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sábado, outubro 14, 2017

The Dark Knight


Tenho algum receio de dizer isto. Poderá ser preconceito para com filmes da DC, mas o filme não parece estar a passar bem o teste do tempo. Nada contra Heath. Continua incrível. Mantém-se a pena de que não possa continuar o papel. O resto é que...

O desenrolar do enredo não é melhor. A acção mantém-te entretido, mas se se parar um pouco para pensar no que está a acontecer... Há demasiadas coisas estúpidas, algo despropositadas. Coisas que se passam sem grande coisa que o justifique.

Talvez o mesmo se passe com os filmes da Marvel. Talvez à terceira ou quarta visualização deixe de ser tão fixe. Farei esse teste eventualmente, quando tiver tempo para ver todos os filmes outra... Ya, cheira-me que isso nunca virá a acontecer. Quem tem tempo para uma coisa dessas?

quinta-feira, abril 19, 2012

Vals Im Bashir

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Não esperava nada disto. Nada mesmo. Não sabia o que esperava, em boa verdade. Já tinha o filme para ver há tanto tempo que já nem me lembrava da imagem do póster. Já não me lembrava que isto era em animação. Nunca soube (acho) que eram relatos de guerra. Pequenas histórias. Algumas pitorescas. Outras aterradoras. Histórias de sobrevivência. Histórias de vivências. Uma narrativa a tentar ser linear. Várias visões da guerra. Alguns ângulos diferentes. Tudo a dar o mesmo nó no estômago. Nada do que estava à espera.

quinta-feira, abril 12, 2012

Revanche

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O protagonista é um cavalheiro rude, duro. Um homem a sério. Vivia à volta do mundo da prostituição, frequentando e trabalhando por lá. Volta ao campo, à procura de refúgio. Pára por casa do avô, já velhote, e ajuda-o a cortar uma porrada de madeira. Acaba por ser fortemente assediado pela vizinha, mulher dum polícia da cidade. Por muito bruto que seja (regra d'douro), ela só tem uma coisa na mente. Para ele é apenas uma atitude duma mulher que quer algo. Só não sabe é que o que ela quer é engravidar. Nem que seja por outro homem, já que o marido não o consegue fazer. Tem um objectivo nobre, portanto. Parece-me bem. O mais problemático é que o nosso protagonista foge da lei. Roubou um banco e perdeu uma namorada no processo. A prostituta por quem estava apaixonado e que iria salvar, tirando-a da má vida. Acabou por correr mal. Agora corta lenha e tem sexo com a mulher do homem que matou-lhe a namorada. Para provar que não é só em Portugal que se tem vidas difíceis.

terça-feira, abril 10, 2012

Entre les Murs

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Poderá dizer-se que este filme foi um pequeno pesadelo. Por mais motivos dos que vou enumerar, porque por ser um pesadelo não estou para estar aqui a revivê-lo completamente. Que fique bem claro que em nada estou a dizer que foi um pesadelo por ser um mau filme. Foi sim um pesadelo porque quase toda a acção passa-se numa sala de aula com novos adolescente. Por «novos adolescentes» entenda-se seres que acabaram de entrar na adolescência e, como tal, são mais uns palermas que por aí andam neste mundo. Que fique também claro que não são só estes novos adolescentes que são palermas, mas todos os novos adolescentes do mundo, grupo do qual em tempos fiz parte. Hoje em dia já não sou um novo palerma, sou apenas palerma.

Dizia eu que voltar a uma sala de aula foi uma experiência horrível. Dou dois motivos assim de barato. Um: já não tenho paciência para salas de aula e aprendizagens. Não quero com isto dizer que não tenho que aprender. Longe disso. Muito longe mesmo. Uma coisa assim para lá de Budapeste. Ou mesmo depois. Já não tenho paciência. Sempre me foi difícil concentrar durante demasiado tempo. Hoje em dia até acho que tenho a atenção de uma criança de cinco anos. Menos ainda do que tinha aquando dos meus cinco anos. Custa-me ter que estar a ouvir alguém falar durante muito tempo. O que até me faz compreender estes miúdos que não se calam um segundo que seja e passam a vida a interromper o professor. Se bem que... Bem, isto leva-me ao ponto dois: faz-me sentir velho, pois claro que faz-me sentir velho. Demasiadas vezes ao longo do filme fui pensando coisas idiotas como «No meu tempo não era assim.» ou, pior, «Estes miúdos de hoje em dia são horríveis. Eu/nós não era/éramos assim.» Eu não quero pensar estas coisas. Isto são pensamentos de velho. É o que diziam os velhos, que seriam apenas velhos aos meus/nossos olhos na altura em que era um novo palerma. Ok e três (sim, afinal há um três (lembrei-me enquanto teclava e não me apeteceu reescrever o início do parágrafo)): os professores. Tive que estar a ver o lado deles. Tive que ver todo o espectáculo de martirização deles e não há paciência. Admito que seja trauma de miúdo, porque nunca gostei de professores (figuras autoritárias (por muito que me borrasse (borre) de medo dos meus pais)) e porque, pelos vistos, continuo a não gostar.

Salva-se um detalhe do pesadelo. Será aquele momento em que começamos a sonhar e ainda não nos apercebemos que é um pesadelo: um miúdo. Salvou-se um dos novos palermas. Não por ser menos palerma que todos os outros. Seria igualmente palerma. Nem mais, nem menos. MAS (grande «mas», aqui) este palerma em questão apareceu não uma, mas duas vezes, vestido com a camisola da selecção portuguesa. Seria filho de emigrantes portugueses em França, provavelmente, o que me deprime (confesso), mas não deixa de ser a camisola das quinas a aparecer. O meu sentido patriótico vem sempre ao de cima nestas alturas... apesar da selecção de futsal ter estado a jogar enquanto via este filme e não ter a mais pálida ideia de quanto ficou o resultado. Alguém sabe quanto ficou?

sexta-feira, abril 06, 2012

Okuribito

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Melancolicamente saboroso, vá. Dou-lhes isso. É que não foi fácil ver Okuribito. Tive que fazer uma pequena pausa a meio. Não eram só as duas horas que intimidavam, era o tom lento da coisa. Estamos a falar dum rapaz que fugiu dos seus traumas para a cidade grande, para tocar violencelo. Não tendo pai, as inseguranças eram grandes e achava-se um traste em tudo. Quando a sua orquestra é cancelada, volta para a terrinha com o rabinho entre as pernas e uma esposa (c@br@?) a tiracolo. Que fazer da sua vida, tendo no currículo apenas música? Olha, porque não uma agência funerária? Não tanto na parte burocrática das flores e tudo mais, que isso é enfadonho. Mais a parte de lavar, pentear e maquilhar cadáveres. Isso sim é uma emoção a sério. Este processo lá para as terras de onde nasce o sol é um pouco diferente. O ritual é feito à frente da família do falecido. E devo dizer que é uma coisa bastante digna e feita com muito respeito. Sempre devagar e procurando não estragar a imagem da pessoa, mantendo-a sempre tapada. Sim, porque há gente que nem viva deve ser vista nua, quanto mais morta. Tudo acaba por ter um objectivo em Okuribito e isso é que é bonito. Melancolicamente bonito, vá.

quarta-feira, abril 04, 2012

Der Baader Meinhof Komplex

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Estes comunistas, pá. Sempre isto.

Der Baader Meinhof Komplex é sobre o movimento terrorista alemão das décadas de 60 e 70. Confesso que é-me difícil falar deste tipo de assuntos. O meu domínio de História é... bem, sejamos simpáticos: limitado, vá. E depois a minha opinião sobre o assunto... Há muitos momentos em que os líderes do grupo defendem que não deve haver ataques ao povo. Mas explodem com escritórios, lojas, carros, etc. Tudo isto tem consequências e não necessariamente para o inimigo pretendido. Aliás, a lógica aqui é que o povo seja o aliado. Tudo para dizer que condeno este tipo de acções. Só que por outro lado... bem, não é como se estes movimentos tenham levado a coisa muito longe. Adiaram o inevitável e durante umas décadas houve uma falsa sensação que o povo tinha algum voto na maneira como os países e, por defeito, as suas vidas, eram geridas. Pelo meio veio a apatia e agora encontramo-nos neste estado. Moral da história é que considero estes gajos palhaços. Eram palhaços que faziam coisas, é certo, mas palhaços mesmo assim. Sou todo a favor de ideais, mas que não interfiram com a liberdades alheias. Acima de tudo custa-me ver alemães comunistas, a protestar contra ditadores e tudo mais. Soa-me demasiado a falso, tenho que admitir.

Já o filme está muito bem feito. A Alemanha, como todos os países europeus talvez tirando a França, sofre daquele problema de ter três ou quatro bons actores que acabam por aparecer em tudo que é bom filme. Depois o resto acaba por ser apenas «paisagem».

segunda-feira, março 29, 2010

Slumdog Millionaire

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Ah, então é um romance?!

Estou há um ano para ver este filme. Por um motivo ou outro acabei por não o ver no cinema. Depois meti na cabeça em fazer a minha dose de Óscares, sendo que os cinco melhores ficavam (mais ou menos) para o fim. Nunca soube exactamente sobre o que era. Quer dizer, sabia que era sobre o puto do Skins a ir ao concurso. Também não sou assim tão burro... só um bocadinho. Não sabia mais. Não sabia se tinha acção. Não sabia se era intriga. Tendo em conta que vinha do mais que multi-facetado Boyle (o que é que o homem NÃO realiza?!), podia ser qualquer coisa. Até ficção científica. Consegui aguentar um ano e trocos sem saber mais nada. Procurei evitar conversas. Procurei não ler sobre o assunto (na altura dos prémios foi uma tarefa herculeana). Evitei canais de TV ou sítios onde ainda pudesse apanhar (mais que) o trailer.
Afinal era um romance... Faz sentido. Não pelos Óscares. Já não sei há quanto tempo ganha um filme destes. Pelo Boyle. Faz sentido que seja um romance pelo Boyle.

Assim termina o meu fim-de-semana de Óscares. Vi os cinco melhores do ano passado. Este ano nem tentei sequer, por muito que o pessoal adore ler sobre as minhas previsões. E ao menos hoje não aconteceu como da última vez, e não tive o «melhor para o fim» estragado com a vida a meter-se ao barulho. Não quis anunciar este fim-de-semana de forma alguma. Depois de tantas tentativas, confesso que tive muito receio de agoirar.

Ganhou o melhor, neste ano. Sem dúvida.

domingo, março 28, 2010

Frost/Nixon

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Mais uma brilhante escolha. Que decido ver, numa manhã em que acordei uma hora mais tarde do que o costume, quando estou a morrer de sono? Um filme sobre uma entrevista ao possivelmente pior presidente dos Estados Unidos. Aquele que é gozado em qualquer episódio de qualquer série de Groening.

Do filme, posso dizer que nem foi muito secante. As minhas expectativas iam baixinhas. Tem aquele pormenor à americana, que às vezes até funciona (ou pelo menos funcionou nos anos 80 e por boa parte da década de 90), mas que quando não funciona, torna a coisa demasiado «hollywoodesca». Aquele ponto de viragem, quando está tudo a perder e, às tantas, acontece um qualquer detalhe que muda completamente o rumo da batalha. Um detalhe a fazer a coisa virar 180º. Vê-se muito isso em filmes sobre desporto. Mostram a final, ou o jogo decisivo, ou o momento decisivo e, às tantas, alguém troca uns olhares, vês medo nos olhos do adversário e ganhas confiança, alguém faz um discurso, a bola tabela para o lado errado... Muito raramente - admito que possa acontecer, claro -, parece-me que isso acontece. Sim, há pontos de viragem num jogo. Sim, há pontos de viragem na nossa vida. Mas há muito tempo antes e há muito tempo depois, para se poder dar a volta, ou retomar o curso. Aqui no filme foi um momento em que Nixon liga a Frost, meio com os copos, e diz umas quantas baboseiras. Solta-se e mostra-se vulnerável, enquanto até ali tinha sido implacável. E assim, Frost decide fazer o trabalho de casa e trucidar Nixon na última entrevista. Porque não fez o trabalho de casa antes? Toda a gente apertou com ele para preparar-se melhor para as entrevistas. Toda a gente deu-lhe conselhos e tentou ir por aquela direcção em vários momentos. Porquê ali? Foi pouco credível. Foi demasiado «serendipidesco» para o meu gosto. De resto, o Langella está brilhante como Nixon. E o Michael Sheen tem uma coisa que me atrofia, na expressão facial dele. Nem é tanto o sorriso demasiado largo, algo maquiavélico. São as sobrancelhas que ficam em forma de V invertido. É uma coisa assustadora.

Milk

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Sábado à noite e qual é a minha grande actividade? Como é que decidi celebrar esta Gloriosa noite? A ver um filme sobre activistas homossexuais, com o Sean Penn a fazer de tudo para ganhar um Óscar. Decidi passar um par de horas a ver homens enrolados. Não que haja alguma coisa de errado com isso. É só que certamente haverá maneiras melhores de passar uma noite.

Estou deprimido.

sábado, março 27, 2010

The Reader

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A mulher bem disse!

Há um episódio do Extras onde aparece Winslet a fazer dela mesma. Supostamente está a filmar qualquer coisa onde é uma freira que protege judeus, durante a guerra. Manda bocas, a dizer que uma maneira garantida de ganhar um Óscar, é fazer algo relacionado com o Holocausto. Parece que tinha razão. O positivo aqui é que a mulher passa a primeira metade nua, se bem que enrolada a um rapazito sem sal (não são todos os alemães assim?).

O filme é um pouco secante. Lamento, mas já não há paciência para filmes sobre o Holocausto. E não é como se este trouxesse grande novidade. Já o Ralph passa a vida a fazer estas coisas! Ah, como é bom ver filmes com britânicos a falar inglês com sotaque alemão.

The Curious Case Of Benjamin Button

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Lembro que Button passou de favorito para ganhar os Óscares, para piorzinho de entre os melhores. O que é certo é que ganhou apenas Óscares que não interessam a ninguém, que não as pessoas que os ganham. Faz sentido. O filme está muito Forrest Gumpy. Demasiado passar do tempo, com momentos emblemáticos a marcar as cenas. E, no final, há uma coisa que não faz sentido. Não faz sentido que Pitt vá ficando bebé. Uma coisa era ir ficando novo, mas teria que ficar com cara de bebé no corpo de um adulto. Se nasceu com tamanho de bebé, mas aspecto de velho, não deveria ser assim?

domingo, janeiro 03, 2010

Rachel Getting Married

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Merecia a Anne Hathaway um Óscar por fazer de miúda irritante, centro das atenções, muito provavelmente dela mesma? É uma pergunta pertinente. Quão merecedor de um prémio é um actor ou actriz, se o papel representado é demasiado próximo da verdade?

O filme em si tem uns pormenores engraçados, muito à escola Dogme. Atenção que não sou grande fã do movimento, mas há umas coisas giras a tirar. Lembro-me de falar com um amigo, há cerca dum ano, quando o filme estreou, e este contava-me como tinha visto uns making of, como a banda sonora foi toda gravada no momento das cenas, como a Hathaway às tantas, no stress da cena em si, pediu para a banda calar-se, porque já estava farta de os ouvir. (Lá está, miúda irritante!) O casamento em si tem demasiadas coisas. Algumas engraçadas, mas muito em demasiado pouco tempo e espaço. Em todo o caso, a meia hora final é uma seca, não que seja muito diferente da antecedente hora e meia. Foi bom voltar a ver a Debra Winger.

Vicky Cristina Barcelona

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Não. Lamento. Para mim não faz muito sentido.
A Rebecca Hall... é que isto já não é de agora! Já foi assim no Prestige. Será uma cena com a Scarlett. Antes disso foi no Starter for 10. Sempre a ser passada ao lado por loiras. Ela é boa actriz. Muito boa. E, no entanto, o pessoal ignora-a, das duas últimas vezes pela Scarlett que, convenhamos, pode ser muito boa e muito sensual ou sexual ou o que seja mas... E aprender a representar? Pode ser? Fazer um papel diferente, só naquela? E a Penélope!... A Penélope ganhou um Óscar por fazer de mulher histérica, durante cerca de 15m, no total. Espanhola, entenda-se. Ainda pousou um bocado. Fingiu ser mais boa do que é. Deu uns beijinhos à Scarlett. Imagino que toda a gente tenha gostado dessa parte. Espera aí! Deixa-me só ir ver quem eram as outras nomeadas. Só um segundo.

...


Uuuuuuuui!!!
Ok, falta-me ainda ver a moça do Benjamin Button. Mas a Penélope não bate qualquer das interpretações do Doubt. E muito menos a Marisa Tomei. Não gostei do Wrestler, é um facto, mas a Marisa faz um melhor papel. Sem dúvida.

Últimas duas notas:
- Não é dos bons de Woody. Ele tem os bons e tem os assim-assim. Este é um dos assim-assim, um bocado a roçar o fundo do poço. Pareceu-me demasiado duas adolescentes americanas a passarem o Verão fora e a apaixonarem-se e perderam a virgindade e tudo mais. Yuk!
- O Bardem!... Ele aqui! Ui. Até eu quis ir para a cama com ele. Um personagem um bocado ridículo. É um artista que sofre, mas com mais dinheiro c'ó c@g@r! Pinta, música, poeta, vinhos, comida, é piloto... Estou húmido só de listar estas características.

domingo, dezembro 27, 2009

Happy-Go-Lucky

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Voltámos a esta conversa. Quase um ano depois, volto a ver um filme candidato aos Óscares 2009. O ridículo da coisa é que pensava que era a protagonista que estava nomeada. Já não me lembrava que era para o argumento. Como tal, tinha todo um discurso preparada sobre a personagem, como é irritante porque está sempre bem disposta, mas como o mundo precisava de mais pessoas destas. Assim, acabo por ter pouco que dizer. O argumento é giro. É uma história muito simples sobre a vida duma jovem moçoila, bem disposta com a vida, que tenta ver sempre tudo pela positiva, que fica triste mas não se deixa abater pelas coisas más, que pede desculpa, mesmo quando não tem culpa nenhuma, porque sabe que o deve fazer pela outra pessoa. É isso.

--//--

Aproveito para marcar a ocasião: com este, são 200 filmes vistos em 2009! Sei que no arquivo diz 201 (ou mais, já que o ano ainda não acabou), mas um dos posts é daqueles de intervalo. Podiam ter sido mais. Podia ter chegado aos 300, só que seis meses a... sei lá o que estive a fazer nesses seis meses. Houve FM pelo meio. Também ajuda que, a partir de certa altura, ficou mais fácil ver filmes e outras coisas. Houve ainda alguns que comecei a ver e desisti a meio, ou felizmente no início. Tive agora os bocadinhos de Natal. Para além dos que falei aqui, ainda vi bocados da enésima repetição do Love Actually, talvez num canal diferente; um pouco o Jackie Chan e do Jet Li aos saltos no Forbidden Kingdom; segundos do Música no Coração (que bom que foi!); não resisti a ver o Singing Bush, nos ¡Three Amigos!; vi um pedaço do Will Ferrell histérico no Kicking & Screaming; e, finalmente, a interpretação do Tiny Dancer prendeu-me alguns minutos no Almost Famous, até ver a cena do «let's deflower the kid», ficar deprimido e mudar de canal.

Vamos lá tentar os 300 em 2010. Estou confiante. Claro que nunca dá em nada, mas estou confiante.

sábado, outubro 31, 2009

Australia

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No meio desta salganhada toda dava para tirar três filmes. A história da mulher que toma conta do negócio do marido. O papel da Autrália na II Guerra Mundial. A maneira como o governo lidou com os putos mestiços. Claro que seriam filmes fracos, qualquer um deles, logo teve que se enfiar tudo no mesmo.

Sei de quem gostará deste Autrália. Os (e as) fãs do Jackman poderão sempre ver o cavalheiro em tronco nu, todo molhado. E ver Kidman a cavalgar será um regresso ao Far and Away, com a havaiana a fazer de britânica, sempre atrás de um qualquer bonzão com sotaque.

domingo, fevereiro 22, 2009

Intervalo 7 - Alguns problemas técnicos

Seria realmente uma boa desculpa.
«Ah e tal!... Fiquei sem maneira de ver filmes e por isso é que não tenho visto.»
Pois, nada disso.

O motivo de não ter visto filmes tem duas letrinhas apenas:
FM

É verdade, este vício voltou à minha vida e, dois minutos jogados, lá me veio à memória o porquê de ter largado o bicho, da primeira vez.
É que aquilo entranha-se. Envolve-te nos seu tentáculos e é impossível sair.
Tentas ligar a pessoal.
Tentas mandar ou responder a mails.
Tentas arrumar o quarto.
Tentas limpar a casa.
Tentas comprar comida.
Tentas comer.
Nada!!
Não consegues fazer nada!
Impressionante.

Isto tudo para dizer o quê?
O meu plano maquiavélico foi por água abaixo. A ideia era ver os filmes dos Óscares antes da cerimónia. Falhei miseravelmente. Dos principais, falta-me o Happy-Go-Lucky (Melhor Guião Original), o Vicky Christina Barcelona (Melhor Actriz Secundária, Penélope Cruz) e Rachel Getting Married (Melhor Actriz Principal, Anne Hathaway), para além dos cinco nomeados para melhor filme.

Aqui ficam as minhas previsões para os seis prémios principais:

MELHOR FILME e MELHOR REALIZAÇÃO
Toda a gente começou por apostar no Button. Com o passar do tempo e o acumular de prémios para Slumdog, parece que a aposta clara será o filme de Boyle. Safe money é no Slumdog para Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Guião Baseado em coisas. Isto se a Academia estiver numa de ser consensual com o resto do mundo. Se for igual a si mesma, dará o prémio a Frost/Nixon, só para continuar a premiar um dos meninos bonitos de Hollywood. Reader, Milk e mesmo o Button, correm como outsiders, parece-me.

MELHOR ACTOR PRINCIPAL
Sem ter visto três das interpretações, o meu voto vai para Richard Jenkins. Infelizmente este é o underdog da selecção e dificilmente irá ganhar. Todos os anos há pelo menos um. Um actor ou actriz que faz um papel brilhante, mas como é dum filme independente, não há bling para comprar votos. Nos últimos anos tem sido o Gosling, este ano é o Jenkins.
O Sean Penn é persona non grata em Hollywood. O Frank Langella até é considerado bom actor, mas ninguém vai dar um prémio ao Nixon!! Brad Pitt pode merecer a coisa e até vejo a Academia a aceder a dar um prémio a este bad boy, só que acho que está tudo virado para o Rourke. Não percebo porquê, mas cheira-me que a estatueta vai pender para Rourke.

MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL
Não vi a Hathaway mas, por muito que até seja menina bonitinha de Hollywood, parece-me que não terá grandes hipóteses contra os outros tubarões. A minha aposta vai para Streep e será merecido. Também não vi Winslet no Reader mas tendo em conta que o resto do mundo considerou este papel como sendo secundário, parece-me que também não terá grandes hipóteses.

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
De tempos a tempos olho para a lista e até começo a analisar quem poderá ser o vencedor. Isto porque esqueço-me de quem lá está. Depois leio o nome de Ledger e sigo para a categoria seguinte. Acho que não há dúvidas. Até acho é que nem deviam ter nomeado mais ninguém este ano, só para nenhum dos cavalheiros passar vergonha. Abriam o buraco outra vez, metiam lá a estatueta e não se falava mais nisso.

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Talvez queiram dar mais um Óscar a Doubt e vá para Amy ou Viola, mas duvido. Penélope não me parece ser moça a quem a Academia atribua Óscares. Não sou fã mas também não desdenho o trabalho da espanhola. Não me parece, é só isso. Pelo pouco que conheço do filme, cheira-me que o papel da Tarija não será muito grande e/ou imponente. São suposições baseadas em praticamente nada, atenção. Acredito que seja o segundo para Marisa. Como até gosto dela, não me incomoda. E o papel não é mau, em boa verdade.

O resto...
Como já disse, devem ir mais uns quantos para Slumdog. Gostava que o In Bruges ganhasse o Óscar de melhor argumento original, mas cheira-me que será complicado. O Button deverá ganhar um ou outro por montagem. O Wall-E ganha o de animação, na boa. E o Dark Knight talvez ganhe mais um por efeitos.

Fica a dúvida para o melhor «estrangeiro». Ainda irei vê-los. Tenciono fazê-lo. Vai demorar mais um bocado, só isso.

Os outros oito... a ver se os vejo nas próximas semanas. Serão os próximos a ver,. Todo este assunto será abordado mais um pouco. Nos próximos posts é que vai ser notório o quão pouco percebo disto!

Hoje...
Epá, não percam tempo com a palhaçada que é a cerimónia! Vejam mas é um bom filme. Depois logo se vê quem ganhou o quê, amanhã de manhã, antes de querer começar a trabalhar, enquanto se lê «as gordas», on-line.

domingo, fevereiro 01, 2009

In Bruges

IMDb

comoéqueestefilmenãotemumsiteoficial?!
aparentementebrugeséumapraçagigante
oralphfiennesdeviaerasófazerfilmesdestesenãoamerdadotheduchess
amiúdaébuéééééégiraapesardeserafleurdosfilmesdoharrypotter
estenãoprecisavadosóscaresporquejáotinhavistonãoseiaondeejáoqueriaverantesdasnomeações
osóscaresparaoqualestánomeadoetaleocamandroe
yaddayaddayadda
estefilmedeviasernomeadoparatodososóscaresporque...
...ESTE FILME É BRUTAL!!!!!!

Eu adoro este filme.
Eu quero ver este filme vezes e vezes sem conta.
Eu quero sair à noite com este filme.
Eu quero ir beber copos e jantar com este filme.
Eu quero ir ao cinema com este filme.
Quero fazer amor com este filme.
Eu quero viver com este filme.
Eu quero apresentar este filme a todos os meus amigos.
Eu quero conhecer todos os amigos deste filme.
Eu quero ir a festas e aniversários e jantares com este filme.
Eu quero apresentar este filme aos meus pais.
Eu quero conhecer os pais deste filme e pedir ao pai do filme a mão do filme em casamento.
Quero casar-me com este filme.
Eu quero proteger o filme e cuidar do filme, na doença e na pobreza, etcetara e tal.
Eu quero ter filhos com este filme.
Eu quero ficar velho com este filme.
Eu quero viver o resto da minha vida com este filme.

Para o caso de haver dúvidas, achei piada ao filme.
Deixo-vos com algumas das excelentes tiradas:
HARRY
Number one, why aren't you in when I fucking told you to be in?
Number two, why doesn't this hotel have phones with fucking voicemail and now I have to leave messages with the fucking receptionist?
Number three, you better fucking be in tomorrow night when I fucking call again or there'll be fucking Hell to pay, I'm fucking telling you, Harry.

- My date involved two instances of extreme violence.
One instance of her hand on my cock and my finger up her thing, which lasted all too briefly. Isn't that always the way?
One instance of me stealing five grams of her very-high-quality cocaine, and one instance of me blinding a poofy little skinhead.
So, all in all, my evening pretty much balanced out fine.
- You got five grams of coke?
- I've got four grams on me and one gram in me, which is why me heart is going like the clappers, as if I'm about to have a heart attack. So if I collapse any minute now, please remember to tell the doctors that it might have something to do with the coke.

E a minha preferida, que é aquela frase de engate perfeita, the ultimate ice-breaker, para quando já disseste olá e ela está a fugir e queres chamar a atenção para ver se ainda consegues que fica toda maluca por ti:
«A lot of midgets tend to kill themselves.»

Excelente!

pura
e
simplesmente

excelente

The Duchess

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Esperava que o filme fosse secante. Não esperava as cenas de «lesbianice»! São softcore, entenda-se. São sempre bem vindas. Aos meus olhos, o amor entre duas mulheres é muito bonito.

A história dum casal cujo matrimónio é baseado no marido querer ter descendentes do sexo masculino. Pelo meio, são realeza britânica, numa época onde não é ilegal o marido bater na mulher com um pau, desde que este não seja mais grosso que um polegar. Isto é daqueles pormenores que gosto de acrescentar, só para o caso de aparecer alguém a querer dizer que este período era muito romântico. Safam-se os decotes e pouco mais. Metam o Marie Antoinette no #$!!

Foi nomeado para Óscares que não interessam ao menino. Mesmo assim fiz questão de ver. Fica este diálogo, muito bonito:
Duke of Devonshire
Yes. I love you.
Georgiana, The Duchess of Devonshire
How?
Duke of Devonshire
In the way I understand love.

sábado, janeiro 31, 2009

The Visitor

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Richard Jenkins é professor - ao que parece, universitário - há já algum tempo. A esposa morreu há uns anos e o homem está entediado de morte. Vai vivendo a vida mas sem fazer alguma coisa que seja. Tem aulas de piano (a esposa era pianista), só para continuar a ter música na vida, mas não tem muito jeito para a coisa. À custa dum... qual é a tradução para paper?! «Estudo»?! É que o problema é que tendo a ouvir dizer «escrever um paper»!! Bem, à custa de algo que supostamente escreveu com uma colega, algo sobre economia nos países de terceiro mundo, é pedido a Richard que vá a Nova Iorque apresentar esse estudo numa palestra, já que a colega não pode ir. Richard e a esposa viveram em NY alguns anos antes. Como tal, Richard tem lá um apartamento. O problema é que, quando lá chega, está a viver lá um casal! Uma moça do Senegal e um rapaz da Síria. E agora?

Ok, estão preparados?
É que vou fazer algo muito pouco normal e contra maior parte do que tenho vindo a dizer, tanto aqui como no mundo tridimensional: vou dizer bem dos Óscares! Eu sei, também estou estupefacto. Se não fosse pela Academia, possivelmente não teria visto este filme. E isso era mau.
Porque gostei muito. Lembrou-me o In America, sendo que também lidava com a questão dos emigrantes nos Estados Unidos. Aqui acrescenta-se a variante dum local, a «interagir» com os emigrantes. :)
Richard Jenkins faz um óptimo papel e ainda para mais, faz um papel que não esperava. O grande papel que o vi fazer, foi aquele que o terá tornado conhecido para maior parte das pessoas. Era o pai fantasma em Six Feet Under. Um personagem fabuloso, diga-se de passagem. Só que enquanto na série, era mordaz e sacana, neste filme é panhonha e a roçar o irritantemente desinteressante. O cavalheiro dá a volta a essa situação.

E The Visitor, para já, na minha opinião, é O filme a ver, da dose de Óscares deste ano.

The Wrestler

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O quê!?.... O que é que?... Estão a insinuar...? NÃÃÃÃÃO!! Não pode!! Então mas... O wrestling é combinado?!?!?! não... NÃO, Sr. Aronofsky!! NÃO!! Não se brinca assim com os sentimentos das pessoas... dos fãs! Não é verdade, Sr. Aronofsky!

Ok, deixemo-nos de piadas estúpidas.
É o pior filme de Aronofsky. E o Pi... o Pi é esquisito por demais. Não quer dizer que seja mau, é simplesmente o que fez menos por mim.
The Wrestler segue Mickey Rourke, um «lutador» ainda em actividade, que viveu os seus momentos de glória nos anos 80.
Tem alguns momentos fortes. Gostei da relação com Evan Rachel Wood. Já a com Marisa Tomei não achei nada de especial. O que é curioso é que não me pareceu que Mickey tivesse que representar grande coisa. É um profissional em final de carreira, todo fo#$#&. Com grande carisma, como todos os que já foram grandes. Na luta ainda para poder manter-se um pouco na ribalta, fazendo bem a única coisa que sabe fazer, embora talvez já deva ser altura de o deixar de fazer. Podemos dizer que faz dele mesmo, não?
Acaba por ser algo previsível a história, mas em boa verdade também não tenta ser uma caixa de surpresas.

Tanto Mickey como Marisa fazem bons papéis. Não me parece é que mereçam o alarido que estão a ter. O mesmo se pode dizer sobre o filme. Vê-se bem.
É uma coisa a não perder? Nem por isso. Mas vê-se bem.

Última nota:
Esta não é a Marisa que conheço...













...mas é uma Marisa que gostaria de conhecer!