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segunda-feira, março 18, 2024

Suncoast


A vida não pode ser só comédias românticas e blockbusters. Devia. Seria mais divertida. Mas não. A vida tem de ter histórias f#d|d@s, de adolescentes que vivem a ver o irmão morrer lentamente.

Sim, confere. Este é um daqueles filmes em que o Woody Harrelson faz um papel sério e inteligente. Não é fácil ver o Woody a ser o gajo sábio, por muito que já o tenhamos visto ser mais do que um barman daquele bar. Mas mostra que o homem tem range. Ao contrário de Linney, que acaba sempre por ser intensa. Fá-lo bem, convenhamos. Muito bem. Só não a vejo a fazer de barwoman pouco inteligente e com um coração de ouro.

O filme deu para verter uma lágrima. Dizia eu que às vezes também é preciso. Acredito nisso. Embora seja pena que seja verdade.

sábado, janeiro 06, 2024

Good Grief


A história passa-se durante o Natal. Até em dois. Ou três, aliás. Não sei em que período foi a última cena. Definitivamente não é um «filme de Natal». Quer dizer, tem família e amor. Perda, sim, que também pode estar presente. Não tem magia ou fantasia. É bastante realista.

Poderá ser um «filme de Natal». Não o vi com essa intenção. Mas pode ser uma nova moda. «Filmes de Natal» algo depressivos e cheios de catarse.

Com um bocadinho de catarse, vá. Demasiada catarse também cansa.

sábado, junho 03, 2023

A Good Person


Florence Pugh é muito boa actriz, mas nem ela consegue safar alguns momentos de profundo constrangimento de guião. O nosso amigo Zach tem talento, mas os seus filmes têm sempre um certo q de excessivamente dramático. Chegam ao ponto de sentir-se o cheiro a azeite que, embora seja agradável, não deixa de ser o que é. Pretensioso. Um pouco. Vá.

É como eu, com a mania que sei escrever coisas.

segunda-feira, março 20, 2023

Aftersun


É um filme sobre as férias dum pai com a filha. Tem, literalmente, filmagens de férias, à anos 90, com uma camcorder. Não é mais que isso, sendo muito mais que isso. Foi um período de transição para ambos. Ela tinha 11 anos. Ele 30, acabados de fazer.

E mais não digo. Estou com uma depressão gigante. Apesar de ter ficado muito contente, porque reconheci todas as músicas da banda sonora. Que belos foram os anos 90. Que murro no estômago que é este filme.

terça-feira, março 14, 2023

Empire of Light


Que raios! Habitua-se um gajo a ver os filmes do Bond de Sam Mendes e, de repente, tem de levar com uma coisa melodramática. Quer dizer, quando decidi ver Emprire of Light não estava à espera de ver Olivia Colman aos tiros, em cima dum comboio, mas... Espera lá. Porque não?

Era gajo para ver Colman a despachar uns martinis, enquanto aposta os destinos do mundo num jogo de cartas. Se há moça que consegue fazer todos os registos é Colman. Basta ter este exemplo de Empire of Light. Ela vai de depressiva para jovial, bem humorada para fúria agressiva, brincalhona para ciumenta, tudo no espaço de segundos, de cena para cena. Porque não considerá-la para Bond?

quarta-feira, março 08, 2023

The Whale


Esta história assusta-me.

Não é um filme de terror. Nada disso. É apenas a história dum tipo que perdeu o amor da vida dele e, com isso, perdeu também a vontade de viver. Tem os seus prazeres, é certo. Mas vive tudo de forma simples, sempre em casa, sem fazer nada que não trabalhar online, ler e ver um pouco de TV. Guarda todo o dinheiro para a filha que abandonou no passado, em favor desse tal grande amor. Desistiu de fudo, menos de comer. Está decidido a comer até morrer. Uma espécie de Leaving Las Vegas com comida, em vez de álcool.

Assusta-me porque com umas pequenas nuances, se têm acontecido certas coisas, eu podia ser este tipo. Facilmente.

sexta-feira, março 03, 2023

Living


Apesar de parecer um pouco enfadonho, tinha bastante interesse em ver este filme. Logo desde que soube da sua existência. E porquê? Porque tem Bill Nighy. E o Bill Nighy é o maior.

Confirma-se. O filme não prima pela exuberância. É sobre britânicos com chapéus de coco. Se isso não é sinal de tédio, não sei que possa ser. Mas o homem é incrível. Faz uma representação divinal, um misto de enfado com marialvismo, tendo toques de depressão e charme a um nível absurdo. Tudo ao mesmo tempo. E, enquanto está em cena, o filme consegue ter muito de interessante.

Ele é o filme, no fundo. Tudo o resto é paisagem.

sábado, fevereiro 18, 2023

When You Finish Saving the World


Num registo ligeiramente diferente do filme anterior temos este Saving the World. Mesmas bases, no sentido em que são ambos filmes. Com umas nuances, de alguma forma. Não têm nada a ver um com o outro, claro. Embora ambas as parelhas de personagens principais façam coisas profundamente mal.

Neste o filho anda atrás duma moça que não tem nada a ver com ele. Ela é política e intelectual, enquanto que o rapaz é musical e desprovido de interesses de maior. A mãe sente-se tão distante do filho que «faz-se» ao filho duma residente do lar de abrigo a mulheres/famílias vítimas de violência doméstica onde trabalha. É esquisito, sim. Não há nada sexual na questão, mas não deixa de ser um assédio exagerado. Já a questão do filho príncipal tem tudo de sexual, mas é na mesma um exagero. Ambos falham nas suas tentativas, de forma trágica e algo embaraçosa. Porque tentam ser o que não são e fazem dos outros algo diferente também. Vivem na ilusão, suponho.

Não, o espectador nunca chega a entrar na ilusão dos personagens. É bastante óbvio que não vai a lado nenhum. Para toda a gente, menos eles.

domingo, janeiro 29, 2023

Everyday People


Filme simpático sobre as histórias duma data de gente com as suas vidas ligadas, duma forma ou doutra, a um restaurante em Brooklyn. São histórias humanas, com alguma substância.

É curioso. Vê-se mais desenvolvimento de personagens nestes pequenos filmes do que em mega blockbusters, onde o guião é trabalhado por equipas de pessoas. E é por isso que filmes de baixo orçamento terão sempre mais coração que qualquer blockbuster. Nenhum dos dois é melhor ou pior. Interessa apenas o que se quer tirar de cada um deles.

terça-feira, dezembro 27, 2022

The Fabelmans


Acabei de ver duas horas e meia de onanismo. Ou, dito duma forma menos pomposa, uma data de auto-felácio. Ou, dito ainda de forma mais directa, o Spielberg está mesmo convencido que pode fazer qualquer m€rd@. Dizer que Fabelmans é uma seca é ser simpático. Achar que ainda dá para fazer filmes inocentes e chamar-lhe «arte» é ingénuo. Fazer um filme sobre a própria infância, achando que tem algum interesse de maior, é masturbação pública ao seu mais alto nível.

Há muito para embirrar neste filme, mas fiquemo-nos pela cena em que Michelle Williams diz, quase na mesma fala, que os filhos são o mais importante para ela mas que os abandonará se for preciso, porque se não for viver com o amante será uma pessoa infeliz.

...

Portanto, metade do filme é a genialidade do miúdo artista e como chegou ao cinema, com partes pessoais e outras inventadas para parecer o maior. A segunda metade do filme poderia ser uma bonita história de amor nos anos 60, entre três pessoas, mas acaba por ser apenas uma história básica de novela. Convenhamos que Spielberg nunca foi muito forte em relações humanas que não tenham por base alguma fantasia/aventura.

O filme vai ganhar Óscares porque é o Spielberg. Pois claro que vai. Não deixa de ser por isso um filme que facilmente cairá no esquecimento. Porque não traz nada de novo. É só o repetir das mesmas fórmulas e chamar-lhe outra coisa. Mas não quero ser mal interpretado. O homem merece toda a consideração pelo que fez. Revolucionou o cinema e foi figura presente e influente na minha infância e adolescência. Sou-lhe muito grato. Incomoda-me é que, por ter feito o que fez, ache-se no direito de fazer o que quer e, pior, achar que os outros não estão ao nível e fazem mal. No fundo, desdenha as versões modernas dele. Tem medo, porque da mesma forma que tirou o lugar às velhas múmias, ele sabe que os miúdos estão a fazer-lhe o mesmo. Já o fizeram, em boa verdade. Só ele recusa-se a vê-lo. E isso é triste. Não ter percepção de que o seu tempo chegou e não sair de cena com dignidade.

Sim, também estou a falar do Ronaldo. Isto dá para tudo. É universal e eternamente presente.

sexta-feira, dezembro 02, 2022

Km 224


Já disse o quanto gosto de ter um serviço de streaming com filmes Portugueses? Não sei. Se calhar disse. O mais provável é já o ter dito algumas vezes. Sei que tenho uma tendência para repetir-me. Aliás, o que faço apenas e só é repetir-me. Não tenho mais nada de novo para dar ao mundo. O que consegui aprender está aprendido. O que consigo ver está visto. O que era capaz de fazer já fiz. Há algum tempo. Agora é só repetição do mesmo comentário ou história. Fica aqui revelado, para quem ainda não o descobriu. Eu disfarço bem porque tento não passar muito tempo com as pessoas. Mas é bastante flagrante.

De qualquer modo, gosto muito de ter um serviço de streaming com filmes Portugueses. A programação da HBO Max é boa só por si (maior parte é fundo de catálogo, mas não nos prendamos com detalhes), tendo ainda acesso a produção nacional - que muita mais falta me faz hoje em dia - é óptimo. E eu gosto do trabalho do realizador. No meio do marasmo que é o cinema Português (na minha opinião), estes filmes são um oásis, com bastantes belos pormenores.

Concretamente sobre Km 224, percebo de onde veio a ideia e acho algumas partes bem conseguidas. Não consegui identificar-me com os personagens. São reais, porque têm defeitos e fazem coisas horríveis como todos nós. E sei também que há por aí milhentos casais como este, que se odeiam e, em especial, às suas respectivas características principais, mas que têm filhos mesmo assim. Não percebo como este casal esteve junto tanto tempo. Ele é descontraído demais, o que leva a desleixo. Ela é super controladora e quer tudo certinho. Odeiam-se, como é óbvio. São pólos opostos. No entanto, aturaram tudo o que odeiam no respectivo parceiro, tempo suficiente para terem dois filhos. Ainda para mais passam boa parte do filme a queixar-se do que foi a relação e fazendo coisas absurdas que justificam cada um pelo ódio que têm um pelo outro.

Foi-me complicado ter empatia com dois personagens que têm tanto do que não gosto nas pessoas. Contudo, gostei de ver o filme e foi um tempo muito bem passado. E isso é que interessa.

terça-feira, novembro 29, 2022

Oslo, 31. August


Isto é mesmo estar a gozar com um gajo.

Tomemos apenas o início do filme como exemplo. Não creio que vá spoilar alguma coisa. O filme tem dez anos. Imagino que toda a gente já o tenha visto. Portanto, a coisa começa com o nosso protagonista num quarto de motel à beira da autoestrada, com uma Sueca despida na cama. Sai e vai em direcção ao mato, a caminho dum lago ou dum rio. Não percebi exactamente o quê. É um corpo de água grande onde tenta suicidar-se. Ou então estava a treinar mergulho. Uma das duas. O certo é que, depois de vir à tona, regressa à clínica de desintoxicação, onde vive momentaneamente. Tem ordem de soltura. Foi a primeira noite que pôde passar fora da clínica. Tem agora um dia inteiro para passar em Oslo. Vai aproveitar para ver família e amigos mas, acima de tudo, tem uma entrevista de emprego.

Até o raio dos janados...

Reprise


Olha para mim todo armado em pseudo-intelectual, a ver filmes Noruegueses. Em boa verdade, já o estou para ver há algum tempo. Este e o próximo. Desde que vi o terceiro da «trilogia Oslo» deste Trier, filme considerado como «um dos do ano», do ano passado.

Não sendo desprovido de interesse - de longe -, não consigo distanciar-se do que estes caramelos fazem profissionalmente. São idiotas pretenciosos, que têm demasiado tempo livre nas mãos, logo passam-no a ler, a ouvir música, stalking autores conhecidos e em festas. É uma boa vida quando se é estudante universitário. Sem dúvida. Mas eles já passaram essa fase. É depois disso. Não têm de trabalhar porque têm famílias ricas. Não precisam. Como tal podem dar-se ao luxo de ir um ano para não sei onde, só para escrever um livro.

«Belas vidas», já dizia o outro.

domingo, novembro 27, 2022

The Woman King


Se vou conseguir voltar a números decentes, ainda este mês, preciso de blockbusters. Isto tem andado fraco por estas bandas. Não tem havido vontade de ver grande coisa. Também houve visitas e há muita bola como concorrência. Mas antevia-se que este mês viesse a acontecer. Não me refiro ao mês em si. Novembro virá sempre por altura de Novembro. Antevia-se que chegasse um período em que a réstia de vontade esvanecesse. Se vou conseguir contrariar isso é com blockbusters, parece-me.

Para que não haja dúvidas, Woman King é um blockbuster. Tem muito do que preciso. Acção, emoção, uma data de clichês e malta talentosa. Infelizmente não chegou para reencher o copo vazio. Poderá ser preocupante. Deixa ver.

terça-feira, novembro 15, 2022

Raymond & Ray


Um velhote tem como último desejo que os filhos cavem a sua sepultura. Dois deles com o mesmo nome, de mães diferentes, que educou. Mal. Foi um péssimo pai. Teve ainda outros dois duma mulher com quem esteve pouco tempo. Não os educou. Não esteve sequer presente para isso. Foi um pai ausente. E teve ainda um último filho, já com sessenta anos. Não foi mau pai para este, embora o tenha sido pouco tempo. Talvez haja mais filhos. É possível que alguns tenham ignorado o pedido.

Era uma besta. Se não fui claro antes, friso-o agora. Os filhos têm bastante problemas. Os principais. Os que educou mais tempo. Os outros não foram traumatizados por ele. Mesmo assim marcaram presença e fizeram-lhe a vontade. Não sei se o teria feito.

Esta coisa da ligação de sangue é muito esquisita.

segunda-feira, novembro 07, 2022

Operation Mincemeat


Raio de nome. Tanto para o filme, como para a operação secreta que decorreu durante a Segunda Grande Guerra. Para a operação funcionou. Os alemães não suspeitaram do nome. Para o filme não terá funcionado tão bem. O nome terá afugentado alguns espectadores ocasionais, diria eu, que não vi ainda nada de resultados.

«Será um filme sobre talhantes?»
«Será sobre distribuição de carne pelas tropas? Será um problema logístico?»

Não interessa se foi uma operação que salvou inúmeras vidas e ajudou na luta contra as forças do Eixo. Julgando pela «capa», este «livro» não poderá ter grande interesse. Já eu tive pouco interesse pela triângulo amoroso desenxaibido, metido às três pancadas no filme, só para ter algum apelo para as grandes massas. Mas isto são outros trezentos. O resto teve a sua relevância.

terça-feira, novembro 01, 2022

The Good House


Estar à espera duma coisa dum filme e, no final, ser outra, regra geral não é bom. Nem bom sinal sobre o filme e como foi divulgado, nem bom visionamento, porque não há como não sentir que fomos enganados. Nem sempre. É verdade. Às vezes, muito ocasionalmente, há boas surpresas. Mas é raro acontecer.

Este filme... Ainda não sei. Teve muito do que esperava. Talento no elenco, algumas piadas, sítios bonitos. Os últimos dez minutos vieram dum buraco escuro, da mente perversa de alguém que estará a meio dum trajecto de terapia. Foram esquisitos, a verdade é essa. Não sei se estragaram a coisa. Acho que não. Mas olha, fica aqui o aviso para outros. Assim sempre há menos surpresas para quem vier a seguir.

quarta-feira, outubro 05, 2022

Joyride


Não sei por obra ou graça de quem achei que esta história seria bem mais trágica do que foi. Sei que vi o trailer. Sei que achei interessante qb, mas não o suficiente para ver. O que pendeu foi Olivia Colman. Se ela quis fazer o filme, alguma coisa teria.

Na minha cabeça envolvia Colman maluca depois de ter perdido a sua criança. Rapta um bebé e um miúdo e foge. Senti que acabaria numa chuva de balas e explosões de veículos. Lágrimas rolariam e músicas tristes tocariam.

Nada a ver. E ainda por cima valeu bem a pena.

sexta-feira, setembro 16, 2022

Do Revenge


Acabadinho de sair na Netflix, aqui está um filme que não recomendo. De todo. Longe disso. Aliás, é o oposto. Recomendo a toda a gente que NÃO veja este filme. A todos vocês, os dois, talvez três que têm o blogue a ser seguido automaticamente. Aliás, os pais Hawke e Thurman deviam ter uma conversa com a filhota, que até estava a ter um início de carreira auspicioso. Este filme não foi um passo em frente.

Até ao último terço o filme estava a ser OK. Nada de especial, mas também não mau. Tirando o facto de que a suposta vítima dos bullies riquinhos é uma c@br@ também. No final tudo descambou, toda a gente provou ser vil. Deixou de haver por quem torcer ou algo a almejar. Ou melhor, queria que acabasse. Esse passou a ser o único desejo. Que acabasse rápido.

sábado, setembro 10, 2022

Montana Story


Assim se passa um sábado no sofá. Quatro filmes, um par de episódios de séries, alguns vídeos soltos e ainda um jogo de futebol. A minha alma está contente. Por muito que este último filme tenha sido pesado como tudo.

Dois miúdos voltam a casa. À herdade, na verdade. O pai está em coma e é preciso tratar de algumas coisas. Paralelas à situação do pai. Ele era um cretino e a moça, por exemplo, só volta por causa dum cavalo. Literalmente. Há muito que partiu e ninguém sabia dela. O rapaz vai tratando das burocracias e afins, dentro do possível.

Que há para dizer mais? Está um frio de cornos e Montana parece ser um estado lindíssimo. Pelo menos a zona à volta da herdade do cretino. Montanhas, planícies e cavalos. Brutal, mesmo. Diria que, evitando ser nas mesmas condições destes miúdos, será um belo estado para visitar.