terça-feira, março 30, 2021

The Strongest Man in the World


Afinal isto é o terceiro episódio duma série muito peculiar, que terá sido a alegria de vários jovens nos anos 70. Desde que tivessem acesso a determinadas substâncias para fazer rir, claro.

O primeiro foi um computador que deu inteligência ao Russell. O segundo parece que tem uma fórmula para invisibilidade. Neste terceiro, a mesma pandilha de «cientistas» universitários inventa o doping, permitindo a Russell tornar-se «o homem mais forte do mundo».

É curioso. Apesar de Russell estar sempre no centro das atenções, nunca parece ser o actor principal. Nos dois «episódios» que vi (o da invisibilidade não está no Disney+), Russell aparece apenas no início e no fim dos filmes. Pelo meio dão-se uma data de tropelias com os actores que seriam bem mais famosos que o jovem Russell, na altura.

A outra curiosidade é que os actores mais velhotes têm um estilo muito próprio de representação, semelhante a um estado evoluído de embriaguez. Pena que este estilo tenha deixado de ser moda. Para eles, acima de tudo.

Minari


Comecei a ver este filme, sobre uma família coreana a estabelecer-se no Arkansas, e confesso que só esperava momentos racistas a cada «virar de esquina». Era onde estava o meu pensamento. Ainda por cima passando-se na década de 80.

Felizmente foram muito bem recebidos pela comunidade. As pessoas à volta eram simpáticas e acolhedoras. Surpreendeu. Claro que a sensação de impending doom continuava presente. Não podia ser só uma história simples de esforço e dedicação. Mesmo com todos os problemas que o pai ia tendo na quinta, tinha de haver mais qualquer coisa.

Embora não seja a coisa mais trágica do mundo, há um «murro no estômago» no final. Bem que valeu a pena temer o pior. Assim não foi tão horrível.

domingo, março 28, 2021

Bad Trip


Um misto de apanhados e história parva.

Dois amigos roubam o carro da irmã dum deles, para ir a Nova Iorque ter com a paixoneta do outro. Pelo caminho metem-se em encrencas, especialmente com a dita irmã na perseguição, com o intuito de matá-los. Até aqui nada de especial. A diferença é que, em todas estas cenas disparatadas, os «figurantes» não sabem que estão num filme e reagem naturalmente. Lá está, uma espécie de apanhados, com história por detrás. Como foram algumas cenas de Jackass, mas desta feita com actores decentes e um pouco de enredo.

Não sou grande fã da coisa (não eram as minhas partes preferidas no Jackass), mas algumas cenas têm bastante piada. E há uma tipa, na cena no restaurante, que devia estar nomeada para os Óscares. Just sayin.

domingo, março 21, 2021

I Care A Lot


Custa-me ver filmes a celebrar filhos da p#t@. E sim, a personagem de Pike é do mais reles que vi ser celebrado.

O que faz no filme é muito baixo e passamos todo o tempo a desejar que o pior lhe aconteça. Chiça, damos por nós a torcer pelos mafiosos que fazem tráfego humano! O certo é que esse «pior» nunca chega. E o nosso nó no estômago não desaparece.

Mas mais que isto é que o filme ter falhas e coisas que acontecem só porque sim. Dou um exemplo simples. Advogado caro e sem escrúpulos, capaz de roubar uma identidade e criar toda a documentação para esconder alguém, mas não é capaz de arranjar um documento que diz que é advogado duma velhota, para poder tirá-la da guarda do estado? Por favor!

Para que seja claro: este filme é uma porcaria.

sábado, março 20, 2021

Moxie


Amy Poehler manda-se à realização mas continua a interpretar (e espero que continue, porque gosto sempre de vê-la em cena) numa história simpática e inspiradora, com um final aprazível. Nem sempre as coisas correm bem. Sabemos que a vida é mais difícil do que acontece nos filmes. Mas não deixa de ser agradável de se ver, de vez em quando.

As moças no filme lutam pelo que acham justo e isso é inspirador. Eu vou tarde para ser uma adolescente revolucionária mas espero que, quem o possa ser, que veja o filme e saiba que deve sempre dizer algo, se vir que é preciso dizer algo. Dizer, fazer, ou o que seja.

All should be Moxie.

sexta-feira, março 19, 2021

Zach Snyder's Justice League


The scream heard round the world.

Snyder parece achar que toda a gente tem a atenção e concentração duma criança - como ele - e insiste em começar os filmes com cenas dos seus filmes anteriores. Uma versão absurda de «previously, in the mind of Zach Snyder». Bem, aqui vamos nós. Vou dando umas larachas à medida que vai acontecendo, e vemos onde vamos parar.

Começamos com a cena da morte do Super-homem. Este grita e toda a gente no mundo ouve. O seu grito e esforço final são tão intensos que lançam uma onda sonora que toda a gente (que interessa para o filme) ouve, desafiando algumas leis da física, presumo.

Sete minutos dentro do filme e estou algo entediado. Até que a cena em que Wayne primeiro convida o Aquaman a juntar-se à grupeta dá-se logo à cabeça, sem preparação nenhuma, e termina com um momento demasiado longo das moças da aldeia a cantar a partida do Aquaman, com uma delas a pegar na camisola que ele deixou para trás e a cheirá-la.

Estou completamente investido no filme.

Todas as cenas têm tempo a mais, com coisas completamente despropositadas. Para além de haver violência excessiva. Há gente assassinada em barda e uma data de sangue, sem necessidade alguma. E o raio do tom sépia voltou, o que torna mais difícil ver o que seja. O homem adora tirar a «BD» dos seus «filmes de BD».

Agora, para que nem tudo seja mau, ou que se pense que só sei desdenhar: Ajuda ter tempo para contar melhor algumas coisas. A história das Mother Boxes e da briga original, com as três tribos, Atlanteanos, Amazonas e humanos, mais os Deuses Velhos e um Green Lantern, está muito melhor contada. Mesmo que a Wonder Woman tenha apanhado demasiados detalhes numa parede em catacumbas, por debaixo do Templo de Diana. A parte dos parademons, a raptar malta da Star Labs, isso caiu de paraquedas na versão Whedon e aqui está fundamentada. E a história do Cyborg realmente estava em falta. Não toda a mostrada aqui, atenção. Vamos não esquecer que Snyder só sabe fazer cenas de acção. Tudo o que envolva mais que três falas seguidas é um problema. O primeiro terço da sua «origem» bastava e estaria muito bem.

E qual é a ideia, afinal? Fazer um filme, ou fazer um filme de BD? Digo isto porque a base até pode estar lá, mas falha sempre os detalhes. Vai desde o Doomsday, o Manhunter ou o raio do Darkseid - que Snyder insistiu em meter neste filme -, personagens icónicos que não se parecem com a BD e alguns têm poderes diferentes; até aos simples atlanteanos, com uma cena em que insinua-se que todos respiram bem em terra, para na cena seguinte a Wonder Woman achar curioso que o Aquaman consegue fazê-lo. Não vou entrar no disparate que é Mera falar com um sotaque britânico.

(Estou a perder gás a meio do filme. Não é bom sinal.)

A Lois pode estar grávida?! Porquêêêê?!?!?! E para quê a cena do Martian Manhunter?! Para não variar, todas as cenas com a Lois são absurdas. A Justice League foi salva por uma coincidência, porque a Lois tem o poder incrível de estar sempre no sitio certo, à hora certa. Snyder claramente não ouviu as críticas ao MoS e ao BvA.

É na cena do renascimento e batalha com o Super-homem que começo a ver a influência do Whedon na primeira versão. E se bem que percebo que as suas ações criaram um par de incongruências, ao menos usou melhor a Lois e fez uma transição não tão violenta para o momento seguinte. Aqui houve uma cena tão barata, de usar a morte dum personagem só para ajudar com o próximo passo. Sim, eu sei, é um truque usado em milhentos filmes, mas aqui pareceu-me só feio, gratuito e nada original.

Chegamos assim à batalha final, onde se vêem bastantes diferenças. Não necessariamente para melhor, entenda-se. São só mudanças. Ficou um pouco mais linear, sem algumas saídas e entradas (na versão Whedon há um momento parvo em que o Super-homem saiu da batalha). Ajudou também não ter a família russa, que realmente foi um pormenor reles do Whedon. Já o papel do Flash nesta batalha final, a fazer exactamente o que o Super-homem de Christopher Reeve fez no primeiro Superman (e que foi amplamente criticado desde então, por não fazer sentido nenhum), é bastante parvo.

Repare-se que disse «batalha final» e não «fim do filme». Porque seguindo a tradição de clássicos como o «Senhor dos Anéis», o raio deste filme...

nunca...
...mais...
...acaba!

São cenas atrás de cenas a dar mais um bocadinho. E nenhum bocadinho é útil. Zero. O Lex foi substituído na prisão pelo tipo que ri-se... ainda mais tempo nesta versão. Temos a cena do barco depois da fuga do Lex e com este a encontrar-se com o Deathstroke. Tem ligeiras diferenças, mas o principal está lá. E logo a seguir, sem dar tempo para respirar, voltamos a ver mais uma cena do futuro apocalíptico, que continua a apresentar-se sempre como um sonho, a várias pessoas, vá-se lá saber porquê!

F##########D@@@@@@-S€€€!!! Para quê?! Já toda a gente percebeu. O futuro é uma trampa, alguém tem de viajar no tempo e salvar a Lois. Já foi dito mais que uma vez. As pessoas não têm o teu cérebro de ervilha, Zach, em que se não tem explosões não dá para registar nada. Não é preciso repetir até à exaustão! E ainda por cima a cena é longa que dói, sem ritmo nenhum. Depois de quatro horas era a última coisa que queria ver.

Não sei se dá para perceber, mas fiquei muito irritado com o final, um chorrilho de momentos pedantes a puxar ao lado emocional do público e tentar que eles exijam uma sequela e lhe dêem mais trabalho. Moral da história é: Snyder não curte cores, tira a cor a tudo. Foi ao cartaz, ao fato do Super-homem (porque ele precisava ser mais assustador, imagino) e a todo o filme, na verdade. Isto não é o «Snyder Cut», é o «Sepia Cut».

É o melhor que consigo dizer do filme. Não é que não me tenha divertido, mas fico sempre tão irritado no final. Em todos os filmes do Snyder. E não é essa a ideia dum filme de BD, caramba. São suposto ser divertidos. É assim tão difícil perceber isso?

Justice League


Terceira e última etapa no «DC Snyder Universe», em preparação para o famigerado Snyder Cut.

Isto deveria ter sido uma celebração dos tempos em que vivemos. Em temos cinematográficos, entenda-se. Em especial por termos tantas adaptações de BD. Para mim e para «os meus», tem sido genial. E não é só vermos «em acção» as histórias com que crescemos. É a possibilidade de reinvenção, de com algum feedback erros poderem ser corrigidos (tomemos como bom exemplo o Sonic), assim como a facilidade de comunicação e opinião. Nem sempre é bom, claro, mas haver um canal para que o público posso dizer o que quer é qualquer coisa de extraordinário.

Quando ouvi que o Snyder queria lançar a sua versão do filme fartei-me de rir. Porque apesar de também sentir que esta versão feita a quatro mãos é demasiado bipolar, face às circunstâncias em que foi criada, a verdade é que achei o filme bastantes furos acima do que estava a ser feito pela DC. Para mim, a versão do Whedon é mais BD e menos «cena soturna presa numa qualquer cave», que estavam a alimentar. Por isso sempre que ouvia falar no Snyder Cut pensava que tinha de rever os filmes todos. E, apesar de não ser grande fã do que foi feito, esse pensamento sempre alegrou-me. Um par de dias a ver filmes de BD é melhor que maior parte dos demais (com ou sem pandemia). Quando finalmente foi anunciado que a famigerada «versão do realizador» ia ser lançada, fiquei contente porque o público conseguiu o que queria, e porque ia ter uns serões interessantes em Março de 2021.

Só que entretanto começaram as polémicas. E alguém que admirava, fruto do seu trabalho, afinal é uma besta. Graças às queixas que Ray Fisher fez de Whedon, a verdade veio ao de cima. Tudo aponta que a carreira de Whedon tenha terminado. Pelo menos como a conhecemos. E ainda bem que assim será, porque comportamentos como os que está a ser acusado não podem ter lugar em lado algum.

Assim, o que poderia ter sido mais uma victory dance deste fã da Marvel e do «Whedonverse», acaba por tornar-se um momento em que meto a cauda entre as pernas e arrasto-me para o meu canto.

Vejamos assim, com humildade, a epopeia de quatro horas do sr. Snyder.

quarta-feira, março 17, 2021

Batman v Superman: Dawn of Justice


Segunda etapa no «DC Snyder Universe», em preparação para o famigerado Snyder Cut.

Não bastou termos visto uma vez os 40 minutos em que Snyder assassinou toda a reputação e credibilidade que o Super-homem demorou 70 e tal anos a estabelecer, em Man of Steel. No início de BvS temos de voltar à destruição de metade de Metropolis. Vemos as mesmas cenas doutros pontos de vista, muito pelos olhos de Bruce Wayne, desesperado a querer ajudar, mas sem saber que fazer. Aliás, qual era a ideia, Bruce? Foste para Metropolis sem fato. Que achavas que conseguirias fazer para ajudar? Eu até estou surpreendido por não teres atropelado meia dúzia de pessoas, quando conduzias desenfreadamente pelas ruas da cidade.

Com uma hora de filme muito pouco acontece. Uma data de diálogos desprovidos, Eisenberg a provar cada vez mais que Snyder até pode fazer uns castings com malta talentosa, só é pena que não tenha a mais pequena ideia da essência de qualquer uma das personagens (mais alguém frustrado com os três minutos que Jimmy Olsen teve direito?). Cenas paradas e pouco incisivas. Até que chegamos ao «sonho dentro do sonho». E volto a ficar irritado com esta cena completamente despropositada, cheia de enredos secundários, quando o enredo principal não está sequer encaminhado.

Com duas horas de filme chegamos a outra cena péssima. (Parece que o homem gosta de «meter um ferro» a cada hora.) Estou a ver uma versão com três horas e tudo é mais longo, sem grande justificação. A cena em questão, a segunda que fez-me regurgitar um pouco, é uma que não me recordo ter visto da primeira vez. O Henry Cavill não é grande actor, isso é certo é sabido. Mas também não é tão mau como parece nesta cena. Vá-se lá saber porquê, mas com cara de quem tem prisão de ventre, o Super-homem diz «I have to go to Gotham to convince him to help me. Or he has to die.» E, sempre com a mesma expressão, faz uma espécie de encolher de ombros e levanta voo, deixando Lois Lane sem poder dizer mais nada. It could have been a text, é só o que estou a dizer.

Não foi preciso ver mais uma hora de filme para chegar à cena mais estúpida de toda a história do cinema: save Martha. «Ah e tal vou matar-te, mas afinal não, porque temos em comum mães com o mesmo nome.» Pois claro que sim. Não vou alongar-me. Até quem defende a qualidade deste filme sabe que esta cena é miserável, mesmo que não o admita em público ou a ninguém.

Por fim, ver a «trindade» em acção desculpa muita coisa. Acedo que ver os três juntos é tão, mas tão fixe, que quase esqueço que o Doomsday é péssimo visualmente e que a criatura ter poderes eléctricos é só estúpido.

O que posso dizer sobre o filme, no geral, depois deste segundo visionamento, é que até poderia ser um projecto incrível, não fosse Snyder querer contar todas as histórias duma só vez e meter demasiado entulho num só filme, em vez de procurar desenvolver as personagens minimamente. Parece um miúdo com défice de atenção: «Vamos matar o Super-homem usando o Doomsday. O Batman também vai arrear porrada no Super. E a Wonder Woman aparece. E o Flash aparece com premonições. E no futuro o Darkseid e o Super, apesar de morto, tomam conta do mundo. E o Aquaman existe. E o Cyborg existe. E Mother Boxes...»

Cada uma destas frases é uma história que durou anos e dezenas de livros para contar. Não precisa entrar tudo duma só vez, caramba. (phrasing)

Man of Steel


Primeira etapa no «DC Snyder Universe», em preparação para o famigerado Snyder Cut. Sim, vou rever os filmes que levam ao dito, mas acho que vou só dizer coisas soltas. Convém ter presente que já falei demasiado destes filmes no blogue.

No universo Super-homem toda a gente chora o Kal ou o Jor-El. O primeiro perdeu a família, mas herdou um novo planeta. O segundo perde o filho e depois a vida, mas continua a «viver» uma consciência artificial. A pobre Lara, num par de dias, perde o filho, o marido e, por fim, o raio do planeta, mas ninguém chora pela moça.

Continua a baralhar-me a visão que Snyder teve de Krypton. Sendo certo que já não leio BD do Super-homem há muito tempo, para mim Krypton sempre foi um planeta super evoluído, muito mais citadino e tecnologicamente avançado que o nosso. A série Krypton mostrou isso mesmo. Uma sociedade a viver por castas, com tudo planeado, em cidades, grandes ou pequenas, cheias de edifícios e máquinas. Animais voadores a transportar humanos, como vemos neste filme, é-me esquisito.

E continuando na tecnologia... Descobre-se na Terra uma nave espacial de Krypton com mais de 18 000 anos. Desde então a tecnologia kryptoniana não evoluiu? Clark mete a pen drive de Krypton num sistema com milhares de anos e tudo funciona na perfeição? Tomemos a nossa evolução de tecnologia nas últimas décadas como exemplo. Em menos dum século passámos dum único computador a ocupar uma sala inteira, para aparelhos que cabem no nosso bolso que fazem tudo. Para passar informação duma máquina para a outra tivemos disquetes de vários tamanhos e, hoje em dia, temos pen drives com USB. O próprio USB vai evoluindo! Ligamo-nos por cabos diferentes e sem estes. Uma mesma ligação transmite dados e energia. E o dito aparelho que temos no bolso torna-se obsoleto num par de anos, em média. Basicamente Krypton construiu umas cenas fixes, arranjou naves e robôs, e baixou os braços. «Está feito. Não mexe mais. Agora é sentar o cu no sofá, ver a bola e beber umas jolas. Não invento mai' nada

Man of Steel continua a ser bonito de se ver. Total mérito seja dado a Snyder nesse aspecto. Os voos, as batalhas, a destruição, é tudo delicioso. Mesmo o mais trágico. Já em termos de história, os detalhes, a substância dos personagens ou a narrativa, Snyder e companhia têm muito que aprender (já vão tarde). E quantas cenas do Super-homem a gritar são precisas para fazer um filme? Para além de que tudo e todos tem tão pouco a ver com a BD.

YOUNG CLARK - What was I supposed to do? Let them die?
PA KENT - Maybe.

Ugh! Curioso como na década de 70, com menos recursos e aldrabando muito o material de origem, conseguiram fazer um filme muito mais fiel ao personagem.

Vamos ao seguinte.

segunda-feira, março 15, 2021

Yes Day


Não.

Não é grande filme, mas também não tenta ser. É uma coisa de família, meio tonta, tentando dar um pouco de moral e mérito a quem se esforça, todos os dias, para dar e fazer o melhor pela família.

Até porque tínhamos de ver este filme. Está na segunda posição, na lista de coisas mais vistas do Netflix!

Sabem que eu gosto de seguir todas as tendências.

quarta-feira, março 10, 2021

Tom and Jerry


O Jerry é uma besta. Sei que pode ser controverso, mas tinha de o dizer. Alguém tinha de o fazer.

O Tom é um idiota, mas não é má criatura. Já o Jerry é maldoso. No filme, a primeira vez que se encontra com o Tom (sendo também a primeira vez que se conhecem), rouba-lhe dinheiro. Pior, estava a roubar e a aproveitar-se dum gato que supostamente era cego. No meu entender, Tom só está a tentar vingar na vida, ter um bom emprego, uma namorada jeitosa e não ser caçado pelo cão. O s@c@n@ do rato faz-lhe a vida negra. Mesmo quando são «amigos» mete-o sempre em apuros.

É uma vergonha e não vou tolerar mais tamanha injustiça. #firejerry #justicefortom #wejustwanttom

domingo, março 07, 2021

Boss Level


Nova teoria. Certo belo dia em Hollywood um qualquer grande executivo, completamente dopado, a alucinar com todos os narcóticos consumidos nos últimos dias, lançou o desafio a todos os que estivesses dispostos a aceitá-lo: pensem em todas as histórias possíveis com time loops, e vamos esgotar o raio da premissa já, para que ninguém volte a usá-la novamente. Nunca mais!

No fundo, é alguém que odeia o Groundhog Day, o Bill Murray, ou até mesmo os dois. O certo é que, para já, o único resultado prático é que eu tenho estado super entretido. E sim, façam 1000 filmes com esta premissa. O meu desafio é eu vê-los todos. Acreditem que vai acontecer.

Já o Ken Jeong estará também ele num qualquer loop, pois está decidido em aparecer em todos os filmes que vejo hoje. Pois temos pena, meu caro. Não tenciono ver mais.

Acabou-se o ciclo.

The Opening Act


Acabo de perceber que não tenho estômago para cenas demasiado... demasiado.

Tenho presente ter metido as mãos à frente dos olhos na cena da piscina de agulhas num dos Saw. Sempre que há uma cena lamechas dum casal que finalmente se mete aos melros eu desvio o olhar e meto a língua de fora, qual pré-adolescente. Quando alguém vai desta para melhor eu reviro os olhos até doer, para evitar que a lágrima saia.

Em Opening Act, quando o personagem principal tem momentos horríveis em palco, quando o público está todo contra ele e é um momento aterrador de vergonha alheia, eu peguei no telemóvel e tentei ler um post sobre cenas irritantes, sem consequências, em filmes e séries (ex: quando alguém deita-se numa cama ainda calçado = nojo = esta pessoa tem de mudar os lençóis imediatamente mas isso não acontece e é tudo normal).

Tirando esta realização pessoal, Opening Act prova, uma vez mais, que quase todos os comediantes não sabem representar.

sábado, março 06, 2021

V.I. Warshawski


Faziam-se muitos filmes de detectives, na década de 90. Algumas pessoas até dirão que faziam-se demasiados. Mais que não seja porque o género estava tão saturado que tinham de misturar-se outros géneros com o policial (como nos últimos que vi) ou dar-se umas voltas à velha fórmula clássica (como ter uma mulher na personagem principal).

Estas pessoas que dizem que era demasiado... são parvas. É claramente nunca viram V.I. «Kathleen Turner» Warshawski em acção.

Para quando um reboot disto, hein, Hollywood?

sexta-feira, março 05, 2021

Witch Hunt


Que decréscimo astronómico de qualidade! Não admira que não tenham continuado com estas histórias. Por comparação, o primeiro é uma obra prima.

Tudo é pior em Witch Hunt, mas suponho que começa no papel principal. Fred Ward deu lugar a Dennis Hopper e... Bem, nem sei que dizer. Não sou o maior fã de Hopper, mas considerava-o um actor razoável. Aqui... O maior elogio que posso fazer-lhe é dizer que interpretou magistralmente um calhau com olhos. Ficou foi algo «longe» do papel de detective durão e decidido, fiel aos seus princípios e sempre com uma resposta mordaz na ponta da língua, interpretado por Ward.

Se calhar a sua participação no mega flop que foi o Super Mario Bros. não foi um acidente de percurso. O homem se calhar só fazia filmes péssimos, daqueles que não conseguem dar a volta e tornarem-se bons. Ou isso ou tinha um agente que o odiava de morte.

Que tragédia vestida de vergonha alheia que é este filme.

Cast a Deadly Spell


Algures no início dos anos 90 alguém lembrou-se de criar um universo policial misturado com magia. Mais, para adocicar melhor a coisa para os nerds, o personagem principal chama-se HP Lovecraft e há ainda um chefe de polícia chamado Bradbury.

O surreal é que este filme para TV, uma história pulp com monstros e místicos ao barulho, nem está muito mau. Sim, os monstros são pirosos e algumas falas são lamechas, mas a trama é interessante e sempre há um par de bons actores envolvidos.

A coisa correu tão bem ou tão mal que fizeram uma sequela. Deixa lá ver como foi.

quinta-feira, março 04, 2021

Never Rarely Sometimes Always


Mais uma vez Holywood ateima em fazer dois filmes com a mesma base para a história, de estúdios diferentes. No caso, refiro-me a este e a Unpregnant. Ambos sobre uma moça que quer fazer um aborto e a amiga que a acompanha. Isto porque precisam de ir longe para o fazer.

A diferença é que Unpregnant parece ter um toque de humor, com alguma animosidade entre as personagens, pois não se dão assim tão bem, e este é uma depressão «desconfortável» do princípio ao fim.

A pobre moça tem vários problemas, a começar por pais idiotas, um sistema médico que mente e força uma doutrina quase religiosa anti-aborto, assim como relações com rapazes que ninguém merece.

Como lado «positivo» duma história que deveria ser apenas ficção: a prima é um ser humano extraordinário. Arranja dinheiro e vai com ela para Nova Iorque, onde se safam melhor enquanto menores do que eu safar-me-ia agora no alto da minha idade avançada. Muito admiro esta jovem moçoila e todas de igual coragem, generosidade e ingenuidade, com tamanha capacidade de sacrifício. Que mais houvessem. O mundo seria infinitamente melhor.

quarta-feira, março 03, 2021

A Simple Twist of Fate


Steve Martin leva um «murro no estômago» quando a mulher, grávida de sete ou oito meses - ou, como se diz clinicamente, uma catrefada de semanas -, revela que ele não é o pai.

Sim, é um belo início duma história da Disney. A partir daí só melhora. Alguém rouba o ouro todo que o homem tem em casa. Um bebé aparece-lhe, numa muito fria noite de Inverno, enquanto a mãe da criança falece lá fora. O verdadeiro pai, dez anos depois, tenta reaver a criança em tribunal. E vai conseguir porque, ao contrário de Martin, tem dinheiro que nunca mais acaba. O tipo que roubou o ouro aparece morto no fundo dum rio.

Tanto filme divertido com o Steve Martin e tive de escolher rever esta «fava».

terça-feira, março 02, 2021

The Air Up There


- You got one of the finest basketball minds I've ever come across, but you haven't got a clue as to what coaching's all about.
- Why? Because I don't coach the way you do? No, I'm sorry. I don't play by the rules.

É isto. Nos anos 90 não era preciso mais nada para fazer ou vender um filme. «O Kevin Bacon é um ex-jogador e vai a África recrutar um jogador, porque ele não faz as coisas como os outros.» As cabeças dos produtores explodiam com um pitch destes. Algumas outras pessoas puxavam o próprio cabelo, desacreditando que acabaram de presenciar tamanha ideia genial. E assim se fazia um filme.

Na verdade, o tempo só veio complicar o processo.