Era suposto ter feito sátira. Acaba por criar um programa de sucesso. Será o seu maior sucesso, mas também a sua maior vergonha.

sábado, agosto 27, 2011

Friends With Benefits

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Gosto tanto quando um filme insinua que é completamente diferente de todos os outros do género, gozando mesmo com os clichês, só para terminar a bater em todas as teclas gastas. Mas Friends With Benefits tem piada, atenção. Porque a Mila Kunis é espectacular em todos os aspectos e porque Justin Timberlake disfarça muito bem toda a sua contundente homossexualidade. (Não, lamento, continuo sem conseguir gostar dele, mais que não seja porque já o vi meter demasiadas vezes as mãos nos seios de Kunis. Hmm! «Seios de Kunis.» Soa ainda mais obsceno do que é.) Ambos têm uma química incrível em cena. Ambos estão à vontade com tudo. Ambos mostram o rabo neste filme - mas apenas Timberlake mostra as mamas. Acima de tudo, todo o resto do elenco é muito surpreendente. O que dá a entender é que escolheram quem queriam. A produção (vá-se lá saber como), fez meia dúzia de chamadas e arranjou um elenco. Muito impressionante, sim. Quase tanto como a Mila Kunis a ter um orgasmo.

Kung Fu Panda 2

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Sequelas devem ou não manter o registo original?
Por um lado, mantendo o registo, mantém-se a qualidade, em teoria. Mais que não seja, mantém-se aquilo que nos fez gostar do original. Só que se continua sempre o mesmo registo, às tantas cansa.
Por outro lado, se não se mantiver o registo, então para quê fazer uma sequela? Porque não fazer algo original? Porque se já se tem uma fórmula (personagens, universo) que agrada ao público. Porque não aproveitar?

O 2 segue o registo do 1. Ajuda e muito ter uma boa história. Ainda há coisas para contar destes personagens.
Po é, como toda a gente percebeu no primeiro filme, adoptado. Descobrimos agora o que aconteceu à sua família e, mais importante, quem é o responsável.

Estes filmes continuam muito bonitos. Mantendo as vozes originais e continuando a contar boas histórias, é sempre de ver.

quinta-feira, agosto 25, 2011

The Whistleblower

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Rachel Weisz deu com a boca no trombone. E ainda bem. Weisz interpreta uma polícia americana que trabalha para as Nações Unidas. Baseado em factos verídicos, Weisz descobre uma cadeia de tráfico ilegal de mulheres que tem não só o consentimento de membros das NU, como a sua participação activa. À medida que vai tentando salvar algumas mulheres, ou mesmo prender alguns dos culpados, vai descobrindo mais e mais pessoas envolvidas. E pouco pode fazer, porque vá-se lá saber como ou porquê, as NU atribuem imunidade aos seus funcionários. Quando é que isto aconteceu? Quando é que alguém decidiu que só porque estás num país estrangeiro podes fazer o que te der na telha. O que irrita (uma das muitas coisas, atenção) é que esta conversa da imunidade serve apenas para evitar problemas burocráticos. Para evitar chatices e papelada. Incrível. E este c@brõ€s que não têm outro nome aproveitam-se disso e vendem, batem, violam e mais uma data de coisas estas pobres miúdas que não têm quem as defenda.

Nestas alturas tenho muita vergonha de ser homem.

Everything Must Go

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Will Ferrell tem aquilo que na gíria se chama de «um dia perfeito». Já tive dias bons. Já tive dias muito bons e mesmo alguns a roçar a perfeição. Perfeitos? Ainda não tive desses e ainda bem. Sei que estão à minha espera. Sei que virão. Para já, ainda não.

Ferrell é despedido. Chega a casa e a mulher trocou a fechadura e despejou as suas coisas pelo quintal. Recusa-se a atender o telefone. Não está em casa e não se sabe onde anda. Ferrell não pode arrombar a porta, porque já teve problemas da última vez que o fez. É alcoólatra, tal com a esposa. Só que enquanto ela está a trabalhar para manter-se sóbria, ele não. Após um deslize ou outro, Ferrell teve um grande deslize que acabou por custar-lhe o emprego. Agora o cavalheiro dorme pelo quintal, no meio de todos os pertences que tem no mundo. Um miúdo ajuda-o a vender as coisas. A vizinha da frente ajuda-o a não enlouquecer. Tem cinco dias em que pode legalmente estar no quintal. O amigo polícia arranjou-lhe uma licença para vender as coisas nesse tempo. Depois disso, logo se vê. Para já, tem que ir tudo.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Captain America: The First Avenger

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Este é complicado de falar. Estou demasiado próximo do personagem. Sim. Seja. Admito. O Capitão América é o meu personagem preferido de BD. (Que cena tão geek de se dizer.) E estava em pontas para ver o filme. Não ao ponto de ir à ante-estreia. Não o faço por filme nenhum. Não há paciência para salas cheias de gente histérica. Mas começava a ver o filme em menos e menos salas. Assustou-me. Não queria que fosse como com o X-Men: First Class. Demasiadas pessoas andavam a falar-me do filme. É algo que me incomoda. Sei o que diz da minha pessoa. Temos pena. Fui ver e a única coisa que é importante referir: é bom. É uma boa adaptação da história, especialmente tendo em conta o registo dos outros filmes da Marvel Studios e, ainda mais, tendo em conta o que sairá para o ano. É bom. Ponto final.

E a partir daqui continuem a ler por vossa conta e risco. Não pretendo atirar spoilers para o ar, mas vou falar demasiado.

Faltou-me a parte campy da história passar-se nos anos 50. Faltaram-me mais atitudes e expressões da época. O realizador fez um óptimo trabalho, atenção. Já tinha mostrado esse registo no Rocketeer, filme que adorei. Queria mais, confesso. Mas tudo o resto estava lá. Adorei o Bucky. Gostei muito, mesmo muito (mais do que esperava) dos Howling Commandos. Gostei do facto de terem sido discretos em relação a estes personagens. Não fiquei incomodado com as «liberdades» tomadas com a história. De todo. Aliás, um ponto muito a favor, é que este é o Capitão original. Não é o dos Ultimates, como tudo o resto tem sido. A relação dos nazis com os... outros. O Nick Fury preto. A abordagem aos Avengers, com todas as cenas do Hawkeye e a Black Widow. Gostei que apostassem no Cap original e não na versão completamente militar dos Ultimates. Fez-me confusão foi terem apostado na premissa do Capitão não ter tido muito treino militar. Já o tinham feito no primeiro filme do Capitão América. (Sim, houve um outro, muito mau, que nada tem a ver com este.) Pô-lo aos saltos e a fazer uma data de coisas extraordinárias sem treino foi... Bem, é uma opção. Nos filmes tem que ser assim, a correr. Uma coisa que o personagem fartou-se de fazer, aliás. Mas nada destas coisas de somenos interessam. O objectivo principal destes filmes será sempre ver em filme o que nos deliciou em BD. E temos aqui muita coisa. Os saltos por cima das coisas com o plano por baixo: excelente. A premissa que poderá ser aproveitada para o dois ou três: estou a humedecer as cuecas só de pensar nisso. O Red Skull... esperava mais da interpretação, mas mesmo assim foi maravilhoso ver o personagem encarnado (literalmente). Este filme é uma óptima experiência cinematográfica. Foi óptimo de ver e nem o 3D estragou a coisa. E em relação a Chris Evans, tenho muita pena que deixe de ser o Human Torch, mas já o tinha dito aqui: ele é o all-american hero.

Finalizo como de costume: a mandar vir. Houve uma coisa que não gostei nada. O snipet. Aquele troço final a seguir ao genérico. Em todos os outros, foram pedacinhos a deixarem-nos em pontas com os Avengers para o ano. Funciona. Deixavam-me sempre com um sorriso parvo na cara. Desta vez... odiei! Tenho dito.

terça-feira, agosto 23, 2011

Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides

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Alguém pode ajudar-me, por favor? Estou meio perdido. À boa maneira Hollywoodesca já esqueci há muito a «história» dos outros. Lembro-me do Jack estar morto, de ser um fantasma. Isto aconteceu no primeiro, salvo erro. O seu inimigo, Barbossa também sofria dessa maldição. Acho que só apareciam à noite, certo? O dois e o três já não me recordo. Sei que a história estava dividida em duas partes. Lembro-me perfeitamente de ter ficado irritado quando descobri. Deixa-me pesquisar no blogue. (...) Certo, não se pode dizer que tenha adiantado muito nos posts. Isto será uma prequela? Cheira a prequela, não sei porquê.

On Stranger Tides é meter Depp em mais tontices, agora atrás de outro dos mitos associados a piratas: a Fonte da Juventude. Mas não é só Depp que quer encontrar o bebedouro (se bem que não é o mais entusiasmado com a ideia, desta vez as suas motivações são outras). Na corrida estão espanhóis, o Barba Negra e Barbossa... mais uma vez.

Fica o póster da Penélope, a única coisa que se aproveita.

segunda-feira, agosto 22, 2011

Fast Five

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Depois duma bela sesta num final de tarde de domingo, precisava de algo para espevitar, para despertar. Abusei, claro. Todos os meus poros, neste momento, exalam testosterona. Estes filmes de «F&F» deviam vir com avisos. «Não recomendado para pessoas com problemas cardíacos.» «Não consumir depois das nove da noite.» Esse tipo de coisas.

A fórmula é sempre a mesma: carros, velocidade, garotas, destruição e testosterona. Há muitos bons momentos neste quinto episódio da saga. Muitos terão gostado da cena de porrada entre Vin Diesel e Dwayne «The Rock» Johnson. Muitos mesmo, porque teremos que ter em conta toda a questão homo-erótica. Outros terão adorado como parte do Rio de Janeiro foi destruído com uma caixa cofre gigante e pesada. Eu prefiro destacar três outros momentos.
- The Rock é um agente federal enviado para o Brazil em busca dos meninos do costume. Um polícia local está de roda dele, assim que aterra, para saber o que necessita. The Rock só precisa de duas coisas. A primeira é uma interprete polícia popozuda (claro). A segunda: «Stay the fuck out of my way.»
- Joaquim de Almeida é o barão do crime local. É ele que controla o Rio. Depois de mostrar esse lado mais agressivo, sai-se com este lindo discurso de estratégia, contendo também uma pequena lição de história, para uns fat cats quaisquer sem relevância nenhuma para o enredo do filme: «Five hundred years ago, the Portuguese and the Spanish came here, each trying to get the country from their natives. The Spaniards arrived, guns(!) blazing, determined to prove who was boss. The natives killed every single Spaniard. Personally, I prefer the methods of the Portuguese. They came bearing gifts. Mirrors, scissors, trinkets. Things that the natives couldn't get on their own, but to continue receiving them, they had to work for the Portuguese. And that's why all Brazilians speak Portuguese today.»
- Este quinto «F&F» mais pareceu um «Ocean's Eleven». A certa altura chamam os amigos para ter uma equipa de especialistas. Na primeira «reunião de equipa», Diesel começa a explicar o porquê de os ter convidado a todos para virem ao Rio. E o que achei delicioso nesta parte é que, mesmo antes de explicar o plano e o quão impossível e insano seria, havia logo pessoas a aceitar o «trabalho». Imagino que ficaram encantados pelos lindos olhos de Diesel. Apesar de tudo, houve logo um que disse que não e outros hesitaram, com razão. Facilmente foram convencidos quando números foram citados. Relembro que não havia plano na mesa, mas assim que 100 milhões foram mencionados, toda a gente alinhou imediatamente. «Vamos tentar assaltar o gajo mais poderoso e perigoso da zona, tentando entrar no sítio mais protegido do país? Epá, não sei se me quero meter nisso. (...) 100 milhões? Contem comigo.»

Para terminar, e fazendo uso do conhecimento que adquiri com esta película, posso afirmar que as favelas do Rio têm os telhados de zinco mais forte do mundo e arredores, pois conseguem suportar não só o peso de Vin Diesel, como ainda o de The Rock, ambos aos saltos. Magnífico.

domingo, agosto 21, 2011

Water for Elephants

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Muito ao estilo de The Notebook, em Water for Elephants temos um velho a contar como foi a sua vida. No dia em que fazia o seu último exame da licenciatura em veterinária, os pais morrem num acidente de carro, deixando-o na penúria. O rapaz faz-se à estrada, entrando durante a noite num comboio em andamento. Pertencia ao circo onde acaba por trabalhar e apaixonar-se pela estrela da companhia, casada com o dono do circo, um «cavalheiro» muito perturbado e vingativo.

Não percebo a panca com o Robert Patterson. Ele chega a representar? A única coisa que o vi aqui fazer foi rir e fazer cara de parvo em quase todas as cenas.

Zookeeper

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Este tipo de filmes tem sempre um padrão. O herói acha que tem que mudar para ter aquilo que acha que quer, só para descobrir que já era feliz e que afinal quer outras coisas ou mesmo só o que tinha. Tudo bem. Toda a gente sabe isso. E não há grande mal que o padrão seja sempre o mesmo. Porque o que se pretende é que as partes pelos meio tenham piada. Ver um Zookeeper é ver algo para dar uma risada. É ver um gajo gordo a fazer figuras tristes e rir no processo.

Que pena que não haja nada para rir em Zookeeper. O gajo gordo estava lá... as cenas para rir nem por isso.

sábado, agosto 20, 2011

Diner

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Steve Guttenberg vai casar-se. O melhor amigo regressa mais cedo da faculdade, juntando-se ao grupo de amigos marialvas. Kevin Bacon é filho de pais ricos, mas rejeita o dinheiro e o estilo de vida, abandonando a faculdade, por muito inteligente que seja. Mickey Rourke é um mulherengo que acha que vai ser alguém, «passeando» por uma faculdade de direito e fazendo apostas com dinheiro que não tem. Daniel Stern é o único casado. Está com Ellen Barkin há algum tempo, mas não têm nada que falar. Tim Daly é o amigo que regressa da faculdade em NY. Está apaixonado pela amiga de longa data e esta está grávida da única noite que estiveram juntos, muito por acaso. Tanto a noite, como a gravidez, entenda-se. Paul Reiser é um crava do pior.

Como se pode ver, é uma senhora colecção de cromos neste filme realizado por Barry Levinson. Guttenberg acaba por decidir casar ou não, baseado-se num teste de trivia de futebol americano que faz à mulher. Ela não atinge a pontuação suficiente, mas Guttenberg talvez lhe dê uma nota extra. Resta dizer que muito se passa num diner, mas essa parte deveria ser óbvia, não?

sexta-feira, agosto 19, 2011

Super 8

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Se o filme pipoca não vai a DaMaSCo, vai DaMaSCo ao filme pipoca.

Super 8 é um de muitos que andam pelo cinema (alguns até já saíram de cena), a catrapiscar-me o olho, qual sabor de gelado no meio de tantos outros enfiados em pequenos baldes que queremos meter debaixo do braço e trazer para casa. (Comi uma bola de gelado hoje que soube-me a pouco, confesso.) Super 8 não era a minha primeira opção. Nem mesmo a segunda. Acabou por ser a escolha de compromisso, muito por culpa da tecnologia 3D. A primeira escolha seria ver um cavalheiro militar aos saltos. Não que esteja arrependido, atenção. O meu eu pré-adolescente saiu deliciado da sala de cinema, ao contrário da minha companhia que, curiosamente foi quem puxou por esta opção.

Não vou alongar-me muito. Todo o projecto esteve envolto em mistério. Nomes diferentes. Conteúdos e história escondidos. Muito cloak & dagger que, aliás, é o registo da primeira metade do filme. Não serei eu agora a estragar tudo. O que posso adiantar (e atenção que poderá ser considerado spoiler) é que Super 8 é um misto de ET, Goonies, Encontros Imediatos do 3.º Grau (tudo do lado Spielberg) e Cloverfield (do lado Abrams, claro), tudo no registo «Amblin», sempre com «rasgos de luz» a atravessar a imagem, e com uma premissa básica: os adultos estão lixados, porque só os miúdos é que se safam.

PS - Eu sabia que a miúda era-me familiar. É irmã da Dakota, pois claro!

quarta-feira, agosto 17, 2011

The Descent: Part 2

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Querendo provar que os meus comentários em relação ao primeiro estavam errados, agora levaram homens para baixo e a coisa... bem, digamos que não correu muito bem.

A sequela segue a narrativa pouco depois de a termos deixado no primeiro. A moça que sobreviveu é levada para o hospital. Uma equipa de salvamento procura as restantes miúdas desaparecidas. Para azar da que se safou, sofre de amnésia. O trauma fê-la esquecer os acontecimentos do último ano. Até esqueceu que a filha tinha morrido. Como ainda se pensa que apenas se trata dum caso de pessoas perdidas em grutas, a sobrevivente é levada de novo para baixo, para ajudar com a procura. Com ela vai o conjunto mais infeliz de equipa de salvamento possível. Corre mal, claro que corre mal.

Enquanto o primeiro Descent é altamente recomendável, o segundo é de evitar.
Até nisto foi previsível.

The Beaver

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Numa terça a cheira a segunda, nada como terminar ao dia a ver uma historieta sobre alguém com uma vida mais complexa... em teoria. Coitadinho do Mel Gibson que é casado com uma loira gira, tem dois filhos atraentes e inteligentes, e gere uma empresa de brinquedos. Começa a ser complicado para Mel gerir tamanho chorrilho de dificuldades e a solução talvez passe por seguir as passadas do paizinho que, após depressão, decidiu aliviar o mundo da sua presença. Surge então o castor... quiçá para o salvar.

Notas breve sobre The Beaver:
- continuo sem perceber como se vestia e banhava, ou mesmo urinava, lamento
- ainda gosto do Mel Gibson, apesar de todas as idiotices que tem feito nos últimos anos
- já não me lembrava das outras aventuras de Jodie Foster na realização e não fazia ideia que não realizava desde 95
- a Jennifer Lawrence está mais gira com cada filme que faz
- o Anton Yelchin é um óptimo actor, não me canso de o dizer
- o filme tem uma estimativa de orçamento de 21 milhões de dólares, tendo rendido até agora 1 milhão nas bilheteiras norte-americanas
- não acho que o filme seja assim tão mau que justifique a diferença de valores acima

terça-feira, agosto 16, 2011

The Conspirator

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Logo após o assassinato do presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, o grupo quase completo de conspiradores é levado a tribunal. Com eles segue Mary Surratt, mãe de uma das pessoas envolvidas no homicídio. Surratt era a dona da estalagem onde os homens se juntaram e organizaram a morte do presidente. Todos querem vê-la condenada, não por justiça, mas por vingança. Esta é a opinião de um jovem advogado, militar no lado vencedor do norte. Reticente, assumiu a defesa de Surratt, acabando por duvidar da sua culpa.

The Conspirator é um filme «americano» sobre o sentido de justiça e de que todos são inocentes até ser provada a sua culpa. Muito dramático mas, na minha modesta opinião, pouco interessante.

sexta-feira, agosto 12, 2011

Win Win

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Ia já bem dentro do filme, bem bem dentro, e apercebo-me que isto é o Blind Side, mas sem o dinheiro ou o factor «baseado em acontecimentos reais».

Paul Giamatti é um advogado a começar a ter preocupação financeiras. É casado e tem duas miúdas. O dinheiro aperta. A falta dele aperta, aliás. Acede a tomar conta dum velho a roçar a demência, porque terá direito a um salário. A filha está desaparecida e não há mais ninguém para tomar conta dele. Giamatti não contava era com o neto que ninguém sabia existir. Aparece do nada e agora, para além do velhote, Giamatti tem que tomar conta dum miúdo adolescente. A vantagem aqui é que o miúdo é muito bom na luta greco-romana que, curiosamente, Giamatti treina no liceu local.

Win Win está bem preenchido. Mesmo o miúdo que foi apenas contratado porque é bom lutador e não actor está bem. O problema é que percebendo a trama copiada, o filme perde todo o elã.

quinta-feira, agosto 11, 2011

Sympathy for Delicious

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Depois de duas interrupções de 45m, lá consegui terminar o filme. Não é a melhor maneira de ver seja o que for, mas é o que se pode arranjar.

Muita surpresa causou este Sympathy for Delicious. Não tanto pelo filme em si, mais pelo teor do projecto. Realizado por Mark Ruffalo, o filme é ainda escrito por Christopher Thornton, que também interpreta o personagem principal. Delicious D anda numa cadeira de rodas, algo a que se está a habituar há pouco tempo e mal, muito mal. Delicious D é o seu nome de DJ. Não me parece que a cadeira de rodas possa ser grande impedimento para passar música. Já a personalidade e a maneira como lida com as coisas, talvez. Daí que tenha grandes dificuldades em encontrar trabalhos. Daí que viva no carro, como um vagabundo, entre vagabundos. Contudo, é através deles que Delicious descobre que tem o poder da cura, também muito graças a Ruffalo, que aqui interpreta um padre. Para mal dos pecados de Delicious, o cavalheiro consegue curar toda a gente, menos a ele próprio. Terá então que continuar a sua viagem, agora com um poder jeitoso e desejos egoístas de obter dinheiro e fama. Primeiro através dos seus talentos musicais mas também, se tiver que ser, através do seu outro talento.

O elenco não é mau e a presença da impressionante Laura Linney justificar-se-á com a quiçá amizada criada no muito bom You Can Count On Me, onde Rufalo e Linney interpretavam irmãos. Bem que gostava de poder ver este filme outra vez mas, infelizmente, «amigos» perderam-no.

terça-feira, agosto 09, 2011

Japanese Story

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Japanese Story é uma recomendação de há muito tempo atrás. Finalmente houve tempo e espírito.

Um homem de negócios japonês aproveita uma visita da sua empresa para passear e conhecer a Austrália. Sai a fava a Toni Collette, que tem que levar o rude japonês para todo o lado, incluindo o meio de lado nenhum. O homem é parvo, mal criado, não lhe dirige muito a palavra, fala japonês maior parte das vezes... trata-a como criada. Como em todas as vezes em que um homem é parvo para uma mulher, os dois acabam na cama. Após uma noite no meio do deserto, com o jipe atolado e sem sinal de telemóvel, a experiência de quase morrerem acaba por aproximá-los. Daí a sexo foi um pequeno passo.

Mais não digo, para não estragar. O filme é bonito e até chegar ao último terço vê-se bastante bem. O início do último terço surpreende, mas a partir daí a coisa arrasta-se demasiado. Percebe-se, mas roçou o enfado.

segunda-feira, agosto 08, 2011

Let Me In

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Não tendo visto o filme, já tinha visto grande parte. Porque Let Me In é a versão americana de Låt Den Rätte Komma In. Já tinha ouvido/lido em alguns sítios que era uma boa versão, ao contrário de maior parte das versões/adaptações americanas de coisas europeias. Confirma-se. Let Me In deixa menos ao suspense e ao mistério. É tudo mais ou menos revelado logo no início. Aliás, essa parte é a que mais difere do original. A partir de certa altura é tudo bastante igual. A finalizar, é de referir o óptimo elenco que tem.

domingo, agosto 07, 2011

October Sky

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Ontem à noite vi um Jake Gyllenhaal na noite. Achei por bem hoje ver um dos primeiros filmes do original.

October Sky é baseado em factos verídicos, num grupo de rapazes que viviam numa terra dedicada quase exclusivamente à exploração de carvão, na década de 50. Numa tentativa de sair da terra e não ter que trabalhar na mina, os rapazes dedicam-se ao estudo e criação de foguetes, influenciados pela «corrida ao espaço» da altura. Com a ajuda da povoação, os rapazes conseguem ganhar prémios e bolsas para a faculdade. Gyllenhaal conseguirá finalmente ter o apoio e orgulho do pai, que sempre o quis a trabalhar na mina.

Toast

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Ca seca de filme.

Baseado na vida dum chef britânico famoso, Toast narra a história dum rapazinho que nunca teve o amor do pai, tendo perdido o da mãe bastante cedo. Após a sua morte, o miúdo tenta ganhar as atenções do pai através do estômago. A mãe era uma péssima cozinheira. Na disputa está também Helena Bonham Carter, a empregada e eventual madrasta. Carter, ao contrário da falecida mãe e esposa, é uma óptima cozinheira, com quem o miúdo, apesar das antipatias, aprende a fazer uma tarte de merengue divinal.

sábado, agosto 06, 2011

American Graffiti

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À custa duma curiosidade do Take Me Home Tonight fui relembrado deste American Graffiti. Isso e depois duma dose infrutífera de zapping, decidi fazer a minha sessão de TCM hoje. Não há muitas oportunidades de ver algo que não «Star Wars», realizado por George Lucas. Mais, não é todos os dias que se é presentado com fabulosas interpretações dos mui jovens Ronnie Howard e Harrison Ford. Estou a ser irónico, claro. Ron Howard é tão mau actor como realizador.

Em comum, ambos os filmes narram uma noite dum grupo de jovens. Pessoas no ponto entre serem adolescentes e adultos, sem saberem muito bem que pretendem fazer, com medo de tomar determinadas decisões. Pelo meio vão a festas, enfrascam-se e fazem corridas ilegais, metem-se em apuros e safam-se deles. E dizem boss uma data de vezes.

Curiosidade engraçada que já tinha lido algures: a matrícula do carro mais rápido do condado, conduzido por um dos personagens principais, começa por THX. Tomem lá uma referência geek que muito pouca gente vai perceber. Mais que não seja porque há três pessoas que vão ler isto.

Bad Teacher

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Não tem nada que saber. Cameron Diaz é um c@br@ interesseira. Quer casar com alguém rico. Não interessa se bonito ou feio. Enquanto não o conseguia, ensinou durante um ano. Segundo ela, ser professora era o emprego perfeito porque não tinha que fazer nada e tinha três meses de férias. No final do seu primeiro ano lectivo, tenciona reformar-se pois ia casar com o totó rico. A futura sogra boicotou-lhe os planos e teve que continuar a «ensinar». Novo estratagema: implantes. Só que silicone custa dinheiro. Pelo meio aparece um professor novo interpretado por Timberlake, que aparenta ter dinheiro. Do outro lado do prisma está Jason Segel, professor de educação física mas que não é um completo idiota. Simples, eu sei, mas não tenho problemas em admitir diverti-me. Diaz tem jeito para a comédia, especialmente quando faz de c@br@. Houve até uma cena quando está a lavar carros que, embora previsível, fez-me rir alto.

E foi bom ver o Timberlake a ser rejeitado. Mesmo que seja só ficção. Sim, porque sei perfeitamente que o palerma pode chegar ao pé de qualquer mulher, com um pau cheio de pregos, ainda com restos de focas bebés a escorrer sangue, dizer «tenho o escroto todo suado» e, mesmo assim, conseguir sexo.

Já numa nota que não tem nada a ver, acho que vi tudo o que Jason Segel fez.
É estranho, sim.

Blitz

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Com tamanha dose de testosterona, como vou conseguir dormir? A sério, é que são quase 100 minutos do Jason Statham de peito inchado, a arrear porrada só porque sim. O resumo do filme fala em assassino em série de polícias. Para já, para ser em série, dá jeito ser uns quantos homicídios e não só três. É verdade que matou mais pessoas, mas não eram polícias. Depois, dá aquela ideia que é uma coisa pensada, calculada e, tendo em conta o registo do género, só vemos o assassíno no final, quando é descoberto pelo herói. Aqui, à segunda morte já andava em tronco nu no meio da rua, aos tiros a polícias dentro de carros. O final... bem, o final então é qualquer coisa de extraordinário. Muito pouco correcto, como eram os filmes nos anos 70. Já não via algo tão disparatado há algum tempo.

Ah, e o Paddy Considine é o «parceiro» de Statham. Não é uma coisa designada pelo comissário. É só porque é um único polícia «com tomates» para o acompanhar. Apesar de ser homossexual... um pormenor que ainda não percebi porque é referido.

sexta-feira, agosto 05, 2011

Hesher

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Joseph Gordon-Levitt é Hesher. E Hesher tem um pirete tatuado nas costas. O mesmo que podemos ver aqui ao lado.

É preciso mais?
Ok, eu dou um bocadinho mais.

Pai e filho perderam esposa/mãe há coisa de meses, num acidente de carro. O pai entrou em depressão. O filho é um miúdo que é maltr... não espera, já posso dizer bullied. Ainda não fui ver, mas aposto que a palavra já está no dicionário. Sim, porque bullying é uma coisa que só existe em Portugal desde que as notícias começaram a falar sobre o assunto. Continuando, pai e filho vivem, infelizes, em casa da mãe/avó. Uma velhota muito simpática e carinhosa, mas que não sabe que fazer com o filho e com o neto. Entra Hesher (o tal do pirete), um vadio arruaceiro, que mora em casas abandonadas ou na carrinha. O rapazito é meio louco e faz o que quer. Nomeadamente, entra em casa da mãe/avó, onde estão pai e filho. Entra, lava a roupa, senta-se a ver porno. E a velhota não dá em mais nada e coloca outro prato na mesa. Hesher é rude e violento, mas é o que esta família acaba por precisar.

Oranges and Sunshine

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Na década de 80, muito por acaso, uma assistente social ganha conhecimento de alguns casos de crianças britânicas, supostamente orfãs, que foram deportadas para a Autrália nas décadas de 40 e 50. Reza a história (pois é baseado em factos reais, este filme) que o governo britânico, em conluio com o autraliano, agarrava em crianças filhas de pais... bêbados, alguns drogados, acima de tudo mães solteiras, agarravam nessas crianças e mandavam-nos de barco para a Austrália, para uma «vida melhor», com a promessa de laranjas e sol. Os miúdos tinham tanto azar, que só porque os pais eram totós e tinham sexo sem saberem o que faziam, eram recambiados para a ilha que sempre teve que levar com o lixo britânico todo. Não que estas crianças fossem lixo, atenção. Infelizmente eram vistas assim pelo governo da altura. Chegando lá, os miúdos eram metidos noutros lares onde, em condições miseráveis, eram obrigados a trabalhar no campo, a construir igrejas e sim, a serem abusados por padres. A assistente social, também com muito sacrifício próprio, traz o assunto à atenção de toda a gente e ajuda os miúdos-agora-adultos a descobrirem os pais há muito perdidos.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Scream 4

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A sensação é sempre a mesma. Dez anos depois e vejo um «Scream» com a sensação que é giro. Depois, passado uns tempos, começo a relembrar e acho que é horrível. No momento, a coisa até decorre bem. Achei piada ao final. Não ao final todo. O final final era escusado. Antes do final final, o final. Até está engraçado. Não esperava o desenlace. Adivinhei algumas coisas, outras não. Atenção que não é uma questão de orgulho. Estou-me a marimbar para se sei quem matou o quê. Prefiro ser surpreendido. E, por acaso, até fui.

Em todo o caso, este «Scream» até serviu mais para fazer uma alteração ao famigerado Top 10. Já há algum tempo que não tinha alterações. Sai Rachel McAdams, entra Alison Brie, uma panca desenvolvida no Community, que cresce (no pun intended) a cada episódio.

The Marriage of Figaro

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Fig é um afinador de pianos, motard, rapaz simpático e pai de duas crianças que cria com a namorada de há oito anos. Casamento. Têm que se casar. Porque viver juntos e ter dois filhos não chega. Lamento, mas aqui tenho que reclamar. Porque o homem empenhou a bicicleta para arranjar uns trocados para o anel. E na cena seguinte o filho mais velho pergunta pela bicicleta. Faz sentido o puto ter que abdicar da bicla que iria ter, só para a mãe ter uma anilha à volta do dedo?

A resmunguice deve-se a outras coisas. Sono, acima de tudo. O filme é simpático. Nada de mais, apenas simpático. De cómico tem pouco, aliás. Segundo a página do IMDb, o actor interpreta o seu primeiro papel e logo como principal (para além de ser motard na vida real). Não surpreende. The Marriage of Figaro nota-se que é bastante amador. Em todo o caso, não tem problema. Foi algo simples de ver, com um sotaque de inglês diferente do usual. Deu para desenjoar.

terça-feira, agosto 02, 2011

Something Borrowed

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Ainda tive alguma esperança, confesso. A história já foi contada inúmeras vezes, mas mantive a esperança até quase o final que conseguisse ser diferente. Não foi. Infelizmente, não foi. Teria sido um ponto muito a favor. Aqui a questão é que Ginnifer Goodwin (que apesar de ser a protagonista mesmo assim não tem o nome primeiro no cartaz) e Kate «A Viúva Negra» Hudson (adivinhem quem tem o primeiro nome no cartaz) são melhores amigas desde sempre. Hudson vai casar-se com a paixão de Goodwin desde a faculdade. Mal entendidos e o facto de Goodwin ser uma totó, a acumular com o outro facto de que Hudson é a rainha do centro das atenções, fez com que o rapazito, que até estava apaixonado pela morena, acabasse noivo da loira. Meses antes do casamento, por sorte ou azar, Goodwin enrola-se finalmente com o rapazito. Malandros. A partir daí é um chorrilho de «não-devíamos-fazer-ou-mesmo-só-querer-isto, mas-também-não-te-quero-com-mais-ninguém que, confesso, deu-me a volta ao estômago e não pelos motivos óbvios. Pelo meio, nenhuma delas quer John Krasinsky e este não quer Ashley Williams. Esta última ideia será das mais absurdas e surreais que alguma vez vi em qualquer filme na vida. E eu já vi muita coisa absurda e/ou surreal. Quem é que não quer a melhor namorada que o Ted teve até agora?!

Bem, o que é certo é que Something Borrowed poderia ter tido algo de original e não teve. Claro que às tantas descobre-se que Hudson traiu o noivo. É sempre o mesmo esquema para validar a traição da melhor amiga, protagonista da história. Esperava-o, claro. Não deixou de irritar-me. E acho que este filme não terá sido tão bem aceite (pelo público-alvo, entenda-se) porque continua a dar aquela imagem de gente rica que tem tudo mas, mesmo assim choraminga. Personagens com grandes empregos, uma data de tempo livre, apartamentos grandes em NY e casa nos Hamptons não é o que o espectador quer ver. Os tempos são demasiado deprimentes e frustrantes para se criar empatia com quem tem tudo, lamento.

Em todo o caso, já tinha saudades de comédias românticas.

Source Code

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Source Code é uma espécie de Groundhog Day, misturado com Butterfly Effect.

Confesso que tive sentimentos mistos em relação ao filme. Primeiro não apelou muito por ter o Gyllenhaal, rapazito não conhecido por andar a fazer grandes filmes. A sinopse, imagens ou resto do elenco, bem mais de confiança, fizeram-me voltar atrás na opinião. Depois descobri que é do realizador do Moon. O receio voltou. Acabei por ceder porque apareceu por aí pessoal a dizer bem do filme.

E ainda bem que o vi. A história é muito confusa e acredito que, se decidisse perder tempo a discutir alguns detalhes, descobria erros atrás de erros. É normal em histórias que envolvem realidades paralelas, viagens no tempo (mais ou menos) e, acima de tudo, tecnologia não só não existente, como muito rebuscada, sem grande fundamente científico.

Confuso e ilógico, mas agradável de se ver.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Fast Times at Ridgemont High

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Mais um filme com referências em todo o lado. Já tinha visto cenas. Devo ter visto grande parte em miúdo. Já vi maior parte dos actores numa data de outras coisas. Por que razão é uma referência? Gostava de poder dizer que é pela profundidade do guião. Ou pela experiência que terá sido ver o filme na altura. Podia até mesmo ter uma mensagem que falasse aos jovens da década de 80. Não, infelizmente é porque vê-se as mamas da Phoebe Cates e da Jennifer Jason Leigh. É porque o Sean Penn é um drogadeco que anda em tronco nu, mais os seus dois amigos drogadecos, Eric Stoltz e o careca do ER. Talvez até mesmo porque Nicolas Cage aparece como figurante.

A coisa não é tão horrível como possa parecer. Sim, é um filme dos anos 80 sobre adolescentes. Um ano específico do secundário. Para alguns, o último. Para outros, o primeiro. Tem cenas que não fazem sentido. E dá a mesma música sempre que Leigh vai para a cama com alguém... o que ainda é algumas vezes. Há sempre a curiosidade de ser um filme escrito por Cameron Crowe. O primeiro, aliás.