segunda-feira, dezembro 25, 2006

Intervalo 02 - Filmes de Natal

Pois é, nesta época festiva é comum vermos alguns filmes na televisão, alguns mais próprios da época que outros, mas no final acabamos por ver aquilo que nos aparece à frente nas rotineiras sessões de zapping. Dantes tinhamos a Julie Andrews a fazer cenas à puto e a tentar ficar tonta em cima duma colina e uns anos depois era o Macaulay a queimar a cara com aftershave. Hoje em dia dizer que existe variedade é dizer pouco.

Nesta época não vi nenhum filme inteiro, vi só bocados aqui e ali em canais variados. Apanhei coisas como as «bandeirosices» do True Lies, a fantasia do MIB II, uns toques de Jackie Chan na sua versão da Volta ao Mundo em 80 Dias, o desadequado Dead Calm, os geniais primeiros cinco minutos do Payback, alguns momentos cómicos da versão dos Muppets do Wizard of Oz, umas coisas ridículas do Can't Hardly Wait e finalmente uns segundos aqui e ali nos agora tradicionais filmes de Natal tipo Santa Clause e afins.
Porque sim, filmes na TV também fazem parte da minha época natalícia.

Isto tudo para dizer: Feliz Natal e Bom Ano Novo!

sábado, dezembro 23, 2006

Being Julia

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Ora cá está um perfeito exemplo de uma crise de meia-idade de actores, ou neste caso de uma actriz.

Annette Bening teve uma brilhante interpretação em American Beauty mas mesmo assim não teve direito a Óscar. E toda a gente sabe que se uma actriz não ganha com uma actuação daquele nível, então está lixada e provavelmente nunca ganhará. Em todo o caso, há excepções a esta regra e se ela conseguir superar o papel, então talvez ainda haja esperança. Por norma, não é costume sequer haver uma tentativa. As actrizes tendem a resignar-se à realidade e refugiam-se ou no teatro ou ainda no teatro... só que em Inglaterra. Nada como ter um sotaque pomposo como o britânico para mostrar à Academia que cometeram um erro.

Claro que a Annette não é uma actriz qualquer - ela esteve casada com o Dick Tracy, pelo amor de dEUS! - e na mente dela ainda havia uma maneira de dar a volta à coisa. Invariavelmente, ela tinha que ir para Inglaterra, isso era certo. Lá, uma pessoa envolve-se com actores britânicos. Para eles, basta arrotar em cena e têm logo direito a um prémio de carreira! Mas teatro?!?! Que chatice! Uma pessoa tem que lembrar-se daquelas falas todas e repetir as mesmas cenas noite sim noite sim...
Já sei! É uma questão de fazer de actriz de teatro britânica, mas NUM FILME!.... mas não pode passar-se na actualidade, não seria credível, toda a actriz britânica que se preze já está na ex-colónia a filmar um qualquer filme com o Jack Black. Ok, fazemos o filme como se se passasse no século XIX!!!! Pois claro, que ideia genial. Mas mesmo assim precisa de mais alguma coisa... que tal um realizador húngaro!? Está aí a chave do sucesso.

Pois... mas como bem sabem... não funcionou, pois não?
Curioso... não estava nada à espera.

Elizabeth

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Que belo elenco. Sim senhor! Desde o Vincent Cassel, à Fanny Ardant, ao Eric... Cantona!? Então mas isto não era suposto ser um filme sobre a rainha Elizabeth de Inglaterra. Onde é que estão os actores ingleses?
Bem, temos pelos menos a Kelly Macdonald... não, espera, essa é escocesa... e a Emily Mortimer... que acho que é inglesa...
Não interessa, há sempre o Joseph Fiennes, o Christopher Ecclestone, o Daniel Craig (o novo Bond) que aqui faz de padre que mata gajos ao calhau... e é traidor da nação.... err.... ok... temos o Geoffrey Rush que nasceu na britânica cidade de Toowoomba na Austrá... temos o Richard Attenborough ou o James Frain que faz de... errr... embaixador espanhol... pois!... Ok, mas temos como personagem principal, a Cate Blanchett... que também é australiana!...

Ao menos o filme foi feito pelo Shekhar... KAPUR!...

OK!!! Esqueçam!

PS - A Cate Blanchett assusta-me! Especialmente quando no final, com a cara toda branca e com o cabelo mal cortado, afirma que depois de ter morto os seus traidores se tornou numa virgem!

Citizen Kane

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Não gosto de falar sobre clássicos. Que mais posso dizer que já não tenha sido dito por milhentas outras pessoas?

O filme é bom, disso não há dúvidas. E também compreendo a falta de sucesso que teve na altura, pois talvez tenha sido um pouco «à frente» demais para aquele público. Para além disso não há muito mais. Se bem que saber o que é que é o «Rosebud» tira um pouco a mística à coisa, mas não estraga o filme, que era uma coisa que tinha receio.

Aquilo que acho estranho é como é que o Orson conseguiu fazer uma carreira ao contrário daquilo que é normal. Começou em grande no teatro, rádio e cinema e acabou a fazer filmes em casa, sem meios, com os amigos (miúdos fãs e operadores de câmara, entenda-se) e a namorada a fazerem os outros personagens.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Maria e as Outras

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Era para fazer o meu discurso acerca do cinema português. Era essa a minha ideia original, no início do filme. Sim, hoje em dia está difícil ver um filme sem estar a pensar no que é que vou dizer aqui, mas se o filme for envolvente facilmente me esqueço das minhas obrigações «blogais».

Em todo o caso, seria um belo discurso, não só apontando aqueles que acho serem os defeitos maiores do cinema português, como ainda apresentando ideias e soluções para ver se a grande besta negra não morre. Não me considero um especialista da coisa, a verdade é que estou farto de mandar bocas ao Manoel de Oliveira e nunca vi um filme dele - ainda virá o dia, mas confesso que vontade não abunda - mas já vi a minha quota parte de filmes nacionais e a quota parte de muito boa gente de filmes estrangeiros, daí que acho que posso reservar-me o direito de estrabuchar.

A Maria e as Outras não tenho muito a apontar, o que não é necessariamente uma coisa má, antes pelo contrário. Não é de todo um filme magnífico mas na realidade em que vivemos isso também não é grave. Até hoje ainda não vi um filme magnífico que seja produto nacional. Dos que vi, há poucos que são efectivamente bons - ainda havendo um ou outro que achei piada, independentemente da sua qualidade - e este é um deles.
Não inventa, não tem pretensões a ser algo mais do que é, tem algumas boas interpretações (gosto especialmente da moça do Jardim da Celeste) e cenas de qualidade.

Já em relação ao meu discurso... ainda tenho alguns filmes portugueses para ver, pode ser que aí vos mace com o dito.

Hanging Up

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Isto é tão chick-flick que eu juro-vos que senti os meus ovários a mexer!

Mas pior que isso, sou homem para admitir que de vez em quando até acho piada a um filme com tamanha falta de testosterona, mas este foi do piorio. Sinceramente, não percebi o objectivo.

Meg Ryan é a irmã do meio e é a que leva sempre com as coisas por tabela. Neste caso, tem que tomar conta do pai que está a ficar senil, enquanto a irmã mais velha tem um revista e é demasiado bem sucedida e a mais nova entra numa novela da tarde e pensa que por isso é mais bem sucedida do que realmente é. Mas não é uma história de redenção na família, nem do aproximar das irmãs umas com as outras ou mesmo com a mãe que se afastou há muito. Não é nada disso!

E depois ainda temos a Diane Keaton que sempre que está em cena parece que esta a despachar o processo para poder voltar para a cadeira de realização, a Lisa Kudrow que não se percebe muito bem o que é que está ali a fazer e a Meg Ryan a fazer o seu papel de sempre que já começa a saturar um bocado.

Há mais com que mandar vir. É um filme assim tão bom, mas tenho coisas melhores para fazer... mesmo não tendo nada para fazer!

Spivs

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Num filme sobre con artists seria de presumir que haveria pelo menos alguma espécie de con. Por norma, no início deste tipo de filmes, vamos conhecendo os personagens através de pequenos cons a gajos ridículos, que até têm a sua cota parte de cómico. Depois vem o famigerado «big con» que os fará ganhar imenso dinheiro e poderão mesmo pensar em retirar-se. Claro que virá com uma maior dose de risco mas é mesmo assim que tem que ser. Vamos vendo as coisas a avançar e a certa altura vamos pensar que algo correu mal e que estão lixados e vai tudo por água abaixo e só mesmo no final é que somos elucidados e conseguimos ver a história toda e que correu tudo conforme o planeado.

É assim que costuma ser.
Este decidiu fugir a isso.
Pode dizer-se que eu é que caí na vigarice!


PS - Foi, no entanto, positivo conhecer a irmã britânica da Traci Lords. Lá por isso valeu a pena.

One Day in Europe

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Quatro histórias em quatro cidades diferentes. O ponto em comum: assaltos!

Em Moscovo, uma britânica é assaltada e acaba por ter a ajuda duma senhora russa que não fala uma palavra de inglês mas que a leva à esquadra para receber o relatório da polícia para poder receber o dinheiro do seguro.
Em Istambul, um alemão finge ser assaltado para poder receber o dinheiro do seguro mas só com a ajuda dum taxista que fala alemão é que o consegue o dito relatório da polícia.
Em Santiago de Compostela, um peregrino húngaro dá a máquina a um gajo para lhe tirar a foto. Queixa-se a um polícia na rua que, antes de o levar à esquadra, o leva a passear pela cidade em viagens entre a esposa e a amante.
Em Berlim, um casal francês de palhaços de rua vê-se sem dinheiro, cheios de dívidas e com o carro avariado. A sua única solução é fingir que foram assaltados e pedir o dinheiro do seguro.

Para além dos assaltos, as histórias passam-se no mesmo dia, dia da final da Liga dos Campeões, em Moscovo, entre Deportivo e Galatasaray... Final entre o Depor e o Galatasaray?!?!?! Conseguem imaginar final mais desinteressante?!
Ainda por cima o realizador decidiu dar numa de politicamente correcto. Durante o filme vamos sabendo que o Depor marcou primeiro mas os turcos igualaram o resultado através de Hakan Sukur (quem mais?), num canto no último minuto do tempo regulamentar. Dá-se o prolongamento e no genérico final vamos ouvindo comentadores de várias nacionalidades a relataram os penaltis. O último resultado que se ouve é de 17-17.

Ainda de notar o pormenor curioso de ter ouvido um comentador russo, logo na primeira história, a dizer os onzes de cada equipa e ouvir-se o nome de Jorge Andrade.

PS - Só mais um pormenor para confirmar aquilo que já toda a gente sabe: durante o filme, várias linguas são faladas, desde russo a turco, francês e alemão, mas a única que acaba por ser comum em todas as histórias é o inglês. E NINGUÉM fala TÃO MAL inglês como o polícia espanhol! Foi o único que vi-me à rasca para perceber.

sábado, dezembro 16, 2006

Over the Hedge

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A cena no final, quando o esquilo finalmente bebe cafeína...

MAG-NÍ-FI-CO!!

Monster House

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Numa expressão: As Big as a House!!

PS - O puto gordo deste filme é o puto gordo do Goonies.

My Super Ex-Girlfriend

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O Luke Wilson tem piada?
Sim, mesmo que o gajo seja DEMASIADO parecido com o irmão.
A Uma Thurman faz bem o papel de ex-namorada psicótica que ainda por cima tem poderes?
Yup.
A Anna Farris passa por gaja gira do escritório com quem um gajo manda bocas e faz piadas?
Facilmente.
O papel de melhor amigo ordinário que só manda bocas estúpidas foi bem entregue a Rainn Wilson?
Quando o gajo queria ir ver o jogo do beisebol mesmo com as duas gajas à porrada no ar, eu desbronquei-me a rir.
O Eddie Izzard faz bem o papel de vilão?
Ya, safa-se. Gostei do frigorífico do gajo.
Os efeitos estão bem feitos?
Estão.
A história está gira e interessante com twist novos a histórias básicas?
Sim, sem dúvida.

Então porque é que o filme não fez grande coisa por mim?

Miami Vice

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Já não me lembro muito bem da série - confesso que nunca fui grande fã - mas vou tentar fazer um pequeno exercício de encontrar as semelhanças e diferenças entre o filme e a série.

SEMELHANÇAS:
- Continuam a ser dois gajos cangaceiros, nas suas respectivas épocas
- Ninguém acredita que qualquer um destes quatro gajos tem estaleca para ser polícia, demasiado «meninos bonitos»
- Os personagens periféricos continuam sem ter muita pinta
- É sempre o Sonny a conduzir e o Rico a ser conduzido, se quiserem ver a situação inversa aluguem o Driving Miss Daisy
- O Rico tem uma namorada, o Sonny tem várias
- Cheio de planos de lanchas em alta velocidade

DIFERENÇAS:
- Nem morto, o Don Johnson seria apanhado de bigode
- O Jamie Foxx já era famoso antes disto e continuará a ser famoso depois, já o gajo da série...
- Os personagens periféricos estão muito mais activos, menos secundários
- No filme, são outros que têm os fatos brancos foleiros
- A banda sonora é infinitamente melhor no filme, mesmo com a presença de Linkin Park vs Jay z
- No filme, o «casal» está muito mais multifacetado, cheios de tecnologia e tudo mais
- O filme está muito mais violento, mas compreende-se vista a diferença de meios
- Trocaram o brinco do Sonny por um mullet... ok, aceita-se!
- Menos Sol e mais tempestades, em mais do que um sentido

PEQUENA NOTA: No início do filme, Colin Farrel está numa discoteca e vai ao bar pedir umas bebidas. Lá, é atendido por Rita, de Lisboa, e ainda se mete um bocado com ela. Se o gajo a comesse no filme, garanto-vos que me tinha levantado e começado a gritar: «PORTUGAL!! PORTUGAL!!!»

terça-feira, dezembro 12, 2006

Crank

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Estes videoclips de hora e meia são brutais...

Era uma vez Jason Statham, um assassino profissional que trabalha para uma organização criminosa de Los Angeles. Certa noite, um jovem latino entra em sua casa durante a noite, drogando-o com uma substância que inibe a sua produção de adrenalina, fazendo com que o coração eventualmente pare. Para evitá-lo, o nosso herói tem que fazer tudo para aumentar ao máximo a produção de adrenalina no seu corpo. Isto vai desde snifar coca, a entrar em perseguições de carro com a polícia, através dum centro comercial, dar-se um choque com aquelas cenas de hospital «CLEAR!», andar aos tiros e/ou à porrada, pinocar com a Amy Smart no meio da rua à frente duma data de chineses, incluindo um autocarro cheio de colegiais (chinesas também; estavam em Chinatown, que parece-me ser um tão bom sítio para pinocar na rua como qualquer outro), andar em pé em cima de uma mota, etc. Isto tudo para manter-se vivo, para se poder vingar. Uma espécie de 12 Tarefas de Hércules só que diferente e sem ter nada a ver.

E quem é que decidiu que um gajo britânico careca é o novo herói de filmes de acção do século XXI?!?! Quando é que isto aconteceu? Que reunião foi esta que houve onde se decidiu isto e que qualquer macaco com dois dedos em cada mão pode ter um blogue e obrigar as pessoas a ler idiotices que nem na cabeça do próprio deviam ter espaço?!?!?....

...

Hoje ficamos por aqui.

DOA: Dead or Alive

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- Devon Aoki (Sin City) é uma princesa de um clã qualquer oriental. O seu irmão, herdeiro legítimo ao «trono», está desaparecido há um ano e presume-se que esteja morto. Devon não acredita e vai à procura do irmão, contrariando as leis do clã e tornando-a uma traidora e fugitiva.
- Jaime Pressly (My Name is Earl, Torque, Jack & Jill) é uma wrestler profissional e filha de outro. Está farta de praticar um «desporto» onde está sempre a fingir e procura provar o seu valor.
- Holly Valance (Neighbours e músicas reles mas com sucesso em Inglaterra) é uma assassina e ladra internacional. Só se mete nisto pelo dinheiro.

O que as três têm em comum é que são todas convidadas para um torneio de artes marciais com um prémio final de 10 milhões de dólares. A primeira vai à procura do irmão que participou no mesmo torneio no ano anterior, onde supostamente morreu em combate; a segunda vai para poder provar que sabe andar à porrada; a terceira, lá está, vai pelo dinheiro.

Pelo meio metem-se gajas assassinas com cabelo roxo, o famigerado velho de barbicha que aparece em todos os jogos de porrada e filmes do Tarantino, a filha do malogrado criador do torneio que também sabe dar tautau, um geek de informática, um anfitrião/vilão reles interpretado pelo Eric Roberts (demasiadas coisas más, para além de ser irmão de Julia Roberts), uns quantos gajos que não entrariam em minha casa porque não caberiam na porta e ainda um propósito muito reles para a existência do torneio, naquele ano.

Como devem imaginar, adorei o filme!

PS - Confesso que vim pela Jaime e pela porrada bandeirosa, mas fiquei pela Holly e pela porrada bandeirosa.

Tuck Everlasting

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Um homem num corpo de 17 mas com 104 anos, envolver-se com uma jovem moçoila de 15, é claramente pedofilia. Então e se aumentarmos a parada, se ela tiver 115 e ele 204, ela será culpada de gerontofilia?

Eu sei, às vezes tenho pensamentos completamente absurdos.

Sinceramente acho que é porque tenho um, ou neste caso uma, stalker. Todo eu sou transtorno. Primeiro foi o Josh Lucas, agora é a Alexis Dreidle, AKA Lorelai JR.. Uma pessoa já nem pode ver filmes em paz!....

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Garfield: A Tale of Two Kitties

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Muito se criticou o primeiro Garfield. Eu nem o achei mau de todo. É verdade que não me lembro da história mas isso também não me choca. Sei que o Garfield dormiu, bateu no Odie, comeu, dormiu mais um bocado, comeu lasanha, dormiu, viu TV, odiou segundas e gozou com o Jon. É o Garfield e não espero nem mais nem menos.
Houve, no entanto, uma coisa que me incomodou: não percebo porque é que mudaram a voz do bicho. O outro gajo era impecável e o Bill Murray, Ghost Buster que tem todo o meu respeito e consideração, nem está especialmente engraçado! (perdoa-me Billy)

Nesta sequela... a voz do Garfield é a última coisa que me incomodou! Ele está constantemente a mexer-se - farta-se de dançar mesmo - só come lasanha uma vez, há uma data de outros animais a falar, só odeia segundas uma vez de fuga, o Billy Connely não teve piada nenhuma, o Odie quase não leva porrada, a Jennifer Love-Twotits só aparece como eye-candy... espera!, esta última acedo, um realizador também não pode ter atenção a tudo.
Invariavelmente, muito mauzinho este filme.



Ok, também me incomodou no primeiro o facto do Jon ter conseguido arranjar uma namorada!


E o Odie ser verdadeiro.


Mas foi só isso!!


E o Nermal não ter aparecido condignamente.

Sky High

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o filme é sobre super-heróis THAT'S GOOD
mas são heróis criados para filme THAT'S BAD

aliás, o filme começa por centrar-se nos super-heróis THAT'S GOOD
mas afinal é um história de escola secundária THAT'S BAD

tem o Kurt Russell THAT'S GOOD
mas o gajo fica bué piroso no fato THAT'S BAD

a Kelly Preston tem um fato que tem alto decote THAT'S GOOD
mas não deixa de ser um fato piroso THAT'S BAD

a Lynda Carter aparece THAT'S GOOD
mas aparece pouco THAT'S BAD

até tem bons efeitos THAT'S GOOD
mas maior parte são reles THAT'S BAD

o enredo até é emocionante THAT'S GOOD
mas básico e previsível THAT'S BAD

aparecem robots gigantes THAT'S GOOD
mas durante pouco tempo THAT'S BAD

o puto principal começa como underdog THAT'S GOOD
mas acaba como super-herói THAT'S BAD


Mas não é que o filme até está giro!

PS - Esta é para os palermas da outra noite que, de certa forma, estragaram-me a piada ao mencionarem a cena original que inspirou este post mas garanto-vos que isto já estava escrito antes daquela noite!!

Racing Stripes

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Questões pertinentes que este filme traz à baila:
- O Dustin Hoffman, conhecida diva do cinema, faz uma das vozes neste filme. Pergunto-me se aqui também requesitou take atrás de take como costuma fazer nos filmes onde entra.
- Será que foi de propósito que meteram a Hayden Panettiere, que é maior que os outros jockeys, como forma de contrastar com o facto da zebra ser mais pequena que os cavalos?
- O David Spade não tem mesmo mais nada para fazer, certo? (Ele aqui faz de mosca.)
- Porque é que o ex-treinador de cavalos tinha uma prateleira cheia de recortes de jornal, prémios e fotografias dos tempos em que treinava cavalos de corrida, no CELEIRO?! Essas coisas não costumam estar em casa?
- Porque é que a dona lá do sítio das corridas deixou a zebra entrar na corrida se achava vergonhoso o bicho querer correr?
- Porque é que a Whoopie Goldberg é uma cabra?

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Clerks II

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Logo a seguir ao Jay & Silent Bob Strike Back o homem decidiu enterrar os dois personagens. Houve muita gente que mandou vir. Houve muita gente que aplaudiu. A mim não me fez diferença. Se não tinham mais nada para dizer, então mais vale serem silenciados. Os palermas já me fizeram rir em mais do que uma ocasião mas não é por causa deles e dos metros de alarvidades e/ou obscenidades que lhe saem das bocas - incluindo o Silent Bob! - não é por causa deles que vejo os filmes do Kevin Smith. O gajo até pode ser um idiota e fazer filmes só com bocas abaixo da cintura só para os amigos, mas por norma costuma ser honesto naquilo que faz.

Pode ser um bocado estar sempre a bater na mesma tecla, a revisitar os mesmos personagens e os mesmos sítios, mas neste Clerks voltei a ver uma coisa num filme do Kevin Smith que já não via desde o Dogma: falou de algo a partir do coração, sem pensar no que é que os amigos ou os fãs ou os críticos iriam dizer. No primeiro era acerca de angústia pós-adolescencia, misturada com frustação de falta de ambições, misturado com inépsia propositada; no segundo é mais acerca da relação com o seu gay-ass life partner... misturado com angústia pós-pós-adolescencia, misturada com frustação por não ter as mesmas ambições que o resto do mundo, misturado com inépsia propositada.

Aparentemente, este filme foi aplaudido de pé em Cannes ou Sundance ou um qualquer outro destes sítios-cheios-de-círculos-de-pessoas-pretensiosas-acerca-
-de-cinema-aos-quais-eu-secretamente-quero-pertencer na sua estreia mundial e não percebo porquê.
Por cá, pelos vistos, o filme não esteve mais do que duas semanas (talvez até menos) em exibição nos nossos cinemas e EU TAMBÉM NÃO PERCEBO PORQUÊ!
O filme é um pouco para fãs, mas o Strike Back foi MUITO MAIS e teve mais atenção e sucesso.

Vá-se lá perceber estas coisas.

Uma última nota: por muito que um gajo seja influênciado pelos malditos anos 80, com todos os seus filmes cheios de penteados e modas ridículas e Dancing in the Street, etc., qualquer ser humano respeitável NÃO VOLTA NUNCA MAIS a fazer uma coreografia na rua por NENHUM MOTIVO. Vocês sabem do que estou a falar. Quando começa uma música, as pessoas olham umas pras outras, o plano abre ao mesmo tempo que a câmara se afasta, de modo a apanhar mais gente e... começam todos a dançar!... O Kevin fez isso neste filme. Alguém devia bater-lhe.

PS - Pouco depois de ver o filme descobri que existe um novo Millennium Falcon (quem não sabe o que é, que vá descobrir) que se transforma... drumroll please... em dois Transformers!!!! E pior, um é o Han Solo e o outro é o Chewbacca... Estou... sem palavras!... Odeio a hasbro. Para o caso de pensarem que estou a exagerar: I dare you to click me!

domingo, dezembro 03, 2006

Cars

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Ya ya, o filme tá giro, o Owen Wilson está no papel ideal, o Matter é bué cómico, os gajos da Pixar são os maiores. Qualquer dia um gajo vê um filme destes e nem percebe que é animação. yadda yadda yadda
A minha verdadeira questão aqui é:

Será que no mundo deles, onde os carros são pessoas e vivem como tal, será que para eles o Kit é dEUS?

Ladder 49

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A história é muito simples: é acerca de um bombeiro, Joaquin Phoenix, e da sua carreira como combatente de fogos. Até aqui tudo bem, o problema é como a história é contada. Num incêndio, Joaquin fica preso dentro dum edifício depois de salvar uma pessoa. O interior do prédio desaba e Joaquin cai uns andares, fica magoado e preso lá dentro. À medida que os companheiros o tentam resgatar, somos presenteados com flashbacks relatando a vida do homem desde que se tornou um bombeiro. Isto não é propriamente uma maneira nova de relatar as coisas, é certo, mas neste caso estava constantemente a esquecer-me da cena dele estar num prédio em chamas, por isso foi um bocado esquisito para mim: «Oh, que bonito, a filha dele fez anos e toda a gente foi lá a casa festejar. Uuu, aquele bolo tem bom aspecto!» pensava eu até que mudavam de cena. «Ah ya, é verdade, o homem está a morrer!» A coisa ficava confusa.

E a certa altura apercebi-me duma coisa. Enquanto o filme tenta mostrar Joaquin como um herói, eu comecei a vê-lo como a fonte de todo o mal. A ele e à esposa dele. É que toda a gente chegada a esta família lixa-se no filme. Ora vejamos: o melhor amigo, que o ajudou a engatar a mulher num supermercado, o gajo às tantas está num telhado dum prédio em chamas, cai lá para dentro e morre; o Morris Chestnut, um gajo que teve um momento engraçado com ela no início da relação, mostrando que o Joaquin era um gajo porreiro porque se associava com gente fixe (aquilo que um bom wingman faz), estão todos numa fábrica e só Morris é que se aleija quando um cano rebenta e queima-lhe a cara toda com vapor. Acho que só o Travolta, gajo também chegado ao casal dos infernos, é que não lhe aconteceu nada mas isso suponho que seja por ser o Travolta. Aposto que no guião, originalmente, era suposto ser atropelado pelo camião dos bombeiros, mas como é o menino Travolta!...

PS - Acho que já sei porque é que não curto o Joaquin. É a cena de quando alguém é apresentado ao gajo. Em meu entender é IMPOSSÍVEL na presença de um lango daqueles no lábio não: a) ficar vidrado a olhar, ignorando o que é que seja que o palerma está a dizer; b) fazer um comentário estúpido e inconveniente numa reles tentativa de quebrar o gelo para poder perguntar logo a seguir acerca do lango; c) cagar pra cena de quebrar o gelo e perguntar logo «FOOOOOO#@-SE!!! Qu'éssa merda que tens no lábio?!". Logo, não acho natural qualquer cena com o gajo. Logo, o filme perde toda a credibilidade. Está explicado.

The Adventures of Sharkboy and Lavagirl in 3-D

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Antes de toda a gente andar a beijar o rabiosque do Robert Rodriguez, todos impressionados com o Sin City e histéricos para que faça mais, o homem andava a fazer filmes destes. Existe a trilogia Spy Kids, que fartou-se de dar dinheiro nas bilheteiras, não que seja uma coisa magnífica mas porque é puro entretenimento. Depois da trilogia veio este, que ao que parece é a encenação de histórias que o puto dele criou. Ora aí está uma bela prenda de natal: «Olha filho, estou farto de te andar a comprar brinquedos dos quais te fartas passado meia hora, por isso 'bora fazer um filme. Arranja aí umas ideias, metemos uns fundos azuis/verdes aos quais depois acrecescentamos umas coisas a computador, convida uns amigos bonitinhos cá a casa e siga pa bingo!!»

Foi aqui que o homem aprimorou este tipo de realização e, por tal, a coisa merece alguma consideração... mas não deixam de ser só os devaneios de uma criança.