domingo, julho 31, 2011

Small Town Murder Songs

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Um homicídio de uma mulher desconhecida numa cidade pequena mistura-se com os problemas pessoais dum polícia local. Não há muito mais que isto. O polícia ainda sente algo (mais que não seja, perda) por uma ex-namorada, agora numa relação com o principal suspeito no homicídio. Isto afecta a investigação e, acima de tudo, deixa o espectador sempre na dúvida sobre a culpabilidade do homem. O ambiente está muito bem criado em Small Town Murder Songs. Embora algo moroso, tem um registo agradável de se ver.

Super

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Super é mais um que estive demasiado tempo há espera e que também desiludiu um pouco. É uma espécie de Kick-Ass misturado com Napoleon Dynamite e ainda com um toque do Defendor. Rainn Wilson é um totó. Casa-se com Liv Tyler, uma drogada alcoólica em recuperação. Certo dia, como se esperava que acontecesse, Tyler larga Wilson para se enrolar com Kevin Bacon, o patrão dealer da zona. Wilson recebe então uma mensagem de dEUS - como já tinha recebido algumas vezes durante a vida - e decide combater o crime. Leva muito nos cornos. Aprende com as experiências. Arranja uma sidekick na Ellen Page (é mais ela que se impinge como sidekick, mas ok). Levas uns tiros. Aprende com isso também. Percebe que afinal precisa de armas decentes. Faz tudo mal mas... realmente parece que Wilson está protegido por alguma coisa... seja ela qual for.

Your Highness

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Estava à espera de mais. Não devia, mas estava. As coisas de Danny McBride são sempre assim. No papel, é o estilo cómico que gosto. Na realidade fica um sabor agridoce: vejo, até me rio, mas não devia. É um humor tão brejeiro, tão baixo nível... Devia ter um pouco mais de respeito pela minha pessoa e não ver este tipo de coisas. Claro que vou continuar a ver, mas fica bem dizer estas parvoíces.

Your Highness trazia grandes expectativas. McBride tende a fazer idiotices sempre no mesmo registo. Este filme levava o humor idiota e repetitivo para o campo da fantasia. Talvez a escolha de secundários não tenha sido a melhor. Nomes grandes a chamar atenção para o projecto, só que nenhum deles tem jeito para humor. Especialmente Franco. Não odeio o rapaz. Até que não representa mal. Mas nunca tem piada nenhuma nestes filmes idiotas. Porquê a insistência?

Your Highness é giro, mas nada de mais.

Hop

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Poderá pensar-se que este filme não terá muita piada para um adulto, por ser para crianças. Ter um coelho que fala que, para mais, é suposto ser o Coelho da Páscoa. Ainda por cima um Coelho da Páscoa que, para todos os efeitos, é o Pai Natal, mas da Páscoa, com um trenó mágico puxado por pintos, para poder distribuir guloseimas às crianças de todo o mundo... menos a China. Poderá achar-se que o filme não é bom. Tudo errado. Convém é ver na altura certa, porque um filme para miúdos sobre o Coelho da Páscoa não é para ser visto a meio do Verão.

sábado, julho 30, 2011

Chloe

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Do ponto de vista de homem, meramente instintivo, posso dizer que este filme é es-pec-ta-cu-lar. Não consigo explicar muito tem porquê. Lá está, é uma coisa instintiva, que se sente, não se explica, não se coloca em palavras. A Julianne Moore come-se com a Amanda Seyfried! Vai ser complicado falar sobre este filme, pois dificilmente poderei expremir o que senti.

Moore suspeita que o marido a ande a trair. Contrata os serviços de Seyfried para tentar o marido, provando ou não se sempre é um cafajeste. Até aqui a história é bastante banal. A mulher que sente-se envelhecer e já não apela ao marido. O filho que torna-se adulto e não lhe liga nenhuma, só ao pai. A mulher sente-se sozinha e projecta a suas inseguranças para os outros. O desenrolar da história é que acabou por ser interessante. Algumas cenas iniciais foram ameaçando a sensualidade, mas pensava-se sempre que seria entre Seyfried e o marido, até que a certa altura...

Duas últimas pequenas notas:
- Nenhum homem decente no mundo, após a mulher revelar que foi para a cama com outra mulher, seria capaz de conter um sorrisinho. Pode sentir-se traído, indignado, ultrajado, o que seja. Estaria sempre um sorrisinho matreiro por detrás, lamento.
- Armado em Mr. Skin, posso informar que é neste filme que se vê seios de Seyfried... Para além de beijos a Moore... Entre outras coisas.

quinta-feira, julho 28, 2011

L'Immortel

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No início do filme pensei que levaria este texto para um caminho completamente diferente. Jean Reno apresentava-se como o pior pai do mundo. O filho pequeno viajava no bando de trás, tapava os olhos a Reno, enquanto conduzia, e este ria-se! Já no fim da viagem, o puto pede para sair para a rua. Reno ri-se novamente e diz que sim, enquanto vai estacionar num parque subterrâneo. Deixa-o sozinho na rua durante uns bons 15 minutos. Curiosamente, foi este péssimo exemplo de paternidade que salvou o miúdo. Reno é apanhado de surpresa por um grupo de homens que o carregam de balas. Era pistolas, metralhadoras, caçadeiras... Um exagero. Reno sobrevive com uma cicatriz na cara e o nervo do braço direito destruído. Deixou de conseguir usar a mão e não a sente. Reno pertencia à máfia francesa. O melhor amigo e barão da «família» mandou matá-lo. Reno vai vingar-se de todos os que tentaram e, já agora, se pelo meio conseguir perceber o porquê, tanto melhor.

terça-feira, julho 26, 2011

Layer Cake

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Correndo o risco de ferir susceptibilidades de algumas pessoas que considerarão este filme «antigo» (de tempos a tempos encontro alguém que considera estranho ver filmes de há alguns anos atrás) vou falar de Layer Cake... dentro dos possíveis.

«Dentro dos possíveis» porquê? Porque falar de filmes como este não é fácil. A trama é densa e a piada está em ser surpreendido pelas voltas que dá. Num momento pensamos que é determinado personagem que tem a vantagem. Três passos seguintes quem a tem é outro personagem que não existia há três passos antes. Falamos de crime. Falamos de tráfico de estupefacientes. Ilegais, claro. Falamos de violência e, acima de tudo, criminosos que pensam que são inteligentes. Quase todos, portanto. Layer Cake está ao nível (será mais ou menos da mesma altura) de Snatch. Se bem que Inglaterra já tem um longo historial deste tipo de filmes de gangsters que falam um qualquer dialecto semelhante a inglês britânico, mas ainda menos perceptível.

Para além do descrito acima, posso apenas adiantar que é um filme antes do novo Bond ser Bond. Talvez tenha sido um dos filmes que o levou a ser Bond, embora não acredite, mais que não seja porque não consigo perceber como é que alguém pode ter visto o Bond no novo Bond. A Sienna Miller aparece, seios mais ou menos ao léu (side boob), antes de estar toda queimadinha... para quem achar piada a este tipo de pessoas (loiras, entenda-se). E Sally Hawkings apareceu a fazer um papel muito estranho, muito longe de registo com que é conhecida. Foi peculiar.

domingo, julho 24, 2011

Hanna

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Uma miúda assustadora junta-se a uma mulher assustadora e, todas pálidas e sem maquilhagem, assustam o espectador que só queria ver uns tirinhos.

A miúda foi engendrada em laboratório para ser uma arma letal. Antes que a agência que a criou a possa matar, o «pai» leva-a para o meio do mato, no meio da neve. Por um lado protege-a, por outro treina-a para ser uma arma letal. Afastada de tudo e todos, a miúda que toda a gente diz ter um talento enorme como actriz e que eu simplesmente não consigo ver treina e estuda afincadamente. Prepara-se para o dia em que regressará à sociedade e vingará a suposta morte da mãe pelas mãos da agência. Mais concretamente, pelas mãos da mulher assustadora, directora do departamento e a pessoa que ficou a cargo de terminar o projecto das armas letais em útero. Berlim é o ponto de encontro, passando por Marrocos, França e mais uns sítios.

Não achei Hanna nada de especial.

Submarine

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Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh!!!!! O Moss do IT Crowd realiza coisas!!!! A sério que não sabia. Arranjei o filme porque pareceu-me interessante, mesmo sendo produzido pelo Ben Stiller (que raios está aqui a fazer?!). Na página do IMDb estava uma foto do Moss. Achei estranho. Depois lá reconheci o nome do actor, que aqui é realizador e escritor do guião (o filme é baseado num livro... que até gostaria de ler). Entretanto fui ver a ficha do Moss e descobri que realizou um episódio de Community e uma coisa qualquer para os Arctic Monkeys (daí o vocalista cantar umas coisas bem giras para a banda sonora). O Moss está cheio de talentos e conhecimentos, o malandro!

Submarine é sobre um rapazito que tenta manter-se à tona. Lida com uma primeira nova relação e com a possível separação dos pais. Quer manter-se miúdo, mas os problemas de ambos os lados obrigam-no a crescer. Algo que não quer. «Só quero que as coisas mantenham-se iguais.» Moss mostra esta transição comum a todos, sublinhando de forma sublime o especial que consegue ser um primeiro amor, em contraste com o caos que pode ser uma relação estagnada. Os miúdos safam-se muito bem, sendo complementados por adultos de grande talento. Submarine é daqueles que cresce depois de ver. Ficam imagens de contrastes de cores, ao som duma óptima banda sonora.

sábado, julho 23, 2011

True Grit

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Não tinha percebido que True Grit era o grande perdedor dos Óscares deste ano. Dez nomeações e nem uma estatueta. Que humilhante. Não que ache que merecesse grande coisa dos prémios principais. Não acho que seja grande realização ou filme. Já vi Jeff Bridges fazer bem melhor. E a miúda é só uma miúda com a mania. Deverei esclarecer que não sou fã de westerns. Achei piada à maneira de falar, que achei demasiado elaborada para a altura, mas não fico doido por ver velhos aos tiros no meio do deserto. Ainda para mais porque na cena final, duvido muito que o velho tivesse conseguido ver alguma coisa, quanto mais andar a correr com uma miúda ao colo. É muito romantizada esta época. Demasiado, mesmo.

Duplex

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Drew Barrymore e Ben Stiller compram uma casa, um duplex. A casa tem uma hóspede que não conseguirão expulsar. Terá que morrer ou sair de livre vontade, se quiserem ter o segundo andar. A segunda não é de todo uma hipótese. Para realizar a primeira, teriam que ser mais rijos do que uma velha de 80 anos. Não é o caso.

Porque é que o Danny DeVito passa a vida a querer matar velhas? Porque é que acha que tem tanta piada?

Love Birds

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A trama começa com uma moça a abandonar o namorado, sob o pretexto que o cavalheiro teria estagnado na vida, algo que não lhe agrada. Nesse mesmo dia, o cavalheiro é visitado por um cão a ladrar muito ao pato que se encontra no telhado. O pato está aleijado. Levou um tiro. Tentando ser simpático, mesmo com o dia a correr-lhe muito mal, tenta encontrar um sítio ou alguém que saiba que fazer com o bicho. Toda a gente empurra com a barriga e lá tem que tomar conta do animal aleijado. O pato retribui e ajuda-o a esquecer a moça fútil e a envolver-se com uma moça bem mais interessante.

Love Birds é uma comédia romântica neo-zelandeza simpática, sem grandes desenrolares de história e um final piroso, a resolver um imbróglio ridículo que surgiu no meio, sem necessidade alguma. O costume, portanto.

sexta-feira, julho 22, 2011

The Trip

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Steve Coogan é convidado para fazer uma turné de restaurante pelo país. Inglaterra, entenda-se. Não veio a Portugal de propósito. Como está numa pausa com a namorada, leva o amigo e colega de há muito, Rob Brydon. Atenção que estes cavalheiros não interpretam personagens. Talvez personas (se é que há diferença) mas, supostamente, serão eles mesmos. O exercício é interessante. Colocar dois cómicos/actores a improvisar conversas em viagem. Acabou por ser só 1h40 de imitações de outros actores e/ou cómicos, enquanto comem e viajam. Algumas com piada, atenção. Mas à 5.ª imitação do Michael Caine, novo e velho, a coisa começa a chatear. Alguns bons pormenores de Coogan, que acaba por fazer sempre a persona de douche, ou cunt em britânico. Começo a pensar que não é uma persona e ele é realmente um idiota.

quinta-feira, julho 21, 2011

Peep World

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Antevia-se algo agradável. Um bom elenco. Situações «reais» duma família disfuncional. Alguém engraçado a narrar. Foi em crescendo. Um bom build-up para o momento do filme: o jantar de aniversário do patriarca. Desenvolveu-se bem, mas o problema foi o clímax... sendo também esse o problema dum dos personagens, curiosamente.

Quatro filhos dum velho bem sucedido. Todos com os seus traumas de infância. Um responsável, mais velho, que não quer ser responsável. Um desorientado e uma desorientada, que não querem ser desorientados. E o caçula, que tanto quer provar que não é uma criança, que escreve um livro com tamanho sucesso que origina um filme. Tudo com base nos podres da família.

Ficam os primeiros dois terços. O resto... meh!

quarta-feira, julho 20, 2011

Peacock

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Este acabou tarde, pelo que tem que ser rápido.

A Sra. Cillian Murphy (mãe, não esposa, entenda-se) era uma p#t@ de m€r$@. Era porque faleceu um ano antes... até renascer para o mundo, pelo corpo e quase cabeça de Murphy, assim que a povoação de Peacock voltou a olhar para a casa da família, na sequência dum desastre de combóio. Uma carrugem «aterrou» no quintal. Toda a população acorreu a ver se rapaz estava bem, tudo para descobrir uma mulher desconhecida. Murphy era muito maltratado pela mãe. Maltratado a nível de subjugação total. Tão maltratado ao ponto de quando a mulher morreu, Murphy passou a encarnar a sua personagem. Uma completa divisão de personalidade. Murphy não se lembra do que acontece quando encarna a mãe e vice-versa. E agora a mãe quer ficar. Porque há um neto. Porque há atenção. Porque há pessoas a conhecer e coisas a fazer. E Murphy faz dois papelões, como já nos tem habituado, nesta história muito psicótica passada numa terriola pequena americana dos anos... sei lá... 50?

terça-feira, julho 19, 2011

Unknown

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Liam Neeson chega a Berlim com o intuito de participar numa convenção, na qualidade de especialista em botânica. Tem um acidente num táxi e fica com a memória meio confusa, depois de quatro dias em coma. Quando recupera a consciência, ao tentar voltar ao hotel para ter com a esposa, descobre outro homem no seu lugar... e a esposa apela que não o conhece. Terá o acidente afectado assim tanto a memória de Neeson?

O que é certo é que no auge dos seus quase 60 anos, Neeson entrou numa nova fase da carreira: filmes de porrada. Sim, porque ao longo do filme nem é a questão de Neeson ser ou não maluquinho que se coloca, é mais «porque é que há tanta gente a querer matá-lo?» O irlandês do sotaque estranho afiambra um arraial de porrada pela Europa, pela segunda vez seguida. Primeiro Paris, agora Berlim. Para quando uma passagem por Lisboa, hein?

domingo, julho 17, 2011

Ironclad

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Logo no início do filme pus-me a pensar: «Que raio faziam estas pessoas nos tempos livres?» Sim, claro que passavam maior parte do tempo a trabalhar nos campos, especialmente aqueles que tinham terrenos próprios. Mesmo ao domingo estariam a trabalhar. Tempo livre é um conceito moderno. Mas não seria 24 horas por dia. Haveria um qualquer período em que estariam em casa. Nem que fosse quando estivesse a chover torrencialmente. Que fariam nessa altura? Electricidade é modernice. Maior parte não saberiam ler. Procriavam, pois claro, mas não dá para estar sempre nisso. Quase, mas não sempre. Até porque as casa eram pequenas e os já nascidos estariam presentes. Alguns minutos dentro e o próprio filme deu-me a resposta: andavam à porrada.

Ironclad narra a história dum grupo de guerreiros contratados para defender um pequeno forte na costa britânica. O rei deposto quer recuperar o reino e esse forte é vital para os seus interesses. Ironclad é bastante sanguinário e realista. Deprimente, também. Fala da dedicação das pessoas e duma pequena história de amor, como não podia deixar de ser. Interessou-me o projecto, pois não fazia ideia que poderiam estar aqui a fazer o Paul Giamatti e a Kate Mara.

The Ledge

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Um palerma com um ar demasiado nórdico tem um perfeita noção de moralidade e um sentido muito apurado do que é certo e do que é errado. Não acredita em dEUS e é tolerante de todos, incluindo homossexuais. Quer dizer, não é bem bem tolerante de todos. Não gosta de religiosos que não gostam de homossexuais, por exemplo. E, como tal, tolerante e correcto como é, decide comer-lhe a esposa, apaixonarem-se um pelo outro, e colocá-la em risco de vida, quando o marido fanático religioso descobrir.

O palerma com um ar demasiado nórdico começa o filme à beira dum prédio, prestes a saltar. Conta a sua história a um polícia que também tem os seus problemas e acabará o filme já não à beira do prédio. Resta saber como sairá de lá, se pelo próprio pé, se pelo caminho mais rápido verticalmente.

O filme é um bocado seca e não aprendi nada de novo, confesso.

sábado, julho 16, 2011

X-Men: First Class

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A sério que não percebo certas pessoas.
Comecemos por um ponto muito simples: sim, isto é uma prequela à trilogia. E ainda bem que o é. Porque o terceiro é um nojo. Estragaram completamente o universo e, mesmo com todas as «liberdades» que foram tomadas neste First Class, o terceiro continua a ser o filme menos «X-Men» que alguma vez poderiam ter feito.

Não, os poderes do Shaw não funcionam assim.
Não, não faz sentido a Angel, ou o Riptide, ou mesmo o Azazel (não, não é o Nightcrawler, raios!) aparecerem neste ponto.
Não, o Havok não tem uma cena metalica ao peito, os poderes não funcionam bem assim, embora o fato ajude a controlar.
Não, a história não é nada de especial e é muito rebuscada, sim.
Não, há relacionamentos e aproximações de personagens que não fazem sentido nem nunca existiram.
Não, a Moira nunca foi agente de coisa nenhuma. (Aliás, se há personagem do Reino Unido é ela e não o Xavier!)
Não, isto não é nada fiel ao universo da banda desenhada.

E então?

Uma das premissas básicas de BD é a capacidade de dar a volta à história. Falamos de personagem com mais de 50 anos que, ainda por cima, foram criadas de forma ingénua e sem qualquer respeito por continuidade ou cronologia. Há um milhão de factos, eventos, características... tudo!, que foram completamente aldrabadas ao longo dos anos. Há contradições enormes. É mesmo assim. Esta capacidade de reinventar e recriar o que já existe é o fixe da BD. E sim, já que f0#€r@m o futuro, voltem então ao passado, mesmo que isso envolva mutantes a impedir o holocausto nuclear durante a Guerra Fria.

E parem de falar tanto sobre o raio dos filmes!! Só há duas coisas que preciso de saber sobre um filme:
1. Que o estão a fazer.
2. Quando é que estreia.

Este póster acima, por exemplo, foi o primeiro do filme a ser lançado. É pavoroso! Quando o vi, fiquei com a clara sensação que o filme ia ser uma trampa. Não é. De longe. É bom. Muito bom. E no trailer deu para perceber que era bom. Porque é que fazem-me passar por esta montanha-russa de emoções sem necessidade nenhuma? Eu já não tenho idade para isto.

quinta-feira, julho 14, 2011

Sanctum

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Baseado num história verdadeira duma exploração que correu bastante mal. A expedição é apanhada de surpresa pela chuva no buraco onde estavam enfiados... por opção. A mim ninguém chama de explorador, é o que vale. As comunicações correram mal. Não deviam ter sinal ou então estavam sem saldo. Começou a chover e já não deu para sair. Se não dá para ir para cima, então toca de ir para baixo. Até são menos e tudo, porque alguns morreram logo e outros ficaram-se pelo caminho. O pai e o filho, que se dão muito mal porque o pai é chato e leva-o a passear e em aventuras pelo mundo fora, lideram esta divertida pandilha. Seguem com eles o ricalhaço que patrocina a aventura e a namorada. Logo quem se quer numa emergência, pois claro.

Por um buraco entraram. Por outro querem sair. É essa a história.

quarta-feira, julho 13, 2011

Biutiful

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Chiça!
Há motivos para não ver este tipo de coisas. Filmes como Biutiful deixam-me sempre deprimido com'ó raio. Feliz pela vida que tenho, ok, mas deprimido. Dramas de cortas os pulsos, ah pois são.

Javier Bardem - sim, faz um papelão - tem dois miúdos com uma drogada, bêbada e, por vezes, p#t@. É «agente» de chineses e nigerianos em Barcelona. Coloca-os a vender nas ruas, a produzir os produtos que vendem e a trabalhar nas obras. Terá sido drogado e/ou bêbado. Tem cancro e vai morrer. E fala com os mortos, já agora. É um pequeno biscate. Cobra uns trocos para transmitir as últimas mensagens dos falecidos. Nos seus dias finais, podemos ainda assistir a Bardem a definhar, a tentar reconciliar com a ex mais uma vez, a ser confrontado com a juventude do corpo embalsamado do pai (um palerma que morreu de pneumonia na Argentina, duas semanas depois de ter fugido de Franco), a ter uma derradeira aventura com drogas e álcool, a matar uma data de chineses (sem querer), e mais umas quantas tropelias. Tudo coisas animadoras, pois claro.

terça-feira, julho 12, 2011

My Dinner with Andre

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Uma das minhas séries preferidas é Community. Adoro e tento meter toda a gente a ver, mesmo sabendo que maior parte das pessoas não vai gostar. Comecei a ver por causa dum ou outro actor. Fiquei pelas bocas infantis e comentários jocosos entre os personagens. Isto durante a primeira temporada. Na segunda percebi que era mais do que uma série com bocas estúpidas. Já nos últimos episódios da primeira temporada tinham dado um cheirinho do que podia ser a série: episódios temáticos. A base já estava estabelecida. Conhecemos os personagens e o ambiente. Agora vamos metê-los nas mais diversas situações. E, desde batalhas de paintball, passando por zombies e westerns, todos os géneros e temáticas vão sendo interpretados pelo meu grupo de estudantes preferidos. Num dos episódios da última temporada este filme foi abordado. O episódio passa-se quase todo a dar o ar de ir brincar com o Pulp Fiction. Tudo para, no final, percebermos que afinal um dos personagens quer recriar o ambiente e a conversa de My Dinner with Andre. Eu nunca tinha visto este filme. Nem sequer sabia da sua existência. Assim, houve piadas que não percebi, num episódio duma das minhas séries preferidas. Isso não pode ser.

My Dinner with Andre é apenas isso. Um jantar. Quase duas horas de dois amigos e colegas de profissão, que já não se viam há alguns anos, a meter a conversa em dia. Falam do que têm feito e debatem questões que se colocam perante eles, no ponto em que estão na vida. Alguns temas serão intemporais. Outros já algo datados. É uma conversa simples, se bem que algo pretensiosa. Apenas fez-me alguma confusão a quantidade de vezes que os nazis foram mencionados. Essa parte foi estranha.

domingo, julho 10, 2011

Red Riding Hood

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Tinha dois bons motivos para ver Red Riding Hood: curiosidade em perceber quão mau era e Amanda Seyfried.

O filme é realmente mau. O fim então é qualquer coisa de horrível. Não se pode dizer que surpreenda saber quem era o Lobo Mau, porque passam o filme todo a insinuar que é toda a gente, menos Seyfried. Sim, aqui o Lobo Mau é um lobisomem. E, se iam meter lobisomens ao barulho, então tinha que vir a realizadora do Twilight. E se vinha a realizadora do Twilight, então tinha que vir drama e triângulos amorosos adolescentes. Tem o mesmo registo. Ainda não vi os «Twilights», mas já vi cenas e conheço-lhes o tom. Uma espécie de Morangos com Açúcar misturado com fantasia barata. Não sabia que era ela a realizar, senão não teria tanta curiosidade em relação ao filme. Já saberia porque era mau.

Seyfried não desilude. Continua gira que dói.

Paranormal Activity 2

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Enquanto que no 1 a história era bastante singela (um demónio com uma paixoneta), no 2 já lhe tentam dar mais sumo. Inventam um qualquer acordo da família, de riqueza em troca do primeiro primogénito másculo, assim como uma transferência duma irmã para a gaja do 1. O que me irrita é que tenho ideia da gaja do 1 se ter suicidado, enquanto possuída pelo demónio, mesmo no final. Aqui aparece novamente, logo após o final do 1 quando matou o marido, matando a irmã e o esposa, e raptando a criança. Irritou-me, sim, porque percebi logo que estavam a tentar puxar um 3.º. Confirma-se. Vai estrear em Outubro. Não fazia ideia. Pensei que acabasse aqui. Do 1 para o 2, demoraram cerca de três anos. Do 2 para o 3, um ano e pouco.

A ver vamos se tenho discernimento para não ver o 3.º, porque cheira-me que vai ser bom, mas bom.

Hors de Prix

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Amélie Poulain é uma... como dizer isto de forma delicada? É uma gold digger, vá. Passa o aniversário num hotel de luxo, às custas dum senhor mais velho que lhe paga tudo. Conhece um rapazito simpático e da sua idade, que pensa ser também um hóspede no hotel. É o empregado do bar. Fá-la rir e dá-lhe álcool. Deita-se com ele. No ano seguinte, a história repete-se, só que desta vez o senhor de idade descobre e abandona Amélie. O rapazito simpático ainda tenta alimentar os vícios e desejos de Amélie, mas não há carteira para tal. Torna-se, por acaso, um gigolô. Pode assim continuar perto de Amélie, por quem desenvolveu um enorme fraquinho.

sábado, julho 09, 2011

Rango

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Indo de encontro à tendência que Hollywood está a tentar tomar, surge Rango, um western de animação, nos tempos que correm. A ideia americana é que, se vives no deserto, então tem que ser tudo como antigamente, com saloons e tudo mais. O facto de que as coisas evoluíram e a cidade predominante no deserto, hoje em dia, ser Vegas, é algo que preferem ignorar.

Johnny Depp é um pequeno lagarto (camaleão?) caseiro, com dotes dramáticos de representação. Por acidente vai parar ao deserto, onde terá que encontrar o seu espaço numa povoação que sofre a maior seca da história. A partir daí surgem todos os lugares comuns. O herói que é um aldrabão para no fim provar que é mesmo um herói. Os tiranos corruptos que querem sempre mais poder. A dama em apuros, mais ou menos. O «índio». O arqui-inimigo que tem um qualquer calcanhar de Aquiles. Etc.

Só me fez confusão o sotaque de Depp. Já não é de agora, mas o cavalheiro está a falar, cada vez mais, com um sotaque britânico. Porquê, nunca saberei.

Henry's Crime

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Keanu Reeves é um robô. O que é um óptimo papel para ele, tendo em conta as suas características robóticas de representação. Reeves está acomodado. Faz a sua vidinha normal. Casa-trabalho, trabalho-casa. A namorada pede-lhe filhos. Reeves diz que sim, mesmo sem ter a certeza se ainda a ama. Mesmo tendo a certeza que não a ama. Até que um dia as coisas mudam um pouco. São forçadas a mudar. Reeves vê-se envolvido num assalto a um banco, sem o saber. É o único apanhado. Não chiba ninguém e cumpre um ano e meio dentro da prisão. Lá, conhece James Caan, um preso profissional. Ao sair, Reeves tem que procurar um novo objectivo, um sonho. O banco. Porque não o banco? Se já serviu a pena, porque não cometer o crime? Um teatro, um túnel, uma actriz frustrada, um sócio e uma peça de teatro. Que mais necessitará?

sexta-feira, julho 08, 2011

Le Concert

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Há 30 anos atrás, um maestro russo foi impedido de dar o maior concerto da sua vida. O governo impediu-o. O maestro tinha judeus na orquestra. Tal não era tolerável pelo partido comunista. Desde então, a vida de todos deteriorou-se. Naquele momento perderam todos a oportunidade de serem músicos conceituados. A peça era um desafio quase impossível, mas o maestro sentia a harmonia perfeita na ponta da sua batuta.

30 anos depois, o mesmo maestro tem nova oportunidade de dar o seu concerto. Aldraba os russos. Aldraba os franceses. Arranja uns quantos marialvas, gatos pingados. Viajam para Paris sob falsos pretextos. Dão o concerto da vida deles. Para voltarem ao caminho certo. Ao caminho perdido. Para corrigir um grande mal.

Limitless

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Bradley Cooper é um escritor nada bem sucedido. Recebeu algum dinheiro duma editora para escrever um livro que ainda nem começou e que passou boa parte de meses a não escrever. A namorada deixa-o, por motivos óbvios. Cooper já não consegue disfarçar ser um perdedor. Até que um comprimido mágico cai-lhe no colo. Cooper consegue agora usar todas as capacidades do cérebro. Enquanto maior parte das drogas toldam a mente, esta liberta-a completamente. Primeira coisa inteligente a fazer: comer a namorada do senhorio. Segunda coisa inteligente a fazer: limpar o apartamento. Terceira coisa inteligente a fazer: começar a escrever o livro. Quarta coisa inteligente a fazer: ...

O efeito da droga passou. Se calhar é melhor arranjar mais, não?

quinta-feira, julho 07, 2011

Too Big to Fail

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Os bancos não podem cair. Se os bancos caírem, tudo cai com eles. Esta é a ideia do filme. Um filme que só deu na TV, na HBO, e que tem um elenco de sonho. São demasiados nomes para listar.

Too Big to Fail é uma dramatização de acontecimentos do maravilhoso ano de 2008, quando os senhores do poder perceberam que tinham feito m€rd@ da grossa e que estávamos embalados para uma senhora crise. Tendo em conta os acontecimentos nos últimos tempos, achei que seria o filme a ver. Para perceber melhor como tudo começou e quem devo culpar e injuriar entre dentes.

Cambada de idiotas.