domingo, agosto 16, 2020

Project Power


Vivemos tempos muito frustantes.

Sim, sim. Pandemia. Sempre em casa. Yadda yadda. Não é isso. Há dez ou quinze anos, se me dissessem que iam fazer um filme com Foxx e Levitt, numa história com superpoderes à mistura, ficaria todo entusiasmado. Juntando a isto dizerem-me que conseguiria ver a estreia em casa, e a minha cabeça provavelmente explodiria.

A realidade hoje é que Project Power é mais um «projecto», que aparece e desaparece a uma velocidade assustadora. Sim, fiquei à mesma entusiasmado quando vi o anúncio do filme no Netflix. Ainda para mais num ano em que há muito, mas muito poucos filmes «à minha medida» a sair. Só que... Project Power é só... meh!

Não traz muito de novo. O dinheiro terá ido apenas para os cachês, pelo que parece que faltam cenas que possam dar densidade à história. E as cenas de acção ou efeitos são as vistas no trailer (e se os trailers do Netflix mostram demasiado).

Amanhã não me lembrarei que este filme existe. É frustrante.

An American Pickle


Seth Rogen tem muita, mas muita liberdade para fazer o que lhe dá na telha. Para mais, tem a vantagem que o seu público aumenta todos os dias, sempre que um qualquer adolescente cede à pressão de grupo e tem a sua primeira experiência no mundo dos narcóticos leves.

Só estes dois pontos justificam como é que Rogen consegue convencer a HBO a fazer um filme sobre um tipo preservado em «sumo» de pickles durante décadas, só para acordar num futuro, numa realidade completamente diferente da sua, e encontrar um descendente directo vivo igual a ele, mas com uma existência que nunca poderia imaginar. (Ambos os papéis são interpretados por Rogen, esse actor de elite.) E não, conseguir fazer tal coisa não é o mais surpreendente. O chocante é que há público para tal coisa.

O filme não está bem cotado. Mas houve muita gente a ver. Incluindo aqui este vosso humilde «blogger».

PS - Isto tem sobretudo a ver com Simon Rich, que é mais um dos «autores da casa» da HBO, neste momento. Mas ninguém sabe quem é Rich. Já Rogen...

sábado, agosto 15, 2020

Deathstroke: Knights & Dragons


Bem, nem todos podem ser pérolas. A DC estava com uma óptima sequência de filmes de animação, mas este é mau que dói.

Primeiro que tudo, não ajuda que não goste do personagem, por muito que tenha dado origem ao Deadpool (sim, o último foi uma cópia descarada do primeiro). Segundo, estou farto e cansado dos vilões tornarem-se heróis. Para quê? Lá porque os vilões são fixes não têm de passar para o outro lado, só para justificar a adoração. Deixem lá a moda dos anos 90. Não tem mal nenhum gostar dum vilão. Não quer dizer que a criança/pessoa seja um sociopata. Terceiro e último, a história é uma porcaria.

Ou seja, um hattrick de perda de tempo.

Artemis Fowl


Deixa ver se percebi. Um homem fada, polícia lá no bairro, rouba um artefacto mágico muito poderoso. Isto porque há um malandros infiltrados, que querem usar o dito para malandrices. O homem fada tem o artefacto e uma lista dos malandros, mas entrega tudo a um humano, em vez de falar com os seus, com os «não malandros».

Estou em crer que que esta história está muito mal cosida.

quinta-feira, agosto 13, 2020

Da 5 Bloods


Um pouco como o próprio Spike Lee, 5 Bloods está um pouco espalhado em termos de mensagem. Parece que o velho realizador está a chegar àquela idade em que o tempo começa parece-lhe escassear e tenta dizer demasiadas coisas, tudo embrulhado à pressa.

Ficam duas notas dum bom exercício, a este velho tema norte americando que é a guerra no Vietname:
- Os monólogos de Lindo podiam ter sido fixes, mas ficaram aquém. Percebe-se a intenção, mas a execução não foi brilhante. Parece ter faltado direção à improvisação.
- Bem que reparei num Boseman mais magro do que seria de esperar, mas quem diria que estava a perder uma batalha com o cancro.

Wakanda forever, meu caro. Wakanda forever...

quarta-feira, agosto 12, 2020

Working Girl


Vi isto algumas vezes em miúdo. Acredito até que Melanie Griffith ajudou-me a passar da infância para a adolescência. Era um dos vários metidos nas velhas VHS, em rotação porque não havia mais nada para fazer. Mas vi sempre com gosto, atenção. Por isso é muito estranho como é que nunca percebi que Working Girl é a versão feminina do Secret of my Success.

Posso dizer que WG é versão do SomS porque saiu um ano depois. Não é machista!

«The Earth moved. The angels wept.» é uma frase que ficará para sempre na minha memória. Só não sei se estava no trailer, coisa que devo ter visto ainda mais vezes que o filme, provavelmente. Não de forma estranha, é só que numa altura em que havia tão pouco, certos trailers acabavam por ser repetidos até à morte em várias plataformas. Quem aqui se lembra de nas cassetes de vídeo clube haver sempre um par de trailers a divulgar outros filmes do momento?

Independentemente disso, o filme foi referência para mim mas, mais importante, para toda uma geração de mulheres. Claro que tinha de meter a minha senhora a ver. Este filme anda a ser referênciado a torto e a direito por todo o lado.

Por fim, a cena verdadeiramente chocante: como é que o Let the River Run, esse hino da Carly Simon, não consta da banda sonora no genérico final? A música aparece algumas doze vezes, em várias versões, durante o filme. E ganhou um Óscar! Que esquisito.

sábado, agosto 08, 2020

Extraction


Tem umas cenas de acção porreiras, em especial a perseguição no início. Mas a trama é tão parva que torna-se difícil desligar e não resmungar o tempo todo.

E o pior é que não só tenho a BD na qual isto foi baseado, como até achei piada quando a li. Tenho de ir reler a coisa e perceber se estava com os copos na altura.

sexta-feira, agosto 07, 2020

How to Lose a Guy in 10 Days


Tão, mas tão errado.

Não há como conseguir vender esta história sem ter o charme dos protagonistas. É uma mulher que tudo faz para perder um homem, em prol dum artigo ridículo duma revista. E um homem que tudo faz para conquistar uma mulher, só para ganhar uma aposta. São todos os motivos e situações erradas para um casal entrar numa relação. E o que o filme tenta vender é que isso resulta, que as acções dum cancelam as do outro e vice-versa. Que absurdo.

Só que, lá está, como tem este dois e eles têm empatia, tudo tolera-se.

quinta-feira, agosto 06, 2020

Nick and Norah's Infinite Playlist


É estranho que Michael Cera tenha desaparecido, nos últimos tempos, depois de ter gozado um período tão fértil de sucesso. Rezam as lendas de Hollywood que o rapaz é um palerma, sendo particularmente difícil trabalhar com ele. Surreal, certo? Como um gajo que apenas é popular porque vivemos tempos de geek chic (independentemente de ter ou não talento), torna-se numa diva de Hollywood. Poder corrompe qualquer um. Nada a fazer.

Sobre o filme, que revi com gosto, podia jurar que tinham pinocado na cena do estúdio. Estava convencidíssimo disso. Quer dizer, fizeram «cenas», mas tinha ideia de ter sido sexo como definido pelo Clinton. Como é que fiquei com essa impressão?

De resto, o final é algo ridículo, com os ex a esticarem a corda sem justificação nenhuma. Mas ainda vê-se muito bem.

I Kill Giants


Lá atrás na memória, no fundo dos pensamentos, tinha presente que o filme existia. Poderei ter passado por ele numa das muitas listas que vou vendo. Ou então reconheci a BD na qual é baseado. A última será mais provável, creio.

Por algum motivo não vi inicialmente, mas ainda bem que este ano existe, para que possa ver estas coisas que ficaram perdidas. (Deve ler-se ironia na frase. Apenas pela «vantagem» de 2020, da baixa produção cinematográfica limitar o visionamento. O filme em si não me arrependo de ter visto.)

A história vale, acima de tudo, pelos detalhes que vão aparecendo pelo meio, que cosem a história e juntam tudo no final. I Kill Giants tenta valer-se pela dúvida criada, se a miúda realmente vê e mata gigantes, se eles sempre existem, ou se está tudo na cabeça dela. O certo é ser tudo demasiado inverosímel para acreditarmos durante muito tempo. Logo, é procurar pelo proverbial dIABO e vê-lo em todo o seu esplendor nos derradeiros momentos.

Every Day



Pensava que não conseguíamos arranjar mais nada de jeito para ver tão cedo, mas dum buraco qualquer a minha senhora sacou este filme, cheio de momentos demasiado errados se pararmos muito para pensar na realidade desta fantasia.

Temos uma miúda adolescente, apaixonada pelo namorado idiota, insegura porque ele não gosta dela tanto quanto ela gosta dele. Até que há um dia em que ele transforma-se. É um dia perfeito e justifica na totalidade o seu amor. Só que o dia acaba e, no seguinte, ele volta a ser o idiota do costume. E nesse mesmo dia seguinte, há outra pessoa que a trata tão bem como o namorado no dia anterior. Da mesma forma. Como se fosse... a mesma pessoa, em dias diferentes, em corpos diferentes.

Aqui entra a parte esquisita.

Há alguém que acorda num corpo diferente todos os dias. A mesma alma. Corpos diferentes. Sempre à volta da mesma idade. Mais ou menos na mesma zona. É assim desde que nasceu. As pessoas que habita não sabem disto, não têm qualquer memória desse dia. Tudo normal, como se nada fosse. Simplesmente perdem um dia nas suas vidas.

Como é que se tem uma relação com alguém que não sabemos quem será no dia seguinte? Através duma conta de Instagram secreta, pois claro.

O filme é um romance adolescente, baseado num qualquer livro, como é bastante da moda, hoje em dia. Mas não é mau. Não sei se tem a ver com o marasmo de entretenimento dos últimos tempos, ou mesmo só o annus horribilis, que quase tudo faz parecer melhor, por comparação. O certo é que achei piada.

Anchorman: The Legend of Ron Burgundy


Houve alguma conversa sobre o Will Ferrell, depois do fiasco do eurovisão cenas. Eu também não gostava do cavalheiro, até ver este e um par de filme mais fixes dele. Pensei «já que estamos numa de rever coisas...»

Será que consigo convencer a minha senhora a ver também a sequela? Talvez não. Ela ficou um bocado irritada com o Ben Stiller ser escolhido como o pivô do canal espanhol. Porque não escolheram um actor latino?

Lá está o Stiller a entalar-me outra vez. Raios partam o idiota.

quarta-feira, agosto 05, 2020

Animal Crackers


Animal Crackers é um filme de animação para toda a família, com o casal mais fofinho de Hollywood como protagonistas. Ok, com o segundo casal mais fofinho, que não sei porquê decidiram não ter a Rhea Perlman no filme.

O casal em questão quer tentar ajudar a salvar o circo que pertence à família, de onde têm boas recordações. Não é tarefa fácil porque... É um circo! Quem é que ainda vai ao circo hoje em dia? Aliás, como é que ainda se fazem filmes para miúdos com circos e jardins zoológicos. Não é conhecimento comum que são lugares de clausura e exploração dos animais?

Onde é que eu ia com isto? Ah, sim, Krasinski e Blunt deviam entrar no Fantastic Four da Marvel. Seria fixe.

Two Weeks Notice


É oficial. Não temos muita coisa para ver. Somos forçados a rever filmes. Tanto eu como a minha senhora. Parece que chegámos ao fundo do poço. Mais eu, que ela fica contente da vida de rever comédias românticas.

Lembrava-me de muito pouco da história deste filme. Tirando uma cena. Assim que esta começou, eu quase que sabia as falas de cor. E é mesmo muito ridículo, porque a cena não é nada de especial. Mas tinha muito presente a Sandra Bullock ir fazer necessidades a uma roulote alheia, no meio do trânsito parado.

É o que fica. É que me lembrarei da próxima vez, por certo.

terça-feira, agosto 04, 2020

Feel the Beat


O que surpreende a sério é que este foi o melhor filme do dia. Nem é tanto que o tenha visto. Convenhamos que o nível estava baixíssimo. A fasquia mal existiu, em boa verdade.

Assim, esta comédia simples e que nada acrescenta na existência de qualquer pessoa (salvo aos participantes, suponho), lá preencheu um pouquinho do vazio que existia em nós desde o início do dia, de ver filmes.

Espero que mais ninguém passe por esta experiência. Aprendam com os meus erros e evitem estas bodegas.

Oh, Ramona!


Que filme tão parvo e sexista. O que é surpreendente, tanto por ser realizado por uma mulher, como pelos tempos em que vivemos. É surreal achar que isto possa ser considerado uma comédia ou mesmo que este idiota poderia ser o herói de qualquer história. Ou que qualquer miúda poderia achar-lhe piada.

Um palerma escritor chamado Andrei (curiosamente conheço outro) foi um nerd na escola e andou apaixonado por uma miúda fora da liga dele. Vingou-se, escrevendo um livro onde sai por cima.

Por obra e graça dum diabo qualquer, o livro foi adaptado a filme, numa produção manhosa Romena, com actores obscuros americanos e de outras origens.

Quem ficou a perder com tudo isto? O mundo em geral e eu e a minha senhora em particular.

Come Sunday


É um nome bastante sugestivo, bem sei. Mas não, não é nada assim tão fixe. É mesmo só uma referência a idas à Igreja, aos domingos.

Aqui um padre tem uma revelação e procura apregoar apenas o amor nas palavras e acções de Cristo. Ignora assim a parte do castigo e do inferno para os pecadores.

Confere. Também me soa especialmente herético.

O rapaz estava a ser bem sucedido antes da revelação. Depois perdeu o apoio de muito boa gente. É irónico a demasiados níveis, mas o certo é que se lhes tiram o castigo, que faz a malta voltar?

É um desenrolar de eventos estranho. Eu estou longe de conseguir identificar-me com maior parte do que acontece no filme. Aliás, chego mesmo a irritar-me com quase tudo. Mas gosto e respeito Chiwetel. A minha senhora gosta e respeita LaKeith. E ambos gostamos e respeitamos o facto de que Jason Segel finalmente encontrou o papel perfeito para a sua essência, para o que transmite: é um contabilista branquelas duma igreja, mega religioso e com uma espinha dorsal algo débil.

Não é mau tipo, atenção. É só meh.

segunda-feira, agosto 03, 2020

Code 8


Já vi muita história de mutantes. A dos X-Men será a mais popular, com mais variantes, mas não é sequer a original. Convenhamos que a ideia de gente com poderes ser maltratada, abusada, excluída da sociedade, não é propriamente nova. Basta ver o que fizeram com o pobre JC.

Continuo a achar que qualquer pandilha de gente com poderes seria militarizada pelos respectivos governos em três tempos. Para mim seria o mais provável de acontecer, nesse universo paralelo em que pessoas começam a nascer com poderes.

A versão deste filme, que seriam usados para obras e trabalho complicado manual, só para serem abandonados após a industrialização, tornando-os obsoletos... Não vejo a acontecer. Alguém forte, com capacidade para derreter coisas, voar, ou o que seja, seria sempre útil para alguém. E, como tal, seria sempre usado e procurado.

Advantageous


Em Advantageous nota-se, acima de tudo, o ambiente soturno presente no nascer duma tecnologia incrível... que favorece ainda mais os ricos... que agora podem quase viver para sempre. Não se percebe porque maior parte das pessoas estão todas tristes.

Não sei quando começou, se foi sempre assim, e se todo o raio de ficção científica que consumi na vida teve sempre a mensagem social, mas o certo é que aparece muitas vezes. O futuro é uma trampa e os ricos, ainda mais ricos, abusam muito dos pobres. Deixa de haver classe média, de tão acentuada a diferença. Ou, pelo menos, é uma classe que não costuma ter relevância para a história.

E a minha pergunta é: se sabemos ser o que nos espera, porque raio caminhamos para lá?

domingo, agosto 02, 2020

Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga


Espectacular. A Eurovisão encomendou este filme à Netflix para melhorar a imagem. Só pode. É que a Eurovisão consegue gozar mais com a Eurovisão do que este filme absurdo com o Will Ferrell!

Se, no passado, com ou sem pandemia, alguém vos contasse dum filme com o Will Ferrell e a Eurovisão, imaginariam um fartote de gozação, certo? Quer dizer, não que a Eurovisão precise do Will Ferrell para ser ridicularizado. Basta existir, convenhamos. O certo é que o filme, sendo parvo, não é o parvo que se espera. O Will Ferrell continua a fazer papel de totó, mas a Eurovisão sai incólume deste 123 minutos de película.

Parece-me uma oportunidade desperdiçada. Apenas isso.

Spenser Confidential


Que história tão mal parida.

Percebo que, a certa altura, terá sido um alarido enorme nos escritórios do Netflix, com festas até às quinhentas, só porque conseguiram contratar o Marky Mark. Só que eventualmente convém trabalhar um bocadinho no resto das coisas. Não é mesmo só arranjar uma «estrela» e chamar a qualquer póia de «filme».

Haverá vários detalhes a mostrar problemas em Spencer Confidential, mas o pior foi terem arranjado um token black guy, que em vez de parceiro é um sidekick com muito pouca influência na narrativa. Assim como a namorada maluca, já agora, que tem pouca ou nenhuma relevância... para nada.

The Personal History of David Copperfield


Ora aqui está uma bonita fantasia, muito bem cosida.

Haverá quem se queixe que o filme poderia ter mais sucesso, não fosse a pandemia. Havia quem falasse em Óscares, antes da estreia. Em certos aspectos merece total distinção. Acredito que o «menor sucesso» se deve realmente aos cinemas, mas não porque a certa altura fecharam. O «menor sucesso» deve-se a que o filme nunca deveria ter ido para o cinema.

Meus amigos, isto é um filme divertido de se ver... em casa. Ninguém paga para ver uma coisa destas, hoje em dia. Mesmo que tivesse alguém mais conhecido que Patel, ou mesmo que simplesmente o filme fosse feito à moda antiga, com uma data de branquelas populares nos papéis principais (acredito que alguns idiotas não tenham ido ver porque é um cavalheiro de tez não tão pálida a protagonizar a história, o que é muito, muito estúpido, porque Patel é talentoso que dói e faz um óptimo papel).

Independentemente de tudo isto, nos tempos que correm, isto é um filme de streaming. Lamento. Tivessem estreado isto no Netflix, a ver se não tinha sido um «sucesso de bilheteira».

sábado, agosto 01, 2020

The F**k-It List


Este filme é parvo. E não é parvo pelos motivos óbvios, atenção. É parvo porque não apresenta qualquer diferença entre uma f**k-it list e uma bucket list.

Uma data de miúdos querem fazer coisas que querem mesmo fazer, e não o que são obrigados. A começar pelo protagonista da nossa história, que deu o mote num vídeo viral em que disse «Que se lixe. Eu fiz tudo bem e, mesmo assim, lixei-me. Agora vou fazer o que me apetece.» O problema é que, no fundo, o que o rapaz queria era rebaldaria e sexo com a moça por quem sempre teve um fraquinho. Não é como se o seu sonho fosse fazer caridade e nadar com os golfinhos. Os pais queria que tivesse boas notas e fosse para uma boa universidade. Ele queria beber copos e pinocar.

Que adolescente estranho, sim.

Faço notar que todas as tontices que quer fazer seriam impossíveis, não fosse o facto dos paizinhos serem bastante ricos. Assim como maior parte dos palermas que o seguem.

O que só torna a coisa mais parva, quando a paixoneta cai num esquema de prostituição europeia, quando na realidade quer ser modelo. Que necessidade teve a moça de se meter naquele barco?

Deidra & Laney Rob a Train


Para um filme com um ar tão simples, até que tem bastante talento e sim, alguma qualidade.

Duas irmãs e um irmão estão ao abandono. O pai não está presente. E a mãe acaba de ter ido presa, porque teve um ataque psicótico no trabalho. A mais velha tem de se fazer à vida, para arranjar dinheiro para sustentar a família. Não é fácil. Há muitas contas para pagar. Solução possível: ela e a irmã roubarem comboios, à velha maneira do faroeste.

Sem as armas e os cavalos, vá.