domingo, junho 30, 2019

The Do-Over


Outro difícil de catalogar. Também tem umas cenas de acção - algo ridículas, interpretadas pelo Sandler - mas, acima de tudo, acaba por ser claramente uma tentativa de comédia. Entenda-se: algo ridículo.

Ninguém mais vai ver isto e não sei que pensou a Netflix quando decidiu alojar esta pandilha (do filme anterior e deste) para fazer filmes para o «canal». É que... Já com Grown Ups tinha disto isto. Eles claramente estão a fazer filmes para estar com amigos em sítios fixes. Ou seja, estão a usar orçamento de produção para fazer férias com a malta.

O que não tem nada de mal, atenção. Eu faria o mesmo.

Carlos, onde é a acção do nosso próximo filme? (...) Polinésia Francesa? Parece-me óptimo. Só temos de fazer umas cenas naquelas cabanas com ligação directa ao mar, para sacarmos um hotel porreiro.

True Memoirs of an International Assassin


Difícil catalogar este tipo de filmes. Será uma comédia com toques de acção, ou um filme de acção a tentar ser engraçado. Maior parte das pessoas catalogou-o só de mau, mas ainda não me decidi a criar essa categoria aqui no blogue. Fiquemo-nos pelas já definidas. O certo é que tem mais de acção do que de comédia, pelo que fiquemos apenas pela primeira.

O que é que a Netflix estava a pensar? Este filme foi carote. Tem cenas até bastante complicadas, cenários, etc. Compensa-lhes fazer banhadas destas? Eu vi, bem sei, mas eu não sou, nem serei nunca exemplo.

Our Brand is Crisis


Ora cá está aquilo que falava para os filmes Portugueses.

Este filme teve pouco sucesso. Apareceu há quatro anos. Ninguém ligou nenhuma. Mais que não seja porque era sobre política Boliviana, que tem zero interesse para os americanos (apesar de estarem aqui muitas coisas pertinentes para a política deles). Eu já não me lembrava do filme, se é que alguma vez soube que existia. E esta porcaria estreou nos cinemas Portugueses!

Vai para a Netflix. Parece novo. Tem destaque. Acredito piamente que muita gente tenha visto. Tem a Sandra, que está muito bem (embora demasiado plástica), mais um par de bons actores. É interessante. Está bem feito. É um excelente filme para se ver em casa, descontraidamente.

Vai ganhar muito dinheiro com isto e compensar o investimento feito? Nada disso. Mas teve visibilidade, foi visto por mais gente e terá feito um pouco de dinheiro. Se falar às pessoas do filme vão saber o que é, ao contrário de há uns meses.

Porque não fazer o mesmo com o raios dos filmes Portugueses?

quinta-feira, junho 27, 2019

Os Gatos não Têm Vertigens


Está tudo maluco?!

Estamos em 2013. Plena crise em Portugal, é certo, mas... A protagonista deste filme tem uma casa na encosta do Castelo. O marido acabou de morrer e o enteado, artista, quer vender a casa para fazer uns trocos. O que é para lá de estúpido, bem sei. Então vai vender uma casa em Lisboa antes do boom do turismo? Ainda por cima a casa está remodelada e tem acesso ao terraço com vista para Lisboa e para o rio. O raio do sítio vale uma pequena fortuna, hoje em dia. Assim, o estúpido forçou a coisa, antagonizando sogra e mulher. Perde um negócio de sonho e a Fernanda Serrano, que continua a ser um sonho só por si. É o que dá não ter paciência.

Fora isso, o filme até está bem engraçado. O rapazito principal não sabe representar e continuamos com aquele problema de maior parte das coisas ditas em Português soarem sempre a falso. Mas a história é romântica e optimista, como se queria naqueles e em maior parte dos tempos.

Fury


Houve aqui uma fase em que o Pitt não queria mais nada se não fazer filmes de guerra. O que é curioso já que, por norma, actores de Hollywood são contra esse tipo de coisas. Convenhamos que participar num filme de guerra não tem nada a ver com opiniões políticas. Tivesse o mundo só filmes sobre guerra e não as ditas a sério, e estaríamos todos muito bem. Porque não há nada errado em ver uma boa história destas. E Fury é isso mesmo, uma boa história de guerra.

No caso, no fim da segunda Grande Guerra. Não se pensa muito no final. Pensa-se no durante, o antes e até o depois. O final supostamente deveria ser uma coisa mais calma. Não o era. As comunicações de então não são como as de hoje. Por muito que as altas instâncias até já tenham discutido as condições de rendição, não é líquido que estas notícias cheguem às tropas enfiadas em buracos sem telefone. Aliás, uma das histórias mais populares era dos soldados Japoneses que, durante anos após o fim da Grande Guerra (ainda estamos na segunda), continuavam a lutar, desterrados nos seus postos, em ilhas e outros sítios inóspitos.

Em Fury, a equipa de Pitt anda pela Alemanha a limpar terreno, a dar cabo dos últimos militares espalhados pelo campo e pelas pequenas povoações. E se era complicado dar cabo daqueles panzers...

quarta-feira, junho 26, 2019

3 Idiots


Para uma coisa meio declarada como comédia, isto tem uma data de suicídios.

Não terei sido só eu a achar que era uma comédia. Basta olhar para este cartaz, não? E atenção que tem muito de comédia. Os personagens são meio tolos e há uma data de brincadeiras, umas mais inocentes que outras. Falamos de jovens estudantes universitários, que só querem passar um bom bocado enquanto estudam e tentam dar um rumo sério e digno às suas vidas. O certo é que há dois suicídios e uma tentativa durante o filme. Há dados estatísticos que provam que acontece muito com estudantes universitários, pressionados pelos pais e pelas próprias instituições a dedicarem-se absolutamente ao curso. Muitas das vezes é a forma de tirar a família da pobreza. O cérebro destes pobres rapazes (não se vê uma rapariga na universidade dos engenheiros, pois parece que elas estão «destinadas» a ser médicas) quebra, e não vêem alternativa que não acabar com a própria vida.

O mais chocante, ao pensar-se no assunto, é o personagem do director da universidade. É um tipo altamente competitivo, e a sua atitude de «vocês são todos uma porcaria e não merecem ser engenheiros» leva a um estudante matar-se e um segundo a tentar. Ninguém despede este gajo? Não há consequências de maior para este verdadeiro idiota? Às tantas descobre-se que o próprio filho matou-se por causa da pressão idiota que este lhe pôs em cima para ser engenheiro!

Posto isto, vi o filme porque está na lista de melhores filmes, do IMDb. E é merecido. É um filme bem engraçado e inteligente. Não sendo declaradamente «Bollywood», também tem umas musiquetas e danças absurdas. Mas está tudo dentro do registo do filme, bastante bem contado. Percebo a posição tão alta na lista.

terça-feira, junho 25, 2019

Camarate


Não está nada mau.

É estranho dizer isto dum filme. Mas é o elogio que se pode fazer a um filme Português, ou não tivesse eu tão má impressão do género. Estou mal habituado e até admito ser algo elitista, mas parece-me ser uma espécie de consenso geral sobre a arte feita neste país. Quando é que foi a última vez que alguém ficou entusiasmado com um filme Português? Maior parte das pessoas sabe sequer o que tem sido feito? Dos últimos anos então não tenho a mais pequena noção. Quantos terão sido feitos nos últimos dez anos?

O que me faz pensar: porque não estão todos disponíveis no Netflix? Não é que se vá ganhar muito dinheiro. Mas a Netflix está interessada em ter volume. Não será uma boa forma de divulgar o trabalho? Será que os ICAs deste país colocam entraves a ter os filmes numa plataforma que chega a tanta gente? Talvez até leve a que se desenvolva um pouco a produção nacional, não? Todos os países andam a fazer coisas com a Netflix. Andamos nós a ver produção espanhola e italiana. Porque não andar a ver as nossas coisas?

Não sei quanto a vocês. Eu via filmes Portugueses na Netflix.

High Anxiety


Recuemos 40 anos, para uma época um pouco mais simples... ou não. OK, não havia telemóveis e o stress dos dias de hoje, mas eram os anos 70. Revoluções, música a evoluir, guerras protestadas, mulheres a queimar adereços de roupa... Havia muita coisa a acontecer. Pelo meio, Mel Brooks tentava fazer comédia. E conseguia, o marialva. Nunca nada muito profundo. Regra geral era sempre a brincar com algo que já existia.

No caso, High Anxiety é uma miscelânea de cenas do Hitchcock. Pergunto-me se o famoso realizador terá chegado a ver este filme. Não viveu muito mais depois do lançamento desta película, mas ainda terá tido tempo para o fazer. E se viu, será que gostou? A cena do Psycho não está muito má. Até está bastante assustadora. A voz do agora conhecido realizador é particularmente aguda e aterrorizante.

segunda-feira, junho 24, 2019

T2 Trainspotting


Cá está ele. O filme que deixei para o fim. Falta-me ver o Okja com a minha senhora. Está nas nossas respectivas listas desde que nos conhecemos, em boa verdade. Mas esse não conta. T2 era o meu bicho papão.

Porque não se volta onde se foi feliz.

Comecemos com duas notas parvas:
- A cena com a Macdonald a dizer «ela é nova demais para ti» foi hilariante.
- O Infinity War já o tinha mostrado. Este prova ser verdade. Edimburgo à noite é uma cidade fantasma. Não se vê ninguém nas ruas.

Como é que se volta a algo que marcou uma educação cinematográfica? Como para muita gente, Trainspotting foi importante no meu crescimento. Não que me identifique com os personagens. Não fui um drogado na Escócia, na década de 90. Estava ocupado a não ter sexo no secundário, a ver uns poucos filmes castiços que me faziam rir quando não era suposto, com bandas sonoras memoráveis.

Sei que, se chegar a idade avançada, vou esquecer-me de maior parte das coisas. Ainda hoje em dia amigos de longa data mencionam episódios esquecidos em cantos inóspitos do meu cérebro. Mas acho que nunca vou esquecer o Trainspotting. Todas as cenas memoráveis e mais algumas. Parece que não serei o único, já que esta pandilha, todos com outro tipo de sucesso em Hollywod, também tinha saudades de voltar ao universo.

T2 não desilude. Não é a mesma coisa. Não vai marcar ninguém, como é óbvio. Mas é um óptimo regressar. Nunca esquecendo o passado, mas acrescentado alguns detalhes bem engraçados nesta sequela. Não fazia ideia que Welsh se identificava mais com o Spud, de todos os personagens, por exemplo. Agora fico com aquele vazio nostálgico. Aquelas frases aos solavancos na minha cabeça. Coisas com as quais não me podia identificar e ainda não consigo (continuo sem ser um drogado). Só que não deixam de fazer pensar. Já naquela altura foi igual.

Choose...

Wonder Wheel


Vamos lá matar este borrego que é 2017.

Tenho três filmes desse ano para ver, que deixei para a última. Um foi-me pedido que guardasse para vermos juntos. Não tenho como dizer que não à minha senhora. Os outros dois tenho empurrado com a barriga sempre que posso. É estúpido, porque são os dois filmes que deveria ver à cabeça. Mas não os vi logo. E criou-se uma... cena! Algo à volta deles, que os torna maiores do que são. Um é este último filme do Allen (surreal que ainda não tenha feito nada entretanto), o segundo vou tentar ver já de seguida.

O problema também é saber logo a opinião geral. Wonder Wheel não foi muito bem recebido. Não há grande vontade de ver um filme depois de toda a gente dizer que não é nada de especial. Ainda para mais sabendo que há filmes de Allen que são isso mesmo: nada de especial.

Wonder Wheel entra na categoria. Um filme que provavelmente escreveu num par de dias. Despachou-o como se não fosse nada. No geral da obra do homem nem entra em registo. Mas se fosse qualquer outra pessoa a fazer o filme, provavelmente seria elogiada e comparada a Allen. Talvez lhe chamassem «o novo Allen». Não é o caso e Wonder Wheel funcionaria melhor como peça de teatro. Acho mesmo que o homem anda mais virado para o palco. Já há algum tempo. Não sei porque simplesmente não dá o salto. Se calhar tentou e não deu. Convenhamos que não acho haver assim tanta gente que lhe queira dar trabalho, hoje em dia. Ou não tivesse este filme saído pela Amazon.

Atenção que sou o primeiro a dizer que Allen deveria passar para streaming. Não faz sentido algum os filmes ainda irem para cinema. Mas a Amazon? Será que o agente de Allen é a única pessoa no mundo que não consegue vender um projecto à Netflix?

quinta-feira, junho 20, 2019

Win it All


Tenho alguma dificuldade em perceber o moral da história deste filme.

O Johnson vai fazendo burrada atrás de burrada, só se safando por coisas que milagrosamente lhe surgem na vida. OK, dou-lhe mérito porque é ele que toma a iniciativa, ao meter conversa com a moça. Sim, porque há uma moça. Mas tirando esse primeiro passo, tudo o resto é uma infantilidade de erros. Ou não fosse o rapaz um viciado no jogo. Pior, um viciado em perder no jogo.

Não se preocupem, ele safa-se. Porque é isso que acontece geralmente na vida. Não interessa o que fazemos. Mais cedo ou mais tarde safamo-nos.

Certo...

War Machine


Pitt e os amigos quiseram fazer um filme com um tipo de mensagem que...

A história é real, supostamente, baseada numa reportagem da Rolling Stone, de cobertura à equipa que liderou a intervenção americana, a certa altura, no Afeganistão. Como se esperaria, era um bando de militares a fazer o que sabem melhor... e pior. Mais, por muito bons que fossem (não eram), estão numa «guerra» em que, qualquer pessoa com dois dedos de testa sabe, não deveriam estar. Porque é algo que serve apenas interesses económicos, de utilização dum exército demasiado grande para as necessidades actuais. Porque não estão lá a fazer nada senão perder vidas.

A questão é que não há público para um filme destes, por muito que seja bem feito (não é espectacular). A Europa sabe o que os Americanos estão a fazer. E aos Americanos não querem ver uma história que mostra-os como palermas.

Sobra... a China? A América do Sul? Esta malta tem mais que fazer, não?

--//--

Piiiiiimba! Eleva-se a contagem para 137 filmes vistos este ano, deixando para trás 2013, depois de meter 2008 a comer pó. Vou no teu encalço, 2015!

quarta-feira, junho 19, 2019

Girlfriend's Day


Fizeram... um filme... sobre postais!

Não só isso, como criaram todo um mundo que vibra e vive à volta de postais. Os escritores são venerados e assediados por mulheres. Um concurso sobre postais leva a qualquer crime ser cometido. Intriga. Drama. Esquemas. Houve um grupo de pessoas que juntou-se numa sala, para magicar 70 minutos de enredo à volta de postais de amor e afins.

Estou em crer que a sala acabou a cheirar muito a eucalipto queimado.

segunda-feira, junho 17, 2019

iBoy


Há duas coisas irritantes no filme.

1. Porque é que a Maisie está na capa dos pósteres e anúncios? Sozinha. Em destaque. O filme chama-se iGirl? Ela é transsexual? Não. É só porque a moça é mais famosa que todo o resto do elenco junto... Tirando, para os mais conhecedores de boas séries, a Miranda Richardson.

2. O miúdo leva um tiro enquanto estava ao telemóvel. Algo que deveria acontecer a mais gente. Talvez largássemos o raio do aparelho. Há pedaços que se alojam no cérebro e, como tal, começa a conseguir fazer uma data de coisas electrónicas só com a mente, como mandar mensagens, etc. Até aqui, tudo OK. É ficção da boa, da científica. Problema: como é que ele liga e faz uma data de coisas num carro velho? Esticaram a corda e o artista conseguia fazer demasiados hackansos não digitais.

Posto isto, até achei piada.

Dark Phoenix


O filme foi uma completa frustração e não pelos motivos óbvios. Queria que fosse uma banhada de tal forma, que se tornaria um filme incrivelmente divertido. Estava entusiasmado com a possibilidade. Especialmente com todas as críticas negativas, que apontavam este como sendo o pior de todos os filmes X-Men. Já ando a pedir um filme deste há algum tempo, e nem a tremenda incompetência da DC/Warner Brothers tem conseguido saciar esta minha necessidade (a última frustração a este nível foi o Aquaman).

Há dois lados a ter em conta sobre este filme/projecto.

Por um lado, temos um estúdio a saber que pertenceria a outro, muito em breve (o filme foi feito quando se presumia que a Disney compraria a Fox, mas o negócio não estava fechado). Como tal, toda a gente sabia que tudo o que fizessem para este filme pouco importaria. Eventualmente a máquina Disney/Marvel tomará conta do franchise e mudará tudo a seu belo prazer. Incluindo as pessoas envolvidas. Como tal, é difícil alguém ter motivação para esmerar-se e fazer algo épico. Entendo isto.

Por outro lado, todas as pessoas envolvidas neste «episódio» estiveram envolvidas nos outros, duma forma ou doutra. E isto já não consigo entender. O escritor e realizador deste Phoenix foi quem escreveu o X2 e o Last Stand, pelo amor da santa. Ele tentou fazer a história da Phoenix uma vez... e falhou miseravelmente! Como é que um estúdio dá-lhe nova oportunidade? Pior, escreveu os outros dois E os últimos três (incluindo este Phoenix). Todos os filmes X-Men «sem-saborões» foi ele que escreveu. Só não escreveu o primeiro, de 2000, e o primeiro desta «nova geração». Ou seja, não escreveu os melhores. Escreveu os piores! Todas as críticas atribuídas aos piores filmes... são culpa deste senhor! A Fox deu-lhe não uma, não duas, mas cinco oportunidades. Não é que sejam todas más (menos o Last Stand, esse é horrível). É tudo... meh. E os X-Men não podem ser meh.

Por fim, mais algumas embirrações, uma surpresa e um lado positivo:
- Os X-Men não podem ter a Sonsa a interpretar uma das personagens mais emblemáticas dos X-Men. E sim, isto é dizer muito. Sabem quantos X-Men já houve? Dezenas deles. Mais do que houve Avengers. Ser um dos mais emblemáticos, no meio de dezenas de personagens, duma data de histórias, ao longo de mais de meio século, é obra! Não, não pode ser interpretada por uma moça desenxabida. Lamento.
- Quem é o Ariki e porque carga d'água é que tiveram de usar a Selene desta forma? Foi a pior escolha para os dois capatazes do Magneto, num chorrilho de bons personagens existentes na BD. Até o Deadpool, no meio de todas as limitações do que podia ou não usar (ênfase no «não podia usar»), conseguiu encontrar um melhor personagem no raio da Negasonic!
- O filme é super violento. Não é chocante para um adulto, mas não sei até que ponto os miúdos deviam ver isto. E não, não acho que esteja a ficar velho. Há uma cena, apenas uma, onde desnecessariamente colocaram todas as asneiras possíveis, mantendo ainda a categoria de PG-13. Foi estranho.
- Teve umas belas cenas de acção. Muita coisa parva pelo meio. Uma em específico que não vale a pena sequer tentar descrever. Mas a cena no comboio, por exemplo, foi bastante agradável de se ver.

Feige, vem lá resolver esta porcaria, anda. Vai ser o teu maior desafio. Pode bem vir a ser a tua morte, mas eu confio em ti, cavalheiro.

--//--

Com este chegamos aos 134 filmes vistos este ano. Mais um que 2017 e 2018 somados. Próximo objectivo: bater o raio do ano de 2008 e a desilusão que foi 2013 (em termos de filmes vistos, após o «ano perfeito», entenda-se).

domingo, junho 16, 2019

The Meyerowitz Stories (New and Selected)


Confirma-se que é possível a Netflix fazer filmes engraçados. E até com estrelas anexadas ao projecto. Ajuda ter criaturas mais talentosas que os comuns mortais, como é o caso do sr. Hoffman.

As histórias desta família passam-se no presente, embora maior parte dos problemas sejam de bichinhos do passado, em especial frustrações que os filhos têm com o pai, um artista em maior parte dos sentidos. Falamos dum tipo narcisista, egocêntrico, que acha que não fez nada de errado na negligente educação que deu aos filhos. Assim, tem uma filha bicho do mato, completamente introvertida, um filho mais velho carente, que nunca trabalhou na vida e não teve coragem de explorar o seu notório talento musical, para além do mais novo, que na tentativa de ser o mais diferente do pai possível, acabou por tornar-se algo igual, mesmo assim. Tudo de mães diferentes, claro.

E nem Sandler, nem Stiller irritam muito. Parabéns, Netflix. Bom trabalho.

Bright


Quão difícil é fazer um bom filme com o Will Smith?

Falamos dum tipo que atrai imensa atenção, o que garante logo comunicação e, como consequência, mais dinheiro para o projecto. Mais que não seja porque poupam na publicidade paga. Com ele vêm outros bons actores, que querem trabalhar com a estrela. E, no entanto, sai flop atrás de flop. Terá Smith um péssimo agente? Será ele próprio vítima da sua simpatia, porque quando engraça com um realizador, sente-se na obrigação de fazer coisas com ele?

Bright não é mau enquanto conceito. Está mal executado. Vê-se isso em muitas cenas ao longo do filme. Ou tentam fazer determinados efeitos ou truques que não funcionam (cena do Smith a matar os coleguinhas, em câmara lenta), ou então depois não há dinheiro para fazer algumas coisas e deixa-se de forma demasiado simples, o que acaba só por parecer ridículo (quando a Noomi tenta fazer «magia» a beira da «piscina» e faz um manejar ridículo).

Nota ainda para o desperdício que foi ter Edgerton no filme. Um bom actor com um papel absurdo. Péssimo aproveitamento de talento.

Também não se podia esperar grande coisa do tipo que fez o Suicide Squad.

sábado, junho 15, 2019

Murder on the Orient Express


Ia começar a desancar no filme, pois o final é para lá de absurdo e a escolha de Poirot é algo infeliz, no meu entender. Eis senão quando vejo os resultado e quem o fez.

Kenneth Branagh realizou-se a fazer de Poirot, para grande sucesso comercial. O raio do filme fez muito dinheiro. Suponho que tenha ajudado o leque diversificado (e talentoso) do elenco. Depois, o pessoal vai ver só porque tem o Poirot. Até eu admito que já vi e gostei de algumas coisas com o personagem. E esta é uma história bastante conhecida.

Não gostei do final. É um facto. Só a cena de estarem todos dum lado duma mesa comprida, numa imagem a lembrar demasiado a Última Ceia, deu-me algumas voltas ao estômago. Mas, até lá, admito que estava a apreciar  os diálogos e entrevistas do conhecido detective a todos os passageiros. Mesmo não sendo adequado, o Kenneth deu um cunho pessoal ao personagem algo engraçado.

Procurarei lembrar-me apenas das partes boas, vá.

Ghost in the Shell


Não tenho base de comparação com o anterior e, honestamente, também não quero ter. O filme, este filme, teria de sobreviver por si, independentemente do clássico que é o original.

O problema é que, logo à cabeça, o filme falhou miseravelmente. É certo que a ideia da Scarlett aos saltos dum lado para o outro, a usar apenas um fato colado ao corpo, é brilhante, mas foi um caso clamoroso de white washing. Não havia justificação nenhuma para este casting. A personagem é nipónica. Não dá para mascarar isso. Foi uma tolice que destruiu qualquer possibilidade do filme ter grande sucesso. Depois, sim a estética do original merece grande destaque, mas há coisas que replicadas em «vida real» não funcionam. Mais, a estética pode ter sobrevivido, mas a história é um bocado datada. Já se fizeram muitas histórias destas desde então.

Não me chateou ver este filme, como a muita gente. Ajuda que não seja fã do género. Fez alguma diferença que houve vários momentos em que desliguei um bocado. No todo, foi uma experiência... meh!

Flatliners


Quem diria que se faria um remake deste filme? Quem diria que eu ia acabar de ver o remake dum filme pelo qual não morri de amores na primeira vez?

Já não me recordo como acabou o primeiro. Presumo que tão mal como este. Em boa verdade, o bom do filme é a premissa, a ideia louca de fazerem o que pretendem fazer, para além do facto de que o conseguiram fazer. A partir daí o filme perde-se numa fantasia esquisita de terror e redenção.

É isto.
Estranhamente não me custou ver. Nina Dobrev é gira que dói. O sotaque do Luna vai evoluindo. Ah, e às tantas ia morrendo. Não sei bem como, mas engasguei-me. Talvez com um pedaço de ar mais pesado. Não foi fácil respirar, durante um par de segundos. Tive o discernimento de pausar o filme, no entanto. Prioridades.

sexta-feira, junho 14, 2019

Detroit


Pode parecer estranho ler as seguintes palavras, mas senti-me um pouco enganado a ver este filme.

É que tudo dá a entender que é sobre os tumultos em Detroit. E é, pois o começo acompanha essa parte. Até nos dão uma espécie de origem para a coisa. Mas a partir de certa altura focam-se num incidente específico, em que tropas e polícias entraram num hotel, procurando um atirador que disparou contra eles, acabando por matar alguns jovens no processo. Foi um claro abuso de poder. Deve ser falado. Não deve ser esquecido. E serve de exemplo para tudo o que temos de evitar repetir agora e no futuro. Só que... não é o que me foi vendido.

Apenas uma última nota, particularmente parva. No início, na parte dos tumultos, vemos um cavalheiro a atirar pedras, com uma máquina de escrever debaixo do braço. O meu pensamento foi logo: «Puto, não te metas nisso. Não tens nada a ganhar a gamar uma coisa dessas. Vai trocar por uma trituradora, ou assim.»

quinta-feira, junho 13, 2019

Last Flag Flying


A temática é bastante deprimente, mas sabia que ia acabar este filme. Bom elenco e realização.

Carell tem de enterrar o filho, que morreu no Iraque, e pede ajuda aos dois amigos dos tempos de serviço noutra guerra, no Vietname. Todos os três homens tiveram a sua vida influenciada por essa guerra, e todos influenciaram a vida uns dos outros, mesmo que já não se vissem desde essa época. Pior, por muito que tenha sido talvez a pior coisa que lhes aconteceu, apesar de tudo o que viram e fizeram por lá (algumas coisas bem pesadas), ainda guardam alguns dos momentos como boas recordações e, num sentido mórbido, têm saudades daqueles tempos. Será estranho para todos que o não tenham vivido.

Pelo meio há críticas ao governo e ao estado das coisas. Destaque à hipocrisia de mandar os melhores para tão longe, para lutar por algo que não faz sentido a quase ninguém. E há também algum humor, ou não fossem estes actores quem são.

terça-feira, junho 11, 2019

Stronger


Mais uma tentativa de despachar um filme. Pelo meio ainda consegui não ver um. Este tornou-se difícil desistir, pelo respeito que tenho pelo Jake e pela Tatiana. Mas o filme não é espectacular. Sem desvalorizar a experiência. O pobre rapaz sofreu a bom sofrer, sem nada ter feito para o merecer. E lutou pela vida que não perdeu. Tem todo o mérito. Já o filme...

Quantos filmes foram feitos sobre o atentado da maratona de Boston? Hollywood, há um limite entre homenagear e aproveitar-se da coisa. Vocês estão muito, mas muito perto do limite. Talvez até um pouco depois.

The Hero


Raios!

Decidi ver Hero porque achava que ia desistir rapidamente. Só que a doce voz de Elliott encantou-me logo ao início... e depois apareceu a Laura.

Não consigo ter pena do homem. Senti que, a certa altura, era esse o objectivo. Lamento, mas não dá. Elliot tem um vozeirão. Só isso permite-lhe ter o trabalho mais fixe que consigo conceber: dar a voz a anúncios, etc. É que não tens de fazer nada. Chegas a um estúdio e repetes umas quantas coisas uma data de vezes. Na tua voz, ou até não. OK, tens de «representar» um pouco. Siga. Não me parece assim tão dramático. Depois, é um tipo bem parecido e em boa forma física. Moças muito mais novas acham-lhe piada, para além das menos novas. Tem fãs e está imortalizado com um bom filme. Tem uma casa com uma vista brutal. Deixa descendência, embora isso não lhe tenha sido tão importante durante muito tempo. Recebe distinções de carreira. Tem no seu dealer o melhor amigo. OK, tem um cancro lixado. E então? Não teve uma vida porreira até agora?

Há gente muito exigente.

segunda-feira, junho 10, 2019

Gifted


Esta situação parece-me altamente injusta. Não contente com fazer de Captain America e ser o sonho de qualquer homem e mulher, por motivos diferentes (mas não assim tão diferentes), Chris Evans decide aqui ser a figura paternal, solteiro, a lutar contra tudo e contra todos para manter a custódia da criança, a ser compreensivo, inteligente e com as mãos sujas de trabalho. Não só parece-me injusto para nós, o resto dos reles mortais, como arriscaria a dizer que é criminoso.

Sim, é o que estou a dizer. Este filme e a interpretação de Evans é um crime contra a humanidade. Porque é um atentado alguém fazer-se parecer ainda melhor do que até já parecia ser. Porque envergonha-nos a todos. Põe a fasquia demasiado elevada. Sim, é onde deveríamos almejar chegar, mas simplesmente não é possível. O que acabará por apenas ser frustrante, levando a acções menos próprias que, no mínimo, levarão ao fim do mundo e talvez até do universo.

Ainda pior, este filme é um atentado à realidade como a conhecemos. Agora só preciso de arranjar um advogado que se junte nesta luta.

Brigsby Bear


Houve um período em que o pessoal do SNL estava obcecado com pessoas raptadas e mantidas em bunkers durante anos. Fizeram a série Kimmy para o Netflix, para além deste urso. Terá sido um concurso, a ver quem fazia melhor?

O que surpreendeu aqui foi a dedicação do «pai» raptor que, durante anos, fez um programa de miúdos para o «filho». Escrevia tudo, produzia, realizava e editava. Tinha capas para cada cassete/episódio. Aquilo deu um trabalho do caraças. Quer dizer, há pais verdadeiros que nunca se teriam dado ao trabalho.

Claro que isso levou ao rapazito não conseguir pensar noutras coisa e sair para o mundo real a não falar em mais nada que não no raio do Brigsby. O que, em situação normal - entenda-se, «no meu tempo» -, teria levado o rapaz a receber uma belíssima tareia, quiçá diária. Mas os miúdos hoje em dia estão diferentes, mais tolerantes. Acolhem a diferença, vá-se lá saber porquê.

Suponho que seja uma coisa boa. Não sei. É-me estranho.

domingo, junho 09, 2019

American Assassin


Um americano bonitinho vai de férias com a namorada. Está numa praia na Europa e, depois de a pedir em casamento, esta morre num atentado terrorista, juntamente com uma data de gente. Passo lógico seguinte: infiltrar uma célula terrorista e matar toda a gente. Claro.

Porque os terroristas são estúpidos e não investigam o passado de quem recrutam. Porque as forças americanas são idiotas e não conseguem chegar onde um palerma com recursos limitados consegue.

O passo seguinte, também ele previsível, é o palerma ser contratado pela CIA, ou o raio, para fazer um treino especial. Ainda não completado o treino e já está em missão, para defrontar... outro americano bonitinho que fez o mesmo treino. Este está chateadinho que deixaram-no para morrer, atrás de «linhas inimigas». Conclusão lógica deste palerma mais velho: rebentar uma bomba nuclear em solo americano. Neste caso, águas americanas. Onde será que já vi este enredo?

Em dois filmes diferentes, em dois dias seguidos, vejo o Taylor Kitsch morrer estupidamente. A carreira foi mesmo pelo cano abaixo.

xXx: Return of Xander Cage


O tempo voa. Tinha presente ter visto os dois filmes anteriores, mas não os estava a encontrar no blogue. É natural, ambos são anteriores a ter começado a escrever parvoíces na Internet. Impressionante como deixaram passar tanto tempo sem voltar ao franchise. E, mais impressionante, estes raios destes filmes pagam-se apesar não serem bons.

Não vou entrar em detalhes do filme, apesar de ter muitos que poderiam ser discutidos de forma bem entretida. Prefiro partilhar um pensamento absurdo, um enigma tipo ovo/galinha: o que terá aparecido primeiro, o calmeirão de filmes de acção, ou a frase bandeirosa?

Para fazer-se um filme destes é preciso um determinado tipo de «actor». Um tipo caparrudo, mas que não sabe falar ou sequer representar. Só que convém haver diálogo, mesmo em filmes em que 90% do tempo alguém está aos tiros. A minha dúvida é essa. Se sempre houve a «frase de trailler», que depois vemos repetida até à morte em tudo, até tornar-se uma caricatura. Ou se foi preciso criar este tipo de intervenção, de frases simples e directas, porque não se podia pedir muito mais dos montes musculados em todo o corpo, menos a norte.

Haverá algum histórico cinematográfico que tenha pesquisado tal coisa?

sábado, junho 08, 2019

Only the Brave


Não se pode dizer que tenha sido muito inspirador.

Os tipos foram a primeira equipa municipal de «hotshots», uma espécie de equipa de operações especiais para fogos. Fizeram alto esforço para atingir esse patamar, quando havia muito boa gente que não achava grande ideia que o fossem. Lutam para se impor, quando todos os viam como parvónios. E depois basicamente morrem no fogo final... porque... se calhar... não tinham estaleca para a coisa?

Agora percebo porque estavam a desenvolver tanto a parte das personagens, quem eram estes homens e as suas famílias. Regra geral há pouco disso e mais da acção heróica que os distingue. Sim, percebi que a Connelly era uma mulher muito apaixonada, ou não tivesse passado metade do filme aos berros. Também ninguém manda casar-se com o Thanos... Mas pronto, o objectivo era honrar esta malta, que morreu tragicamente e demasiado cedo.

Fixe. Eu é que não precisava estar com uma depressão gigantesca agora.

November Criminals


Quando li o resumo do filme pensei que a história seria muito mais trágica. Pensei que um dos membros do casal morreria, com o outro a investigar a sua morte. Afinal não, foi só um amigo de ambos (mais dele do que dela) que é abatido a tiro no local onde trabalha. Ufa!

Em November Criminals acho que o talento dos actores suplanta a história. Não que esta seja má, atenção. Tem uns belos twists pelo meio. Só que, no total, acaba por não fazer muito sentido o objectivo global. O rapaz tenta mostrar a tudo e todos, incluindo à polícia, que o amigo assassinado não pertencia a nenhum gangue, apesar de ser preto. Mas vai-se a ver e afinal estava envolvido em coisas nada legais. Algo que ninguém sabia, mesmo aqueles que o conheciam melhor. Pareceu-me dúbio e algo despropositado.

Thoroughbreds


Gosto quando, sem querer, invento uma qualquer temática.

Acontece-me bastantes vezes ver filmes seguidos, que têm as mesmas pessoas. Não é assim tão improvável. Basta alinhar num certo género ou período e, por norma, apanha-se um actor ou actriz que está na berra e a fazer muitos filmes ao mesmo tempo. Nem que seja em papéis secundários.

Neste caso não é tanto uma questão de actrizes, mas sim o facto de que estou numa de histórias de miúdas psicopatas.

Em Thoroughbreds temos duas amigas de escola. Uma é incapaz de ter sentimentos, por um qualquer problema físico. A outra quer matar o padrasto. Junta-se o útil ao agradável e, com mais ou menos planos, as moças lá se juntam para terminar este «projecto escolar».

Foi bom e mau voltar a ver Anton Yelchin. Este foi um dos seus últimos papéis. Infelizmente longe de ser um dos melhores. Pior é que não lhe possa ver mais.

Ingrid Goes West


Será que chegarei a este ponto?

A sério! Como a Ingrid, eu também dou por mim a seguir «celebridades» no Instagram. E há aquele milésimo de segundo em que penso que somos próximos, que nos conhecemos de alguma forma, que somos amiguinhos. Claro que eu tenho todos os meus fusíveis relativamente intactos, a este nível. Noutros níveis não posso falar. Ingrid decide mudar de vida e seguir para Malibu, na esperança de vir a encontrar e a tornar-se amiga de alguém que segue no Instagram.

OK, acedo. Nunca chegarei a este ponto. Se fosse para mudar para algures ao pé da praia, não seria para Malibu, certamente.

sexta-feira, junho 07, 2019

Battle of the Sexes


Ah, histórias sobre ténis... Quantos filmes não dará para fazer só à base de grandes momentos do ténis? Como este, em que temos o lado feminino que luta por igualdade de direitos no desporto, e do outro temos o lado masculino, dum tipo viciado no jogo e aborrecido com a vida. Pelo meio temos muita fantochada para um jogo apenas, algo só ao nível do maior fanatismo americano.

Chiça, que esta gente tem demasiado tempo e dinheiro nas mãos, para se preocuparem e entreterem com coisas tão absurdas. É que um país parou para ver se um homem ou uma mulher eram melhores num desporto com raquete!

segunda-feira, junho 03, 2019

Next Gen


Não terminamos este sequência Netflix da melhor forma. Tanto este como o anterior são os tais projectos que a Netflix aprova só porque têm um par de nomes conhecidos associados, mas que não têm grande valor em termos de história ou, neste caso, de produção em termos de animação.

Next Gen é um pouco de muita coisa que já se viu e vê por aí, sem grande rasgo original. Vê-se. É simpático. Não passa disso, infelizmente.

Continuem a tentar, malta. O caminho tem de ser feito. Desde que se aprenda pelo meio, chegarão lá, não tenho dúvidas.

Special Correspondents


Já tinha na lista para ver há algum tempo. Não valeu efectivamente o esforço.

Por muito que se queira gostar do que Gervais faz, e por muito que Bana esteja quase vilão (o que é bom), a história é parva demais e não faz qualquer sentido nada do que acontece.

A única coisa que tirei positiva deste filme foi o prazer de o tirar da minha lista.

Wine Country


Fechamos o dia com outra insistência minha, desta feita porque sou fã do maior parte do elenco. E se pensam que sou um gajo maluco que vê demasiadas coisas e apanhei estas moças todas em filmes ou séries obscuros, pensem melhor. As menos conhecidas poderão não ter entrado em grande coisa, mas já escreveram muito para filmes e, acima de tudo, séries de eleição.

Posto isto, o filme é tudo o que aparece no trailer, sem tirar nem pôr. Temos as aventuras e desenrolares previsíveis, os fechos possíveis, as situações que não queríamos ver embora sejam inevitáveis. Pelo meio há um ou outro momento que faz rir, menos expectável. E, mais que qualquer outra coisa, há muito talento a cirandar.

Sim, é um daqueles filmes que as estrelas produzem para poder ir de férias com amigos(as). E então? Vejo na boa, só por respeito ao resto das respectivas obras.

domingo, junho 02, 2019

Someone Great


A minha cara metade não queria ver. Achei absurdo. Este filme é mais ela que sei lá o quê.

- Comédia romântica. CHECK
- Meio trágico. CHECK
- Diversidade. CHECK
- Palhaçadas mileniais. CHECK
- LaKeith (tem uma panca, por causa do Atlanta). CHECK

Eu queria muito ver o filme, mais que não seja porque achava que ela ia adorar. O motivo da sua resistência devia-se a ter ouvido algumas opiniões menos positivas. O que é estúpido. Eu já expliquei por diversas vezes que ouvir opiniões doutras pessoas é estúpido. Aqui e em todo o lado. Sou bastante verbal sobre este assunto. Porque é que ninguém ouve a minha opinião?

O filme é bem giro, dentro do género. E sim, claro que gostou.

Unicorn Store


Outra vantagem da Netflix é pegar em conteúdo de autor e dar-lhe uma nova vida.

Mesmo sendo fã do trabalho de Larson (e não falo só da sua recente capitania), dificilmente saberia, ou teria tão fácil acesso, a este Unicorn Store. O filme já tem um par de anos, mas fez um circuito muito limitado, mais virado para a parte dos prémios. Aqui era mesmo Larson a querer capitalizar no seu recém sucesso mundial. Acaba por aparecer numa plataforma mais «livre», que permite ao filme chegar a um universo de espectadores facilmente, sem custos por aí além. Parece-me uma situação em que todos ganham.

Falando sobre o filme, é uma realização divertida por parte desta nova estrela mundial, contando uma história que parece muito pessoal. Note-se que não pretendo com isto insinuar que alguém por aí descobriu efectivamente uma loja de unicórnios. Acho é que a escritora é capaz de ter uma fixação não muito saudável com as referidas criaturas.

Desafio-vos a ir ver a foto dela no IMDb e não achar o mesmo.

sábado, junho 01, 2019

See You Yesterday


Já este tipo de projectos...

É um equilíbrio tramado. Por um lado percebo que a Netflix queira dar espaço para todo o tipo de criadores. E também percebo que haja alguma ansiedade, por parte dos criadores, de fazer algo diferente. Ficção científica com minorias parece-me algo que gostaria muito de ver no futuro. Acho que faz falta, para trazer toda uma outra geração para o género. Só que convém saber o que estão ao fazer.

Vi o trailer e pareceu-me bem giro. Tinha uma camada de mensagem sociológica que não esperava. Faz sentido, acedo. Só que misturar as coisas e esperar que funcione, sem pensar muito na coisa... Fazendo o paralelismo, entremos na história. A moça principal é super inteligente, mas achar que pode mudar o passado, sem consequências, sem pensar ao detalhe o que vai fazer... Foi uma receita para o insucesso. Foi mau não só no desenrolar da coisa, como no resultado final deste filme.

Enquanto geek, não consigo deixar de pensar em todos os erros temporais que se cometeram, apesar de estar longe de ser a parte mais importante. Não é fácil contar uma história de viagens no tempo. Nunca é, se falamos de algo que simplesmente não existe. Mas neste caso foi flagrante que queriam contar uma outra história, não a de viajar no tempo.

Always be my Maybe


Este é o futuro. Ter uma comédia romântica a sair e poder ver logo, no conforto do lar. Ainda para mais estava super bem acompanhado.

Always be my Maybe junta dois jovens bons cómicos da sua geração. Ainda para mais, nota-se que são fãs do género. Respeitam-no e tentam dar-lhe o seu cunho pessoal. Daí nasce uma história divertida, sem grandes pretensões, que podemos todos desfrutar. Os fãs deste tipo de filmes, entenda-se. Porque se vêm para aqui à espera de grandes enredos, não sairão satisfeitos.

Realço deste filme as cenas com Keanu Reeves, que teve um fairplay tremendo. Nem tanto a cena do restaurante, mas o facto dele ter pedido um uber pool para os levar a casa foi hilariante. Nunca na vida teria pensado em algo tão divertido. Foi daquelas cenas que um gajo vê, ri-se como se fosse só mais uma cena, mas depois fica para a posteridade.

Longa vida à Netflix e a este tipo de projectos.