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domingo, fevereiro 19, 2023

The Frisco Kid


Quem diria que, em tempos, fizeram um western com Harrison Ford e Gene Wilder? Wilder num western é um conceito estranho só por si, mas a verdade é que não foi o único que fez. Por incrível que possa parecer. Aqui o mais... peculiar, digamos assim, é a junção dos dois. Este buddy cowboy movie não fará grande sentido, aos olhos de hoje. Especialmente tendo em conta que Ford é um velho ranzinga, chateado com tudo e todos, a começar nos miúdos que chutam a bola para o jardim dele e acabando no facto de ter feito demasiados filmes Star Wars.

Isso é agora. Naquela altura o rapaz estava disposto a ser o herói que salva a «donzela em perigo» na personagem de Wilder, neste filme. Sempre o meliante/herói, sempre contrariado a fazer o que os «bons da fita» devem fazer. Mesmo assim, é ele que leva Wilder, que aqui interpreta um rabino, dum lado ao outro dos Estados Unidos. Ou seja, não só é um buddy movie com uma dupla altamente improvável, como é um road trip buddy movie... com a dupla yadda yadda.

A verdade é que se me perguntassem pelo filme há um mês, não me lembraria dele. Apareceu-me numa qualquer lista de... Sei lá, «cenas». Eu curto listas de filmes. É assim que lembro-me destas pérolas. Doutra forma ficam no passado. Agora, posso não ter-me lembrado do filme só por si, mas o certo é que, ao ver, lembrei-me de tudo. Da história toda. Do desenrolar. Mais um bocadinho e ainda tinha presente algumas falas. Vi muito o filme em miúdo. Gostava bastante de Wilder, a estrela de então. Curioso (ou não) como Ford acabou por tornar-se ainda mais famoso, enquanto Wilder caiu numa espécie de esquecimento.

sábado, dezembro 31, 2022

Star Wars: Episode IV - A New Hope


Pensavas que já tinha acabado de ver filmes este ano? Pois claro que não. Que parvoíce! Ia sair e fazer cenas com amigos, não? Que ideia tão idiota.

Pois parece que isto está a acontecer. Há uns dias mandei a boca à minha senhora que íamos ver a nonalogia durante o fim-de-semana de Ano Novo. Ela barafustou sempre com a ideia. Tornou-se uma piada recorrente. Bem, quão «recorrente» consegue ser algo durante uma semana? Assumi que o assunto estava encerrado. Hoje chega-me a casa toda cheia de pressa, que queria ver a trilogia original ainda hoje.

OK. Não vou dizer que não a isto, ?

Começamos a nossa viagem a meio. É onde está a virtude. E é onde tudo comecou. Este Star Wars (título original) já deu azo a milhentas teses, spin-offs, adaptações, sequelas e prequelas, spoofs, séries, livros, páginas de Internet, jogos, BDs... Sei lá. Tudo. Trinta por uma linha. Star Wars mudou a forma como vemos ficção científica. A forma como nos vendem filmes e merchandising. E, apesar deste lado comercial negativo, é algo que continua a dar-me um gozo desgraçado de ver.

Venha o seguinte.

domingo, abril 11, 2021

MASH


Voltamos aos clássicos, revisitando o filme que deu origem a uma série muito popular.

Um conjunto de miúdos médicos (embora com bigodes fartos) brincam às guerras e tentam sobreviver a um ambiente terrível, pregando partidas, tendo sexo com as enfermeiras, bebendo, fumando «cenas» e jogando a ocasional partida de futebol americano (a dinheiro).

Não admira que tantos tenham saído traumatizados da guerra na Coreia.

Vamos lá ver se tenho paciência para «despachar» a série. Não é certo, mesmo sendo uma referência. É uma coisa muito datada, não só pelos vários momentos sexistas, mas também porque não é algo que se faça hoje em dia. Não tenho ideia, pelo menos. Falo de séries a brincar com a guerra, como os Allo Allo's desta vida. Entretanto o assunto passou a ser bastante sério e já não haverá o mesmo espaço para humor.

terça-feira, março 30, 2021

The Strongest Man in the World


Afinal isto é o terceiro episódio duma série muito peculiar, que terá sido a alegria de vários jovens nos anos 70. Desde que tivessem acesso a determinadas substâncias para fazer rir, claro.

O primeiro foi um computador que deu inteligência ao Russell. O segundo parece que tem uma fórmula para invisibilidade. Neste terceiro, a mesma pandilha de «cientistas» universitários inventa o doping, permitindo a Russell tornar-se «o homem mais forte do mundo».

É curioso. Apesar de Russell estar sempre no centro das atenções, nunca parece ser o actor principal. Nos dois «episódios» que vi (o da invisibilidade não está no Disney+), Russell aparece apenas no início e no fim dos filmes. Pelo meio dão-se uma data de tropelias com os actores que seriam bem mais famosos que o jovem Russell, na altura.

A outra curiosidade é que os actores mais velhotes têm um estilo muito próprio de representação, semelhante a um estado evoluído de embriaguez. Pena que este estilo tenha deixado de ser moda. Para eles, acima de tudo.

terça-feira, fevereiro 16, 2021

Silver Streak


Não sei bem que pensar. Não é uma clássica comédia com Wilder e Pryor. É mais um thriller, com uma parte despropositada de romance.

Para além de que:
- Como forma de preliminares, Wilder tem uma longa conversa sobre jardinagem com a moça que conheceu no comboio, procurando ser sensual. Isto porque é editor e trabalha muito nesta área, mas...
- ... Wilder mata uma data de gente neste filme. Sem mostrar remorsos ou sequer transtorno. Conheci alguns editores na vida e posso dizer que quase nenhum seria capaz de homicídio sem qualquer contemplação sobre o acto. Quase.
- Pryor aparece no filme uma hora depois de demasiadas partes secantes num comboio onde Wilder tem dificuldades em manter-se, sendo expulso ou saltando borda fora três ou quatro vezes, só para voltar sempre... porque está apaixonado.
- São quase duas horas de filme e Pryor aparece apenas em cerca de 30 minutos. Ajuda Wilder e tornam-se buddies por causa de... motivos!?
- E a pior cena de todas: Wilder a certa altura usa black face, para evitar ser apanhado pela polícia.

Espero que os próximos melhorem. Este deixou apenas um sabor amargo na boca.

terça-feira, junho 25, 2019

High Anxiety


Recuemos 40 anos, para uma época um pouco mais simples... ou não. OK, não havia telemóveis e o stress dos dias de hoje, mas eram os anos 70. Revoluções, música a evoluir, guerras protestadas, mulheres a queimar adereços de roupa... Havia muita coisa a acontecer. Pelo meio, Mel Brooks tentava fazer comédia. E conseguia, o marialva. Nunca nada muito profundo. Regra geral era sempre a brincar com algo que já existia.

No caso, High Anxiety é uma miscelânea de cenas do Hitchcock. Pergunto-me se o famoso realizador terá chegado a ver este filme. Não viveu muito mais depois do lançamento desta película, mas ainda terá tido tempo para o fazer. E se viu, será que gostou? A cena do Psycho não está muito má. Até está bastante assustadora. A voz do agora conhecido realizador é particularmente aguda e aterrorizante.

quinta-feira, agosto 11, 2016

Taxi Driver


Suck on this! é uma bela frase, mas a parte que surpreende mais é De Niro a dizer que tem 26 anos.

Não me lembrava do final. É um daqueles filmes que nunca vi do princípio ao fim. Daquilo que tinha ainda presente, não esperava um fim tão perfeitinho,  tão «feliz».

domingo, agosto 30, 2015

Star Wars: Episode IV - A New Hope


Que coisa bonita de se voltar a ver.

Uma grande vantagem de ter o pior actor do mundo nos outros três, é que ao ver estes, Hamill até parece bom.

E ver Han.
E ver Leia.
E ver o Chewie.
E ver a Falcon.
E ver a Death Star...

That's no moon.

sábado, junho 27, 2015

The Man Who Would Be King


Não tendo nada de novo assim muito interessante para ver, nada como começar o dia com clássicos.

Resta apenas dizer:
- que elenco de sonho
- invejo os pelos faciais do verdadeiro Bond
- as mulheres lixam sempre tudo
- e, finalmente, é sempre de respeitar o homem que prefere ser rei no meio de lado nenhum, do que um qualquer no centro do mundo

domingo, novembro 25, 2012

Interiors

IMDb

Procurei novamente a companhia do cavalheiro Allen para dar-me algum alento para mais uma semana que começa. Confesso que não era bem disto que precisava. Mais que não seja porque Allen nem aparece. As honras de anfitrãs vão para as hábeis três (na altura) jovens moçoilas. Apenas uma delas chega a atingir a verdadeira fama depois disto, mas nenhuma merecendo tal distinção menos que as outras. Ok, talvez a mais nova. Aparece menos. Não deixa de ser um bom filme. Aliás, é de ignorar o comentário anterior. É um bom filme. Eu nunca namoraria com qualquer uma das mulheres aqui participantes. Muito menos casaria. Isso então seria impensável. Mas eu sou um ser estranho e esquisito. Pouco dado a pretensões, vá. Estranho na mesma.

Love and Death

IMDb

- Boris, you're a coward.
- Yes, but a militant coward.


Acho que não é preciso um curso para saber qual das falas é de Allen. Este personagem medroso é épico e faz parte do meu imaginário cinematográfico. Será impossível ser-lhe indiferente. E aqui Allen está brilhante. Está sempre brilhante porque todo ele é um personagem brilhante, bem sei. Em Love and Death brinca com filosofia e com tudo o que é russo, de certa forma. E isso faz com que apaixone-me por ele da forma mais gay possível: apaixono-me pela sua mente.

The key here, I think, is to not think of death as an end, but think of it more as a very effective way of cutting down on your expenses. Regarding love... It's not the quantity of your sexual relations that count. It's the quality. On the other hand, if the quantity drops below once every eight months, I would definitely look into it.

sábado, novembro 24, 2012

Sleeper

IMDb

The brain? That's my second favorite organ.

Pena que Allen tenha largado esta coisa do futuro. Tê-lo num futuro em que há máquinas para sexo (claro), a explicar como era o passado, é bom demais. Giro também começar a ver os genéricos padrão, apenas com os nomes e uma musiqueta. Por outro lado é estranho perceber o quão gira era a Diane Keaton.

Tenho que ir apanhar uma molha. Não há tempo para mais.

sábado, novembro 17, 2012

Superman

IMDb

É quase perfeito. O Christopher Reeve não sabe representar, mas tem o aspecto de Superhomem e de Clark Kent. A Lois Lane é um pouco horrível (a actriz, entenda-se). Nunca percebi a pancada, mas respeito. A pandilha do Lex e companhia é demasiado ridícula, mas não interessa. Tudo acaba por funcionar bem, com aquela dose de fantasia suficiente para não nos fazer desacreditar na história. Sim, é estapafúrdio um extra-terrestre na terra que consiga voar, tenha mais uma data de poderes e seja todo bonzinho. Não interessa. É possível dar o desconto aqui. Até ao final. O final é tão mau. Até em miúdo achei estranho. Andar à volta da terra a uma velocidade suficiente que a faça rodar ao contrário? Pior ainda: que esta mudança de rotação faça o tempo andar para trás, mas só em algumas coisas? Mau demais para ser verdade. Permite-se, porque tudo o resto está bastante bom, só que... Fica aquele amargo pequeno na boca.

Claro que tudo é esquecido só de ouvir a música. É incrível. Está ao nível das melhores de sempre. É impossível ouvir e ficar indiferente. Para além de que fica na cabeça. Esta música faz-te acreditar em tudo.

sexta-feira, novembro 16, 2012

Bananas

IMDb

De Bananas já tinha visto um pouco. Ocorreu há muito tempo atrás, numa galáxia distante (parece), na casa do costume do amigo de sempre. Não deu para ver tudo. Era tarde. Era interrompido constantemente. Havia uma festa a seguir. Íamos sair. Não sei. Terá sido por um destes motivos. Neste filme, Allen dedica-se a uma outra das suas temáticas preferidas: sexo. Sempre com a desculpa da procura do amor... mas tendo por base o interesse em sexo. O que é de respeitar, não quero ser mal interpretado. Começa a notar-se o humor seco e sério de Allen, embora desvie ainda muito para o humor goofy, a roçar o spoof. Felizmente sabemos que vai ser aprimorado, limado, melhorado, exagerado e mais uns quantos ados e afins.

Atingi o mesmo número de posts do ano passado. O objectivo não era esse. Não é sequer chegar aos números do melhor ano até agora. O ojectivo é ir mais além. Vamos a isso. Já falta pouco.

sábado, setembro 08, 2012

Deliverance

IMDb

Num exemplo de masculinidade e testosterona (em especial o cabelo do Burt Reynolds), quatro homens decidem descer o rio em jangadas. À boa maneira americana, a coisa envolve rednecks e, quando assim é, nunca nada poderá correr bem. Os quatro (mais ou menos) amigos acabam por meter-se em apuros no meio de lado nenhum. Sem ninguém à volta, terão que tomar decisões complicadas, se quiserem sobreviver.

É sempre fixe ver filmes dos anos 70. Dá para ser confrontado com escolhas estranhas de planos, como todo um discurso de Reynolds em que tem umas folhas de árvore a tapar-lhe parte da cara. Já não se vê uma coisa destas, hoje em dia. Com pena.

domingo, agosto 12, 2012

Moonraker

IMDb

Bond:
Roger Moore, ainda ele.

Sinopse:
Uma nave espacial das nossas, daquelas que existem (mais ou menos) é roubada. Bond é chamado a investigar. O culpado é Drax, mais um génio que quer governar o mundo à sua maneira. Já que o planeta em si está demasiado «poluído» com gente menos apelativa, Drax leva os mais bonitos para os espaço, para criar o seu povo de gente bonita... enquanto tenta matar toda a gente que ficou para trás.

Vilão/Capangas:
Drax é um moço ambicioso, mas o meu olho vai sempre para Jaws, que aqui encontra o amor da sua vida, uma loirita pequenina, e torna-se bom. Que bonito.

Bond Girls:
Para além de toda uma estação espacial cheia de moças bonitas, em Moonraker aparece finalmente uma mulher com personalidade forte, uma carreira e muito inteligente... com quem Bond tem sexo no espaço.

Gadgets:
Estação espacial. Laseres vários, de todos os formatos e feitios. Uma batalha espacial à base do laser. E um relógio com dardos mortíferos.

Cena Bond:
Mais do que a batalha surreal em si, ou o Bond ter destruído a última das navezitas que iria matar a povoação na terra com um laser disparado manualmente, num tiro completamente impossível, acho que a maior «cena Bond» ainda foi a sua sessão de sexo ser mostrada a toda a gente por vídeo-conferência, incluindo raínha de Inglaterra e presidente dos EUA, com o Q a dizer «I believe he's attempting re-entry.» Clássico.

sábado, agosto 11, 2012

The Spy Who Loved Me

IMDb

Bond:
Roger Moore, cada vez com mais dificuldades.

Sinopse:
Num tipo de enredo completamente original (acho que nem para a altura) um louco com demasiado tempo e dinheiro quer pôr os americanos e os russo em guerra, criando assim um novo mundo, um pouco a dar para o destruído. Bond tem que unir forças com a agente principal da Rússia, a agente XXX. E não é o Vin Diesel. Também fiquei desiludido.

Vilão/Capangas:
O vilão não apresenta nada de novo, mas o capanga... Este sim. Um dos marcantes. Um dos originais. Um capanga que define como um capanga deve ser: Jaws, um brutamontes com dentes de aço, que resiste a tudo e mais alguma coisa. Muito bom.

Bond Girls:
O truque de ir buscar modelitos para fazer maus papéis e más representações mantém-se. No entanto, quero deixar aqui uma nota de apreço pelos vilões. Meter estas moças em trajes menores, depois de as capturar, é algo de génio. Lá está, evil geniuses. Já o anterior fez o mesmo. E a moça aqui fica muito bem toda molhada, com umas calças justas e um top tipo biquini. Muito russo, vá. Seria esse o objectivo, certamente.

Gadgets:
Não há plural. Até podem ter aparecido outras coisas, ou até podia referir como o Bond desactivou uma bomba nuclear. Nada disso. Há um senhor gadjet neste filme e é nada mais, nada menos, que um carro que anda debaixo de água. É espectacular. O carro nem é muito bonito, mas lembro-me perfeitamente de ter um com que brincava quando miúdo. Aliás, tenho que ver se o encontro. O meu não lançava misséis e fazia cenas, mas também era fixe.

Cena Bond:
É um carro...
...que anda...
...debaixo de água!
Qual é a parte que não se percebeu que é a cena mais incrível de todos os tempos?

The Man with the Golden Gun

IMDb

Bond:
Roger Moore regressa mais britânico e mais lento, que a idade pesa.

Sinopse:
Bond mede forças com Scaramanga, o homem que dá nome ao filme. Sim, tem uma pistola de ouro, mas vamos não confundir com a fixação do outro. É um assassino profissional que cobra um milhão por trabalho. E o seu próximo alvo é Bond... mais ou menos. Não contentes com apenas este enredo, tiveram que meter toda uma confusão de tecnologia de energia solar.

Vilão/Capangas:
Scaramanga é fixe, por muito que a sua grande característica seja ter um mamilo extra. E o seu capanguita, o anão da Ilha do Paraíso, tem toda a piada que só um anão pode ter.

Bond Girls:
Uma modelo sueca namorada do Scaramanga, que arranja maneira do Bond a salvar. Uma agente algo irritante mas que fica muito bem de biquini, com um óptimo nome: Goodnight. E uma moça que aparece pouco tempo chamada Chew Mee.

Gadgets:
Nada muito especial. Apenas toda a tecnologia de recolha de energia solar que pouco sentido faz, imbutida na mansão do vilão, em plena ilha no meio de lado nenhum. Um milhão ainda comprava muita coisa naquela altura.

Cena Bond:
Em termos de quarteis-generais, temos a ilha do vilão, mas ainda temos o sítio onde os bons da fita reuniam. Nada mais nada menos que dentro dum barco tombado ao largo de Macau. Sim, o barco estava todo arranjadinho por dentro, só que tombado. Mesmo assim, mesmo sendo digno de registo, estas obras arquitectónicas nem são a «cena Bond» deste filme. Em TMwtGG decorre A cena Bond para mim. A primeira que me lembro. A que marca. A que fez-me pensar em ter esta secção nos posts. Bond persegue de carro o vilão e, a certa altura, ficam cada um de cada lado dum rio. Com uma ponte decente longe, Bond iria certamente deixar o vilão escapar, ainda por cima com Goodnight. Qual a solução? Bem, há um troço duma ponte do seu lado, meio inclinada. E há um troço da mesma ponte do outro lado, também inclinada. Terá sido destruída por uma qualquer intempérie. Bond acelera o carro e salta a ponte, fazendo uma volta sobre si mesmo e aterrando do outro lado, seguindo o movimento. Será esta a minha «cena Bond» preferida, a que criou toda a mística da série de filmes.

sexta-feira, agosto 10, 2012

Live and Let Die

IMDb

Bond:
Roger Moore inicia aqui a sua carreira enquanto Bond e confesso que não sei muito bem que pensar. Que é melhor que o primeiro substituto não há dúvida. E que tem pinta também não. Só que é demasiado britânico, demasiado rectilíneo, se é que faz sentido. E não sabe lutar nem que lhe apontem uma arma à cabeça, o que cortou um pouco o efeito desse tipo de cenas. No geral, positivo, mas mesmo assim longe do original.

Sinopse:
Após a morte de alguns dignatários britânicos, Bond é enviado para capturar um barão da droga com um sistema muito elaborado de tráfico, entre Harlem, New Orleans e algures nas Caraíbas, não necessariamente neste sentido. Para além de estar (mal) mascarado/disfarçado, faz-se rodear de personagens algo peculiares e pouco comuns, como uma mulher que lê de cartas de Tarot, que perderá os poderes ao mesmo tempo que perder a virgindade. Enter James Bond...

Vilão/Capangas:
Um capanga com um gancho de metal no lugar da mão. Uma data de cavalheiros de ascendência africana muito esterotipados, à anos 70. Temos desde pessoal envolvido em vudu, passando por gandulos de Harlem e sulistas de New Orleans, tudo acompanhado de racistas branquelas do sul também. Uma boa pandilha, no fundo.

Bond Girls:
Solitaire, a tal que lê cartas, interpretada por Doctor Quinn, Medicine Woman. Muito vestidinho singelo, porque está calor. Muito decote. Demasiada maquilhagem. Também uma outra moça agente da CIA, muito atraente mas péssima actriz e péssima personagem. Mais outra ao início que só serviu para decorar. Segundo consta, estas eram as partes mais complicadas para Moore.

Gadgets:
Uma «bomba» que explode os ouvidos duma pessoa pelos fios de auscultadores, matando-a. Um relógio íman que Bond usa para abrir o fecho dum vestido, entre outras coisas. Um telefone num táxi (recordo que isto é dos anos 70). E um espelho retrovisor, do lado direito do carro, que dispara umas coisas silenciosas com o potencial de matar um condutor de outro carro. Incrível.

Cena Bond:
Numa maneira elaborada de matar o Bond, à lá Bond, os capangas metem-no numa ilhota pequena completamente rodeado de jacarés e crocodilos. E vão-se embora, claro. Bond lá distrai os bichos com uns chamarizes e salta por cima de um atrás do outro, até chegar à margem onde está seguro. Nem um pingo se vê no fato.

quinta-feira, agosto 09, 2012

Diamonds Are Forever

IMDb

Bond:
Sean Connery, qual regresso do herói.

Sinopse:
Bond começa o filme a matar o Blofeld... só que afinal o caramelo continua vivo. Bond segue uma pista duns diamantes contrabandeados, desde Amesterdão até aos EUA. Lá descobre Blofeld, ou dois deles, aliás. O plano do vilão passa por chantagear o mundo (mais uma vez) com a ameaça de o destruir com umas bombas nucleares e cenas com a China, etc. Isto enquanto se faz passar por um gajo chamado Whyte, vivendo num edifício/casino chamado Whyte House, em Vegas. Não é muito importante a história, parece-me.

Vilão/Capangas:
Blofeld volta e começo a ficar um pouco farto. Mais que não seja, porque o actor muda de filme para filme e este era um pouco miserável. Salva ter dois capangas assassinos com maneiras muito caricatas de matar as pessoas (todos os envolvidos com os diamantes, entenda-se), tendo ainda um sentido de humor muito mordaz.

Bond Girls:
Meh. Apareceu durante uns minutos a Plenty em Vegas e houve mais uma parelha de capangas, neste caso acrobatas, que arrearam forte no Bond... e não foi no sentido do costume.

Gadgets:
Uma máquina que alterava a voz. Umas pistolas de ganchos. Mais uma ou outra coisita. Mais vale isto que não ter gadgets, mas não fiquei impressionado.

Cena Bond:
Uma óptima perseguição (noto um padrão) com... Não eram moto-quatro, eram «moto-três». E o Bond liderava as hostes numa réplica da nave que aterrou na Lua. Seguiu-se outra óptima perseguição, esta de carros, em que Bond escapuliu a mais de meia de dúzia de carros de polícia num parque de estacionamento. É bom ter o verdadeiro Bond de volta.