domingo, janeiro 27, 2019

Atomic Blonde


Achei que este filme já não teria ligação ao anterior, mas ambos têm Sofia Boutella, a nova moça da moda dos filmes de acção.

Sendo de conhecimento geral que não acho piada a modelitos fazerem filmes de acção (acho que já tornei essa opinião bastante pública), dou o braço a torcer em Atomic Blonde. Charlize está um estrondo e parte tudo e todos. Consta que a moça andou a treinar durante bastante tempo, arduamente. Nota-se. Acreditei que era capaz de virar um homem o dobro do seu tamanho, e que seria capaz de andar aos tiros com os melhores.

Posto isto, o filme em si também tem o seu quê de piada.

Hotel Artemis


...para outro hotel.

Este é um pouco mais soturno, apesar dos dois terem uma comunidade de meliantes como hóspedes. A premissa é engraçada, sendo um hotel para vilões procurarem refúgio ou cuidados médicos, completamente protegidos do mundo exterior. E a Jodie continua com estilo, agora a entrar numa idade mais avançada e ainda mais rabugenta.

O final acabou por ser muito fraco, estragando o filme no seu todo.

Bad Times at the El Royale


Três notas dispersas sobre este filme, divertido de se ver:

1.º Não há ninguém em Hollywood que tenha chamado a atenção para o facto de que o filme chama-se Bad Times at the the Royal?
2.º Ver Hemsworth como um líder dum culto, mas todo em forma, cheio de abdominais, sempre de camisa aberta (a mostrar os ditos abdominais), não é a coisa mais realista do mundo.
3.º É o segundo filme do dia com Jon Hamm, completamente por coincidência.

Saltemos dum hotel...

Tag


Um grupo de amigos de meia idade está a jogar à apanhado desde o secundário.

A questão é: como é que este filme é baseado numa história verdadeira?

Outra questão possível é: como é que isto deu um artigo no Wall Street Journal?

E questionando por fim: como é que, mesmo com um bom elenco, não teve assim tanta piada?

Procurando terminar com uma nota positiva: já vi mais filmes este mês que nos primeiros três de 2018.

terça-feira, janeiro 22, 2019

Glass


Reza a lenda que Shyamalan sempre quis fazer disto uma trilogia. Pelo menos é que se conta por aí, agora que o terceiro finalmente estreou. Acontece que o homem distraiu-se com outras coisas. Coisas que não mereciam que se tivesse distraído. O tempo foi passando. E, assim, a trilogia que todos esperávamos, apesar de não sabermos que era suposto existir, só agora foi terminada.

Percebo que queira ter o projecto e a história fechados. Terá mais impacto assim. Um dos meus dois compinchas da sessão não gostou muito que se tivesse fechado a coisa. Queria mais. O outro compincha não conta para a opinião, pois caiu aqui de para-quedas. Não sabia ao que vinha e foi enganado. Reclamou antes, o tempo todo. Acabou por gostar porque isto está muito bem conseguido. Igual ao que foi Unbreakable e Split. Um universo supostamente «normal», em que coisas fora do normal acontecem.

Já eu gostei de tudo. Do facto de ser uma trilogia fechada. De qualquer um dos filmes. De voltar a este mundo e a personagens conhecidos. Do desenrolar da história e como foi montada.

Qualquer realizador talentoso poderá continuar a história. Há material suficiente. Não vejo o Shyamalan a continuar. Será difícil em cada filme fazer sempre um twist final. Prova disso são as suas muitas tentativas falhadas, nas últimas duas décadas. Confesso que preferia que não fizessem mais filmes. Há um risco grande de só estragar. Talvez uma série fosse engraçado. Talvez. Muito talvez.

domingo, janeiro 20, 2019

Support the Girls


StG foi mais deprimente do que esperava. Pensei que seria comédia, acima de tudo, mas há aqui muito de mudança de vida e necessidade de subsistência versus conflitos morais.

Talvez seja um reflexo da realidade. Tenho amigos que já me picaram para ir a um Hooters. E sim, gostaria de ir, confesso. Estive perto de o fazer em duas ocasiões, mas faltou lá sempre aquele amigo para dar o empurrão necessário. Se o filme foi realmente um reflexo do que poderia ser uma visita a um estabelecimento deste tipo, talvez seja bom nunca ter ido. Porque convenhamos que é, de facto, uma péssima ideia. É um estabelecimento que está entre o bar exclusivo para homens e uma casa de strip. Obrigar moças a usar uma indumentária que só dá força ao sexismo é estúpido e eu deveria ter mais juízo e respeito pelas mulheres. Terei de ficar-me pelos sports bars convencionais. Seja.

Ou então convenço a namorada a ir a um. Assim já é legítimo e não serei um porco machista, certo?

Upgrade


Upgrade é igual ao Venom!

Acontece algo de mau a um jovem totó. Há uma entidade/criatura que se «funde» com ele. Ao princípio isso parece fixe, mas a dita e/c começa a fazer umas coisas más. Não é tão dramático, porque tem um objectivo nobre. Jovem totó faz coisas que nunca pensaria fazer, ou teria coragem para as fazer. Acção, tiros, porrada e algum humor. A e/c vai longe demais. Oops, terá sido um erro?

Para a Sony, sim. Aqui nem por isso. Upgrade acaba por ser melhor que Venom. Mas acho que o segundo vai continuar, enquanto que para Upgrade não creio que haja grandes perspectivas. Bem que podia fazer uma batalha entre os dois, mas o mundo é injusto. Nada a fazer.

Venom


Podemos acusar a Sony de muita coisa, mas eles nunca nos falham quando tem a ver com estragar o franchise do Spider-Man.

Quer dizer, depois de tudo o que o personagem principal passou, depois de finalmente a Marvel Studios meter a mão e salvar a coisa, a Sony tinha de inventar sozinha e fazer algo com um dos seus mais clássicos vilões. Quer dizer, já não bastou o que lhe fizeram durante a tragédia que foi a trilogia Raimi? Porque é que isto aconteceu? Como é que isto aconteceu? Terá sido exigência da Sony? Terão feito a coisa às escondidas?

Quando soube do projecto achei uma péssima ideia. Não estava enganado, porque o filme é fraquíssimo. Sim, tem o Hardy, o que ajuda. O problema é que ter uma estrela destas acabou por ser a grande vantagem, o «trunfo» na mão da Sony. Permitiu-lhes fazer tudo, por muito que não tenha havido orçamento para mais nada que não o Hardy. Tudo à volta dele representa mal e foi completamente mal escolhido. Para além dos efeitos, que estão no limite do trágico.

A vantagem do estúdio é a desvantagem do espectador e, em especial, do fã deste universo. Porque o filme pagou-se e bem. Não faço ideia como, mas esta trampa deu dinheiro. E isso implica sequela, para mal dos meus... dos nossos pecados.

sábado, janeiro 19, 2019

The Great Wall


Saltamos dum filme com um simpático cavalheiro asiático para uma história sobre a China, onde asiáticos não são os personagens principais. Essa «honra» é dada a um rapazito americano - simpático também, verdade seja dita -, e ao seu compincha Chileno. Aparece também, lá pelo meio, um estranho Willem Dafoe. Mais estranho do que o costume.

Mas esta parte nem choca tanto. Hollywood já há muito tornou claro que, sem «estrelas clássicas», não dá para fazer filmes. O que me chocou mais foi que isto não é tanto uma história, ou mesmo uma lenda, sobre a Muralha. É sim uma fantasia que envolve bichos alienígenas a quererem dar cabo da humanidade.

Não estava à espera. De todo.

The Foreigner


Quando se pensava que a premissa do velhote a distribuir fruta, em forma de vingança por alguém ter feito mal a um familiar, estava já gasta, alguém teve a brilhante ideia de o fazer com o Jackie Chan. E ainda bem, pois foi altamente divertido de se ver. Não a história em si. Essa parte foi pesada. Uns palermas fazem um atentado terrorista que mata a filha do Jackie. Foi bem deprimente. Mas a partir daí é ver o homem ir rebentando (não literalmente) com uma data de terroristas e os seus palermas organizadores. Ainda para mais deu para ver o meu segundo Bond preferido num papel decente.

Estava com expectativas altas em ver o Foreigner. Não fiquei desiludido.

domingo, janeiro 13, 2019

Jack Reacher: Never Go Back


Tem piada pensar na evolução da carreira de Cruise.

Se, quando era novo, tentava por tudo fazer filmes sérios, dignos de reconhecimento entre os seus pares, hoje em dia, já mais velho, não se cansa de arriar meliantes e andar aos saltos, dum lado para o outro. Para além de correr, claro. O homem corre mais num filme de hora e meia que eu vou correr na minha vida toda.

Não vai dar para ver hoje o American Made, o outro filme com Cruise que tinha aqui na lista. Entrará na categoria de filme mais sério, e não-franchise. Mas tudo o que andou a fazer nos últimos anos é completamente virado para o «factor pipoca», com tiros, explosões, moças giras e muita, mas muita testosterona.

Em Never Go Back imperam as frases/discursos bandeirosos, cheio de moral americana e de bons costumes. Já não se faz muito destas coisas, Tom. Guarda lá isto para o próximo Top Gun, anda.

Este segundo episódio não foi tão fixe, embora ache muita piada ao bom rapaz errante, ex-militar, que só faz coisas boazinhas, pelo bem do comum americano. Podia ainda haver um spin off com a Robin, que navegou muito pelas mesmas águas do personagem de Cruise, mas vá lá, Hollywood, não ocupes assim tanto do meu tempo com estas coisas pró-América. Convém ter tempo para ver outras um pouco mais diferentes.

The Mummy


Estava curioso em ver como é que o estúdio começava esta coisa dos franchises dos monstros.

Para quem não sabe, todo o estúdio que queira sobreviver, precisa de ter pelo menos um franchise no seu catálogo. Maior parte dos estúdios anda a safar-se com os direitos que têm das bandas desenhadas, ou então andam a tentar descobrir quais os direitos mais rentáveis de livros, para passar para a «grande tela».

A Universal, estúdio desta «encarnação» da Mummy, não tem direitos de nada destas coisas da moda. A ideia deles é pegar em monstros, histórias livres de direitos de autor, e fazer todo um universo, para que possam começar a fazer múmias e dráculas modernos, todos à bulha.

Não correu bem.

Eu sei. É um choque para todos. Entendo. O filme não teve a recepção desejada, apesar de terem ido buscar alguns pesos pesados, como Cruise e o Crowe à cabeça. Faltou-lhes história. Não que veja grande forma de dar a volta a histórias contadas demasiadas vezes, sou-vos sincero, mas isto de apelativo teve pouco.

A ideia é que os monstros andem por aí, sempre tenham existido, apesar de não serem de conhecimento geral da população (à la Harry Potter). Existe uma entidade secreta governamental mundial, que trata destas ameaças (à la Hellboy). Líder desta entidade é Crowe, que vem-se a saber (quelle surprise) é o Dr. Jekyll/Mr. Hyde (à la... nada, isto é só estúpido).

Enquanto espectadores, temos primeiro conhecimento desta nova/velha Múmia. A ideia era aparecerem depois mais uns quantos monstros noutros filmes. Lobisomens, vampiros, etc. Embora se tenha pago a nível mundial, não teve grande sucesso em casa. Resta saber se continua a ser factor de decisão ou não.

Ao menos deu para ver o Cruise a correr aqui também, embora num papel mais «jocoso» (não é nada, é o mesmo Cruise de sempre).

Mission: Impossible - Fallout


Decidi fazer hoje uma maratona do actual rei dos franchises: Tom Cruise.

Diga-se o que quiser do rapaz, o certo é que é profícuo. Pode ser maluco no geral, mas nos MI é uma benesse, dado que faz os seus próprios stunts. Ajuda e muito à comunicação dos projectos. E ao espectáculo da coisa, convenhamos.

E espectáculo estes MI têm muito. Cheio de acção, voltas atrás de voltas (apesar de, como já tinha dito, são demasiadas voltas para a essência da série original, onde tudo corria como previsto, por muito que o público estivesse a léguas dos planos), e um bom elenco.  Por falar nisso, a Rebecca continua óptima no papel, apesar de parecer um pouco menos «inchada», desta feita.

Em Fallout há dois ou três momentos profundamente exagerados, desde já destacando a «Tom Cruise run» pelos telhados de Londres (como é que o artista saiu do último, alguém sabe?) ou a forma como Cruise recupera o comando das bombas, no fim (abalroar um helicóptero, usando outro, parece-me algo suicida, não?). Mas não deixamos de estar entretidos com a fantasia de tudo a acontecer.

Venha o próximo.

domingo, janeiro 06, 2019

Split


Um bom amigo chateou-me durante quase um ano para eu ver isto. Queria que o visse antes que alguém ou algo  me estragasse a surpresa. Porque o sr. Shyamalan conseguiu voltar aos bons twists. Aos bons filmes, em boa verdade. Mesmo que não tivesse regressado ao universo que criou há uns anos, este filme é bem melhor do que as últimas coisas que tem realizado. É assustador, envolvente, bem conduzido. E o McAvoy... bem, aí o mérito é todo do casting. Depois é só deixá-lo fazer cenas.

O certo é que não vi o filme a tempo de não saber do twist. Não que tenha andado muito «ligado», há bem mais dum ano, mas não deu como o evitar. Às tantas até sites simples como o IMDb acabam por spoilar. Não fui a tempo de ser surpreendido, mas vou a tempo de ver a sequela, que estreia este mês. É mesmo um dos filmes mais esperados deste ano. Pelos geeks, pelo menos. Grupo onde regresso em pleno, este ano.

Bora lá, Internet. venham de lá esses spoilers todos.

Night School


Não é dos piores que vi de Hart, ou até do género. Este tipo de filmes tem sempre a sua dose de exagero e de desenrolares de enredo injustificáveis. Night School também tem disso, claro, mas não é tão escabroso. Ou então se calhar estou só contente de não terem ido pelo caminho usual do protagonista largar a namorada e começar com a professora. Se bem que tiveram de a tornar lésbica, só para ser completamente óbvio que não ia mesmo acontecer.

Quase que estragaram tudo com a cena final dele fazer o discurso pela turma... Não, espera, lembrei-me agora do pormenor pior: quantas vezes é possível fazer o raio do teste?! Dá para fazer várias vezes ao dia? Porque pareceu que sim. Desta forma é fácil. É só ir tentando, até acertar com as perguntas certas.

OK, esqueçam. Foi escabroso como os outros. Não sei onde estava com a cabeça.

sábado, janeiro 05, 2019

Johnny English Strikes Again


Há uma forte possibilidade de não ter visto o segundo.

O primeiro recordo-me. Este é o terceiro. Fui à procura de referências no blogue sobre o segundo e... nada. Oops!

Faz algum sentido, tendo em conta que não tenho opinião formada sobre o personagem. Porque não é nem carne nem peixe. Não é completamente absurdo, tipo Mr. Bean, embora tenha muito disso. Não consegue ser pintas e mordaz como o Blackadder, embora dê também uns toques desse lado. Fica algures no meio, entre o ridículo e o engraçado. É isso que Atkinson traz para a mesa nestes filmes. E, cá está, não consigo dizer se gosto ou se não gosto. Também eu estou no meio.

Vou ver o segundo? Acho mesmo que não, mas nem é por isto ser mau. É só por ser meh.

The Spy Who Dumped Me


Procurando fazer uma coisa sequencial, saltamos de dupla loira/morena, para dupla loira/morena.

Desta feita não houve grandes surpresas. É o que parece ser. Uma história cheia de pormenores que não fazem qualquer sentido. Como a CIA perguntar à namorada por um dos seus espiões, mostrando fotografias de missões que, imagino, deveriam ser secretas. Isto para provar que é espião, algo que a namorada não sabia. Pelo meio tentam ser engraçados, mas...

Qual é a cena com a McKinnon? Tem o(a) pior agente do mundo? Supostamente é a grande cena a sair do NSL, mas só faz filmes fraquinhos. Porquê? Alguém sabe?

TSWDM foi caro que dói e não se pagou. Imagino que estejam tão chocados quanto eu.

A Simple Favor


Quem diria?

Pensava que ia ver uma comédia em que uma moça tola conhecia uma moça saída da casca, e afinal é uma história de intriga, cheia de volte-faces.

Foi uma surpresa. Se agradável ainda não sei. Estou a digerir a coisa. Certo é que gostei de ver a moça saída da casca. Percebo melhor agora o fascínio do sr. Reynolds pela sra. Lively.

Crazy Rich Asians


Qual é exactamente a mensagem?

Começamos o filme a ver uma cena de clara discriminação, com uma família chinesa a não ser aceite num hotel dondoca em Londres. Tinham reserva. Não os queriam receber por serem asiáticos. Passamos depois a ver essa mesma família a não aceitar uma pessoa não rica, muito por ser americana e não chinesa pura. Pelo meio levamos com ostentação até virar o barqueiro. Entenda-se que, chegar ao ponto de «virar o barqueiro» está longe de ser difícil, porque é mesmo um exagero a forma como estas pessoas vivem.

É uma história de amor relativamente comum. A moça «pobre», que se torna princesa. E tem uns momentos engraçados. Mas é uma coisa completamente inverosímil. Comecemos pelo facto de que ela é professora universitária em Nova Iorque. Dizer que é «pobre» é um exagero só por si. Depois, como é possível que não soubesse da família rica do namorado? Não há forma disto acontecer, nos dias que correm. Está tudo online. Ela não o vê em redes sociais? Não sabe dos amigos e familiares, mesmo que por via digital? Por fim, é um tipo que não faz nada e vive em Nova Iorque, sem se escusar a nada. Pois, não há mesmo forma de suspeitar que é rico. Claro que não.

Wu está a ser louvada por este papel. O de Fresh Off the Boat é superior a todos os níveis. Aqui está mesmo só a fazer os mínimos.