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sexta-feira, maio 21, 2021

Cleopatra


Ver uma epopeia destas de quatro horas não é fácil. Especialmente quando tudo é um draaaaaaaaaamaaaaaa. Precisei de três dias. Tinha dado para ser em dois, mas atrasei-me e fiquei sem tempo no segundo.

Quis ver, acima de tudo, porque é um filme marcante. Para além de ser uma mega produção de loucos,... A sério, tem milhentos figurantes, construções megalómanas e cenários gigantes, cheios de pormenores, às vezes só usados uma vez. E os fatos... Jasus, os fatos! ...é uma espécie de fim duma era. Liz Taylor foi a última das grandes estrelas dum estúdio de Hollywood. O fim de contratos vitalícios de exclusividade. E quase foi o fim dum grande estúdio que, segundo consta, quase foi levado à ruína pela produção deste filme. Se a coisa tem corrido mal, a Fox tinha fechado em falência.

No final Cleopatra foi um êxito. Liz ficou imortalizada e pôde casar uma data de vezes. O estúdio cresceu de tal forma que eventualmente pôde dar-se ao luxo de produzir coisas absurdas por demasiado dinheiro, ou mesmo cancelar séries, sem jeito nenhum (sim, isto ainda tem a ver com o Firefly). Tudo para eventualmente ser comprada pela Disney e alimentar assim o grande monstro.

O que quero dizer é que, no fundo, valeu tudo muito bem a pena.

sexta-feira, janeiro 08, 2021

The Computer Wore Tennis Shoes


Este título é uma aldrabice de primeira apanha. Nunca vemos o calçado do rapaz. Sei lá se usa ténis ou não!

A ideia era fazer uma pequena maratona de Kurt Russell. Descobri há pouco tempo que o homem fartou-se de trabalhar para a Disney. Para mim ele sempre foi o Jack Burton e nada mais. Afinal foi também uma espécie de super-homem, aqui é um miúdo que fica com o cérebro de computador depois dum choque eléctrico. E ainda há outra instância onde vai tornar-se o homem mais forte do mundo... o que não é muito diferente do Sky High, convenhamos. Mas este último terá de ficar para outras núpcias. Não é fácil ver filmes antigos. Mais difícil fica ver vários de seguida.

Fica apenas a nota que Russell é um menino da Disney, desde ainda antes disso ser «a cena».

quarta-feira, agosto 10, 2016

Bullitt


Qual introdução, qual carapuça? Não precisamos saber quem é Bullitt. É um polícia. Dos bons. Começa-se logo na acção e siga para bingo. Era assim que dantes faziam-se filmes.

Se fosse hoje em dia, graças aos seus dotes de condutor, Steve McQueen faria parte dos filmes Fast & Furious. Acredito que com colegas destes o Rock não se atrevesse a achar que trabalhava com candy asses. Antigamente é que havia homens a sério.

sábado, agosto 22, 2015

Hud


Adoro esta coisa do genérico todo passar no início. Por muito que seja abrupto o final, tem a vantagem de dar-se o devido crédito ao pessoal que trabalhou no filme.

Falando disso mesmo, só assim por acaso, já vi Newman a fazer melhor. Agora ela... Ela faz um papelão. Digno de qualquer época cinematográfica.

Mas vamos lá parar com esta coisa do preto e branco, que começo a pensar que tenho um problema na vista.

sábado, março 22, 2014

The Hustler

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- I love you.
- Do you need the words?
- Yes, I need them very much. If you ever say them, I'll never let you take them back.


Dou como desafio listar cinco coisas mais cool que uma sala de snooker, cheia de fumo. Preferencialmente uma cave, embora cada vez haja menos. Pouca iluminação. Decoração simples, se alguma. Um bar manhoso no canto. Convém as mesas terem qualidade e não ser aquele pano fajuto, ou ter pedaços a menos. Tem que ter classe, senão não é a mesma coisa. Se juntarmos a isso Newman, então filme mais cool não poderá haver.

quinta-feira, março 06, 2014

Cool Hand Luke

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What we got here is a failure to communicate.

Então é daqui que vem a frase. Muito bem.

Paul Newman foi um dos grandes. Um dos tipos com mais pinta do cinema. E agora pergunto: será que as pessoas da minha idade olhavam para Newman como eu olho para maior parte dos pintas de hoje em dia? Como pretty boys e não homens a sério. Porque para mim Newman era um homem a sério. O que é certo é que era todo bonitinho. Tinha six pack. Olhinho claro. Sorriso malandro. E era um rebelde.

OK, esta conversa descambou. É o que dá estar cansado, ainda a escrever parvoíces a estas horas. Foquemo-nos nas cenas com pinta, como esta excelente frase: «Sometimes nothing can be a real cool hand.» Estarei errado em dizer que já não se escrevem falas assim?

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Jules et Jim

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Embora o título tenha apenas dois nomes, a história é sobre um triângulo. Falta Catherine. A insana, incansável, inconstante, apaixonante, incrível Catherine. Sempre elas. Todos os três bons amigos. Todos os três inteligentes, capazes, dedicados, apaixonados... Que raio me deu hoje para fazer listagens de adjectivos? Dois amigos conhecem Catherine. Ambos apaixonam-se. Ambos acabam mesmo por casar com ela. Nenhum homem a consegue ter verdadeiramente. Embora ambos também sejam indecisos no que concerne aos seus desejos. Ok, talvez não Jules. Ele sempre disse que queria Catherine, embora fosse o menos provável de a conseguir ter.

Foi um livro oferecido há já algum tempo. Mais tarde descobri que havia o filme. Imaginei Jim mais pintarolas. Imaginei Jules bem menos. Catherine está perfeita. Sempre estão.

sexta-feira, novembro 30, 2012

Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

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Então era isto. Todo o alarido era acerca desta hora e meia de várias interpretações do Sellers e duns actores que não conheci tão novos. Certo.

Color me not impressed.

quarta-feira, novembro 14, 2012

Take the Money and Run

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- We're going to have a baby.
- Get out of here.
- No, we're going to have a baby. I went to the doctor. We're going to have a baby. That's my present for Christmas.
- All I needed was a tie.


Pronto, agora já só tenho 16 filmes do Woody Allen para ver.

Take the Money and Run é mais ao seu estilo. Muito gosta ele de documentários falsos e de meliantes burros. E o personagem principal deste filme é mesmo muito burro. Tenta tudo por tudo levar uma vida de crime e falha miseravelmente em cada tentativa. Sempre com uma ou outra frase mordaz. Sempre com tontices misturadas com rasgos de genialidade. Sim, adoro Allen e tudo o que faz. Mesmo que seja comer a filha adoptiva, com a mulher no quarto ao lado.

terça-feira, novembro 13, 2012

What's Up, Tiger Lily?

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Death and danger are my various breads and various butters.

Em mais um dia que odiei pessoas por serem pessoas, nada como ver um filme que ainda não vi dum génio que, como pessoa, deixa muita a desejar. Como qualquer pessoa no mundo, entenda-se. Não é pior que os outros. Para além dos muitos defeitos que poderá ter enquanto pessoa, vamos não esquecer que Allen casou-se com a filha adoptiva. Sim, foi quando tinha 18. Porque não terá acontecido nada antes, de certeza. Em todo o caso, o visionamento serviu para acertar os pensamentos na cansada cabeça. Uma coisa é como as pessoas são. Outra é em que te podem ser úteis. No caso de Allen, dá-me filmes que fazem-me rir e põem-me bem disposto. Curioso é como esta sua primeira aventura nas longas metragens tem tanta moçoila asiática.

E sim, em resposta à tua pergunta, ainda não tinha visto este filme. Como ainda não vi outros 17 filmes do Woody Allen. Situação que pretendo remediar. E sim, há 17 filmes dele que já devia ter visto, que ainda não vi, como há 500 e tal outros filmes (pelo menos) que eu já vi e que tu ainda não viste. É assim a vida.

quarta-feira, agosto 08, 2012

On Her Majesty's Secret Service

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Bond:
George Lazenby, pergunta para queijo de Trivial Pursuit.

Sinopse:
Bond aproxima-se dum barão do crime através da filha. A ideia é sacar-lhe informações para capturar o Número 1 da SPECTRE. Em troca destas informações, Bond é coagido a casar-se com ela, algo que acaba por aceitar, porque a miúda é bué fixe. Nem por isso. Estou a ser irónico. É meio maluca, com tendências suicídas. É ruiva, mas há limites. Bond descobre então que o Número 1 está nos Alpes, a dirigir uma clínica de investigação em tratamentos anti-alérgicos, estando no processo de ser barão de não sei onde. (Sim, demasiados pormenores de enredo.) Fingindo ser um especialistas em geneologia, Bond infiltra-se na clínica e descobre os planos nefastos do Número 1, que afinal tem um nome e chama-se Blofeld.

Vilão/Capangas:
O actor que faz de vilão é muito bom. Melhor ainda que o actor anterior que fez o mesmo papel. Tem duas ou três óptimas características de vilão, como segurar um cigarro com o polegar e o indicador. Só que o personagem em si é fraco aqui, o que tira-lha algum lustro. Não sei porquê. É verdade que não faz muito sentido. Como capangas, tem bastantes em número, o que é sempre positivo, facto melhorado por terem todos equipamentos laranja. Sempre um óptimo pormenor. A alemã tirana, braço direito do vilão, não é novidade e aqui tem pouca predominância.

Bond Girls:
Fraquito, mas com um bom momento. A esposa, por muito ruiva que seja, não faz muito sentido como escolhida para «esposa» do Bond. Felizmente, há um harém de miúdas na clínica. Miúdas essas que já não vêem homens interessantes há algum tempo. Bond consegue estar com duas numa noite. Quando se preparava para passar para três na noite seguinte é apanhado. Pena. Acredito que conseguisse eventualmente estar com todas na mesma noite, por muito que fossem algumas doze.

Gadgets:
Não há. Pelo menos não que me lembre em duas horas e tal de filme. Não gosto dum Bond sem gadgets.

Cena Bond:
As perseguições na neve e no gelo. Grande parte seguidas. Bond passa de esquiar só com um ski, perseguido por capangas com metralhadores, para uma corrida de carros sobre o gelo, com a futura esposa ao volante. No final temos ainda uma perseguição de bobsleds, com o vilão sempre virado para trás, aos tiros ao Bond e a mandar-lhe granadas. Segundo estas pessoas, guiar um bobsled é desnecessário.

Notas finais:
Este é o cromo raro dos Bonds. Ainda mais para nós. É o único que Lazenby fez. É a história em que se casa... por muito pouco tempo que tenha estado casado. E parte é filmado em Portugal. Estoril, Guincho, Sesimbra, até mesmo o Rossio. Não que seja mencionado alguma vez. Aliás, no Casino Estoril dão ideia que estão em França, com a história da apostas em francos. Independentemente do especial deste Bond, não deixa de ser uma história um pouco reles e, acima de tudo, dum Bond interpretado por Lazenby muito fraquinho. Valeu o rancho no casamento, que dá um toque de classe a qualquer festividade.

segunda-feira, agosto 06, 2012

You Only Live Twice

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Bond:
Sean Connery, um ser humano incrível em todos os continentes.

Sinopse:
Duas naves espaciais, uma americana e outra russa, são «space-jacked» em plena missão. Cada governo acredita na culpa do outro. Bond é morto logo no início do filme, num estratagema inteligente para que os maus da fita não saibam que está a investigar o caso no Japão. Terá assim mais liberdade para bisbilhotar e dormir com mulheres de alianças dúbias.

Vilão/Capangas:
Fraco em termos de individualidades entre os capangas. Há uma alemã ruiva, mas dura pouco tempo e não traz nada de novo para a contenda (sim, dorme com o Bond e depois tenta matá-lo). O forte de You Only Live Twice é o número de capangas. Para além de que finalmente vemos o número #1 da SPECTRE, que tem o seu esconderijo dentro dum vulcão (sim, é o melhor sítio para ter um esconderijo).

Bond Girls:
Nada de mais. Diversificamos um pouco. Bond apaixona-se por uma agente japonesa. Esta morre. Ainda nem ficou desconsolado e já se casa com outra. A missão a isso o exige. Ao menos aqui há mesmo japonesas. Não se repete o incidente da Jamaica.

Gadgets:
Duas palavras: Little Nellie. Um pequeno helicóptero com duas metralhadoras, dois lança-mísseis mais dois mísseis daqueles que vão atrás de calor (não sei o nome em português), lança-chamas e «lança-fumo», e minas aéreas. Tudo o que um pequeno helicóptero precisa para dar cabo dum bando de grandes helicópteros.

Cena Bond:
Bond vai a uma reunião de negócios, dizendo-se trabalhador duma empresa qualquer. Os vilões apercebem-se que é um agente, embora não saibam que se trata de Bond. Assim que sai porta fora, o vilão manda matá-lo. Algo que uns capanguitas muito fraquinhos tentam fazer à entrada do prédio, num drive-by shooting. A primeira japonesa salva Bond e leva-o dali. Segue-se uma perseguição de automóveis que termina quando um helicóptero pega no carro dos maus com um íman gigante e larga-o em alto mar.

Notas finais:
Estou a ficar velho. Dantes Bond fascinava-me pelo seu jeito com as mulheres. Hoje em dia invejo-lhe o tempo que passa a passear pelo mundo.

domingo, agosto 05, 2012

Casino Royale


É verdade. Já havia um Casino Royale antes da última iteração do Bond. Foi feita logo no início, com uma data de gente famosa e talentosa (da altura). A ideia seria fazer uma coisa a gozar com os filmes do Bond. O nome não sei porque foi roubado a uma das obras. Imagino que seja baseado de forma muito leve. O problema maior é ser uma suposta comédia e... como dizer isto de forma delicada?... não tem piada nenhuma. Agora, tenho que admitir que isto assusta-me um pouco. Será que este filme teve piada nos anos 60? E se sim, será que se só visse agora comédias dos anos 60 acharia piada a alguma delas? E se existe a possibilidade duma década de comédia estar completamente fora do meu interesse, será possível que venha aí uma nova década com um humor que não é para mim?

Bem, imagino que dependerá das drogas da altura. Ácidos claramente não são para mim.

sábado, agosto 04, 2012

Thunderball

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Bond:
Sean Connery, o atleta olímpico mais medalhado, se tivesse tentado.

Sinopse:
SPECTRE rouba duas bombas nucleares e chantageia os governos britânicos e americanos. Não há outra solução que não pagar... ou haverá?

Vilão/Capangas:
Bom vilão da SPECTRE, mais que não seja porque tem uma pala num olho. Sim, é meio gordo mas, volto a dizer, tem uma pala num olho e um fascínio por tubarões, tendo mesmo uma piscina cheia deles. Complementando este vilão, o seu capanga é uma ruiva que podia tentar matar-me quando quisesse. Não seria difícil, convenhamos. Aparecia-me à frente e eu teria um ataque cardíaco. Para mais, esta capanga não se deixou levar pelos encantos de Bond e manteve-se má da fita até... bem, não chegou ao final, mas há mérito na mesma.

Bond Girls:
Além da capanga não há uma que tenha saltado à vista. Há uma coleguinha de Bond reincidente, mas nem me lembrava dela no filme anterior. E o interesse romântico também pouco fez por mim. A ruiva valeu pelo filme todo e bastou.

Gadgets:
O mais usado acabou por ser o tubinho com quatro minutos de oxigénio, que serviu perfeitamente para Bond safar-se numa «batalha campal», debaixo de água, que terá durado cerca de 10-15m. Contudo, o gadget mais impressionante foi o jet pack usado no início do filme, para além da turbina que tinha às costas no final, que o permitiu chegar à batalha em grande estilo. A turbina disparava arpões, também. Não sei se valia a pena referir. Talvez estivesse implícito.

Cena Bond:
Bond fica preso numa piscina com um capanga aleatório. Abrem umas portinholas para a outra piscina e entram os tubarões. Bond esfaqueou o capanga e os bichos mostram-se mais interessados na carne que já foi encetada. Isto não evita que Bond cruze-se com eles no túnel entre piscinas. «Don't mind me. You want the other fella in the pool. As you were.»

sexta-feira, agosto 03, 2012

Goldfinger

IMDb

Bond:
Sean Connery, o maior.

Sinopse:
Goldfinger tem um fascínio por ouro. Para além disso, graças a dinheiro que extorquiu, de certa forma, de mafiosos e outros, tem um plano para inutilizar o ouro que está contido numa das maiores reservas do elemento: Fort Knoxx. Cabe a Bond descobrir o plano e boicotá-lo.

Vilão/Capangas:
Goldfinger enquanto actor é um pouco miserável, mas como vilão é incrível. Tem uma panca por ouro. Tudo à sua volta, na sua vida, é influenciado por ouro. Até quando mata pessoas tem uma assinatura dourada. É mesmo muito bom. Mas não se fica por aí. Tem um dos melhores capangas deste universo Bond: Oddjob. Como resistir a um asiático entroncado, que leva com lingotes de ouro no peito e nem pestaneja e, culminar incrível dos culminares incríveis, a sua arma preferida é o bowler hat. Quero adoptar um Oddjob só para mim.

Bond Girls:
Todas muito loiras, ou não houvesse uma temática. Não é a minha cor preferida mas, mais uma vez, aparece uma das personagens épicas de Bond: Pussy Galore. E que podemos dizer de Pussy Galore, para além de tentarmos repetir este nome o máximo de vezes que conseguirmos? Que é uma mulher forte, pilota aviões, sabe judo, não se fica com Bond... até que cai nos seus encantos, como todas as outras. Não desfeiteando, atenção. Pussy Galore merece estátuas por todo o lado do mundo. Com platas com o seu nome em letras garrafais: Pussy Galore!

Gadgets:
Um primeiro carro com todos os brinquedos: nuvem de fumo, assento «ejetante», radar, armas, cena que estica de uma das rodas e rebenta com os pneus dos outros, matrícula variável, etc, etc etc. Não tenho fascínio por carros. Tenho fascínio por brinquedos.

Cena Bond:Bond está preso a uma mesa de ouro. Um laser corta a mesa a meio, começando entre os seus pés, caminhando lentamente até o seu... Digamos que é a arma princípal de Bond, vá. E ele safa-se. Pois claro que safa-se.

From Russia with Love

IMDb

Bond:
Sean Connery, com o seu delicioso sotaque em que arrasta as palavras.

Sinopse:
Surge a organização nefasta SPECTRE. Numa tentativa de fazer lucro e acabar com alguns inimigos comuns, SPECTRE envia uma mulher para seduzir Bond. Vai convencê-lo a roubar uma máquina descodificadora aos russos. Enviar uma mulher para fazer a cabeça ao Bond? Mas que pensavam estes artistas? Sim, mulheres poderão ser o seu ponto fraco, mas não esta moça. O plano de SPECTRE é que Bond faça o trabalho sujo por eles. Depois matam-no e vendem a máquina de volta aos russos. Não é domínio mundial, mas é um bom plano. Um passo de cada vez.

Vilão/Capangas:
O N.º 1 da SPECTRE é um homem a quem nunca vemos a cara, com um gato branco ao colo. Perfeito. Tendo em conta que este gato passa o tempo todo ao colo do N.º 1, seja lá ele quem for, não deveria ser o gato mais gordo do mundo? Ou será que a SPECTRE tem um plano nutricional saudável para o gato? Já em termos de capangas, a coisa melhora. A N.º 3 era uma velha russa bastante autoritária e o N.º 2 um génio do xadrez. Começam a ter as suas características muito específicas.

Bond Girls:
A russa tinha qualquer coisa. Não era femme fatale porque faltava-lhe o fatale. Mesmo que não se tivesse apaixonado por Bond, nunca a veria a matá-lo. Mal conseguiu traí-lo. Para além da «prenda», a mesma moça do primeiro voltou, a que deu a dica para a célebre frase. E duas ciganas que andaram à estalada, a certa altura. Que exagero de machismo se vê em From Russia with Love. Pessoas deviam esforçar-se mais para descobrir como viajar no tempo, só para voltarem atrás e proibirem este tipo de coisas.

Gadgets:
Uma mala (por 5€) com uma faca e dinheiro escondidos, para além de disparar e ter um método secreto para libertar gás. Grande Q!

Cena Bond:
Bond versus um helicóptero. De um lado um homem com uma espingarda portátil que tem só um tiro. Do outro, dois caramelos a tentar literalmente atropelar Bond, para além de terem armas e granadas. Sim, granadas. Quem acham que ganhou?

Notas finais:
Estamos no bom caminho. Está a melhorar a olhos vistos. E cada vez estou mais contente de ter começado esta epopeia. Por muito que seja uma da manhã e esteja a morrer de sono.

quinta-feira, agosto 02, 2012

Dr. No

IMDb

Bond:
Sean Connery, também conhecido como o original e verdadeiro Bond.

Sinopse:
Bond é enviado para a Jamaica para investigar o assassinato de agentes britânicos locais. Acaba por descobrir que um vilão tem planos para dominar o mundo, de alguma forma usando energia nuclear.

Vilão/Capangas:
Dr. No não foi só o primeiro, como deu também o mote para como um vilão do Bond deve ser. Isto em termos de intelecto. Dr. No é um génio, cientista especialista em energia nucler. Rejeitado pelo governo americano por ter tanto de insano como de genial, o bom doutor planeia destruir a potência mundial (da altura) e, lá está, tomar conta do mundo. Em termos físicos, a cena das mãos que destróiem coisas é aquele tipo de capacidade que deve ser deixado para os capangas.

Bond Girls:
Se há motes a serem dados e arquétipos a serem estabelecidos, Ursula Andress é um óptimo exemplo de Bond Girl: mulher bonita, não sabe representar, personagem meio burrita (temos que admitir) e que dorme com o Bond por nenhum motivo que não «porque é emocionante». Contudo, Andress não está sozinha. Temos não só a mulher que dá a dica para Bond estrear a sua mais célebre frase, como ainda uma capanguita que seduz Bond, levando-o para uma cilada. Claro que não é de estranhar que um filme dos anos 60, passado na Jamaica, tivesse muito poucas jamaicanas.

Gadgets:
Não há. Há boas cenas clássicas, como o local isolado onde o vilão tem o seu esconderijo e tece os seus planos maléficos, mas pouco mais. Não há relógios que disparam coisas, nem carros que andam debaixo de água. Nada disso... para já.

Cena Bond:
Também ainda não houve muitas «cenas Bond» neste primeiro episódio. O mais ridículo foi o vilão ter mandado matar Bond usando uma tarântula. O bicho foi subindo pelo corpo de Bond, por debaixo dos lençóis, acordando-o do seu sono nada profundo. Bond suava por todos os lados mas manteve a calma. Esperou que a aranha chegasse ao ombro e continuasse para a almofada. Assim que deixou de a sentir no seu corpo, saltou da cama arremessando o bicho na outra direcção. Pegou no seu... Bem, aquilo parecia uma pantufa, mas vamos acreditar que era algo mais másculo. Pegou no sapato, vá, e esborrachou-a ao som duma banda sonora muito condizente.

Notas finais:
É verdade, o mês de Agosto é «mês Bond». A ideia será ver todos de enfiada, culminando nos dois novos que, confesso, ainda não vi. Não é preciso fazer um alarido em relação à coisa. Não são os únicos que não vi. Acho que nunca tinha visto este Dr. No, por exemplo. Maior parte vi só aos bocados. Não só era tempo de honrar devidamente esta saga, como já tinha o plano de ver todos há algum tempo, terminando nos novos. Nunca deu. Há um trailer do terceiro último Bond que saiu hoje. Pareceu-me uma óptima dica para finalmente enveredar nesta aventura. Mesmo que depois ainda falte tempo até ao novo. Isso e Agosto é um mês fraquinho em termos de filmes para ver. Desejem-me sorte.

terça-feira, julho 24, 2012

Bullitt

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Que raio de pessoa seria eu... Aliás, que raio de pessoa que vê filmes seria eu, se não visse um filme com o Steve McQueen? Percebo e não percebo a mística deste personagem. Para já, ele só tem uma expressão. Por isso, chamar-lhe actor estará no limite do razoável. Contudo, o Clint fez isto durante todo o seu tempo enquanto «actor», por isso dou-lhe o desconto. É magro como tudo. Tem um ar sério, mas não diria durão. Dou-lhe um ponto forte a favor enquanto «herói de acção»: parece ser ele a fazer maior parte das cenas, mesmo as mais perigosas. É algo que já quase não se vê.

Bullitt teve alguém sobre a sua protecção ser assassinado. Este polícia de San-Fran, que terá mais poder nesta cidade que o presidente em todo o país, não se deixa ficar e não vai desistir até apanhar o culpado. Segue-se uma perseguição automóvel em muito bom registo, com aquele toque especial dos saltinhos nas várias «lombas» da cidade. Depois ainda persegue uma pessoa num aeroporto durante algum tempo. Isto tudo para dizer que o homem é incansável e não desiste. Ajuda ter poucas falas, que assim sempre poupa no fôlego, não é?

domingo, julho 22, 2012

To Kill a Mockingbird

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Ah, então é assim que se mata um pássaro que... errrr... goza com... cenas.

O registo de filmes antigos é sempre diferente. Confesso que não tenho percepção se funciona melhor que na actualidade. Admito que senti falta dum gancho usado seeeeeempre. O personagem principal tinha que ter um interesse romântico. Interessava para a história? Nada. Mas se fosse feito hoje em dia, uma vizinha ou mesmo a empregada teriam que marchar. Um advogado popular e correcto, viúvo ainda por cima, sem uma donzela que cortejar? Que ultraje. A acção principal é o tribunal. E essa cena está qualquer coisa de intenso. Tudo o resto foi um pouco paralelo demais para o meu gosto, culminando no choque que foi reconhecer o Robert Duvall muito novo, sem ter sequer uma fala digna de registo. Será que esta gente não sabe quem é?

sábado, outubro 08, 2011

Once Upon a Time in the West

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Acho um pouco peculiar este conceito de spaghetti western. Não o nome em si. Faz todo o sentido. É mais o facto de italianos terem um fascínio tal a certa altura pelas histórias de cowboys americanos, que desenvolveram todo um estilo cinematográfico. Se juntarmos a esta estranha ligação alguém meter o Charles Bronson num filme em teoria sério... O homem tem a mesma expressão o filme tooooooooooooodo! Mata alguém: expressão n.º 1. Aparece-lhe uma italiana muito atraente à frente: expressão n.º 1. Leva um tiro: expressão n.º 1. Vinga-se: expressão n.º 1. Arreia o calhau: expressão n.º 1. Acho que se alguém lhe mandasse um pontapé no baixo ventre, o homem continuaria com a mesma expressão.

Em todo o caso, percebe-se o fascínio pelo filme. Dentro do género, o enredo está bom, as representações são mais que suficientes e o misto entre planos fechados na cara de alguém (demorados) e as cenas de acção está bastante equilibrado.