quarta-feira, outubro 31, 2012

Ruby Sparks

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Também poderia ser conhecido como «O Sonho Molhado de Qualquer Geek no Mundo». Atenção que não digo de todos os homens. Alguns por aí gostam de desafios e/ou não criar fantasias iguais à própria mãe. Passo a explicar.

Paul Dano é um escritor muito bem sucedido, mas completamente inadaptado. Refugia-se no seu mundo. Só que no seu mundo está sozinho. Como tal, decide criar alguém para fazer-lhe companhia. O que Dano não esperava é que a sua criação ganhasse vida. E não naquela forma literária de «ganhar vida no papel». Não, Zoe Kazan respira, come, corre, salta, beija e interage com outros seres humanos. E com o cão, vá. Dano descobriu a forma de criar a namorada perfeita. Até que a lua-de-mel termina. Dano vê-se assim «forçado» a remoldar a namorada, outrora perfeita. Escreve novas linhas de texto que transformam depressão em alegria extrema, negligência por afecto extremo, etc. Acima de tudo, faz com que não o abandone.

Parece que nem na ficção (vulgo fantasia) conseguimos ver relações saudáveis e estáveis. Que esperança há para o resto de nós comuns e reais, a três dimensões, humanos?

Your Sister's Sister

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Mark Duplass, o rei dos filmes «indie» desta segunda década, está ainda meio abalado pela morte do irmão, que ocorreu no ano anterior. A ex do irmão e melhor amiga dele conforta-o dentro dos possíveis. Vendo a coisa mal parada, manda-o para uma casa de família, no meio do campo. Lá, Duplass depara-se com a meia irmã da moça. Depara-se com ela semi despida pela casa, conversa com ela completamente vestida dentro da casa (na companhia de tequila) e depois dá por si em cima dela, novamente despida. Coisa breve, para ter durado quiçá perto de dois minutos, mas que foi o suficiente para complicar a vida a toda a gente. É que Duplass está apaixonada pela ex do irmão. A irmã saiu de uma relação lésbica de sete anos e quer uma criança. E afinal a ex do irmão está interessada em Duplass, por sua vez. Até aqui não acho que haja nada de profundamente extraordinário. O que me chocou nesta história foi a ilusão que a ex do irmão, estando interessada neste melhor amigo, teria intenções de que a relação evoluísse para mais. A este detalhe de pura ficção (diria mesmo fantasia), eu respondo: BAH!

Tal iniciativa nunca surge da moça. As mulheres sentem-se sempre demasiado confortáveis nesta coisa de ter amigos. Preferem, até. Não se vá estragar uma bela amizade, convenhamos.

terça-feira, outubro 30, 2012

Hearat Shulayim

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Coisas que devem saber sobre Hearat Shulayim:

1) A tradução é «nota de rodapé».
2) Refere-se ao único motivo pelo qual certo personagem é verdadeiramente conhecido, em termos académicos.
3) Foi por causa duma referência à sua pessoa numa nota de rodapé, num trabalho de alguém conhecido, seu mentor.
4) O filme é israelita.
5) É o menos pesado de todos os nomeados deste ano, na categoria de «Estrangeiro».
6) Não deixa de ter o seu drama.
7) É uma história de sacrifício de filho para pai... embora o pai não o mereça.
8) Está bem feito. Vê-se bem, mas não é nada de extraordinário.
9) Talvez necessitasse dum Holocausto, ou de pessoas deficientes, ou de abusos de menores. Algo assim mais para o «oscarizável».

segunda-feira, outubro 29, 2012

The Samaritan

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I had a partner. I killed him.

Samuel L. Jackson passou 25 anos na prisão pela morte do ex-parceiro. O filho da sua vítima recebe-o de braços abertos, com prendas e planos para o futuro. Envolve um golpe. Jackson era um grifter dos bons, até ser apanhado e obrigado a matar o ganancioso ex-parceiro. Por muito que tente esquivar-se e fazer uma casinha gostosa com uma jovem moçoila, o cavalheiro não tem como fugir às mãos nefastas do crime e envolve-se até não conseguir mais sair.

Até certo ponto The Samaritan tem piada. Perceber quem está a enganar quem e tudo mais. O final estraga tudo porque, como é habitual neste tipo de histórias, não há ninguém a safar-se com o dinheiro. Ok, há uma pessoa, mas não se pode dizer que mereça. Não é como se tivesse feito grande coisa. Ok, fez uma grande coisa, vá.

Monsieur Lazhar


Foi só isto? Dado que é um filme da categoria «Melhor Estrangeiro», esperava uma data de coisas que acabaram por não acontecer. Um argelino pede asilo no Canadá. Ao mesmo tempo, uma professora enforca-se numa sala de aula. O argelino, que já pairava pelo Canadá, vai a correr à escola candidatar-se ao lugar. (Gostei da iniciativa.) Falamos portanto dum homem desconhecido, que tem um passado sombrio, e que dá aulas com regras antigas. Cria uma relação especial com uma aluna (a preferida) e dá um calduço ao miúdo reguila.

Sim, esperava abuso de menores, violência física, talvez um rapto ou outro. Miúdos traumatizados para o resto da vida, no fundo. Coisas usuais nesta categoria. Afinal é só uma historieta simples e simpática, com um final tristonho mas não infeliz.

Jodaeiye Nader az Simin


Tenho que arranjar maneira de ter mais filmes disponíveis nos meus vários aparelhos. Agora só tenho aqui os filmes nomeados para Melhor Filme Estrangeiro dos Óscares deste ano. Começa a ser uma verdadeira depressão.

Este envolve uma decisão que acaba por não ser a melhor. A esposa quer sair do país. O marido quer ficar para tomar conta do pai doente. Acabam por ficar. Separam-se, mas ficam. A partir daí gera-se o caos. Tomaram claramente a decisão errada. Violência física. Tanto a homens como a mulheres. Quase mortes. Uma morte ainda em útero. Uma data de discussões. Tribunais e mais um par de botas. Embora não literalmente, para grande pena minha. Começo a fantasiar com um filme qualquer em que tudo fique de pernas para o ar e, a certa altura, surja um par de botas vindo de não sei onde. Entre isso e  ter um sistema de navegação (vulgo GPS) a dizer «Siga para... bingo.», já sei tudo o que quero pelo Natal.

Uma coisa é certa. É bom saber que algures no mundo o sistema judicial funciona rapidamente... mesmo que seja um sistema para lá de estranho e tendencioso. É que estas pessoas quase no próprio dia eram «atendidas» por um juiz. Qual será o tempo médio em Portugal? Meses? Um ano?

domingo, outubro 28, 2012

Rundskop


Um miúdo maluco da cabeça esmaga os tintins de outro miúdo com uma pedra. Paralelamente temos um «cavalheiro» muito violento metido em coisas ilegais de vacas drogadas. Escusado será dizer que as duas coisas estão ligadas, se bem que a história do presente fez-me pouco sentido. Não que esmagar tintins com pedras me faça sentido, atenção. O presente dá ar de que o rapaz sans huevos inchou-se com testosterona e outras substâncias, procurando vingança. Só que tal acaba por não acontecer. Nada acaba por acontecer, diga-se de passagem. Uma data de planos fechados. Uns movimentos esquisitos.  Umas cenas com a polícia, que apareceu do nada, quase desaparecendo de onde não veio. E pouco mais.

In Darkness


Regresso ao mundo uns tempos depois, só para entrar num buraco, para todos os efeitos.

In Darkness conta a história de um grupo de judeus que refugiou-se nos esgotos, numa terra na Polónia, nos tempos da segunda guerra mundial. Foram ajudados por um polaco. Primeiro ajudou por dinheiro. No fim já o fazia porque podia e devia.

É uma história pesada, como todas estas histórias são, mesmo tendo um final um bocadinho feliz. Depois de 14 meses enfiados naqueles esgotos, alguns conseguiram sobreviver, saindo no final da guerra.

domingo, outubro 21, 2012

Lola Versus

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Não confundir com a outra Lola. E não confundir isto com uma comédia comédia. Custa-me rotular assim, mas seria pior se colocasse comédia romântica, que também não é. Isto entra mesmo é na categoria de romance... mas tráfico.

Lola está prestes a casar, tudo é perfeito... e o noivo corta-se. Lola tem assim que lidar com novos parceiros sexuais, voltar e não voltar ao ex, sair com o melhor amigo dele, mudar novamente de casa, voltar a colocar a vida nos eixos. Parece mais ridículo do que é. Não tem nada de ridículo. É o lidar normal de qualquer pessoa a estas coisas, cometendo erros estúpidos porque não se tem a cabeça no lugar. É o saber lidar com esses erros estúpidos e seguir em frente. A parte de seguir em frente é muito importante.

Acho piada a esta miúda. Tem carisma. O filme... é engraçadito, vá.

Pusher

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Oh, Jeffrey!...

Este cavalheiro anda muito saído da casca. Não sei se gosto. Não sei se quero que se afaste das sua persona do Coupling. Acima de tudo não consigo vê-lo como leading man, apesar de estar claramente mais maduro, mais dono de si. Já não é aquele ser estranho com conhecimentos e teorias sobre sexo que deixavam toda a gente desconfortável. Esquisito, isto.

Pusher narra a história dum traficante pequeno que tenta fazer uns negócios, que acabam por correr muito mal. A moça que era para trazer-lhe droga de Amsterdão tarda em chegar. Um outro negócio que tinha preparado é interrompido pela polícia. Esses empatas. Tudo foi financiado pelo traficante maior. O Jeffrey agora tem que andar atrás do prejuízo, cravando dinheiro aqui e ali, roubando outro... fazendo pela vida, no fundo.

Olha filho, junta-te ao grupo.

The Campaign

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Porque é que o Zach Nome Impronunciável passa a vida a fazer papéis a dar-lhe para o amaricados? Porque é que o Will Ferrell passa a vida a fazer os mesmos papéis? E porque é que lhe acho piada depois destes anos todos? Ao Will, atenção. O Zach cada vez faz menos por mim.

Apesar da premissa com muito potencial, o filme não é assim tão engraçado. Bate em todas as teclas certas no que concerne ao ridículo da política americana, mas às tantas até tenta dar um bocadinho aqueles sermão que cómicos americanos às vezes tentam dar, quando querem ser levados a sério. The Campaign não é muito engraçado, mas uma cena em específico, a cena em câmara lenta... Essa cena é hilariante. «Será que ele vai dar? Será? Meu dEUS, vai mesmo. Não pode!» Demais.

A Fantastic Fear of Everything

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O Simon Pegg é um mariquinhas que tem medo de tudo e mais alguma coisa. Em sua defesa, terá alguns motivos para tanto. Se bem que maior parte das vezes é precisamente o seu medo excessivo que o mete em apuros. Pegg é um escritor que anda a fazer pesquisa sobre assassinos em série. Como tal, sabe demasiado sobre o assunto, o que o leva a ver assassinos em todo o lado. Começa mesmo a achar que toda a gente o quer matar. O que o leva a uma noite cheia de acidentes idiotas.

Apesar de A Fantastic Fear of Everything não ser uma comédia hilariante, acaba por ter uns toques narrativos interessantes. A construção e desenrolar da história estão bem feitos. Roça o ridículo demasiadas vezes, é certo. Tinha que ver, ou não fosse adepto do trabalho deste cavalheiro.

Jayne Mansfield's Car


Billy Bob Thornton é um dos irmãos numa família grande que inclui cromos como Kevin Bacon, o Terminator Líquido e o Robert Duvall como patriarca, ídolo dos filhos enquanto miúdos, mas um pouco odiado enquanto adultos. Queixam-se que o paizinho é distante e frio. Do outro lado do Atlântico a mãe, que os abandonou por outro homem há anos, morre. O funeral é na terra natal, apesar de tudo. E lá vêm uns britânicos bem diferentes dos sulistas americanos. Tudo se passa em 1969 e é tudo bastante moroso e enfadonho. Billy Bob realiza um filme que pouco interesse traz ao mundo, já que ainda por cima promete um momento qualquer mais épico (não comatoso, entenda-se) que acaba por nunca acontecer. Terá sido assim com a Jolie? Foi por causa desta falta de clímax que o abandonou?

sexta-feira, outubro 19, 2012

Nature Calls

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Estava a precisar disto. Uma noite de bola e um filme bem estúpido. A cena inicial dá logo o mote. Três homens crescidos dão a notícia a um miúdo, que o pai morreu. Desde não usarem uma expressão condigna de consolo, até oferecerem-lhe cigarros daqueles de açúcar, para miúdos. Não são cigarros a sério. Aliás, nem sabia que ainda faziam coisas destas. Quem é que no seu perfeito juízo se lembrou de fazer doces em forma de cigarros? Adiante. O filme é idiota. Por exemplo, ainda em relação à cena inicial. O pai do miúdo não tinha morrido. Os homens crescidos viram um óbito no jornal, do primo do pai do miúdo, confundiram-nos e decidiram chegar-se à frente com a informação, assim do nada. Idiotas. Sim. Lá está. A partir daí a coisa foi sempre em crescendo, culminando com o Johnny Knoxville atado a uma cruz, carregado por uma data de escuteiros.

Soube-me que nem ginjas.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Abraham Lincoln: Vampire Hunter

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Haverá alguma coisa que este cavalheiro não tenha feito? Aboliu a escravatura. Uniu o país. Ganhou uma guerra civil. Sacou a Ramona ao Alan Tudyk. Matou uma horda de vampiros quase sozinho. Com mais de 50 anos, atenção. Ok, sim, não soube ir ao teatro e não morrer. É a sua grande pecha. Tirando isso, é praticamente o ser humano mais incrível de sempre. E com um machado, ainda por cima. Mas nem tudo é perfeito em Abraham Lincoln: Vampire Hunter. Voltam a brincar com a ideia que prata tem algum efeito em vampiros. E depois os bichos da noite andam a correr e a saltar durante o dia, sem que alguma coisa lhes aconteça. Compreendo que ambas as opções fossem necessárias em prol da história. Não deixa de fazer um pouco de espécie. Tirando isso, AL: VH é tudo o que se esperaria que fosse.

Eu sabia que devia ter ido ver ao cinema.

domingo, outubro 14, 2012

Safety Not Guaranteed

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Sou super protector da Aubrey Plaza. Claro que é por causa da personagem no PnR. E nem é como se houvesse justificação para tal. Ela não deixa de ser forte, só porque tem aquele ar de miúda tonta. Eu gosto de miúdas tontas. Gosto do divertidas que são. Gosto de conhecê-las sem a máscara da piada tonta. Gosto de saber como são quando não têm que estar com ilusões, a dizerem o que se espera que digam, qual persona incarnada. E gosto especialmente que estejam à vontade comigo para o mostrarem. Voltando um pouco atrás, acho miúdas como a Aubrey incríveis e quero sempre que estejam com gajos que não sejam uns idiotas completos. Essa questão está mais que resolvida no PnR. É impossível arranjar melhor gajo que o Andy. Em Safety Not Garanteed não será bem assim... mas o rapaz até se portou bem no fim.

Aubrey é estagiária numa revista em Seattle. Mete-se na pesquisa para uma reportagem sobre um maluco que colocou um anúncio no jornal. O maluquinho procura um companheiro para viajar no tempo. Aubrey oferece-se para ajudar na pesquisa, acabando por envolver-se mais do que seria recomendável. Enquanto isso, os companheiros fazem as suas próprias viagens no tempo, com o chefe a procurar uma paixão de secundário e o coleguinha estagiário a sair da sua zona de conforto e a criar um tempo para o qual vai concerteza querer voltar.

Para o caso de não ter sido claro, este filme é giro.

To Rome with Love

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Woody Allen continua a tomar a Europa de assalto. (Alguém mais talentoso que eu faça uma piadinha com isto do assalto e o Nobel que ganhámos todos, por favor.) Não querendo reformar-se, mas não querendo ficar no mesmo sítio, Allen aproveita-se do seu estatuto e vai fazendo o que quer pelas principais capitais europeias. Podemos considerar que To Rome with Love será mais fraco que os anteriores, pois é um conjunto de histórias e não apenas uma, fechada. Continuo a achar que há muitos pormenores engraçados, tanto nos personagens como nas historietas. Mas isso também há sempre nos filmes deste homem. E já agora, estamos todos a pensar o mesmo, não? Será que virá cá? Duvido, embora achasse piada, claro.

Arbitrage

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Caso não queira, ou não tenha como fazer uma boa descrição deste filme, há problema se usar só uma data de frases feitas? «Quem tudo quer, tudo perde.» «O mundo pertence aos saláfrios.» «Quanto mais se tem, mais se quer.» Não, também não me parece suficiente.

Richard Gere faz, mais uma vez, o papel de gajo charmoso mas que se passa às vezes, se bem que cada vez mais «plástico». Aqui terá também uma costela de tuga, dada a sua enorme capacidade de desenrasque. É rico e bem sucedido. É o oráculo do seu bairro. Só que a última previsão não correu tão bem e agora precisa vender a empresa. Pelo meio mecessita ainda de não ser indiciado pela morte da amante. Não que a tenha morto, atenção. Não propositadamente. Levava-a para um sítio no campo. Adormeceu ao volante. Digamos que não correu bem. A partir daí, como a qualquer ricalhaço, vai-se safando de todos os problemas, seja de forma legal ou não.

sábado, outubro 13, 2012

Cosmopolis

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I noticed the toilet. It was the first thing I noticed when I walked in the room.

Com diálogos tão brilhantes como estes, acho estranho que tanta gente me tenha dito mal do filme. A princípio ainda pensei que algo se pudesse salvar, com uma possível realidade Matrix, mas com controlo. Ou seja, talvez estivessemos a falar dum futuro onde toda a gente estava ligada on-line num mundo virtual. Afinal não. É mesmo só a história dum gajo rico a andar pela cidade de limusine, a pinocar mulheres aleatoriamente, a fazer o que lhe dá na telha. Cosmopolis não tem interesse nenhum.

domingo, outubro 07, 2012

Serbuan Maut

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Ainda mal sabia da existência deste filme e já se apregoava que era a melhor coisa a sair da Ásia desde... sempre. Trailers «interessantes». Críticas para lá de positivas. Uma versão americana que já estará em pós-produção (não sei se é verdade ou não, foi o que ouvi a certa altura). Tudo e mais um par. Já arranjar maneiro de o ver não era tão fácil. É de referir que a premissa não é original. O conceito de entrar num hotel cheio de gandulos e arriar tudo ao tiro e à porrada foi feito no Punisher: War Zone. Em todo o caso, não deixa de ser um óptimo aproveitamento duma ideia que pode ou não ser deles. Essa parte é irrelevante.

Um gangue de polícias entra num prédio de habitação, povoado de criminosos. Acima de tudo, é onde habita um chefe criminoso que querem prender. A rusga foi encomendada por um criminoso rival. Não se previa que corresse bem, mas mesmo assim entraram. Muito porque o chefe que liderava a rusga estava comprado. Logo à cabeça morre maior parte do esquadrão. Sobrevive o chefe corrupto, um polícia novato, a estrela da companhia, mais um ou dois. A partir daí a coisa torna-se interessante. Porque até ali tinha sido só tiros à maluca. A partir dali começa o «abrir da lata de cachaporrada», que culmina num duelo brilhante de um para dois.

Muito bom, este ráide.

sábado, outubro 06, 2012

Madagascar 3: Europe's Most Wanted

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Será que estes bichos nunca estão satisfeitos? É que não estão quietos. Estavam num zoo em Nova Iorque. Eram estrelas, mas não estavam contentes. Queriam a selva. Queriam voltar às origens. Foram para a selva, não gostaram, porque eram animais de cidade. Acabaram por ir parar a Madagáscar. Não satisfeitos com estarem rodeados por pequenos animais, alguns fofinhos, outros nem por isso, agora decidem voltar a casa. Tudo bem, os pinguins estão no Mónaco a arranjar dinheiro para voltarem a Nova Iorque. Isso não funciona. Compram antes um circo. Voltam a Nova Iorque. Afinal é muito fechado. Querem ser livres.

aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh

Decidam-se.

Poupoupidou

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Um escritor de policiais investiga a morte duma moça que acreditava ser a reencarnação de Marilyn Monroe. A moça em questão tornou-se numa celebridade local muito pelo seu aspecto, claro, mas também pelo charme, carisma e por ter dormido com gente influente, desde deportistas a políticos. Espera lá... se calhar era mesmo a reencarnação da loira mais famosa do mundo.

Estes franceses lembram-se de cada uma.

sexta-feira, outubro 05, 2012

Rock of Ages

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Imagine-se uma espécie de Mamma Mia!, versão Bon Jovi e amigos. Muito cantam e até dançam, tudo para melhor explanarem os seus males, o que lhes vai na cabeça. Acho que existem métodos melhores de libertar o que nos vai na alma, mas cada um com a sua. Não sendo a coisa mais dantesca que já vi, não deixa de ser um musical, com tudo o que de mau tal implica. Terrível mesmo são as cenas entre Tom Cruise e Malin Akerman, que às tantas nem é terem piada, é mesmo só serem pirosas e desprovidas de sentido, assim como as cenas entre Alec Baldwin (péssimo casting) e Russell Brand.

The Giant Mechanical Man

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Tinha acabado de ver um episódio de Office e não resisti a ver este filme com a Jenna Fischer. Ainda para mais uma história com um bocadinho de fantasia. Não fantasia com unicórnios, mais aquela que se encontra em histórias românticas lamechas. Que outra coisa posso chamar a duas pessoas perdidas no mundo, que não têm ideia do que querem fazer, desempregadas e sozinhas, que encontram-se e apaixonam-se? Certo.

Pequena nota para Topher Grace que, mais uma vez, é um personagem profundamente irritante. Daqueles a quem apetece arremessar coisas. Não bater. Não queremos bater-lhe porque terá que haver contacto físico e ele provoca demasiado nojo. Como é possível que Topher só faça papéis destes, quando a sua origem é com um personagem muito porreiro? Quando é que se deu este «salto» na carreira do jovem? E que podemos fazer para impedir esta descida na espiral da irritabilidade? Embora lá pensar um bocado, pessoal, a sério. O Eric precisa da nossa ajuda.

Careless Love

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Diários de uma prostituta durante a noite, estudante universitária durante o dia, emigrante filha de pais vietnamitas. Não sei porque não usaram antes este título. Funciona muito melhor.

A moça em questão prostitui-se para ganhar dinheiro que possa enviar aos pais. O pai teve uns problemas e está sem emprego. Estão perto de perder a casa. A moça consegue separar bem as duas vidas, apesar de tudo. Até que tem o azar de ter uns coleguinhas de faculdade como clientes. E, pior que tudo, quando arranja um namorado. Mistaaaaaaake! Dou-lhe todo o crédito por ter-se mantido forte, apesar de todos os contratempos. A personagem está bem trabalhada. A história é mais ou menos.

The Angels' Share

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É dada uma enésima oportunidade a um rufia sem grande futuro. Depois de espancar um pobre coitado ao ponto de o cegar de um olho, o rufia acaba a fazer serviço comunitário em vez de ir para a prisão. Tudo porque vai ser pai. Quem diria? Afinal há vantagens em engravidar miúdas. Durante o seu serviço, o rufia e outros meliantes visitam uma destilaria, desenvolvendo (choque dos choques) um interesse por whisky. O rufia tem mesmo um faro para a coisa, mostrando que afinal até tem um talento, não é só um idiota. Como o rufia tem uma data de outros pulhas atrás, e como só quer é estar com a moça e a criança recém-nascida, nada como planear um roubo do whisky mais caro do mundo que, por acaso, estava ali à mão de semear.

Finalizo com um pensamento profundo: tentar perceber escoceses sem legendas não é fácil.