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terça-feira, outubro 30, 2012

Hearat Shulayim

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Coisas que devem saber sobre Hearat Shulayim:

1) A tradução é «nota de rodapé».
2) Refere-se ao único motivo pelo qual certo personagem é verdadeiramente conhecido, em termos académicos.
3) Foi por causa duma referência à sua pessoa numa nota de rodapé, num trabalho de alguém conhecido, seu mentor.
4) O filme é israelita.
5) É o menos pesado de todos os nomeados deste ano, na categoria de «Estrangeiro».
6) Não deixa de ter o seu drama.
7) É uma história de sacrifício de filho para pai... embora o pai não o mereça.
8) Está bem feito. Vê-se bem, mas não é nada de extraordinário.
9) Talvez necessitasse dum Holocausto, ou de pessoas deficientes, ou de abusos de menores. Algo assim mais para o «oscarizável».

segunda-feira, outubro 29, 2012

Monsieur Lazhar


Foi só isto? Dado que é um filme da categoria «Melhor Estrangeiro», esperava uma data de coisas que acabaram por não acontecer. Um argelino pede asilo no Canadá. Ao mesmo tempo, uma professora enforca-se numa sala de aula. O argelino, que já pairava pelo Canadá, vai a correr à escola candidatar-se ao lugar. (Gostei da iniciativa.) Falamos portanto dum homem desconhecido, que tem um passado sombrio, e que dá aulas com regras antigas. Cria uma relação especial com uma aluna (a preferida) e dá um calduço ao miúdo reguila.

Sim, esperava abuso de menores, violência física, talvez um rapto ou outro. Miúdos traumatizados para o resto da vida, no fundo. Coisas usuais nesta categoria. Afinal é só uma historieta simples e simpática, com um final tristonho mas não infeliz.

Jodaeiye Nader az Simin


Tenho que arranjar maneira de ter mais filmes disponíveis nos meus vários aparelhos. Agora só tenho aqui os filmes nomeados para Melhor Filme Estrangeiro dos Óscares deste ano. Começa a ser uma verdadeira depressão.

Este envolve uma decisão que acaba por não ser a melhor. A esposa quer sair do país. O marido quer ficar para tomar conta do pai doente. Acabam por ficar. Separam-se, mas ficam. A partir daí gera-se o caos. Tomaram claramente a decisão errada. Violência física. Tanto a homens como a mulheres. Quase mortes. Uma morte ainda em útero. Uma data de discussões. Tribunais e mais um par de botas. Embora não literalmente, para grande pena minha. Começo a fantasiar com um filme qualquer em que tudo fique de pernas para o ar e, a certa altura, surja um par de botas vindo de não sei onde. Entre isso e  ter um sistema de navegação (vulgo GPS) a dizer «Siga para... bingo.», já sei tudo o que quero pelo Natal.

Uma coisa é certa. É bom saber que algures no mundo o sistema judicial funciona rapidamente... mesmo que seja um sistema para lá de estranho e tendencioso. É que estas pessoas quase no próprio dia eram «atendidas» por um juiz. Qual será o tempo médio em Portugal? Meses? Um ano?

domingo, outubro 28, 2012

Rundskop


Um miúdo maluco da cabeça esmaga os tintins de outro miúdo com uma pedra. Paralelamente temos um «cavalheiro» muito violento metido em coisas ilegais de vacas drogadas. Escusado será dizer que as duas coisas estão ligadas, se bem que a história do presente fez-me pouco sentido. Não que esmagar tintins com pedras me faça sentido, atenção. O presente dá ar de que o rapaz sans huevos inchou-se com testosterona e outras substâncias, procurando vingança. Só que tal acaba por não acontecer. Nada acaba por acontecer, diga-se de passagem. Uma data de planos fechados. Uns movimentos esquisitos.  Umas cenas com a polícia, que apareceu do nada, quase desaparecendo de onde não veio. E pouco mais.

In Darkness


Regresso ao mundo uns tempos depois, só para entrar num buraco, para todos os efeitos.

In Darkness conta a história de um grupo de judeus que refugiou-se nos esgotos, numa terra na Polónia, nos tempos da segunda guerra mundial. Foram ajudados por um polaco. Primeiro ajudou por dinheiro. No fim já o fazia porque podia e devia.

É uma história pesada, como todas estas histórias são, mesmo tendo um final um bocadinho feliz. Depois de 14 meses enfiados naqueles esgotos, alguns conseguiram sobreviver, saindo no final da guerra.

sábado, setembro 22, 2012

The Girl with the Dragon Tattoo

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Tenho que admitir que a versão americana está melhor, em quase todos os aspectos. Mais que não seja, está muito mais fiel ao livro. Dá mais ênfase a toda questão com o Wennerström. Está melhor explicado porque haveria Blomkvist de trabalhar para Vanger. O livro que iria escrever da família, ou seja, a história criada para disfarçar a investigação, é mencionada mais vezes. E o final... Bem, há uma parte que não tenho a certeza em relação ao final. Já não tenho bem ideia de como foi no livro. Tirando isso, o final está mais completo, fechando bem o primeiro volume conseguindo deixar a porta aberta para o segundo capítulo. Só houve uma coisa que para mim não funcionou. A Rooney Mara não é a Noomi Rapace, o que implica que não é perfeita para fazer de Lisbeth Salander. A Rooney não me convenceu. Também há o facto de Craig ser o único que não fala com um sotaque estúpido sueco, mas nem vou por aí.

domingo, maio 13, 2012

My Week with Marilyn

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Não gosto de idolatrações. Acho que somos todos humanos, por muito que sejamos bons a fazer alguma coisa. No caso de Marilyn faz-me especial confusão. Não conheço assim tão bem o seu trabalho e confesso que não a conheci. Andávamos em círculos diferentes. É natural. O que é certo é que a impressão que tenho (com a devida ressalva que já fiz) é que era uma mulher muito bonita. Ponto. E valia e vivia disso. Especialmente numa época em que as mulheres pouco mais eram do que uma carinha laroca, muito em especial as actrizes, que faziam dinheiro a velhos gordos (uma espécie de tradução de fat cats). Ainda hoje o fazem, em boa verdade. E por muito que cante ou que faça uma boa interpretação, a impressão que tenho sempre é que era um belo pedaço de mulher. Poderei estar errado, mas não será por este filme que ficarei com outra. Aqui, Marilyn comporta-se como uma miúda mimada, diva, que ainda por cima tem algumas dificuldades de interpretação. Sim, era traumatizada e explorada e todos a viam como um bocado de carne. E então? Isto em nada tem a ver com a qualidade do filme. É simplesmente a minha interpretação de um dos ícones do cinema. Em defesa da falecida, acho que ninguém alguma vez conseguirá interpretar ou reproduzir aquilo que foi. Nem Michelle consegue, por muito que respeite a miúda... se bem que há momentos em que está muito bem.

Une Vie de Chat

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Isto não deveria chamar-se algo como A Dupla Vida do Gato? Porque é essa a história. Ou melhor, é esse o mote para a história. Um gato que passa os dias com uma miúda que não fala, cuja mãe é polícia e cujo pai foi morto por um gangster. E que passa as noites com um gatuno, a «passear» pelos telhados, à procura de casas com as janelas abertas e bons dotes. A meio do filme os dois mundos cruzam-se e até conjugam, mas mesmo assim são duas vidas, não? Une Vie de Chat é delicioso em alguns momentos, com desenhos perfeitos para retratar a vida parisiense, para além dos maneirismos dum gato marialva.

sexta-feira, maio 11, 2012

W.E.


aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh

Acabei de ver um filme realizado pela Madonna! Como é que isto aconteceu? Juro que não sabia. Só descobri no final, quando apareceu «Directed by Madonna». Aliás, já acabei de ver o filme há um bocado, mas tive que ir apanhar ar e falar com amigos que acalmaram-me. Disseram-me que a culpa não era minha. Que não tinha feito nada de errado. São meus amigos. Querem o melhor para mim. Como saberei que não estão a mentir-me, a dizer-me o que quero ouvir, porque sabem que é grave. Será que continuarão a ser meus amigos? Pus tudo em causa ao ver este filme. Porquê? Porque é que não veio com um aviso? A lei não deveria proteger-nos destas coisas. Em vez do W.E. gigante a explicar porque é que se chama W.E. (Nome estúpido, já agora. A primeira vez que ouvi falar nisto pensei que fosse ficção científica.), devia estar o nome da Madonna em letras garrafais. WARNING ou algo do género. BEWARE talvez fosse melhor. Maldita hora em que isto foi aos Óscares. Se não tem ido, não teria arruinado assim a minha vida.

O filme em si nem é muito mau. Vê-se. Acima de tudo a Abbie Cornish está para lá de gira e é sempre um prazer ver o Jeff, mesmo como vilão.

segunda-feira, abril 30, 2012

A Better Life

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Há um conjuntos de filmes que vale pelo ponto de viragem. A narrativa segue numa determinada direcção até chegar ao ponto em que a história muda para outro caminho. Às vezes é claro que vai acontecer. Às vezes estamos toda a «primeira parte» à espera que aconteça. Às vezes até percebemos que vai mudar e é para pior. A sensação de impending doom. O melhor é quando não o esperamos e somos surpreendidos. Seja para o bem ou para o mal. É mais raro. É preciso não estar a ligar ou nem querer tentar perceber. Em A Better Life sabemos que algo terá que acontecer, apenas porque o registo da «primeira parte» assim o leva a entender. Espera-se que algo aconteça, seja a «melhor vida» a surgir, ou a desaparecer por entre os dedos dos personagens. O protagonista tudo faz para dar uma «melhor vida» ao filho adolescente, orfão de mãe. Daí ter entrado ilegalmente nos EUA. Daí ter trabalhado toda a vida com condições mínimas. Dá tudo pelo futuro do filho, mesmo não conseguindo estar presente no presente (à falta de melhor expressão). Compra uma carrinha para tentar melhorar o negócio, para ter mais negócio, para ter mais dinheiro. Só que algo corre mal. E dá-se aí o ponto de viragem. A Better Life é uma história agridoce e que sim, faz pensar um pouco.

sábado, março 10, 2012

The Adventures of Tintin

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A sério, qual é a piada deste personagem? Os secundários ainda percebo. Os secundários são engraçados. Não fazem uma história sozinhos, mas têm piada. Agora o Tintin... Só aquele cabelo, a juntar ao cão... Eu não quero dizer que o Tintin é mega gay. E nem é como se houvesse algum problema com isso. Não vejo mal nenhum numa criança ter uma referência homossexual. Incomoda-me sim que tenha uma referência homossexual que está enfiada no armário, como se fosse errado um homem gostar de outro homem. Mas voltando ao Tintin e à sua poupa ridícula. Eles até gozam com isso. A porcaria da poupa não se desfaz, nem com uma hélice de avião, nem com o palerma debaixo de água. É ridículo. Já em relação ao filme, porque carga d'água é que mudaram o nome ao Milu que, aliás, sempre pensei que fosse A Milu?

Ressabianços à parte, não achei que a história ou o próprio filme estivesse alguma coisa de especial. Incomodou-me profundamente que o personagem e os seus associados destruísem uma cidade só para apanhar um falcão (como é que alguém faz uma perseguição por terra a um falcão?!), sem qualquer tipo de consequência. É que mandaram prédios inteiros abaixo e nem uma policiazita para chatear-lhe a poupa. Muito, mas muito patético.

domingo, março 04, 2012

Albert Nobbs

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Se alguém quiser ver os mamilos à Glenn Close, se alguém no mundo alguma vez teve esse sonho, este é o filme a ver.

Close faz passar-se por homem. Foi algo que cedo teve que fazer, de modo a poder trabalhar. Enganou toda a gente. Ninguém suspeita e só uma outra moça na mesma situação acaba por descobrir. Close é uma bastarda. Foi usada e abusada por homens muito nova. Isto fê-la retrair-se imenso. Até aqui... bem, sim, tudo horrível, mas Close sobreviveu e vai acumulando dinheiro, enquanto trabalha numa pensão. O sonho é ter o seu próprio negócio: uma tabacaria. O pior é quando começa a sonhar com ter uma moça a viver e a trabalhar com ela/ele. O problema é quando acha que a Alice é uma boa opção. Porque não é. Não é de todo. E nem é porque tem um namorado idiota. É mesmo porque ela própria é uma idiota e não merece um rapazinho tão sério como a Glenn Close.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

The Artist

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Faltava-me este cromo, dos nomeados de hoje para melhor filme. Antes duma análise provavelmente nada correcta e muito pouco séria, posso adiantar que os meus preferidos, de entre os nove nomeados, são o The Help e o Midnight in Paris, com o The Descendants logo a seguir. Tudo o resto merece pouca ou nenhuma atenção, já para não falar que alguns constarem de qualquer lista de finalistas, seja do que for, é ridículo. Mesmo para os Razzies eram péssimas escolhas. Do War Horse, por exemplo, nem considero que o(s) cavalo(s) seja(m) mau(s) actor(es).

Já o The Artist... não sei muito bem que dizer. É mais uma daquelas situações ridículas. Um típico exemplo em que o trailer conta o filme todo. As pessoas com quem falei, que viram o filme, disseram mal. E o conceito, para mim, é mau. Quer dizer, achar original fazer um filme como se fazia antigamente é patético. Destacar uma obra por usar técnicas desactualizadas e não trazer nada de novo ao mundo parece-me estranho. O que é certo é que custou-me menos ver do que pensava. Ajuda sempre estar a fazer outras coisas ao mesmo tempo. Ajuda ainda mais que seja curto. Mas até acho piada a coisas que sejam excessivamente expressivas. E o cão é um óptimo actor. Tenhamos também isso em atenção, por favor. À margem de tudo isto, pensando apenas na história, lembrou-me sempre demasido o Singin' in the Rain, e ainda mais algumas coisas de outros filmes antigos, tendo ou não muito a ver. Terá sido de propósito, mas não abonou de todo a favor.

Terminando, porque também não estou para perder muito mais tempo com um filme que cedo vou esquecer, mesmo que não tenha sido tão mau como esperava, apercebi-me esta semana que os Óscares deste ano são fracos. Muitos filmes diferentes. Poucas coisas dignas de destaque. E mesmo dentro dessas, não há nada que seja um verdadeiro assombro, correndo o risco de ficar na memória. Valerá talvez pelo regresso do grande Billy. Por isso até veria a cerimónia, se não me estivesse a marimbar para os Óscares e não tivesse nada melhor para fazer como, sei lá, dormir, por exemplo.

domingo, fevereiro 26, 2012

Hugo

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Fui só eu a odiar este filme?
A única justificação para estar tão bem cotado é por ser realizado por Scorcese, o realizador que não faz nada mal... segundo as pessoas que avaliam filmes. Acedo de caras que o homem tem talento e que já fez coisas muito boas. Acedo que volte a fazer outras. E até acedo que será um pouco imbirração minha. Mas vamos não fazer dele o Manoel de Oliveira de Hollywood, em que só porque em tempos foi bom, é de continuar a deixá-lo criar balela atrás de balela. Não, não acho que Hugo seja minimamente bom. Dou um exemplo simples que será sintomático para todo o filme: o papel Sacha Baron Cohen. É o mau da fita. Pega em miúdos que andam pela estação e manda-os para o orfanato, com um pontapé no rabo e completo desdém. No entanto, o personagem encontra amor na personagem de Emily Mortimer. Porquê? Não, o momento no final não é de redenção. Não acontece nada que justifica que ela goste dele. E é assim com maior parte dos pormenores da história. Faz todo o sentido no papel, mas quando vemos o desenrolar, acaba por ser demasiado... raios, falta-me a melhor expressão. Será um misto de imperfeito, fugaz e frágil. Paper thin seria a melhor expressão em inglês. Mesmo muito fraco, este Hugo, e se ganhar alguma coisa hoje, só confirmará a percepção que tenho da Academia desde há muito tempo.

domingo, fevereiro 19, 2012

The Iron Lady

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O assunto não me é particularmente querido. Não gosto de biografias e gosto cada vez menos de política, em especial britânica. Não morro de amores pela Thatcher. Acho que ninguém morre. O que é certo é que The Iron Lady está bem construído. Enaltece e manda abaixo a mulher, sem ser demasiado intrusivo. Se bem que imagino que tenham sido tomadas algumas liberdades com o presente da narrativa, acredito que esteja fiel à realidade. E Streep está genial. É um hábito, é certo, mas não deixo de sentir necessidade de o referir. Posto isto, é um filme que se vê, mas que não acrescenta nada à sociedade.

sábado, fevereiro 18, 2012

Extremely Loud and Incredibly Close

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Na companhia dos meus gremlins vi Extremely Loud and Incredibly Close. Um filme que incomodou-me sobremaneira, como acho que todos os filmes que tenham a ver com o 11 de Setembro irão incomodar. Não porque fique horrorizado com a memória daquele dia, mas mais porque parecer-me-á sempre que alguém está a ganhar com a exploração do acontecimento. E tudo vai sempre parecer mais dramático do que é. Em boa verdade, o pai de família podia ter morrido de qualquer outra forma. Perder-se-iam alguns pormenores desta história, mas não acho que o enredo necessitasse de ser diferente. Continuaria a ser sobre um rapazito que perdeu o pai e vai numa «aventura» todos os sábados, à procura de algo que o traga de volta, ou pelo menos uma parte dele. Ter o 11 de Setembro ao barulho serve apenas para tornar mais dramático algo que não precisa de mais drama. O início do filme até tem um toque de fantasia. A procura da fechadura onde entrará a chave que o miúdo descobre por acidente. (E não, isto não é uma analogia à entrada na puberdade. É mesmo só uma chave que o miúdo encontra.) E eu estava a gostar da fantasia, conseguindo ignorar toda a questão do 11 de Setembro. Só que o miúdo é mesmo muito irritante. Não só o personagem. O actor. A criança... lamento, mas quis estrangulá-la o tempo todo. E isso foi... chato.

sábado, fevereiro 11, 2012

Jane Eyre

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Este tipo de filmes fazem-me odiar mulheres. Esta fantasia e ideia do que é o amor. Esta miúda, se queria estar com o palerma, tinha ficado com o palerma. Não ficava à espera que a esposa (que ainda por cima era insana) fosse desta para pior e que o palerma fosse atrás dela, «resgatá-la do frio da noite». Que idiotice. Tem que se fazer pela vida. Filha, se esperas, o mais provável é que a coisa que se perca. Porque existem um milhão de distrações no mundo. E não é só agora. O protagonista aqui andou pela Jamaica na má vida. Nem sequer chegou lá virgem, com certeza. Que dizer dos tempos de hoje?

domingo, fevereiro 05, 2012

The Muppets

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Qualquer dia será sempre perfeito se envolver algo com os Marretas. Acho que toda a gente se lembrará do anúncio da NBA, por exemplo. Mesmo que estivesses a ver a tua equipa a perder, ficavas contente na mesma.

Os Marretas é aquele franchise que terá apenas uma justificação para ter ficado tanto tempo no esquecimento: a morte de Jim Henson. Chegou agora Jason Segel (abençoado sejas) para tentar reanimar os bonecos mais simples e ao mesmo tempo mais divertidos de toda a história. Vê-los na grande tela trouxe ao de cima aquilo que acho que trouxe para toda a gente: a criança que temos dentro de nós que adorava estes bonecos, mesmo que não percebesse maior parte das piadas (havia muitos trocadilhos de inglês, convenhamos). E foi maravilhoso. Aquele esbracejar de braços (mesmo vindo dum personagem que, para mim, está longe de ser o meu preferido, mas do qual também gosto, claro) quase que levou-me à loucura. Tivesse visto em casa (e acredito que ainda o venha a fazer) e acho que tinha-me mandado ao chão em lágrimas, deliciado com a simplicidade dum momento perfeito de humor físico. As placagens da Miss Piggy. As secas do Fozzie. O falar estranho do Chef (finalmente percebi algo que disse!). Tudo tão bom.

The Muppets é o único filme em que tolero músicas e danças em coreografia (quão bom foi a parte da música dos Nirvana?). E quero ver pelo menos dois filmes por ano, um pelo Natal (seria um sonho), por favor. Não há para aí tanta gente desempregada? Metam-nos todos a trabalhar para isto. Eu ajudo. E contribuirei sempre monetariamente para esta maravilhosa e importante causa.

Adoro os Marretas e o único defeito que poder-se-á apontar a um filme deles é que não é possível dar atenção a todos os personagens incríveis criados por Henson e companhia. Porque todos mereciam ter um filme só para eles.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

The Descendants

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Paradise can go fuck itself.

Ora aí está um bom começo para qualquer história: um gajo a mandar vir porque vive no paraíso. Lamento, bonzão, não tens qualquer tipo de pena da minha parte. Viver no Havai, para mim, sempre foi como um sonho. Não faço ideia porquê. Devo ter visto um qualquer filme ou série no Havai, em miúdo, e apaixonei-me. Viver numa ilha, rodeado de mar azul bonito, praias brutais, poder usar camisas havaianas o tempo todo, gente gordalhufa e bem disposta, com um sotaque peculiar e uma segunda língua. Sim, um paraíso, sem dúvida.

Clooney tem razões para mandar vir, no entanto. A mulher está em coma e ele não faz ideia de como lidar com as duas filhas, uma delas em plena adolescência. Para mais, o palerma é rico. Herdeiro de fortunas e terrenos outrora posse de reis. Tudo repartido, mais ou menos, por uma data de primos e afins. Há muito por dividir. Não será por aí.

Não posso nem quero comentar muito mais. Acho até que já disse demasiado. Queria mandar uma boca ao Cereal Killer, mas não o vou fazer. O que é certo é que estava com bastante vontade de ver The Descendants. É a minha praia. Ainda para mais, Clooney conjuga demasiado bem duas das suas melhores (únicas?) facetas. O toque de queriducho de quem temos pena, com o insano ridículo. Estava em pontas. Até que disseram-me que não era nada de especial. Foi o melhor que me podiam ter feito. Acabei a gostar. Passava bem sem o final, é um facto. Ou melhor, passava bem sem parte do final. Gostei do filme. E acho até que vou gostar mais com o digerir da coisa, nos próximos dias.

Mahalo.

domingo, janeiro 29, 2012

Anonymous

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A teoria aqui é que não foi William Shakespeare a escrever as peças e tudo mais. A teoria é que foi o filho da rainha, que chegou mesmo a dormir com ela - se bem que em defesa de todos, o mais provável era nenhum saber -, com quem teve um filho ilegítimo. Toda a gente mais próxima sabia que era ele a escrever, mas não era nem correcto, nem muito digno que fosse público em geral. Tiveram que arranjar um bode expiatório, um cretino manipulado pelo verdadeiro autor. Através das peças, o velho «Bill» tentou arranjar maneira de destruir todos os que se meteram na sua vida e nos seus planos. Pena que a artimanha tenha saído um pouco ao lado.