segunda-feira, maio 31, 2021

Plan B


Yup, é verdade. Mais um filme com esta temática. Muda-se «aborto» por «pílula do dia seguinte», a paixoneta da amiga lésbica aqui é baterista duma banda e há mais presença dum dos pais. Mas a história é igual. Duas adolescentes têm de viajar três horas de carro para ter acesso a uma coisa que deveria estar acessível em qualquer lado.

O que vale é que meteram uns momentos humorísticos pelo meio, para aligeirar a coisa. E sim, esses momentos tiveram piada. Mais vale rir, ?

quarta-feira, maio 26, 2021

Unpregnant


Finalmente vi a versão divertida desta história. A sério, sinto que Hollywood decidiu tornar isto um assunto. Gravidezes e abortos em catadupa. Faz sentido. É um assunto que tarda em ser resolvido para aqueles lados. Continua a ser um problema. Ainda há estados onde não é legal. Aliás, o Texas agora retrocedeu a coisa e estão a penalizar mulheres que o façam depois das seis semanas. Período esse que é absurdo só por si.

Bem, mas isso é uma assunto sério. E neste filme também o foi. Uma miúda que, apesar de ser nova, tomou uma decisão consciente do que precisava fazer, do que era melhor para ela. Infelizmente não tinha muita gente que a pudesse ajudar e apoiar. Felizmente teve uma ex-melhor amiga, que foi inexcedível no apoio. E na possível diversão. Porque o filme tem várias tropelias e sim, apesar de ser uma premissa absurda duma miúda ter de viajar 1000 milhas para fazer um aborto, o visionamento acabou por ser bastante divertido.

I'm Thinking of Ending Things


Percebo. Não este filme, atenção. Percebo como é que Kaufman veio aqui parar.

O homem a certa altura perdeu a vergonha e escreveu um par de histórias esquisitas que lhe iam na cabeça. Por obra do destino essas histórias chegaram às mãos da gente certa e bons filmes foram feitos. Filmes que romperam um bocadinho com a norma e elevaram Kaufman a um patamar que poucos esperariam. Galvanizado pela súbita popularidade e reconhecimento, Kaufman começou a mostras as suas histórias verdadeiramente esquisitas. E nestas a malta já teve algum pudor em pegar. Mas o ego do escritor era tal que isso não o fez desistir. Kaufman torna-se assim realizador também e é por isso que vimos este filme hoje.

Não é do mais estranho que vi dele, verdade seja dita. Os outros nem os terminei. Este estava a ser peculiar, mas ainda «visível». Até que chegou ao momento musical final, e aí já não consegui conter o revirar dos olhos.

Foi por pouco. Era só ter terminado cinco minutos antes.

segunda-feira, maio 24, 2021

Victor Frankenstein


Seguindo um pouco a mesma linha de raciocínio - de parentalidade, pais solteiros, etc. - passamos de Together Together para uma versão da clássica história do monstro.

Agora, uma pessoa deve estar do lado do monstro monstro, ou do monstro doutor? Essa é a verdadeira questão. És team quem?

Versão engraçada, com bons actores, e uma boa empatia entre o Professor X e o Harry Potter. Não é muito fiel à história original, mas também quem quer isso. Tem um defeito grande no final, porque como todos os filmes cuspidos por Hollywood, hoje em dia, termina insinuando-se a continuar numa sequela.

Ugh!

Together Together


Ed Helms contrata Patti Harrison para ser barriga de aluguer e ter o seu filho. Está cheio de pressa. As relações que teve não levaram a isso. Está farto de estar à espera por algo que quer muito ter. Logo, toca de atalhar caminho e comprar uma solução.

A ideia é que seja apenas uma transação comercial. A Patti quer dinheiro para poder ir para a faculdade. Não é suposto terem grande ligação. Só que Helms acaba por ser ele mesmo. Ao início um pouco irritante e invasivo. Depois o totó adorável, rodeado de gente abusiva, a provar que é um milagre ele ser uma pessoa tão gentil. E esta parte não ajuda a dar credibilidade ao filme, porque... Quem é que não quereria ter um filho com o Ed Helms?! Quer dizer, tirando a Angela. E mais tarde a Erin. Espera, não. Já estou a confundir universos.

Curioso como Patti está numa série que andamos a ver, assim como uma moça que faz aqui um papel secundário. E há ainda uma outra moça num pequenito papel, de quem vi um bit de stand up há pouco tempo. Isto quer dizer uma de duas coisas. Hollywood já só tem meia dúzia de pessoas, para todos os papéis. Ou então ando a perder demasiado tempo em frente a ecrãs.

Estou inclinado para a primeira opção. Óbvio.

domingo, maio 23, 2021

Army of the Dead


A cena inicial, que dá origem aos zombies em Las Vegas, mostra aos mais novos que sexo é errado. Se fizerem sexo podem provocar o Apocalipse. Ou pelo menos inundar Vegas de zombies. Se bem que já é a terra do pecado... Já não havia grande salvação. Quererá então dizer que sexo acabou com a terra do pecado? Huh! Curioso. Agora já não sei. Fico na dúvida.

Para que fique já registado, este filme é mau que dói. Pelo menos para mim. Mas eu já não tenho paciência para as m€rd@s do Snyder. Como notas soltas e rápidas, de embirrações, ver abaixo. [Aviso: spoilers abundarão.]

Há um zombie que chora a morte duma zombie. Isto afinal é um romance. // A Ana de la Reguera teve utilidade zero neste filme. Assim que tornou-se love interest, foi de vela. // Perde-se algum tempo a juntar uma equipa fechada (há um tipo que é esperto e desiste, numa cena que não serviu para nada), mas depois afinal precisavam dum guia que nem sequer sabiam existir. Tudo bem pensado. // Todo o início do filme é trademark Snyder. Ou seja, tem muito mais interesse que o resto. Uma data de histórias e narrativa, tudo bem fixe, enfiadas em dois minutos de cenas coladas com uma bela música por detrás. Não gosto das longas metragens de Snyder, mas ele é um excelente realizador de videoclipes. // Todas as cenas de «humor» não têm piada nenhuma e parecem metidas à pressão.

Posto isto, dou de barato que a premissa é genial. Não consigo conceber melhor sítio para começar uma praga zombie. Para além de ter uma data de gente, há todo um conjunto de personagens e cenários pitorescos que tornam a coisa divertida. A ideia do tigre zombie é genial, por exemplo. Assim como vários Elvises zombies, etc. Ou seja, o início é interessante, sem dúvida. O problema é que depois o meio do filme é uma seca, para além de ser longo como tudo. É uma hora e meia de nada. Já o final é feito a correr e aos tropeções, culminando na única coisa que consegui concluir: a filha, que foi na missão apenas para tentar salvar umas pessoas, acabou por fazer com que mais gente da equipa morresse do que se não tivesse ido.

Finalizando - e friso que isto é mais para mim -, não há nada a ganhar em ver filmes do Snyder. O homem é péssimo a contar histórias e estraga tudo com os seus devaneios. A m€rd@ é que sei que vou continuar a ver, porque sou um idiota ainda maior que ele e a sua legião de fãs, que o levam às costas.

sexta-feira, maio 21, 2021

Post Grad


O Disney+ decidiu dar-me uma prenda deliciosa (vem tarde), com este Post Grad. Ficou disponível hoje mesmo, apesar de ter 12 anos. Não sabia que existia, confesso.

O filme é um maravilhoso e hipnotizante desastre automóvel. Tudo é mau e desprovido de sentido, a começar por um tipo com pinta, sempre com miúdas a sorrirem para ele, mas que, por um qualquer motivo, só tem olhos para a Alexis Bleh. Claro que ela ignora-o, porque só pensa no seu plano de vida, que consiste em acabar a faculdade e trabalhar numa editora.

Uau! Que coisa elaborada! O problema é que não consegue o emprego e, a partir daí, tudo vai por água abaixo. Não só não consegue esse emprego como aparentemente não consegue qualquer emprego. Durante um Verão inteiro! E isso é mau... pelos vistos. E quando finalmente consegue o emprego de sonho de ser assistente dum editor (não «assistente editorial», atenção, só mesmo assistente, apesar de, erroneamente, o filme chamar-lhe assistant editor, quando a função dela é buscar a roupa à lavandaria e cafés vários), é quando decide que o que quer afinal é o melhor amigo, que sempre esteve do lado dela, mas que só agora que foi para o outro lado do país é que tornou-se boyfriend material.

É tudo tão, mas tão mau, que dá a volta e é um dos filmes deste ano, para mim. Apesar de ser de 2009.

Wild Mountain Thyme


F#d@-s€, a Emily Blunt anda a recusar participar em filmes da Marvel para fazer m€rd@s destas? Wild Mountain Thyme é para lá de esquisito.

Dois miúdos, vizinhos em quintas, estavam destinados a ficar juntos. Muito porque não há mais ninguém num raio grande de acção. Sendo esta parelha assim tão óbvia, porque tardam em concretizar a coisa? Porque era preciso fazer um filme de 100 minutos.

Cleopatra


Ver uma epopeia destas de quatro horas não é fácil. Especialmente quando tudo é um draaaaaaaaaamaaaaaa. Precisei de três dias. Tinha dado para ser em dois, mas atrasei-me e fiquei sem tempo no segundo.

Quis ver, acima de tudo, porque é um filme marcante. Para além de ser uma mega produção de loucos,... A sério, tem milhentos figurantes, construções megalómanas e cenários gigantes, cheios de pormenores, às vezes só usados uma vez. E os fatos... Jasus, os fatos! ...é uma espécie de fim duma era. Liz Taylor foi a última das grandes estrelas dum estúdio de Hollywood. O fim de contratos vitalícios de exclusividade. E quase foi o fim dum grande estúdio que, segundo consta, quase foi levado à ruína pela produção deste filme. Se a coisa tem corrido mal, a Fox tinha fechado em falência.

No final Cleopatra foi um êxito. Liz ficou imortalizada e pôde casar uma data de vezes. O estúdio cresceu de tal forma que eventualmente pôde dar-se ao luxo de produzir coisas absurdas por demasiado dinheiro, ou mesmo cancelar séries, sem jeito nenhum (sim, isto ainda tem a ver com o Firefly). Tudo para eventualmente ser comprada pela Disney e alimentar assim o grande monstro.

O que quero dizer é que, no fundo, valeu tudo muito bem a pena.

quarta-feira, maio 19, 2021

Nappily Ever After


Sigo para um hattrick inesperado hoje. Voltamos a Sanaa Lathan mas, desta vez, não temos «jogadores» dos Nets, embora tenhamos um verdadeiro ex-jogador num pequeno papel. Note-se que, mesmo com muito menos tempo em cena, John Salley foi melhor actor aqui, que Common no filme anterior. Também não é dizer muito.

Nappily é uma nobre tentativa de abordar alguns extremismos que as mulheres fazem com o seu cabelo, dada a necessidade de serem sempre perfeitas. Porque é isso que os homens e a sociedade supostamente querem. Depois perde-se um pouco na história e anda por todo o lado, connosco sempre à espera que Sanaa quebre de vez e revolte-se contra a vida que não quer ter. O que acaba por acontecer, no final.

Surpresa! Ninguém estava à espera.

Just Wright


Segundo filme seguido com a Queen e «jogadores» da NBA. Vai entre aspas porque são jogadores dos Nets... Quer dizer... São os Nets. Ugh. E o franchise que aparece mais tarde, onde um dos personagens pensou trabalhar, é os 76ers. Que vem a seguir? Os Raptors? Espera, os Raptors ainda existem?

Este filme é muito estranho. Um jogador famoso da NBA, aqui interpretado pelo «actor incrível» que é Common, conhece e apaixona-se pela afilhada da Queen. Conhece a Queen ao mesmo tempo, mas... Tem uma lesão grave que lhe põe em risco a carreira. Contrata a melhor fisioterapeuta que existe, mas a afilhada (agora namorada) tem ciúmes dela e obriga o palerma a contratar a Queen, que é.... ninguém no mundo da fisioterapia. Não faz qualquer sentido, tendo em conta que a carreira está em risco. A partir daí é um chorrilho de disparates, desde o Common apoiar-se no joelho magoado, um jogador profissional comer piza, sacos com cubos de gelo, etc etc etc.

Seria demasiado fazer um bocadinho de pesquisa na recuperação de lesões?

E sim, Queen ignora o facto de que a afilhada esteve noiva do homem que ela está a tratar, e enrola-se com Common à primeira oportunidade. É particularmente romântico.

Brown Sugar


O Mos Def tem um fraquinho pela Queen Latifah. Apesar de não ter qualquer hipótese, não deixa de ser uma óptima ideia para uma parceria musical. Será que já colaboraram e eu não sei? É provável. Eu sei muito pouco.

É como o Taye e a Sanaa, que não sabem nada de nada, pois claramente nunca viram uma comédia romântica na vida. Então mas eles não estavam fartos de saber que iam acabar juntos? Porque é que tiveram de arrastar a coisa durante tanto tempo? Envolveram até outras pessoas com quem casaram ou ficaram noivos. Para quê? Coitadas destas pessoas.

segunda-feira, maio 17, 2021

A Mãe é Que Sabe


Imagino que, a propósito do falecimento da Maria João Abreu, o HBO PT tenha decidido colocar este filme no catálogo. Se não foi por isso, foi uma coincidência incrível, ou este filme poderá estar amaldiçoado. Isto porque um dos actores faleceu no ano em que o filme saiu. Não, não seria algo assim tão surpreendente. É que este filme - um filme português, recordo -, não está nada mau. Aliás, para filme português está até bem bom. O que poderá justificar a maldição. Alguém poderá ter feito algum tipo de «negócio» com uma qualquer entidade maliciosa.

Elenco porreiro. Cenas humorosas a terem efectivamente piada. Diálogos pouco forçados. As cenas no passado muito bem feitas. Simples e eficaz. Sim, senhor. Foi uma boa maneira de despedir-me desta senhora. Não vi muita coisa com ela, é certo, mas também porque maior parte foram novelas. Sempre disse que sabia representar, e é também neste filme que o prova.

domingo, maio 16, 2021

Mystery, Alaska


Sempre tive este filme em boa consideração. Quando vi pela primeira vez surpreendeu-me. Não estava à espera de gostar tanto. Quis rever, para ver se se aguentava. E a verdade é que tem um pouco de tudo.

Sexo. Nudez. Adulta e até algo mais jovem. Surpreendeu-me haver tanto disto, num filme familiar e no Disney+. Adultério e triângulos amorosos. Crimes. Atentados com armas. Um par de guest appearances que ninguém esperava. Nepotismo. Ageism. Um julgamento tendencioso e quiçá criminoso. Uma morte triste, que uniu toda a gente. Desporto. Agressividade. Redenção para o «filho» que partiu. Uma povoação de Davids contra os gigantes Golias de Nova Iorque. Emoção até ao fim. Final trágico e slow clap, individual, a levar toda a gente ao apoio da equipa, ainda por cima feito pelo enorme Burt. E a oportunidade de ouro para as estrelas da equipa local de serem mais do que são ou poderiam ser.

Que mais se pode querer num filme?

Rifkin's Festival


Poder-se-á dizer muita coisa de Allen - e maior parte será legítima - mas uma coisa é certa, o homem não desiste de trabalhar. Não é de agora. Mesmo em fases menos boas, quando cuspia um ou dois filmes por ano e nenhum era bem recebido, continuava a escrever e realizá-los. Que se lixem as críticas. Só quer é fazer mais e mais.

A verdade é que às vezes não devia. Este Festival é um bom exemplo de perda de tempo generalizada. Allen foi excomungado de Hollywood e virou-se assim para onde ainda o aturam. Na Europa continuamos a ligar menos a escândalos sexuais. Em especial cidades que querem ser publicitadas em filmes de Allen, e actores que têm na bucket list entrar num dos seus filmes. Foi para Espanha fazer Festival, levando os actores americanos possíveis contigo. Convenhamos que Gershon e Shawn são péssimas opções para os personagens em questão, apesar de terem talento. Mas não é isso o pior.

Festival continua a mostrar os devaneios de Allen, sempre com um judeu neurótico e pouco atraente a flirtar e a ter possibilidades com uma mulher ligas acima dele. Continuam presentes os desejos de relações abertas, vivências idílicas (clichês, entenda-se) sempre nas mesmas cidades, a noção que fugir da vida que se tem é sempre o melhor. Ah, e que as esposas são umas malandras e os maridos bons rapazes que aturam tudo.

Continuo a gostar do escritor / realizador e continuarei a ver o que faz, mas não creio que vá dar-nos mais alguma pérola.

The Woman in the Window


Alguém estava com muita vontade de imit... homenagear Hitchcock, e decidiu fazer este filme. Sacou um óptimo elenco e quase conseguiu fazer um filme interessante.

Eu não sou fã do género. Convém deixar isto claro. Contudo, o maior problema, para mim, é que o filme nunca conseguiu passar aquele limite em que não sabes se a personagem principal tem razão, ou se é só maluquinha. A dúvida seria precisamente a parte mais interessante. Será que Amy Adams tem só problemas e alucinou tudo, ou será que viu mesmo uma mulher ser assassinada na casa em frente?

Nunca duvidei de Adams. Talvez por ser Adams. Talvez o casting tenha sido mal feito. Talvez tivesse funcionado melhor com uma actriz que não faça sempre de «boa da fita».

Não sei. Só sei que não tive dúvidas de quem era culpado (apesar do desfecho tenha surpreendido um bocadinho), o que tornou o filme algo banal.

sexta-feira, maio 14, 2021

Long Weekend


Chiça, já não dá para contar uma histórica romântica sem meter viagens no tempo?!

Eu pensava que isto ia ser uma comédia romântica, porque tem uns quantos actores de comédias, para além dum casal no póster. Afinal é um romance / ficção científica. Sim, spoiler alert, ela viajou no tempo e fez o doce amor, num período mais longo que um fim-de-semana prolongado, com um tipo que terá 60 e tal anos no tempo dela.

eeeww

O gancho não é mais do que isso mesmo. Interessa é a relação entre os dois, com alguns momentos bonitos e, lá está, românticos.

quarta-feira, maio 12, 2021

Ruthless People


Que filme tão anos 80! E desta feita nem o digo de forma negativa. Há dois detalhes incríveis neste filme.

Um é uma coisa que se perdeu, de certa forma: ter um música feita de propósito, no genérico inicial, com o título do filme no refrão. Um exemplo clássico e de grande popularidade é a música do Ghostbusters. Aqui temos Mick Jagger(!) a cantar a «popular» canção Ruthless People. Quem não se lembra deste êxito, no topo das tabelas de então?

O outro detalhe é, muito simplesmente, Danny DeVito. Hoje em dia poderá ser estranho pensar nisto, mas DeVito foi uma mega estrela de Hollywood. Entre 80 e 90 fez uns quantos filmes com Michael Douglas e Kathleen Turner, Billy Crystal, Travolta, Nicholson, outros tantos com o Schwarzenegger, foi o Penguin no Batman Returns! Isto para além de DeVito ter entrado em algumas séries de muito sucesso na TV. O homem ainda tem uma óptima carreira, mas no passado esteve a um nível estratosférico. Convém ter isto bem presente.

Depois há Bette Midler, que não é um detalhe ou algo que se mencione de passagem. Bette era e é qualquer coisa. Um furacão que leva tudo à frente. Um talento nato em tudo o que faz. Eu tinha bem presente as suas cenas neste filme, das várias vezes que o vi em miúdo. Na altura reparei na coragem e toque natural para a comédia. Hoje em dia reparo na classe. Dá um murro numa cena e uma pose logo a seguir, sempre com um nível acima dos demais.

Bom elenco neste filme, mesmo que tenha uma premissa e desenrolar algo tolos, mas mesmo assim divertidos.

terça-feira, maio 11, 2021

The Best of Enemies


Ora aqui temos uma história fofinha, baseada em factos verídicos, sobre a amizade entre um presidente do KKK e uma activista negra, na década de 70. Os dois juntaram-se para liderar uma espécie de comité, para avaliar a integração nas escolas locais.

Foi uma tentativa nobre, da dupla de actores, em lutar por uma estatueta, mas o filme acabou por ser categoricamente ignorado pela Academia e demais. Convenhamos que o filme não é assim tão bom como poderá parecer no papel. É uma americanice, focada num bom pormenor, quando tudo à volta é tão mais complicado, perigoso e real. Os dois estão muito bem, atenção. Só não é suficiente.

segunda-feira, maio 10, 2021

Father of the Bride Part II


Modern Family é uma daquelas séries que conquistou-me no primeiro episódio, com as três linhas narrativas a juntarem-se no final, mostrando o porquê do nome. Mas agora que revejo FotB 2 fico um pouco embaraçado por ter ficado tão impressionado com o piloto da série. Afinal, esta sequela já mostrava uma «família moderna» alguns anos antes. Sem minorias, claro, embora queira acreditar que Vergara seria um sucesso em qualquer época, mas...

Annie torna-se mãe e novamente irmã no mesmo dia. E a nova irmã é tia minutos antes de nascer. Tudo muito à frente. E os bebés deste filme já têm quase 20 anos, o que não ajuda em nada, a não ser sentir-me tão velho como Martin, durante quase todo o filme.

Percebo o sucesso destes filmes na altura, que agora não passariam no escrutínio existente. Contudo, é preciso não esquecer estes clássicos, que ainda hoje tentam imitar, sem o mesmo sucesso.

Father of the Bride


Depois da tragédia que foi ver os Cheaper, temi ver qualquer outro filme com Steve Martin. Convenhamos que eu já não tenho muito a que me agarrar do meu passado, preferia não estragar a memória que tenho do trabalho deste cavalheiro. O «problema» é que o Disney+ acrescentou estes dois «clássicos» recentemente. Lá arregacei as mangas, enchi-me de coragem e... Bem, aqui estamos.

Não foi tão mau. É o melhor que tenho a dizer. Quer dizer, não deixa de ser a história das paranóias dum tipo sobre o casamento da filha, sendo que, aos olhos de hoje, é difícil uma pessoa relacionar-se com qualquer um dos problemas de Martin. A miúda é inteligente e tem futuro. O rapaz é simpático, limpinho e tem um belo trabalho com computadores (isto na década de 90 podia ser estranho, mas entretanto tornou-se o sonho). Os compadres são ricos. Sim, o casamento foi bem caro, mas se têm 150k no banco, para destruir num dia, a vida não é propriamente má.

De resto, é verdade que é o mesmo papel de Cheaper, sempre o pai rabugento com tudo, mas continuo a concordar com a reticência que Martin tem em gastar dinheiro numa festa tão parva. 1.200 dólares por um bolo?! Jasus, os bolos que eu comprava com esse dinheiro.

Vamos à sequela.

domingo, maio 09, 2021

Sei Lá


Gosto que tenha disponível filmes tugas no HBO. O problema é que... são filmes portugueses. Com tudo o de horrível inerente.

Eu acho (ênfase na palavra) que queria ter visto este filme na altura. É dum realizador que conseguiu fazer alguma coisa decente, no marasmo que é cinema Português. Não vi então. Vi agora. A reacção seria a mesma, parece-me.

Sei Lá está cheio de betices, maneirismos da linha, cenas prepotentes, gente com demasiado dinheiro ou nomes e, pior, demasiada mania. Só de ouvir o tom nasal de betas a roçar o tias, fico logo com urticária. Depois são os diálogos, sempre tão maus. E o mais ridículo é que estava constantemente com a sensação de que isto tinha sido escrito por um homem, de tão más que estavam desenvolvidas as personagens (principais) femininas. Não é que isto é baseado num livro escrito por uma mulher. Chiça!

Vou continuar a vê-los e a continuar a ter vergonha alheia. É o que temos, mas olha, ao menos que estejam disponíveis em streaming. Continuo sem perceber como não estão mais. Como não estão todos. Continuo a achar que será a única forma de alguém os ver.

It Chapter Two


Lamento. À segunda hora de filme, e com a perspectiva da terceira pela frente, perdi interesse. Acabei de ver, atenção. Mas com muito menos olho para o detalhe. Nem sei que aconteceu ao bully com o mullet, que foram buscar novamente... por um qualquer motivo.

O início até é interessante. Creio que, como toda a gente, tinha curiosidade em ver onde estes miúdos tinham ido parar. E não senti-me defraudado. Gostei especialmente da premissa de que quem abandona Derry esquece o pesadelo que ali persiste. Até ao momento em que o único que ficou, Michael, lhes liga, nenhum tinha memória do que aconteceu em miúdos. Não tinham sequer memória uns dos outros.

Claro que no final estragam tudo, com a carta do Stan a mostrar que ele, ao contrário de todos os outros, lembrava-se. E por falar em coisas irritantes, porque é que o miúdo gordo tinha de ficar atraente em adulto? A Chastain tem alguma cláusula que não pode andar aos marmelos com um balofo?

Moral da história: o primeiro é melhor que a sequela. Aliás, não recomendo a sequela por aí além, apesar do melhor elenco.

It


Bem vindos a Derry, a pior povoação no mundo, de toda a história. Incluo cidades como Constantinopla, que entretanto deixaram de existir, ou outras que chegaram mesmo a arder por completo. Porque em Derry uma data de miúdos desaparecem e/ou morrem de forma violenta, e os adultos ignoram por completo esta estatística continuando, alegremente, a viver e a mudar-se para Derry.

Poderá ser da água. É possível. É que, para mais, os miúdos aqui têm alguma dificuldade em recuperar de feridas. Passa um mês e estas continuam bastante visíveis. Os meliantes levaram com calhaus na testa em Julho, e em Agosto ainda estava tudo inchado. Em Agosto os miúdos protagonistas enfrentaram Pennywise, com feridas várias daí resultarem, que em Setembro ainda estavam bastante visíveis.

Terra estranha. Mas óptimos sítio para solteirões e solteironas, com ou sem gatos, viverem.

quarta-feira, maio 05, 2021

Eat Wheaties!


Tony Hale fará o seu papel mais normal (e menos consagrado) neste filme. Aqui é um tipo algo obstinado com uma actriz famosa, que conheceu na faculdade, completamente inepto em comunicação nas redes sociais, super desconfortável em qualquer situação social, na verdade, e demasiado desesperado para ter uma namorada ou mesmo só amigos. Mas é realmente um tipo muito simpático e afável.

Juntam-se ao cavalheiro uma data doutros consagrados da televisão. E foi toda esta gente que convenceu-me a ver o filme. Não foi a péssima (exagerada) cotação no IMDb.

Não sendo brilhante, também não é coisa para merecer só 5.9. Como o personagem principal, é um filme simpático, tendo ainda uma data de gente talentosa que terá decidido participar porque Hale será, também ele, muito simpático, suponho.

PS - Vejo agora que o filme é Canadiano. Pois claro. Só podia! :D