sábado, setembro 30, 2017

Big Bear


Chiça! Esta tarde foi uma sucessão de más escolhas. O primeiro ainda foi OK, agora este e o anterior...

Mas tinha de ver. Tem gente de que gosto e que acho piada. A premissa não era má. Podia ser que desse em alguma coisa de jeito. Acabou por ser apenas um grupo de amigos a juntar-se numa casa, no meio do bosque, a beber copos e a fazer tontices.

Atenção que refiro-me tanto à história, como à vida real.

The Little Hours


Publicidade enganosa.

Little Hours dá ar de ser uma coisa, e tenta ser outra qualquer. Algo que não sei bem. Cataloguei como romance, mas só porque não é uma comédia. Não sei onde colocar isto, se não na lista de filmes que não deveria ter visto. Só terminei porque estava distraído Em situação normal não teria chegado ao fim.

Se é para ver histórias de luxúria entre freiras, há outras coisas mais interessantes por aí.

The House


Numa sala apenas está enfiado uma data de talento. A lista perde-se de vista. Junta-se-lhe uma premissa tola e está tudo feito para termos uma comédia para ver, aninhados no sofá.

Não se pode dizer que The House seja um portento de qualidade. Serve o seu propósito e bem, com uma data de tontices empilhada em gente que já deu muito ao mundo. OK, que deu-me muito a mim. Poehler, por exemplo, já me fez rir uma data de vezes. E será sempre com gosto que a vejo.

The Accountant


Meter Affleck a fazer de ser robótico é ironia ao seu mais alto nível. Ou muitas críticas ao rapaz não passem precisamente pelo curto alcance representativo que tem. Posto isto, está perfeito para o papel. Ele é uma seca, logo faz bem de contabilista. Anda inchado como tudo, graças ao treino para ser o Batman, logo também funciona o lado de máquina militar mortal. Mas, acima de tudo, é o vazio no olhar dele que ganha a coisa.

Kendrick está muito desaproveitada aqui, fazendo ainda alguma confusão a diferença de idades entre ela e Affleck. Aquela relação entre os dois é para lá de esquisita.

Accountant baseava-se numa premissa difícil de engolir: como pode um contabilista ser um assassino? Mas vai para além disso. Tem alguns bons twists e a narrativa, o desenrolar de acontecimentos é bastante bom. Bom filme... para quem não odeia Affleck, claro está.

quarta-feira, setembro 27, 2017

The Edge of Seventeen


Estava algo entusiasmado para ver este filme. Gosto de adultos a «falar» através de filmes de adolescentes. Uma data de diálogos e falas demasiado inteligentes para mui hormonais comuns adolescentes, num cenário simples e inocente, quando tudo era muito mais complicado, apesar de não ser nada de especial.

Edge tem humor e sapiência. Esta última parte até a mais. É um filme muito de Hollywood de há uns anos, com toda a gente para lá de bonita e tudo perfeitinho, desprovido da mais pequena partícula de pó. Irrita um pouco toda esta perfeição, mas a história é doce e há personagens que vale a pena conhecer.

domingo, setembro 17, 2017

The Layover


Há quatro razões para ver este filme.

1. O Willam H. Macy é o maior. Claro que vou ver algo realizado por ele.
2. A Daddario é uma moça nova, com talento, bastante engraçada e com grande fairplay para fazer tontices.
3. Havia muita curiosidade para ver se Upton conseguiria dar o salto de modelo para representação, por muito que seja algo simples, como Layover.
4. Não há muitas comédias a serem feitas. Ainda menos com um mínimo de qualidade. E é bom ver protagonismo a ser dado a mulheres, na comédia.

Aposto que não pensavam que eram estas as razões.

American Honey


É um Kids, em versão moderna e On the Road. O Shia já não tem idade para andar de roda destas crianças, mas como tem estrelato e não há muitos outros que o queiram de roda dele...

Revirei os olhos ao começar e perceber que tinha duas horas e quarenta minutos. Mas não se passaram mal, tenho a admitir.

terça-feira, setembro 12, 2017

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children


O Tim Burton tem direito a mais quantas tentativas?

É que isto é bastante horrível. É uma espécie de Mary Poppins, misturado com X-Men, à la Burton. Houve demasiados momentos em que distraí-me a fazer outras coisas. Parei umas quantas vezes para isto ou aquilo. E não senti que estivesse a perder nada. A história é miserável. A Eva Green precisa de lavar os dentes. Os miúdos são uma seca. Não há grande diferença entre magia e realidade. E porque haveria eu de querer ver novamente a história do Harry Potter, mas desta vez para peculiares - mutantes, coff coff - em vez de magos.

Isto foi caro. Para além de ter um nome estúpido e demasiado comprido (Lemony Snicket?), foi caro. Porque não se pagou. Longe disso. Nada é caro quando dá dinheiro. Não foi o caso. Deu claramente prejuízo.

E daí que volte a perguntar: vão continuar a deixá-lo reutilizar uma datas doutras coisas e acrescentar-lhe o seu toque? Porque é só o que tem feito. Isto vai acontecer muitas mais vezes? Vai continuar a esforçar-se para falir o estúdio?

Só para saber. Um amigo perguntou-me há dias.

segunda-feira, setembro 11, 2017

Deepwater Horizon


Tenho algum fascínio pela ideia de trabalhar numa estação petrolífera. Não pelo negócio em si, claro. Apenas pela mecânica de trabalho. X tempo lá, X tempo em casa. Tendem a ser processos de 6 meses. OK, são 6 meses a trabalhar, mas depois são 6 meses em casa. Ignorando os riscos e a continuidade do trabalho, estamos a falar de 6 meses de férias, para todo os efeitos. Sim, será uma vida dura, sem dúvida. Mas 6(!) meses sem ter de fazer nada. No meu entender é apelativo. Ou era, depois de ver Deepwater Horizon, a história do maior acidente numa estação, nos EUA.

Aquilo foi horrível.

domingo, setembro 10, 2017

I Saw the Light


Vi por respeito ao Hiddleston e pelo absoluto e público fascínio que tenho pela Elizabeth Olsen. Mas isto é muito fraquinho.

Não é diferente dos milhentos outros filmes biográficos por aí feitos. Faz check a todos os lugares comuns: problemas com álcool e drogas; várias mulheres; filhos legítimos e ilegítimos; um patrão duro, que o obriga a fazer coisas em condição física debilitada; um problema físico, piorado muito pela vida na estrada; um conjunto de «amigos» que se mantêm perto dele, mas que não conseguem ajudar com os problemas (nem tentam muito, em boa verdade); armas e tiros; problemas familiares (mãe controladora E pai ausente); obrigações contratuais; más decisões a torto e direito; querer viver uma vida simples após «demasiada» vida de estrela... check, check, check... Mil vezes check.

É igual aos outros porque funciona. Já não funciona porque viu-se demasiadas vezes.

Tenho pena que algumas vidas/histórias não possam ser contadas. Mereciam, estou certo. Mas até vir alguém que consiga contar a coisa doutra maneira, não vale a pena continuar a fazer filmes destes. I Saw the Light foi um flop comercial de proporções épicas. E qualquer um que venha nos mesmos moldes será também.

sábado, setembro 09, 2017

Hell or High Water


Os texanos são tramados. E pitorescos. É uma combinação que aprecio. Porque por um lado elegeram o Bush. Por outro, são super hospitaleiros.

Aqui, no filme, são os primeiros a ir para a porta dum banco disparar aos ladrões, mesmo antes da polícia. Mas se há uma empregada de mesa mais velha, mau feitio, que os mete no sítio à bruta, comem e calam. Seria indelicado responder a uma mulher, até porque têm medo delas. São texanas também, afinal.

Já medo de andar aos tiros, isso não há texano que tenha. É um direito deles, até.

Que povo incrível.

Pete's Dragon


Não é assim uma coisa brilhante. Em demasiados momentos lembra mais o Mowgli, ou um qualquer filme com cães. Convenhamos que este «dragão» é mais labrador, que bicho alado que cospe fogo.

Para além de que tem demasiadas partes da história que estão coladas de forma ténue. E os miúdos têm uma carreira brilhante à frente deles... a fazer outra coisa qualquer que não representação. Mas uma coisa é certa, é mais filme de miúdos que o anterior aqui visto.

Kubo and the Two Strings


Grande, grande começo, daqueles que agarra na primeira frase. Mais, até são instruções de como ver o filme.

A partir daí torna-se fácil ver... Apesar de ser uma história de família particularmente violenta. Traição, morte, duas facções em guerra, desmembramentos, fratricídio, tortura, amnésias provocadas...

Isto não é para miúdos, certo? É um filme bem giro, atenção, mas será giro para toda a gente?

Ou estarei a ser demasiado fechado?

quarta-feira, setembro 06, 2017

Sully


Vamos lá ver se consigo explicar a complexidade desta história. Portanto, Sully é sobre um avião que levanta voo, é «atacado» por um bando de pássaros, fica sem motores e é forçado a amarar no rio Hudson. É isto. Atenção, é um feito extraordinário dum piloto que manteve a calma e tomou uma decisão impossível. Ele consegue algo que nunca aconteceu e provavelmente nunca voltará a acontecer. Toda a gente sobreviveu a algo no qual poucos sobrevivem.

Mas isto dá um filme?

Será por certo o mais curto de Eastwood. Sim, o Sully merece todos os louros que lhe possam dar. Já um filme...

É que foram 90 e poucos minutos de repetições de vários ângulos. Ao minuto 39 estavam a repetir muitas das falas dos momentos anteriores.

Epá, se calhar fazia-se outra coisa, não?

terça-feira, setembro 05, 2017

Little Men


O Greg Kinnear nunca engana neste tipo de papéis. Cavalheiro calmo, a lidar com agruras como pode. Nada de mais. Tudo coisas normais duma vida comum. Mas que moem, independentemente de terminarem ou não vidas. E ele lá vai fazendo as suas coisas, tratando das suas questões, sempre entre as gotas da chuva. Nunca é uma coisa que deslumbra, mas tem algum encanto. O homem é bom, é o que quero dizer. Em Little Men é acompanhado duma Jennifer Ehle que também está sempre muito bem. E em Paulina García encontramos uma belíssima surpresa, com uma personagem que tinha reacções talvez até irracionais, qual animado ameaçado, que mostra demasiado os dentes.

Mas as estrelas não são os crescidos. Tudo acaba por girar à volta dos miúdos. Nós, enquanto adultos, reconhecemos o momento pelo qual vão passar. Aquele que marca. Aquele momento que lhes parte o coração e os faz crescer. O momento que ninguém gostaria de ter passado, mas que acaba por acontecer a todos nós, mais tarde ou mais cedo. É uma sensação peculiar, de estar fascinado por ver algo assim acontecer, mas ter pena e não querer que aconteça.

Little Men foi engraçado de se ver.

domingo, setembro 03, 2017

Little Evil


Adam Scott não estranhou tudo ter avançado tão depressa com a Evangeline Lilly. É normal. É a Evangeline Lilly. Nenhum homem normal prestaria atenção aos detalhes do que se passa à volta. Em pouco menos dum mês Scott casou-se e mudou para casa da nova esposa. Independentemente do casamento ter-se parecido com um cataclismo tirado da Bíblia. Daqueles lixados à nascença, tipo fim do mundo. Não foi uma daquelas pestes simples, foi mais tipo para o fim.

Agora, na nova casa, começam a surgir os problemas. Ou melhor, um problema: o enteado. Scott tenta ver o melhor no miúdo, até à última, mas as provas começam a acumular-se e há a possibilidade do enteado ser filho do Diabo. Acontece a muitos padrastos por aí. A diferença é que Scott tem razão.

Não, ainda não é desta que a Netflix acertou nos filmes. Little Evil é girito por ter o elenco que tem, mas não deixa de ser uma brincadeira tola. Não passa disso.

Captain Fantastic


Uma visão interessante... Não, espera. O Viggo não gosta que se use essa palavra.

Viggo e a mulher criaram uma comuna com os filhos. Dão-lhes a melhor educação possível, a léguas do que poderiam aprender no sistema público, para além dum intenso regime físico. Digno de qualquer atleta olímpico. Claro que esta maneira de fazer as coisas, fora do convencional da sociedade, não é bem visto por ninguém. Coitados dos miúdos acabam por ser seres estranhos, aos olhos dos demais. Vendo as coisas por dentro, sabendo o que fazem, a única coisa criticável é a parte social. Por muito que metas os miúdos concentrados nas suas leituras, pouco aprenderão se não interagirem com outros da sua idade. Em especial a questão sexual. A partir de certa idade, se as únicas mulheres que um jovem adolescente vê são as irmãs, vai afectar-lhe o cérebro. Idem para as raparigas.

Felizmente - e uso a palavra num sentido bem lato - a morte da esposa acaba por abrir os olhos de Viggo às demais necessidades dos filhos. Não tanto a nível sexual. Isso é só o meu ser reprimido a projectar. Mas das necessidades sociais e de interacção, importantes para qualquer jovem em crescimento.

Não deixo de sentir alguma inveja. Estes miúdos não sabem o que é o Facebook, por exemplo. E ainda bem para eles.

Nerve


Quando vi o trailer confesso que achei piada ao conceito. O filme tem um bom começo. O problema - como é com tudo - é o final. Não que houvesse grandes alternativas, mas o final é demasiado caustico, sem grande aparente necessidade. OK, e a sobrinha Roberts. Falta-lhe o carisma da tia, suponho.

Yoga Hosers


O que um pai é obrigado a fazer.

Se uma filha tem aspirações a ser actriz... ou, neste caso, «actriz», e se, porventura, o pai tem acesso a câmaras e actores, então o pobre homem será forçado a fazer um filme banal e ridículo. Ele e os outros pais. Pois sim, até a Paradis aparece. Pré-traição e sova, presumo.

Para que não seja uma coisa só de cortar na casaca, admito que achei piada à filha Smith dizer a célebre frase, do filme que tornou o pai famoso. E não, não falo do «37?!»

sábado, setembro 02, 2017

Café Society


Eisenberg está entediado em Nova Iorque. Normal. É uma cidade onde pouco se passa. Decide ir para Hollywood, espevitar as coisas. Lá apaixona-se por Kristen Stewart...

Nooooope!

Limite traçado, ultrapassado. Acedo a qualquer tipo de ficção. Até pode envolver fadas, dragões, viagens ao espaço, ou ursos com antenas. O limite da ficção é alguém apaixonar-se pela Stewart, uma das mulheres mais sem sal do universo. A sério. Um calhau na lua tem mais sex appeal.

Mas OK. Em honra de Allen procurarei continuar.

A Eisenberg não foi dado o pior papel da história do cinema e o rapaz lá se safa da desenxabida. Ela escolhe outro... muito à sua maneira... Ele volta para Nova Iorque, onde acaba por casar-se com Blake Lively...

Não. Acabou. Não consigo mais. Nerd-mor com a mrs. Deadpool é só estúpido.