quinta-feira, agosto 31, 2017

The Intervention


Gosto desta fórmula.

Juntar uns tantos de gente talentosa, colocá-los numa casa em sítio remoto, e metê-los a interagir de todas as formas e feitios. Os finais são relativamente previsíveis, mas a forma como chegam lá acaba sempre por trazer algumas surpresas. E mesmo que isso não aconteça, nunca deixa de ser agradável o caminho. Este não fugiu à regra.

Foi um fim de dia sereno, contrastando com o caos que foi o resto.

quarta-feira, agosto 30, 2017

Money Monster


Alegre surpresa. Não achei que pudesse ser tão interessante. Achei que seria só uma coisa secante sobre os maneirismos e as formas modernas como Wall Street opera E é. Mas também tem uns tiros, ameaças de morte e o ocasional colete com explosivos, passeando pelas ruas de Nova Iorque. Claro que ajuda ter Clooney, que continuo a admirar muito, e Roberts que, apesar do que dizem, tem muito carisma e personalidade, ideal para interpretar este tipo de papéis. Para mais, os dois são amiguinhos, e a química passa para o ecrã.

O único problema é Jodie tentar que MM seja mais do que precisava ser. Podia ser só um thriller. Mas Jodie tinha de passar mensagem. Passou a ser uma coisa de investigação. É nesse ponto que perde algum crédito. Porque era só um programa espalhafatoso, à americana, sobre opções de mercado, da bolsa. Não era um programa de jornalismo de investigação. Nada tinham de experiência para acabar onde acabaram, a fazer o que fizeram.

Esse salto, no final, fez-me perder um pouco de atenção, confesso.

terça-feira, agosto 22, 2017

Sing Street


Realmente não há nada como ser criativo, para seduzir uma mulher.

Desde os primórdios dos tempos que homens inventam bandas, histórias, obras de arte em pintura, escultura, e outras insanidades. Poder-se-á dizer que haveria arte se a mulher não existisse? E, já agora, numa de feminismo, quando é que se viu uma história duma mulher criar algo para seduzir um homem?

Não me venham com a treta das gestação humana. Não é a mesma coisa.

Estranho. Este post foi por um caminho completamente diferente do que idealizava. Mas às tantas escrevia e apercebi-me que nunca vi uma história com essa inversão de papéis. Regra geral é mais apostarem no decote, maquilhagem ou falta de roupa interior. Clichê? Sim. Mas clichês são baseados em realidade.

Só estou a dizer que a sociedade continua muito enviesada. E que as mulheres não fazem nada.

sábado, agosto 19, 2017

Baywatch


Isto é péssimo.

Sem rodriguinhos. Sem grande conversa. Não há introdução possível para algo tão mau. O último terço do filme é angustiante. Só queria que terminasse. E eles continuavam. Má piada e má cena, atrás de má piada e má cena. E não digo nada disto com gosto. Não era fã da série. Só era fã das incríveis moças que lá apareciam, que para sempre serão símbolos de perfeição feminina. Mas tinha esperanças neste filme. Tinha esperança numa possível nova moda de trazer as séries dos anos 90 - que eram más mas ninguém sabia, porque não havia nada melhor -, e fazer boas comédias. Era a esperança que tinha, que fosse algo ao estilo de 21 Jump Street. Não é. Não foi. Não sei o que tenta ser. É suposto ser uma comédia e um filme de acção, mas as piadas são para lá de fracas e a acção não tem interesse nenhum.

Era assim tão difícil? Eles próprios tenta ridicularizar a coisa, sempre com pessoal a chamar a atenção que salva vidas não são suposto fazer nada do que se fazia na série. E, no entanto, depois de repetirem esta «piada» até à exaustão, tentam ser sérios na maneira como a história se desenrola.

Porque não poderia ser simplesmente um conjunto de salva vidas que, no meio do seu dia a dia, tropeça num caso um pouco mais sério? Porque insinuam ser uma coisa recorrente e que ainda bem que assim é?

Não. A sério. Não.
Estou muito indignado.

quinta-feira, agosto 17, 2017

Elvis & Nixon


Aconteceu um encontro entre o Elvis e o Nixon.

Não devia ser preciso fazer um filme sobre algo do género. Far-se-á um filme para contar a história do Barack conhecer a Beyoncé? Ou quando o Trump conheceu... sei lá, o Carrot Top? Claro que não. Hoje em dia será banal. Mas naquela altura estava longe de o ser. Elvis e Nixon eram duas das maiores figuras da cultura daquela altura. Pelo menos nos EUA, claro. O Elvis talvez fosse um fenómeno mais mundial. Nixon acabaria por vir a ser, por todas as polémicas em que se envolveu. No fundo, Elvis terá entrado em tantos filmes, como os que foram feitos sobre o Nixon.

Agora, se hoje em dia não é fácil encontrar pontos em comum entre os dois, na altura seria praticamente impossível. Um era o Rei. O outro era um totó, presidente dos EUA. Um era adorado por todos. O outro era gozado por todos.

No entanto, o certo é que encontraram-se certo dia - muito por insistência do Elvis, assim como dos assessores do presidente -, e tiveram uma aprazível conversa, para além de trocarem alguns favores.

Entre tanto ridículo acaba por haver muito de História, neste pequeno encontro. Compreende-se que se tenha feito um filme da coisa.

terça-feira, agosto 15, 2017

King Arthur: Legend of the Sword


Tenho duas dicas para Ritchie. Ou para quem quiser ouvir... que no fundo será ninguém, suponho.

1. Bana é vilão, não herói. Bana é daqueles actores que nunca fez nada por mim, até o ver a ser mau da fita. E, nesse papel, o rapaz brilha. Será um doce de pessoa na vida real, acredito. Em frente às câmaras tem de ser o mais velhaco possível.

2. É preciso star power. O grande filme de Ritchie é Snatch. E, por muito que tenhamos de lamentar que com a película tenha vindo a propensão para filmes de acção (fracos) de Statham, o certo é que deu-nos uma data de bons papéis, no qual se inclui o cigano Pitt. Isto para além dum óptimo filme, entenda-se. As audiências não vieram porque se sabia que o britânico que fez Lock Stock tinha algum talento. A grande massa de gente que viu Snatch foi por causa do Pitt. Ele levou gente às salas. E isso colocou Ritchie num mapa maior do que onde estava. Se quer safar-se a fazer filmes grandes, não pode ser com o Hunnam, por muito que até goste do rapaz. É com Pitts e Robert Downeys, e afins. O primeiro Sherlock deu bastante dinheiro. O segundo menos, mas lá se pagou.

Se queres fazer filmes de grande orçamento, Ritchie, tens de poupar nos efeitos e gastar mais nos actores. Se não, não te safas. Arthur não se vai pagar. Nem de perto, nem de longe. E nem acho que seja pela história, embora não seja brilhante. É mesmo pela falta de estrelas.

domingo, agosto 13, 2017

The Magnificent Seven


Quase todas as minorias safaram-se. Só o asiático não conseguiu fazer um contrato decente. E essa é a verdadeira mensagem a tirar do filme. As minorias estão aqui para ficar... por muito que o Denzel não esteja a fazer favores a ninguém, sempre com aquela mesma expressão de «concentrado»/com prisão de ventre, seja qual for a situação.

Tirando o final, mesmo final, a ser um pouco reles, com os sobreviventes dos «sete» a abandonar a cidade logo após o tiroteio, o resto do filme até é bastante interessante. Só que aqueles dois minutos finais. Talvez nem tenha sido tanto tempo. Deixa um amargo na boca. Não enterram os amigos? O vilão não terá amigos, ou irmãos, ou um primo distante com um terçolho tramado, que se queira vingar? Ao menos não podiam ficar para consolar as viúvas? Epá, qualquer coisa que não fosse sair a correr.

«Pessoal, foi fixe. Temos de fazer isto outra vez. Até estou a sangrar um pouco e a adrenalina não tarde vai-se toda. Às tantas ainda adormeço em cima deste cavalo. Mas tenho umas cenas a fazer. Já tinha combinado antes disto. Não dá jeito baldar-me. É uma cena de família. Sabem como é. Vêm uns primos de longe. Seria o único a não estar. Não dá mesmo para não ir. Mas eu depois tento dar aqui um salto. A ver se ainda ajudo a limpar e arrumar. Eu depois mando um text, a ver como está tudo por aqui, OK? A gente vai falando. I'm out!»

sábado, agosto 12, 2017

Sing


Este quase que faz tão pouco sentido como o anterior, ou não envolvesse cantorias. Não foi tão mau. As músicas não eram originais e cantadas no momento. São músicas populares, ou versões destas. Menos mal.

E o certo é que a história está bem contada. Os personagens são interessantes. Valeu tolerar algumas músicas demasiado pop, cantadas por porcos e afins.

The Boss Baby


Não sei que me fez pensar que gostaria deste filme. A premissa até é bastante imaginativa. É sobre bebés, cujos inimigos são cachorrinhos.

É desprovido de sentido.

sexta-feira, agosto 11, 2017

Trolls


Começa de forma bastante violenta. Aliás, a premissa é até algo hardcore. No fundo há uma raça que só consegue ser feliz a comer outra. Passa aqui um pouco por juízo, a comer outro ser vivo, mas até se pode fazer uma comparação a consumo de drogas, para esse mesmo efeito. Digamos que não é o tipo de temática que se procura num filme de animação.

Depois lá somos distraídos pela boa notícia que Timberlake é o único troll que não canta. Até que tem de pôr os seus traumas de parte e cantar, para o bem da trollmanidade.

Eu sei. Também foi uma desilusão para mim. Até porque o s@c@n@ impede-nos de ouvir Anna Kendrick a cantar o Dream a Little Dream of Me. Lá tenho de contentar-me com a Zooey a fazê-lo.

Power Rangers


Não é de estranhar que não se tenha pago. Os actores são fraquinhos e os personagens estão mal desenvolvidos.

É uma equipa de miúdos que não se conhece, antes disto. Uma equipa que só funciona se trabalharem como um todo... de desconhecidos... adolescentes... Onde o líder não lidera. Os fortes não o são especialmente. Não há grande inteligência ou destreza. E tudo o que aprenderam no treino foi como levar porrada até mais não. Não aprenderam a trabalhar em conjunto ou como manobrar as máquinas. Nem sequer sabiam que todas juntas formavam uma. Mas dou a mão à palmatória. Eu nunca andei à porrada desenfreadamente com os meus amigos. Se calhar é um mega momento de bonding, não sei.

Dito tudo isto, não deixa de ser melhor que a série, que era horrível.