quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Filth

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A semana é pesada e cansativa. Chega-se a casa mais cedo que o previsto e não pelos melhores motivos. Qual o remédio? Hora e meia de asneiras com sotaque escocês. Há muito praguejar no mundo. E algum até de elevado gabarito. Continuo a ter muito respeito pela injúria do povo de kilt. Também graças a estas adaptações das obras e Welsh. Não dá para ter tudo dos livros - faltou a eloquente lombriga -, mas tem-se sempre aquele cavalheirismo welshiano a que estamos habituados.

Foi divertido.

domingo, fevereiro 23, 2014

Nebraska

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Para que fique claro, eu gostei do filme. Mas é esta a interpretação que está a fazer tanto furor? A de um velho desorientado a fazer de velho desorientado? Mais piada tem a esposa. Essa sempre tem mais do que meia dúzia de falas. Se bem que não, não acho que sejam necessárias falas para ser uma boa representação. Nada disso. Mas dá jeito não estar a fazer só cenas onde cai, ou está prestes a cair, ou simplesmente não sabe onde está ou o que está a acontecer. O que é maior parte do tempo.

Já tinha era saudades de ver filmes a preto e branco.

Está feito. Com este termino a lista dos principais filmes a Óscar. Falta-me pouco mais de meia dúzia, mas é dos candidatos a categorias de segunda linha. Repito apenas o que já disse: não estou impressionado. Não vi nada que marcasse ou enchesse o olho. É tudo sempre a mesma coisa e, pior, cada vez mais deles são baseados em factos verídicos.

Para além de não haver tomates para fazer (ou mesmo só louvar) algo diferente, parece haver falta de imaginação em Hollywood.

The Master

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O registo é exactamente o mesmo do There Will Be Blood. O mesmo tipo de narrativa maçuda. O mesmo tempo, ou melhor, o mesmo demorar para chegar a um sítio... que nunca sabemos muito bem se é onde era suposto chegarmos. A diferença ocorreu no registo diferente do personagem principal, ao qual se junta outro tipo de protagonismo dos personagens secundários. Não se viu só Phoenix. Viu-se quase tanto de Seymour Hoffman (saudadinhas) e ainda bastante de Amy Adams. Ambos os casos contrabalanceiam bastante bem com o meu desdém pelo primeiro.

Ter uns momentos de violência, assim como outros de seios, ajudou a combater a sonolência provocada por este tipo de narrativa. Temia odiar o filme, passando a odiar o trabalho de PT Anderson. O There Will Be Blood é algo que agonia-me falar, hoje em dia. Não aconteceu. Felizmente.

Lust for Love

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A malta do Dollhouse juntou-se para fazer... Não esperava um comédida romântica. Acho que esperava tudo menos uma comédia romântica. Se bem que é uma coisa assim bem moderna, mais a dar para a promiscuidade do que propriamente para o romantismo. Aliás, se calhar devia antes ver como fantasia. Quer dizer, o protagonista é um jovem solteiro (e bom rapaz), que só foi para a cama com uma mulher, o seu «amor de vida» desde os quatro anos. Isto no meio de LA. Surreal é chamar-lhe pouco. Nem em aldeolas perto de Coruche dará para encontrar um rapaz bem parecido que só tenha ido para a cama com uma mulher.

O palerma teve o coração despedaçado pela tal moça, ainda sua amiga e paixão do coração para sempre. A outra melhor amiga tenta ensiná-lo a engatar miúdas. E faz um trabalho tão bom ou tão mau, que duas gémeas acabam por aparecer-lhe em casa. Não aconteceu tanto como devia ter acontecido. A tal do «amor» bateu-lhe à porta no momento perfeito, como só uma mulher consegue fazer.

E há um francês.

sábado, fevereiro 22, 2014

Anna Karenina

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Comecei o dia a ver Les Misérables. Nem cinco minutos durou a experiência. Eles não paravam de cantar. Passei para Anna Karenina, sem grande esperança da coisa melhorar. Acabei por ser surpreendido com uma boa montagem e excelentes transições de cenas. A história é engraçada, mas nada de mais. Tem um cheiro da narrativa russa, mas seria impossível conseguir passá-la completamente. Acredito ser algo que só funcione em formato livro. Também esta coisa de fascínio pela Keira Knightley é algo que passa-me bastante ao lado. A «mulher» é um esqueleto andante.

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Her

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Continuo sem grande paciência para o caramelo, mas tenho que admitir que este filme é bom. Ajudou que tivesse bigode a esconder a cena no lábio.

Num ponto de vista completamente diferente, não seria capaz de viver a minha vida com a voz da Scarlett constantemente ao ouvido. Estaria com uma erecção o tempo todo. Complicava-me o dia, no mínimo.

E num terceiro ponto de vista ainda mais diferente, adoro que a visão do futuro de Jonze seja duma data de nerdlingers de bigode e calças puxadas até às orelhas, a falar sozinhos no meio da rua.

In a World...

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Num mundo... em que a grande maioria de voz-off de trailers são homens... e eu que nem sequer alguma vez tinha pensado nisso. Não que vá passar a noite em branco a pensar no assunto. Fica apenas a curiosidade. Já perceber que a Lake Bell realiza filmes que, ainda por cima, recebem prémios... essa ideia é bem mais estranha.

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Knights of Badassdom

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Continuo sem vontade de regressar às depressões Oscarianas. Continuo pelas tontices feitas por e para geeks. E o que posso constatar mais facilmente é que Summer Glau é a princesa dos nerds. Intitulei-a agora. Aposto que nunca ninguém tinha percebido. É que ainda por cima foi por acaso. O nosso senhor todo poderoso Whedon, rei dos nerds, desencantou-a para fazer umas cenas de dança no Angel (ela é bailarina quase profissional), depois insistiu com a miúda para o Firefly e é com pena que não se tornou hiper-mega-estrela com essa série, se tivesse durado mais do que 13 episódios e um filme.

Se o Whedon fizesse agora o Firefly teria sucesso, certamente. Não seria a mesma palhaçada que foi da primeira vez.

Knights of Badassdom é sobre uns geeks que fazem LARP (quem não sabe o que é, que vá ver) que... Raios, qual é a palavra para summon? Sem querer, sem saber que tinha em sua posse um livro mágico, um palerma chama um demónio dos infernos para o meio duma sessão de LARP. O monstro chamou um figo (ou vários) à junção dos geeks, e desatou a chacinar aquela gente toda.

A Glau juntam-se mais uns quantos geeks e fazem uma coisa divertidita.

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Someone Marry Barry

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Decidi largar os Óscares por um bocado, não fosse começar a ter vontade de cortar os pulsos. Queria também ver se ganhava ânimo para a nova semana que já espreita. Acabou por não funcionar tão bem como queria.

A premissa é que toda a gente tem um Barry como amigo. Aquele ser inconveniente que só diz alarvidades. Que ficou preso na infância/adolescência. Que adoramos mas não queremos apresentar a ninguém. Que estraga tudo. Que só pensa nele mesmo apesar de ser grande amigo...

A questão é... Eu não estou a ver quem é o meu Barry. O que implica que... Eu sou o Barry!

domingo, fevereiro 16, 2014

12 Years a Slave

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Não queria ser júri desta edição dos Óscares. Como é que se escolhe entre SIDA e escravatura? Não as coisas em si, entenda-se. Como é que se escolhe entre dois filmes baseados nestes temas? Só faltava haver um sobre o holocausto e então era impossível.

Depois de duas horas a sentir-me culpado por ser branco (comentário não da minha autoria), vou sentir-me culpado por ser carnívoro ali para a cozinha.

Lo Imposible

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Isto uma pessoa às tantas esquece o Ewan McGregor, mas o que é certo é que todos os anos vai fazendo filmes que andam nas listas de Óscares. Qualquer dia ainda calha, embora por enquanto nunca seja ele o nomeado.

Acabei de fazer uma associação rápida de ideias. O início do ano, em especial janeiro, tende a ser muito deprimente. Há uma data de factores, como ter passado a época natalícia, as pessoas estarem a pagar as despesas dessa época, o frio, chuva e ainda faltar muito para o Verão, altura de mudança, etc. Junto a estes factores um outro: é altura de Óscares. E se há conjunto de histórias mais deprimentes que tudo, são os filmes nomeados a Óscar. É tudo à volta de sofrimento e desolação. Este Imposible tem uma parte de esperança. Mesmo assim...

Cada vez anseio mais pelo Verão, também pelos seus maravilhosos e divertidos blockbusters.

sábado, fevereiro 15, 2014

Flight

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Denzel é um alcoólatra e drogado. Até aqui nada de especial, não fosse piloto. Mesmo só com esta informação não temos uma história muito original. A questão é que Denzel aterrou um avião impossível de aterrar. Se formos meticulosos, o correcto é dizer que despenhou o avião. Mas maior parte dos passageiros sobreviveram, algo que poucos pilotos, se algum, conseguiriam fazer. E tudo isto sob a influência de álcool e cocaína. O que faz-me pensar se o que nos têm dito durante estes anos todos não será peta.

Testemos. Embora aí beber uma data de vodkas seguidos, snifar umas linhas e metermo-nos num cockpit. Quem alinha?

August: Osage County

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É errado querer estar numa refeição de família em que a matriarca é uma #%&$ de primeira apanha? Não sei porquê, parece-me que seria divertido. Especialmente se a filha mais velha a placasse, para tirar-lhe um frasco de comprimidos. Isso então seria épico.

Streep parece estar fadada a fazer todos os papéis de c@br@ que existem. Por um lado é fixe, porque faz bem o tipo de papel. Por outro lado sinto saudades de a ver num registo cómico. Acho que perdeu-se a oportunidade duma grande carreira no género. Tudo porque tem jeito para chorar e fazer chorar. pfffffffffff

Já ver a Julia Roberts a dizer um chorrilho de profanidades é só estranho.

Life of Pi

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Será isto muita imaginação ou pouca? Dependerá do ponto de vista. Misturar Forrest Gump com Cast Away e ainda meter-lhe o Slumdog Millionaire à mistura, é algo que não me lembraria. Eu acho que teve alguma imaginação. Mais ainda quando se mete um tigre na história. E agora pensarão os meus três leitores: qual é o problema de ter um tigre? É complicado quando se tem que partilhar um bote com um tigre, no meio do oceano Pacífico.

Essa é a grande parte da história: a sobrevivência. Até lá o narrador mostrava-nos partes da sua vida, do seu crescimento. A certa altura desaparece de cena o presente e estamos apenas no passado, no oceano.

Para mim só foi chato ter que ver dois filmes seguidos com a mesma temática, embora um tenha o tal tigre. Tirando isso, até se vê melhor do que pensava.

All Is Lost

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Parece-me lógico ver um filme sobre alguém completamente sozinho no mar, em pleno dia dos namorados. Só me apercebi depois. Não deixa de ter piada.

Não é sempre que se consegue ver um filme com meia dúzia de falas. Aliás, maior parte dos filmes mudos tinham mais falas que All is Lost. Mas Redford consegue ocupar bastante bem os espaços mortos... mesmo que maior parte do tempo eu não fizesse ideia de que estava a fazer. Percebi o objectivo principal: sobreviver. Em alguns momentos, o «como» não era assim tão óbvio. Como é que fez aquela coisa da água, por exemplo?

O que é certo é que aconteceu de tudo ao homem. E em ponto algum desistiu. Nobre... por muito que algo enfadonho.

terça-feira, fevereiro 11, 2014

Philomena

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Coogan vê-se sem emprego, caindo um pouco em desgraça por causa dum erro. Uma empregada aborda-o, numa festa, propondo que escreva a história de sua mãe. Ela teve que abdicar do filho por ter sido mãe enquanto adolescente solteira. Ênfase na parte de estar solteira, atenção. Naquele tempo até podia ser mãe aos 12, desde que estivesse casada. Coogan tem mais nível que isso e não quer escrever a história. Só que implicará dedicar-se ao livro sobre história russa... e ninguém quer ler isso. Coogan vai então escrever a história. Encontra-se com Dench e ouve-a. É uma seca. Não vai escrever. Coogan não tem nada com que falar a ex-colegas. Vai escrever a história. Descobre então todo um esquema de exportação de crianças irlandesas para os EUA, onde são adoptadas. Mesmo assim é um pouco abaixo do que costumava fazer, quando estava na berra. Não vai escrever a história. Se bem que a igreja bem que podia levar um chuto no traseiro. Vai escrever a história. Leva Dench para os EUA para tentarem encontrar o filho. A mulher é uma seca e fala pelos cotovelos. Não vai nada escrever a história. O filho era um gay republicano que morreu de sida. Embora lá escrever umas linhas de texto, vá. Dench não quer que a história seja escrita. RAIOS!

Há mais, mas creio ter estragado o suficiente o filme a toda a gente.

Estou farto de histórias baseadas em factos verídicos.

domingo, fevereiro 09, 2014

Saving Mr. Banks

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Mais cantorias. Não sou particularmente fã do filme no qual este se baseia, mas a história sobre a criação dele está bem contada e é interessante. O elenco ajuda. E é sempre um prazer ver histórias dum período um pouco mais simples. Pelo menos em teoria.

Frozen

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Cantorias no gelo. Uma data de fantasia. Princesas com poderes e irmãs que gostam de brincadeira. É um óptimo filme para os miúdos. Divertido. Passava bem sem as cantorias, mas eu sou um velho rezingão.

sábado, fevereiro 08, 2014

Escape Plan

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Stallone é um especialista em fugas de prisão. Manda-se lá para dentro e consegue escapar. As pessoas contratam-no para o fazer, para testar a segurança. Tudo porque quer ter a certeza que meliantes como os que mataram-lhe a mulher e filha, nunca conseguirão fugir. Com este tremendo sentido de justiça, Stallone convence um médico da prisão mais impossível de fugir de sempre, a cumprir o seu juramento hipo-cenas, ajudando-o a fugir e a matar uma data de guardas e outros no processo.

É bom ver pessoas com princípios.

Carrie

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Ah, ser novo e ter toda a vida pela frente. Não ter responsabilidades. Sentir tudo pela primeira vez. Que momento bonito na vida de qualquer adolescente, quando percebemos que temos poderes telequinéticos e usamo-los numa multidão de colegas que sempre gozaram connosco só porque somos diferentes.

Que bom ser-se jovem.

domingo, fevereiro 02, 2014

The Sessions

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Saltamos para algo um pouco mais pesado, voltando à temática Óscares. Embora num ano diferente.

Apercebi-me que ainda tenho uns quantos «filmes de Óscares» do ano passado para ver. Foi um ano em que não vi muita coisa e, pior, também não achei que houvesse algo de extraordinário para ver, dentro da lista de nomeados e mesmo vencedores. Um pouco como este ano, no fundo. Contudo, há sempre um filme ou outro, um underdog, que acaba por surpreender. Tinha alguma esperança que fosse este The Sessions.

John Hawkes vive deitado, por incapacidade dos seus músculos funcionarem. Está assim desde miúdo. O que faz com que tenha alguma dificuldade em engatar miúdas. É um jogo para jovens que conseguem mexer-se, no fundo. Aos 38 anos é virgem. E por aí manter-se-ia, não fosse alguém falar-lhe duns terapeutas sexuais. Entra Helen Hunt... para que Hawkes possa entrar. HA!

O filme é bonito e intenso. Uma boa dose de humor disfarça qualquer desconforto com cenas mais chocantes, como ver a Hunt nua várias vezes. Não é que seja horrível. Longe disso. É só peculiar ter os nossos sonhos a realizarem-se, tantos anos depois.

Já depois de Hawkes perder os três, a partir daí foi um chorrilho de mulheres, umas atrás das outras. Isto só custa começar.

Free Birds

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Sinto-me dividido.

A premissa são dois perús a tentar salvar a sua espécie, viajando no tempo e evitando que o primeiro Dia de Acção de Graças decorra. Por um lado, há aqui um conjunto de cenas/comentários tontos que adoro, para além da fofice que é Amy Poehler. Por outro lado, adoro perú. Não no sentido de «oh, que bicho fofinho, adoro-o». Não. É mesmo no sentido de salivar enquanto via um filme de animação.

Tive partes do filme em que torci pelos «maus da fita». Que diz isto da minha pessoa? Bem... Para já, diz que tenho fome.

Afternoon Delight

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Kathryn Hahn é uma dona de casa entediada. Tem uma vida bastante simples e simpática. Um marido porreiro. Um filho giro. Estabilidade financeira. Uma casa bem fixe. Amigos. Só que sente-se vazia. Não tem paciência para todas as coisas mundanas que lhe ocupam o dia. Não quer saber das actividades que as outras mães organizam. Não tem vondade de ter momentos íntimos com o marido. Custa-lhe criar ligações com o filho. Precisa de algo que abane um pouco a sua realidade. Decide levar uma stripper para casa. Não é uma coisa que tenha sido forçada. Foi acontecendo. Após uma visita a uma casa de reputação duvidosa, Hahn torna-se amiga da stripper que fez-lhe uma lapdance. Acaba por adoptá-la, com a desculpa que a quer ajudar, quando no fundo só precisa e quer um pouco de emoção. Quer conhecer outro tipo de vida. Uma radicalmente oposta à sua. Quer não ser mãe e esposa durante um bocado... mesmo que venha a custar-lhe tudo.

Do outro lado está do Ted. E como é que alguém está entiado com o Ted... epá, não percebo. Não há lógica inerente. É o Ted! Has she met Ted?

sábado, fevereiro 01, 2014

Austenland

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Tenho um pequeno fraquinho pela Keri Russell. É fofinha e já fez umas coisas engraçadas. Só isto poderá justificar ter decidido ver uma versão moderna do Orgulho e Preconceito.

É o Orgulho e Preconceito que tem o Darcy, certo? Lamento, não sou especialista em Austen. Aliás, nem percebo como alguém poderá ser especialista em Austen. Porque existem. Estas pessoas provavelmente viram o filme e acham óptima ideia haver um sítio que simule esta «realidade» do século XIX. Não param um pouco para pensar e perceber que, no fundo, é prostituição. Os homens são contratados para insinuarem-se às mulheres. São prostitutos. A verdade é essa. Não que tenha qualquer problema com isto, atenção. Parece-me é que estraga um pouco o romance da coisa.

The Wolf of Wall Street

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Não posso dizer que passar três horas a ver DiCaprio & Co. em pleno deboche não tenha sido divertido. Aliás, o melhor elogio que posso fazer ao filme é que não dei pelo tempo a passar. Estive quase sempre entretido. Ajuda que uma data de moças andassem despidas. Ajudou que houvesse orgias de 15 em 15 minutos. Ajudou que alguém começasse aos berros, com relativa facilidade, em qualquer ponto do filme. Mesmo nos minutos mais calmos. É espalhafatoso. Eu gosto de espalhafatoso. Roça muito o clássico filme hollywoodesco, sempre com tudo em grande. Também, esses são os filmes que Scorsese faz. É o que se espera.

Tirando isso, é um filme sobre um salafrário que roubou dinheiro a muita gente, e mesmo assim safou-se. Acima de tudo tem sexo e drogas, mas também há esta parte, sim.