domingo, fevereiro 27, 2011

The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader

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Ok, pelos visto voltei ao tempo real... mais ou menos. Filme visto e post preparado à tarde. Post escrito e publicado à noite. Ups! Pelo meio, dez minutos de êxtase. Um momento muito especial. E não, seus badalhocos, não falo de sexo! (E por sexo entenda-se eu fazer do meu corpo um parque de diversões, porque o resto... sheish!) Falo de 10-15 minutos à campeão. Foi bonito festejar assim com uma bela companhia.

Do terceiro da saga «Narnia», tinha ido ver o post anterior, a falar do segundo. Do estado «em pontas» com que tinha ficado, quando soube da existência de mais um capítulo a ser produzido, pouco existia. Não estava histérico para o ver e pouco excitado fiquei enquanto o via. Continua a ser uma história divertida que me enche as medidas. Mas todos nós sabemos que o encanto vai-se perdendo à medida que o número da sequela aumenta.

Continua a ser um óptimo entretenimento. O monstreco final era aterrador, o que até me surpreende um pouco, tendo em conta para quem é direccionado este tipo de filmes. A fantasia continua a encantar. E irei ver um quarto, se chegar a ser feito. Só que este terceiro já não é nada de especial.

Carrega Benf...!

Black Swan

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Estou de volta em tempo real. O banimento foi levantado e estou outra vez ligado ao mundo... finalmente!

De Black Swan posso dizer que o papel de Natalie Portman foi feito de propósito para ela. Um pãezinho sem sal, toda atadinha, sempre em conflito sobre como deve ser. Uma imagem e postura de perfeição, mas igual a todas as outras que, aliás, é a minha impressão de bailarinas. Sinceramente, parecem-me todas iguais.

Aronofsky já fez coisas mais estranhas, mas Black Swan não está muito longe do surrealismo com que já nos presenteou este estranho realizador.

Lamento mas não consegui apreciar o filme. Tentei. Juro que tentei, mas confesso que já tinha preconceitos para com o projecto. Não me parecia apelativo. E à medida que ia ouvindo mais sobre Black Swan, aqui e ali, com pior impressão ficava. Não terá ajudado que a rivalidade entre divas de ballet tenha lembrado o Showgirls. Ficou a «interacção» entre Portman e Mila Kunis, depois da belíssima cena da discoteca. Proporcionou um belo momento, não tenho vergonha em assumi-lo.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

The Fighter

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Começo a ficar irritado.
Será que todos os filmes nomeados a Óscar este ano são baseados em histórias verídicas?

Marky Mark é irmão mais novo de Christian Bale, uma lenda na terra. No seu tempo, Bale mandou ao chão Sugar Ray Leonard, um pugilista famoso, em combate. Bale podia ter sido um dos grandes, não fosse ter desenvolvido um pequeno vício de crack. É a vez de Marky Mark. O irmão mais novo aprendeu tudo com Bale, menos a parte de fumar coisas esquisitas. O problema é que a família de Bale e Mark são uma cambada de parasitas, que prejudicam mais do que ajudam (será que gostaram de se ver no filme?). Até que Mark envolve-se com Amy Adams, uma moça a sério, que para marcar a sua posição nesta história, teve que esmurrar uma das irmãs de Mark, mandar calar a matriarca, mãe e empresária de Mark, entre outras coisas.

Ah, grande mulher! Para além de ser uma óptima interpretação de Adams (não esquecendo Bale, atenção), os decotes e destaque que deu aos seus pequenitos e arrebitados seios, em conjunto com esta atitute, fazem-me desejar ter uma irmã irritante a levar uns valentes sopapos duma ruiva empertigaitada, que me quer só para ela. Muito bom.

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M€rd@ do blogger voltou a mudar as configurações do upload das imagens. Raios partam estes gajos. Isto agora era mais fácil. Não tinha que andar a meter espaços a torto e a direito. Será que não há nada que corra bem. Chiça!

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

127 Hours

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James Franco is stuck between a rock and... more rock.

Franco tem a mania que é muito forte. Adora o Gran Canyon e farta-se de lá andar a passear. Mete os phones na cabeça e começa a andar, a passear, a explorar. É um cromo na matéria, conhecendo mesmo cantos refundidos lindos de morrer. É muito maluco. Até que uma pedra desliza. Ele cai e fica com a mão presa. E ali, naquele buraco (literalmente), passa 127 horitas descansadinho.

O ridículo é que este homem terá vivido mais nestas 127 horas, do que maior parte do pessoal uma vida inteira.

domingo, fevereiro 20, 2011

Frankie and Alice

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Impressionante como é possível ver Halle Berry fazer não uma, não duas, mas três(!) péssimas interpretações.

Para além de voltar às raízes, interpretando uma stripper, Berry é esquizofrénica. Os traumas da sua infância fizeram-na desenvolver duas personas. Uma é uma branca racista, com a mania: Alice. A outra é uma criança muito inteligente, mais inteligente que a própria Berry, que é uma stripper com pelo menos dois dedos de testa.

Frankie and Alice é baseado numa história verídica. Mas, por muito que me esforce, não consigo perceber o interesse de adaptar esta história.

Winter's Bone

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Parece que há sempre um destes nos Óscares. Parece que têm uma cota a preencher. Convém ter um filme sobre a «verdadeira américa». Algo que não se passe só em Nova Iorque, Los Angeles ou qualquer outra cidade grande, desde Chicago a São Francisco.

Winter's Bone passa-se em Missouri, pelo que percebi. Uma miúda de 17 anos toma conta dos dois irmãos bastante mais novos. A mãe está doente e o pai desaparecido. Isto não seria um problema, se a miúda não se estivesse a ver à rasca para alimentar e tratar da família. Querem tirar-lhes a casa. A miúda precisa do pai, não tanto para estar presente, apenas para provar que não fugiu à prisão. Suspeita-se que estará morto. Suspeita-se que alguém o terá «feito desaparecer». A miúda corre toda a família, tanto próxima como a mais afastada, a ver se alguém sabe dele ou, em última análise, do corpo. Tudo gente do mais alto nível, entenda-se. Produtores de narco-tráficos, desde o leve ao mais pesado.

É curioso, porque quando vi o póster (não este acima) até pensei que fosse um filme de fantasia.
Antes fosse.

Unstoppable

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«Inspirad0» numa história verdadeira, Unstopable conta a história de idiotas e heróis. Idiotas que deixaram um comboio seguir sem condutor, ganhando velocidade à medida que vai andado, tudo porque não queria ter mais trabalho do que o necessário. E heróis que lá arranjam maneira de parar o comboio, evitando grandes desastres. E sim, claro que Denzel é um dos heróis.

Unstopable é um filme tipicamente americano, enaltecendo os underdogs e mostrando que as pessoas de topo são tão idiotas como o palerma que deixou um comboio fugir-lhe. Para mais, se pensarmos bem no assunto, é um filme sobre um comboio. E por muito impressionante que sejam as composições de 100+ carruagens a andarem por terrenos extensos (e acreditem que são), não deixa de ser uma história sobre um comboio desgovernado. É um bom filme para ver num domingo à tarde. Fiquemos por aqui.

sábado, fevereiro 19, 2011

Faster

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Dwayne «The Rock» Johnson foi o condutor dum assalto a um banco há dez anos atrás. Todo o seu grupo sofreu uma emboscada. Outros meliantes mataram-nos e roubaram o dinheiro do assalto. Uma das pessoas que mataram era o seu irmão. The Rock sobreviveu, muito na onda de «ninguém o consegue matar até que vingue a morte do irmão». Depois de fazer a sua sentença de dez anos pelo assalto, The Rock vai agora procurar e matar as pessoas que mataram o irmão. Pelo meio, é perseguido pelos piores polícias do mundo. Mesmo depois de ter morto o primeiro gajo, em pleno dia, à frente duma data de gente, mesmo depois disto, a bófia não se dignou a meter alguém a vigiar a família ou a ex-namorada de The Rock, para o caso dele aparecer. Às tantas já sabiam o que estava a fazer, quem ia tentar matar, e mesmos esses pobres coitados não tiveram direito a vigiliância e protecção. Que falta de escola.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Casablanca

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With the coming of the Second World War many eyes in imprisoned Europe turned hopefully, or desperately toward the freedom of the Americas. Lisbon became the great embarkation point. But not everybody could get to Lisbon directly. And so a torturous, roundabout refugee trail sprang up. Paris to Marseilles across the Mediterranean to Oran. Then, by train or auto or foot, across the rim of Africa to Casablanca in French Morocco. Here, the fortunate ones, through money or influence or luck might obtain exit visas and scurry to Lisbon. And from Lisbon to the New World. But the others wait in Casablanca. And wait and wait... and wait.

Numa noite maravilhosa para casais (não devia gozar, mas não resisto), decidi ver um filme romântico. Decidi ver O clássico dos clássico. Casablanca, como todos sabem, tem todas as «frases feitas», usadas em praticamente todos os filmes do mundo. É uma espécie de bíblia dos filmes. Tudo tem um bocadinho daqui.

Claro que exagero. O que é certo é que, a brincar a brincar, quase que vi todo o filme em encenações, ou mesmo em cenas de outros filmes. Acho que só não tinha visto cenas de Paris.

É um bom filme. Claro que é um bom filme. Tem tudo. Nazis. Romance. Intriga. Revolta. Corrupção. Amores proibidos. E a constante referência a Lisboa como ponto de passagem para a liberdade.

Valeu a pena.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Rudo y Cursi

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Depois de mais um belo serão futebolístico, chego a casa e meto-me a ver um filme sobre... futebol.

Rudo y Cursi volta a reunir a dupla Diego Luna e Gael García Bernal, depois de Y Tu Mamá También. Aqui são irmãos, ao invés de melhores amigos. Ambos jogam futebol na equipa local. Um é guarda-redes e o outro ponta-de-lança. Vivem na parvónia e só por sorte são descobertos por um agente meio salafrário (sim, reduntante). Chegam à ribalta, um mais depressa que o outro. Seja por causa duma mulher, ou por causa do jogo, acabam por perder a oportunidade que lhes foi dada por serem idiotas. Não sem antes terem um duelo directo. Um penálti do tudo ou nada. Apenas um pode ganhar. Ambos bem que precisam. E não é que perdem os dois?

É graças a estes filmes sul-americanos que percebo que nada sei de espanhol. Pinché perro, guéy.

domingo, fevereiro 13, 2011

Mine Vaganti

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O filho mais novo regressa a casa, depois dum suposto curso de Economia que, afinal, foi de Literatura. O rapaz quer ser escritor e não seguir o negócio da família. São uma família conhecida na terriola porque têm a fábrica de massa. O irmão mais velho é quem toma conta do negócio e ouve o mais novo, que não só quer revelar à família os seus objectivos de vida, como ainda sair do armário. O mais velho acaba por antecipar-se e, durante o jantar, revela que é homossexual, chocando o pai, o patriarca, ao ponto de ter um ataque cardíaco.

Uma sátira a gozar com a masculinidade latina italiana. O contar de uma história... que já foi contada em maior parte dos outros países nos últimos 15-20 anos. Estão aqui a revelar-nos que os italianos são homossexuais e as italianas insatisfeitas. Era suposto ser uma novidade?

Drawing Flies

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Drawing Flies é uma pequena «epopeia» de 5 amigos pelos bosques do Canadá. Sim, Canadá. Eu sei. Estranho. Jason Lee é um drogadeco flipado da cabeça. Alucina que vê um Sasquatch e «segue-o» pela mata, levando os companheiros de casa com ele, enganando-os. O mais peculiar aqui ainda será o final, onde alguns dos amigos voltam a ver-se, depois da experiência traumática. É ridículo, porque não dá ar de ter sido uma coisa assim tão grande, mas uma das miúdas fica a chorar no fim, escondida debaixo duma mesa, numa festa. Tinha que ver, claro. Depois de muitos anos à procura lá o encontrei. Terá sido a única outra coisa que a ViewAskew terá produzido, tirando os filmes de Kevin Smith. Foi engraçado ver esta gente a preto e branco, outra ver, mas não passou disso.

Paranormal Activity

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Não sei se é Manel ou Jaquim, mas o que é certo é que enquanto via este filme sobre um casal a filmar-se em casa (não, não, nada tão interessante), porque querem ter provas do que acontece durante a noite, se sempre há fantasmas pela casa, como suspeitam, enquanto ruídos estranhos e estrondos eram ouvidos durante a noite, na casa deles, na minha caiu o espelho da casa-de-banho. Sim, poderão refutar que não é a primeira vez que cai, ou que a humidade do banho tomado terá impedido a fita adesiva de colar condignamente. Não acredito que seja explicado de forma tão lógica. Tenho fantasmas em casa. Pronto. Já disse. Reconheci que existem. Agora vão querer mais atenção.

Tão miúdos, estes fantasmas.

sábado, fevereiro 12, 2011

Triage

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Colin Farrell é fotógrafo de guerra. Já anda nestas andanças há algum tempo. N década de 80 lembra-se de levar um amigo, também fotógrafo, ao Curdistão. Quem é que se lembra de abandonar a Paz Vega (namorada) em casa, para ir fotografar tiros para o meio de lado nenhum? Eu não abandonava a Paz Vega para ir buscar pão, quanto mais. A mulher é tÃÃo...

Voltando ao filme. Até que não está mal contado. Às tantas aparece o Chistopher Lee com um «sotaque espanhol», a fazer de psiquiatra fascista do tempo do Franco, mas a coisa nem irrita muito. O problema é o filme ser uma seca.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Weirdsville

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Weirdsville é uma adulteração do nome duma terriola no Canadá. Nessa terriola vivem três drogadecos, mais uns quantos seres estranhos. Uns adoradores de Satanás, uns anões com fardas de cruzados e... gente estranha, basicamente. Os drogadecos devem dinheiro ao dealer da zona, um «cavalheiro» que joga curling, usando a vassoura e a pedra como armas para ameaçar quem lhe deve. Numa noite um pouco insana, os drogadecos envolvem-se com uns palermas que fazem um ritual satânico. A partir daí é uma confusão, pejada de situações ridículas.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Due Date

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Há algumas coisas muito erradas com esta premissa. Para já, Due Date é, para todos os efeitos, um remake do Planes, Trains and Automobiles. O Zack não sei das quantas pode ter piada, mas é uma péssima imitação do John Candy. Mais que não seja, porque não há, nunca houve, nem nunca haverá, alguém como John Candy. E por muito que goste de Robert Downey Jr., o homem não chegará nunca aos calcanhares de Steve Martin. Depois, é todo o factor Alf. Vi uns episódios da série há pouco tempo e posso dizer que não há um único motivo para aquela família gostar do Alf. Em situação normal, uma família viveria duas semanas (se tanto) com o bicho. Depois arranjavam maneira dele ter um «acidente» e deixavam o corpo no caixote do lixo, como qualquer animal de estimação de que não se gostava muito e que não cabe na sanita. Mesmo como espectador é difícil gostar do Alf. E atenção que quando era miúdo a-do-ra-va o último habitante de Melmac. O mesmo se passa em Due Date. Não há justificação nenhuma para Downey Jr. tolerar o Zack-nome-ridículo. Ele é irritante e só atrapalha. Sim, é de lhe roubar o carro e deixá-lo à beira da estrada.

Apesar desta conversa toda, Due Date tem duas ou três cenas engraçadas, muito no registo da parvoíce, tipo Hangover. Vê-se bastante bem num domingo à tarde em que não há vontade de fazer nada que não vegetar no sofá. E como essas tardes são maravilhosas. Como anseio pela reforma, em que todos os dias são domingos à tarde. siiiiiiigh

Como última nota, um claro sinal de que não interessa assim tanto a representação, que o conteúdo do que dizem também é importante: Downey Jr. até que é bom actor; se ele quiser, consegue fazer coisas muito boas, como até já fez, mas nunca na vida, por muito que tenha o cu virado para a lua dos Óscares, vou acreditar nele a dizer: «I've never done drugs in my life.» O personagem pode nunca ter dado na drogas. Já tu, Roberto, devem haver drogas com o teu nome, algures no mundo.

Tape

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Linklater juntou três pessoas num quarto dum motel e fez um filme com quase 90 minutos. Juntou duas parelhas. Ethan Hawke com Robert Sean Leonard (Dead Poets Society) e Ethan Hawke com Uma Thurman (Gattaca). Os três, amigos de secundário. No filme, entenda-se. Hawke andou com Thurman mas nunca dormiu com ela. Thurman dormiu sim com Leonard, numa festa, numa noite, no final do último ano. A Hawke esta conversa não caiu bem, naturalmente, e na cabeça dele a coisa esteve longe de ser uma noite romântica ou uma noite de copos. Na cabeça de Hawke tratou-se duma violação. Ele aproveita que o filme de Leonard vai passar num qualquer festival na terra de Thurman, e junta os três. Primeiro, grava a conversa com Leonard, onde o leva a admitir que foi uma violação. (Daí o nome do filme: K7.) Depois, convida Thurman a aparecer, tentando resolver a questão de uma vez por todas.

Impressionante como estas pessoas conseguem falar até à exaustão. E impressionante como se consegue fazer algo de forma tão simples. Até irrita.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Get Carter

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Acho que não me lembro de um única cena do remake com o Stalone. Daqui a uns anos, lembrar-me-ei de alguma cena do original? Talvez. Houve pelo menos três pares de seios. Não são quaisquer seios. São seios dos anos 70. Não me recordo de ver seios no remake. Disso lembrar-me-ia certamente. Não me lembro do Stalone ser garanhão e enrolar-se com tudo o que aparece. O Caine aqui é garanhão e enrola-se com tudo o que aparece. Daí aparecerem tantos seios.

A história é simples: Caine volta à terra natal para investigar a misteriosa morte do irmão. Suspeita-se de homicídio, embora toda a gente diga suicídio. Não é detective privado, Caine. É músculo de gangsters. Se descobrir que foi homicídio, Caine terá a sua vingança... depois de enrolar-se com tudo o que mexe.

seios

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Paris

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Até que comecei bem o dia. Perdi-me algures a meio, não sei muito bem aonde. Paris ia aparecendo, a espaços, no meio de raios de sol, visitas e afazeres. Poucos. Alguns. Nada complexo. Vontade não existia para complexo.

Paris conta algumas histórias de habitantes da homónima cidade. Encontros ténues e tudo menos, de meia dúzia de personagens meio perdidos na cidade onde vivem. Alguns preferem observar tudo, quando vêem que têm pouco tempo para mais. Outros vagueiam sem se aperceberem do que se passa à volta. Há casos de pessoas que existem e deixam de existir. Assim, do nada. Algumas parelhas estranhas. Outras lógicas, que se viram logo no início, mas tardaram a ir ao sítio. Uma pergunta. Um «Quer?». Assim, a parecer que é impessoal, mas sendo o convite mais pessoal e íntimo que se pode fazer. Tudo muito francês. Tudo muito «francesa», aliás. Danças até ficar sem fôlego. Mais que uma. Desde punk a sincronizada. E a percepção do terror que será alguma vez ser convidado para (e pior, presenciar mesmo) uma festa de bailarinos. Estar num sítio onde toda a gente sabe dançar. E ficar a um canto, aterrorizado (cá está), a pensar na desculpa para dar, caso alguém se lembre de convidar.

domingo, fevereiro 06, 2011

You Will Meet a Tall Dark Stranger

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Isto já é outra conversa. Não é todos os dias que podemos começar com Woody Allen... se bem que isto poderá ser um dos meus projectos de futuro. Há muita coisa dele que não vi. Uma questão a pensar.

Este último não é nada de extraordinário. Mais um daqueles que se vê, sem ter grande cenas que marquem. É sobre relações e a maneira como as pessoas tentam mudar algo, sempre que a vida estagna, por muito que seja esse o objectivo de maior parte dos humanos, que a vida estagne ou, por outras palavras, estabilize, tendo atingido os objectivos estabelecidos. Alguns ficaram contentes (satisfeitos, entenda-se) com as alterações. Outros, nem por isso. O pior é que, quando tentaram voltar ao que tinham, quando finalmente se aperceberam que estavam melhor, já não é possível.

De destacar que o único que tentou «ser Woody Allen» foi Anthony Hopkins, o que é curioso. Foi muito ligeiro, numa cena rápida, mas estava lá.

The Players Club

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Hey, hey, hey. Lookee here. Lookee here. First of all I wanna welcome all'yall broke ass entreponiggers to The Player's Club.

Impressionante como um filme com tanto talento pode ser tão piroso. Em nada ajuda ser visto treze anos depois de ter sido feito. Se calhar, na altura, houve alguém a encontrar alguma qualidade a um rol interminável de clichês, frases batidas e péssimas interpretações, tudo a culminar na cena em que o irmão de Eddie Murphy saca uma bazuca (sim, uma bazuca) da bagageira do carro do gangster lá do sítio. Uma bazuca. Uau!

The Players Club é um bar de strip onde uma moçoila vai trabalhar. Tudo para poder pagar os estudos e alimentar o filho. A história do costume.

Mas nem tudo foi mau. Deu para matar umas saudades de Bernie Mac, ouvindo-o fazer um discurso absurdo em como a nobre arte do striptease nasceu em África, quando os brancos viram as nativas a dançar como vieram ao mundo.

Buckit-nekked!!

sábado, fevereiro 05, 2011

The Believer

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Finalmente consigo acabar um filme hoje. Comecei a ver este Believer de manhã. Desde então foi um rol de coisas atrás de coisas a correr um bocadinho mal. Nada correu mal totalmente. Tudo correu apenas um pouco mal. Deu para fazer... mas mal.

Anywho, The Believer é sobre um pobre idiota (ou, pior ainda, nada idiota, apenas misguided) judeu nazi. Sim, sei que é uma combinação estranha, mas o que é certo é que houve muitos judeus nazis desde o início do movimento. Ryan Gosling, que interpreta o idiota, desde cedo contestou a sua religião. Os judeus, pouco dados a análises àquilo em que gostam de acreditar (como em todos os fanatismos... errr... perdão, religiões), excomungam o rapaz, de certa forma. Gosling vira-se então para os outros idiotas... eeerrr... fanáticos.... errrr... seguidores, e torna-se nazi. Aqui a questão é que Gosling é realmente um rapaz inteligente. Bastante analítico e perspicaz. Questionar as coisas não me parece sinal nenhum de desrespeito. E foi isso que sempre fez. Questionou. Procurou melhor as respostas. Procurou lógica, o que em religião não é fácil de encontrar. Apesar de «odiar» e querer matar todos os judeus, Gosling não consegue fugir completamente às suas raízes e, volta e meia, defende e segue os ensinamentos do judaísmo.

Curioso ver aqui a mana Phoenix. Mais curioso ainda foi ver-lhe os seios, mas fiquemo-nos pela pessoa. É que ainda esta semana falei ao companheiro Gringo Dançante da existência de um terceiro membro do clã Phoenix, para além de River e Joaquin. O problema é que por nada deste mundo consegui lembrar-me do nome da moça. Sabia que tinha um nome hippie, na mesma classe dos irmãos, mas escapava-se o nome. Summer. Claro que sim. Só podia ser Summer. Terá sido sobre ela que foi feito o filme dos 500 dias?

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

44 Inch Chest

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Antes de mais, tenho que referir o excelente elenco. Todos eles incontornáveis actores britânicos. Sendo o filme teatral como é, só podia funcionar com uma pandilha destas. Todos fechados numa sala, com rédea solta, a interagirem uns com os outros. No meio, um palermita bonito que nem uma palavra diz.

Ray Winstone está de rastos. A mulher, a quem ama mais que tudo, revelou-lhe que conheceu outro homem, que esteve com outro homem. Traído, louco, irracional, Winstone pede ajuda aos amigos de longa data, um conjunto de velhos rufias. Velhíssima guarda. Rapta e espanca o amante, o homem que conspurcou a paixão da sua vida. Prepara-se para vingar-se. Prepara-se para matá-lo. Winstone tem agora que decidir que vai fazer. Se o mata, saciando a sua sede de vingança. Ou se o deixa vivo, tentando apaziguar (tarefa impossível) as coisas com a mulher. Cara ou coroa?