domingo, fevereiro 17, 2013

Argo

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Hollywood adora parecer intelectual e preocupada com outros assuntos que não fazer uma batolada de dinheiro. Daí os «temas» que às vezes ganham as rondas de prémios vários.

Se há outra coisa que Hollywood adora é congratular-se por existir, como se o seu propósito não fosse apenas entretenimento... de modo a poderem fazer uma batolafa de dinheiro.

Embora tente-se dar o ênfase ao herói na vida real, que salvou meia dúzia de pessoas, o que é certo é que Argo deverá ganhar ainda mais prémios que tem ganho, muito por causa desta nada subtil palmadinha nas próprias costas. Claro que isto em nada põe em causa o trabalho de Affleck, que está feito um homenzinho e fez uma bela obra de entretenimento. Mesmo que a sua representação esteja cada vez pior.

UPDATE: Ao que parece terei visto uma versão editada do filme. Ou seja, vi uma versão mais curta. Terei gostado por ser mais curta, ou simplesmente não teria gostado da mais longa? Nunca saberemos.

domingo, fevereiro 10, 2013

Smashed

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A Ramona (só percebi que era ela mais para o fim) gosta da sua festa. Gosta do seu copo. Só que tendo um par de noites seguidas a dormir na rua, só porque sim, a moça começa a pensar que poderá ter um problema. Não ajudou ter experimentado crack ou vomitado no trabalho. (É grave a partir do momento em que dá aulas dum primeiro ano.) Ramona começa a ir a reuniões com um colega, ex-alcoólico (estão em todo o lado). Começa a tentar resolver a vida. Só que no processo perde o marido bêbado com quem já não se entende. Perde o trabalho. E tudo é um processo muito difícil em que está sempre triste e a chorar. Em boa verdade, faz pouco sentido que tenha continuado sóbria. E este filme talvez fosse mais fixe se fosse na parte antes dela tornar-se uma seca.

Wreck-It Ralph

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Outra vez nas alturas e as minhas escolhas recaiem sobre animação para ver.

Wreck-It Ralph é uma espécie de Toy Story dos videojogos. No fundo, quando as crianças/jogadores não estão em frente às máquinas, os personagens dos jogos ganham vida. E no caso do Ralph, chega mesmo a partir tudo. Maior parte das vezes sem querer, mas algumas de propósito, ou não fosse essa a sua natureza.

O filme tem dois públicos-alvo. As crianças, claro. Sortudas. Mas também os nerds de vídeo-jogos. Em especial os que cresceram com estas coisas. Há montes de pequenas boas referências e tenho a certeza que não apanhei todas. Será um sonho molhado para os gamers harcore ver os glitches a lembrar os velhos jogos.

Para além de ser divertido, claro.

sábado, fevereiro 09, 2013

About Cherry

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A Heather Graham é lésbica! Pornografia! Cenas de sexo explícito.

Agora que tenho a atenção de toda a gente, posso dizer que este filme é um bocado reles. Sim, há seios. Sim, há moças a interagirem com moças de forma bela e o mais natural possível. Só que no fundo é a história duma miúda gira que nem é assim tão burra, que se vai metendo no mundo do erótico e depois pornográfico, de forma controlada e segura. Temos ainda o Dev Patel a fazer de amiguinho que é o único que não vai para a cama com ela... apesar de ser quem mais o quer fazer. Temos o James Franco a fazer de... James Franco. E há seios e sexo e cenas. É isso.

domingo, fevereiro 03, 2013

The Purple Rose of Cairo

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Este fiz confusão. Já o tinha visto. Talvez não do princípio ao fim. Talvez faltassem pequenos detalhes, mas lembrava-me dele bem. Não na perfeição, já que, não sei porquê, acreditava que o personagem saído da tela tinha aceite a oferta das meninas da noite. Como é que não se aceita um convite tão gentil é algo que o meu cérebro não conseguiu registar, pelos vistos.

Magia de Allen ao barulho. Um actor teve uma interpretação tão realista que salta do ecrã... literalmente. Uma jovem moçoila, sonhadora mas destruída, só quer uma vida melhor. Uma em que não seja má no trabalho. Uma em que o marido não lhe bata. Em que o idiota tenha um emprego. Algo melhor. Algo como nos filmes. E aí o dito personagem atravessa as realidades, criando uma comoção... e apaixonando-se pela moçoila no processo. A grande dúvida aqui é se se prova que a vida pode ser como nos filmes, ou se os filmes podem ser como a realidade.

Silver Linings Playbook

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A Jennifer Lawrence de cabelo preto?! Jasus! Alguém verificou se isto era ilegal? Como não ser ilegal? É impossível. Tem que ser. Não é possível uma coisa tão incrível não ser ilegal. Alguém verificou? É que pelo meio ainda há umas danças com roupa justa e uns saltos com pernas enroladas à volta da cabeça do Bradley Cooper. E, já agora, outra vez este gajo. Se não é as mãos onde não deve, é o nariz algures delicado o suficiente para tal acto não estar a ser feito à frente de tanta gente. Que salafrário me saiu este rapaz.

Silver Linings Playbook não é para toda a gente, mas para quem é servirá bastante bem. As representações não estão tão boas como podiam estar. Em especial a cena da aposta, que parece improvisada em demasiados momentos, e não improvisada em bom. O conceito então é para lá de aterrador. Falamos na possibilidade de ser melhor ter duas pessoas malucas juntas do que separadas. Não, uma loucura não anula a outra. Se bem que gosto que ambos sejam cruelmente honestos um com o outro. Lá está. Tem o seu q de divertido. Algo de estúpido romântico. E uma insinuação de proximidade com o espectador, ou não fossemos todos loucos da cabeça.

sábado, fevereiro 02, 2013

The Bourne Legacy

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Afinal havia outro.

Outros, mesmo. Na continuação do universo da trilogia com Matt Damon, o governo afinal tinha um projecto de criação de super-agentes. Se calhar isto tinha sido revelado e não me lembro, confesso. Se calhar o Bourne já se sabia que era um dos super, não sei. O que é certo é que o Hawkeye é uma dessas cobaias do projecto, que agora tem que morrer. Tanto o projecto como os agentes. No caso das pessoas, literalmente. Porque soube-se mais do que se devia saber, o projecto tem que desaparecer. Hawkeye é dos super-agentes mesmo bons e, inicialmente, sobrevive por sorte. Depois é por ser desenrascado. O rapaz procura a única cientista que, por milagre, sobrevive a um «acidente». Também por sorte (s@c@n@) a cientista é Rachel Weisz. Porque toda a gente sabe que génios deste tipo têm que ser boazudas. Todos os homens eram os típicos nerds. A que sobrevive é logo a Weisz. Certo.

Não fiquei impressionado com Legacy. Tem umas cenas porreiras de acção. O Hawkeye tem o carisma curtido que se lhe é reconhecido. Tirando isso, pouco mais. E o final é meio despachado, pareceu-me. Já a premissa mantém-se a mesma: fugir de tudo e todos.