quinta-feira, março 31, 2022

The Unforgivable


Não é o filme com a Sandra Bullock que queria ver este mês. Ela tem um no cinema que será mais divertido que Unforgivable. Chiça, ver tinta a secar é mais divertido que este filme. O último terço é duma agressividade enorme.

OK, sim, há uma parte expectável, mas que não queremos acreditar. Até que Viola Davis grita e tudo vem ao de cima. A mulher tem esse impacto. Dez minutos em cena é resolve tudo o que uma data de gente não conseguiu resolver nos últimos 20 anos. Quem pode, pode.

Bullock fez uma tentativa aos prémios. Não foi bem sucedida. Safa-se bem no drama mas, como eu, acho que toda a gente prefere vê-la a mandar umas larachas. O que até é pena, mas é o que é.

Nightmare Alley


Este filme é uma seca. É previsível. Não acrescenta nada ao mundo. Tem duas horas e meia, que mais parecem cinco. É bonito, sem dúvida, mas não sei como o acabei. Ou melhor, até sei. A meio desliguei, meti-me no telemóvel e vi pelo canto do olho. Se lhe tenho dado mais atenção, não teria terminado.

Death on the Nile


A ideia que tenho é que o filme foi adiado algum tempo, por causa da pandemia. O que terá afectado os resultados de bilheteira. Por muito que Branagh tenha tentado rodear-se de malta divertida no seu elenco (French & Saunders mais o Russel Brand! Imagino as noites de copos durante as filmagens.), a verdade é que DotN tem um ovo muito podre, mais um ovo daqueles que não sabemos quando foi comprado e, como tal, não arriscamos incluir na refeição.

Arnie Hammer entretanto está envolto em polémicas. Letitia Wright ainda não está muito, mas parece que tenta. Mal sabia o realizador que estes actores cairiam em desgraça, enquanto o seu filme esperou um par de anos na prateleira.

Gostei mais de Express do que de Nile. Talvez porque tivesse mais expectativas agora, dado que o primeiro surpreendeu positivamente. Talvez porque Hammer para mim sempre foi vilão. Na vida real, mesmo. É daqueles tipos que não «cheira bem». Logo, faça que papel fizer, aos meus olhos (ou nariz) será sempre o culpado. Mesmo quando fez de Lone Ranger. Mesmo assim, DotN não deixa de ser um bom filme, dentro do género.

Uma nota final, ainda sobre o elenco. Sou só eu a achar que Emma Mackey podia fazer de irmã da Margot Robbie?

quarta-feira, março 30, 2022

Moonfall


Que filme incrível!

Tenho andado um pouco de costas viradas para o cinema. Tenho visto mais séries ou revisto filmes antigos. Não tem saído nada novo que possa dizer que seja incrível. Basta olhar para os Óscares deste ano, ou dos últimos anos. Sei que é um exemplo parvo, especialmente porque é certo e sabido que as selecções da Academia estão longe de ser prova de qualidade. Mas são um exemplo. São uma amostra. Mesmo numa amostra deveria ser possível encontrar qualidade e/ou originalidade. Ainda não vi todos, mas parece ser só um conjunto de remakes ou cópias doutras coisas. Talvez haja um outlier, uma excepção, para além dos menosprezados filmes de animação. Desta edição, a única coisa que ficará para a história é a polémica duma estalada estapafúrdia.

Isto tudo para dizer que não encontro muita qualidade naquilo que tem saído, ultimamente. Até ter descoberto que alguém voltou a dar luz verde a um projecto de Emmerich. E ainda bem.

Digam o que disseram dos filmes deste homem, é entretenimento puro. São parvos e não fazem sentido algum. E então? São divertidos, emocionantes e sobem sempre, mas sempre, a parada. Se há mais de 25 anos este realizador destruiu a Casa Branca e locais de referência, agora destruiu Nova Iorque inteira (para além de muitos mais sítios, off camera). Como? Fazendo com que a Lua entre em colisão com a Terra!

Sim, sim. O mais pequeno desvio da sua órbita provavelmente seria suficiente para destruir tudo, mas aqui quase vemos a dita a roçar na superfície da Terra. Credível? Não. Espectacular de se ver? Claro.

Não é para isto que o cinema existe?

domingo, março 27, 2022

Super Troopers 2



OK, qual é a posição da policia politicamente correcta sobre um chorrilho de bocas aos Canadianos? O How I Met You Mother também o fez e não houve stress. Se bem que os problemas que os puritanos têm com a série começa e termina na existência do Barney. Dado o personagem que é e o que faz, não têm espaço mental para preocuparem-se com mais alguma coisa.

Se fosse Canadiano não me preocupava tanto com estas bocas. Teria sim pesadelos sobre a possibilidade de parte deste enredo vir a acontecer. Se vivesse na fronteira com os Estados Unidos e, de repente, esta mudasse e passasse a ser Estado-unidense... Acho que me dava uma coisa má.

Os Canadianos podem ser ridículos, mas ter de lidar com os problemas dos Estados Unidos... Jasus!

Super Troopers


Preciso de números. Tinha de ser uma coisa curta. E depois de Jackass tinha se ser alguma coisa com qualidade equivalente.

Troopers continua a ser um filme divertido. Talvez mais para quem está sobre o efeito. Mesmo assim. Talvez não sobreviva aos tempos politicamente correctos que vivemos. Estou-me a marimbar. Continuo a achar piada às coisas desta troupe.

Agora, será que tenho tempo hoje para rever a sequela?

Jackass Forever


O ser humano não devia gostar de coisas como Jackass. Mas gosta. Será pior gostar disto do que não usar uma máscara quando é suposto, ou invadir um país?

Aposto que ninguém estava à espera desta. Comentário político / social num post sobre um «filme» em que os «actores» são agredidos fisicamente no baixo ventre, de todas as formas e feitios. Agora, o que surpreende é que, mesmo depois de tanta «violência a sul» alguns deles conseguiram ter filhos. O corpo humano é uma coisa maravilhosa.

Não esperava ver outro Jackass na vida. Pensei que tinham acabado com a coisa. Foi uma muito alegre surpresa. E mesmo tendo visto mais pénis do que queria, espero que não tenha sido o último Jackass que vejo. A verdade é essa.

domingo, março 20, 2022

Out Cold


Hoje é dia de rever comédias parvas, pelos vistos. Ainda para mais começam ambas por O. Não foi de propósito. É mera coincidência. Juro.

A ironia em relação a Out Cold é que hoje esteve a nevar perto daqui. Em Março! Já não vai nevar como deve ser, claro. Mesmo que neve está demasiado sol e até calor, durante o dia, para que aguente. Até pode nevar a noite toda. Chega a manhã e está tudo derretido.

Moral da história é: se vai fazer um frio de cornos, ao menos que neve. É o mínimo que espero de qualquer Inverno. E este «Inverno» não nevou. É uma vergonha!

Old School


Vi um «clássico». Sim sim, é verdade. Para muita gente, Old School é um clássico. E porquê? Porque é a fantasia de maior parte dos homens. Estar casado, mas poder continuar a viver os tempos loucos de faculdade.

Atenção que eu também acho piada ao filme, ou não fosse um caucasiano nascido na década de 80. Mas daí ao filme ser referência numa data de sítios... Não pode ser referência de nada, convenhamos. Reforço que é divertido, para maior parte das pessoas (entenda-se «homens»). Só não é a última Coca-Cola no deserto, como alguns apregoam por aí.

sexta-feira, março 18, 2022

Kimi


Primeiro filme grande visto na HBO Max, serviço que tarda em impressionar-me. Tem mais algumas coisas que a HBO PT, sim. Mas também tem menos coisas, já que o ênfase é dado ao material norte-americano. Não posso queixar-me. Não estou a queixar-me. Se não fosse pelo Max não estaria a ver este filme em plena qualidade.

Claro que... Será que Kimi merece assim tanta atenção? Tem um par de detalhes interessantes e uma premissa porreira, mas a conclusão é tão despachada, sem termos bem tempo para perceber o que estava em causa.

Nao fiquei impressionado. Venha outro.

quinta-feira, março 17, 2022

After Yang


O filme é sobre uma perda do membro de família inteligente artificialmente, que teve uma falha técnica e não reinicia. É uma história profunda, séria e até bastante pertinente, mas devo confessar que, no início, vi potencial para um Weekend at Bernie's / A.I.. Quem não gostaria de ver um filme com malta a arrastar o corpo do Haley Joel Osment de festa em festa na praia?

O filme é bonito e aborda uma data de assuntos interessantes. Que faríamos nós com este tipo de presença nas nossas vidas. Ou como lidaríamos com clonagem, por exemplo. Tudo muito inteligente, mas nós andamos - na realidade, entenda-se - numa fase em que o planeta acusa falta de espaço e recursos para tanta gente. Vamos aumentar a população com gente artificial e/ou clones? Isto já nem dá para os pobres desgraçados que por aqui andam!

Deixo-vos com uma última questão, que creio ser relevante para que a nossa sociedade possa avançar do melhor modo: que raio são cristais de chá?

terça-feira, março 15, 2022

Turning Red


É bonecos, sim. Mas é diferente!

Eu não percebo assim muito do assunto. Aliás, não é assunto que me deixe muito confortável. Mas estou em crer que... Posso estar enganado, atenção. Reforço que não é assunto para mim. Mas... Talvez... Sem grandes certezas, este filme poderá, assim a modos que, ter a ver com... Talvez! É só uma possibilidade. Acredito que esteja profundamente enganado. É possível, remotamente. Assim ao de leve. O que tento dizer é que, quiçá, o filme poderá ter assim alguma coisa a ver com... o ciclo menstrual das mulheres.

Não. Agora que o ponho por escrito vejo que é parvo. Pensei que talvez houvesse, mas não há relação. Peço desculpa a todas as mulheres no mundo. Tem nada a ver.

Parvoíce.

PS - Acabou por ser um filme com uma cor adequada a uma noite que sim, foi dramática, mas com um final feliz surpreendente. :)

Batman: Hush


Ainda havia este, sim. Tenho muito mais filmes de reserva, mas este é o último do género. E foi um bom final de «lista de reservas».

Hush é uma boa típica história do Batman. Já tinha ouvido falar na BD no qual este filme é baseado. Não tive o prazer de ler e não sei se é ou não uma adaptação fiel. O filme, enquanto filme apenas, é interessante. Uma data de personagens envolvidos. Um bom mistério de quem é o novo vilão e qual o seu plano. E o Batman a roçar um pouco a felicidade só para, qual Ícaro, queimar-se à grande.

Será o ponto alto do meu dia, dado que daqui a pouco o drama será um pouco mais real.

Suicide Squad: Hell to Pay


Volto a precisar de números. Logo, volto aos filmes que pus em lista, dá última vez que precisei de aumentá-los. Coisas simples e rápidas. Não necessariamente desprovidas de qualidade, atenção. Nunca ninguém vai ouvir-me dizer mal de bonecos.

O conceito de Suicide Squad não só tem piada, como dá para contar algumas histórias algo diferentes ou, pelo menos, com personagens menos conhecidos e até originais. O problema é que corre-se sempre o risco de bater demasiado numa tecla específica. É o que acontece em Hell to Pay. Os personagens passam o tempo todo a traírem-se uns aos outros. Faz sentido. São maus da fita, todos eles. É natural que queiram «o tesouro» só para eles. Só que não se viu muito mais. Um par de detalhes inteligentes, mas quase a totalidade do filme foi o para trás e para a frente. «Vai para este. Não, fica com aquele. Afinal quem tem é a outra...» Não foi incrível.

sábado, março 12, 2022

Last Looks


Cinco minutos em cena de Morena Baccarin. Para que fique registado, é apenas o que preciso para ver um filme. E não é que tenha sido surpresa. É por demais óbvio no trailer que o tempo em cena seria diminuto. Serviu apenas de motivação para o personagem principal. O costume. Hollywood repete fórmulas e palermas como eu alimentam o monstro.

Se há uma verdadeira surpresa é que ainda há quem insista nas fórmulas e clichês gastos de Hollywood. Quem é que ainda acha ser possível fazer policiais à antiga, com o personagem principal a usar um chapéu característico o filme todo? Quantas vezes é preciso voltar aqui, até se perceber que o público não quer mais?

Posto isto, o filme tem alguma piada. Não muita, atenção. Alguma. Vive maioritarimente do carisma dum ou outro actor.

Scream


Pode dizer-se muita coisa, mas a verdade é que Scream é sempre uma montanha russa de emoções. Não todas boas. Maior parte, aliás, não são as melhores. Mas há picos positivos. Já é qualquer coisa.

Senti um pouco de tudo. Ligeiro entusiasmo por voltar ao universo. Arrependimento antecipado ao ver um recap (que só me lembrei de ver quando já tinha começado o filme). O recap foi bom, mas mostrou demasiado do repetitivo que são estes filmes. Sei que são suposto ser. É uma das piadas da coisa. Mesmo assim. E depois há as emoções do costume. Excitação com as surpresas. Mesmo que previsíveis, não deixam de ser interessantes. Mais o repúdio pelas partes por demais absurdas. E se há umas quantas. Demasiadas para enumerar. Todas ao mesmo nível, pelo que nem faz sentido especificar.

Como os reboots / sequelas (bem me parecia que ainda não havia nome para isto) mais recentes, este também goza consigo próprio. Goza com a facto de que só existe porque Hollywood continua sem ideias, mas sempre a precisar de capitalizar o que conseguir. E eu sentado no sofá a ver, como não podia deixar de ser.

sexta-feira, março 11, 2022

The Adam Project


Que fixe. Fizeram um filme com viagens no tempo, em que nada acontece. A sério. OK, sim, há tiros, explosões, montes de acção e muitas interacções cómicas, mas o resultado final é que ficou tudo na mesma.

Mais ou menos. Houve uma morte inconsequente, suponho. E uma data de gente perdeu o emprego. E outros não conseguiram obter emprego. Que será que o capanga mor acabou por fazer na vida, por exemplo? Aposto que tornou-se chef de pastelaria e foi à televisão. Esteve no British Bake Off. Ou na versão reles Americana, pelo menos.

Imagino-o feliz, com farinha por todo o lado.

Casse-Tête Chinois


Cá está ele. O terceiro filme que demorei nove anos a descobrir que existia. A segunda sequela dum filme que marcou-me. A continuação da vida de personagens que fazem parte de mim, de alguma forma.

Esquisito, isto. Não?

Depois de dois filmes onde anda apenas a passear por outros países, o personagem de Duris muda-se para Nova Iorque, indo atrás da ex (spoiler) e dos seus dois miúdos. Ela conheceu lá alguém. Não poderá ser grande surpresa. Já em Auberge tinha mostrado alguma panca por Norte-americanos. Coincidência das coincidências, a melhor amiga de Duris tem uma namorada, também ela Norte-americana, e as duas mudam-se também para NY. Ah, e Tautou tem reuniões na cidade, por causa dum projecto. Ou seja, o tipo emigra e a vida dele vai toda atrás. Que agradável para ele. Se me tivesse antes mudado para a cidade que não dorme, os meus também vinham atrás?

Não sei até que ponto Chinois é o final desta história. Imagino que sempre que se juntem, o realizador e os actores, falem em fazer mais um. Será daqueles projectos em aberto, que se surgir a oportunidade continua. A verdade é que foi mais um episódio muito bem contado e acrescentado, num universo que conhecemos bem.

Bolas, agora não quero que seja o último. Eu que até nem gosto de histórias intermináveis. Até pensava que esta estava encerrada. Mas agora que se abriu a porta novamente não quero despedir-me dos personagens.

Super esquisito.

quinta-feira, março 10, 2022

The Perfect Score


Façamos uma pequena pausa no que estávamos a ver. Hoje foi pedido «algo mais simples» e «menos Francês».

Tinha uma ideia demasiado romântica deste filme. Ignorando o facto de aqui estarem dois Avengers, o filme tenta ser um Breakfast Club moderno. Com tudo de Club. Incluindo a total falta de história. Nada faz sentido no grande roubo das resposta ao teste. Num momento escondem-se das câmaras e isso é um grande feito, para depois dum bocado estarem sentados, descontraídos, no mesmo sítio, a fazer tempo. As câmaras deixaram de funcionar?

É apenas um exemplo. Como este há vários. Aos olhos de hoje este filme é algo parvinho. Tirando uma coisa. A ScaJo estava incrível. Igual à memória que tinha. Será a única mulher no mundo que não fica pior de franja. Não é dizer pouco.

terça-feira, março 08, 2022

Les Poupées Russes


Lembrava-me pouco da sequela. O primeiro filme tinha tudo bastante presente. Este não. Convenhamos que só vi Poupées uma vez, enquanto que Auberge não sei quantas vezes vi.

Tinha apenas um sentimento bastante presente. Lembrava-me de pouco, mas havia uma parte que «sabia de cor». A relação final foi-me uma enorme surpresa na altura, e continuo a achá-la super estranha e a despropósito. Donde é que aquilo veio?! Já a minha senhora percebeu logo. Claro. Diz que no primeiro era óbvio que ela tinha um fraquinho por ele. Que havia alguma química entre os dois. Não vi nada disso. Nem então, nem agora.

Aproveito ainda para referir algo que não sei se já falei aqui no blogue. Duris surpreende-me muito. Porque conheço-o deste universo, acima de tudo. Já vi outros filmes com ele. Houve um momento em que aparecia em todos os filmes Franceses. É daqui que o conheço. É destes dois filmes que tenho memória dele, verdadeiramente, onde faz de totó quase todo o tempo. É também um miúdo birrento quando está com a mãe. E no resto engata miúdas super giras. O que não tem nada a ver. Noutros filmes Duris não é totó. E assim vemos a diversidade do actor. O homem vai de nerd a garanhão, chegando ainda a possível vilão. Acho que o truque é o cabelo. Quando tem o cabelo para baixo é totó. Quando sobe o cabelo torna-se pintas.

Venha de lá o terceiro!

domingo, março 06, 2022

L'Auberge Espagnole


Mais um revisionamento. A razão de ser é que há um terceiro! Sim sim. Para além das Bonecas Russas - que verei de seguida - há um terceiro filme deste universo. Três! Afinal são três e não dois, como sempre pensei. Isto quase parece o MCU!

É um pouco embaraçoso, mas este filme marcou a minha geração. E sim, admito, marcou-me. Mesmo batendo numa data de clichês. Tanto da altura como alguns que, também à custa deste filme, se criaram entretanto. Mesmo sendo agora um pouco pretensioso - e ainda demasiado ingénuo - não custou ver. Estava com receio que fosse mau. Obviamente que já não é o que que era, mas não foi terrível de se ver, não.

Ufa!

sexta-feira, março 04, 2022

Groundhog Day


Isto anda fraquinho no blogue porque o mundo não nos dá assim muita coisa interessante para ver. Pelo menos aos meus olhos. Ando sem vontade de ver o que tenho em carteira. Acho que tem sido bastante óbvio, com os (cada vez mais) constantes revisionamentos. E aqui entra Groundhog Day, o clássico filme,a referência maior para todo um género. Género esse que anda popular, hoje em dia, com séries e filmes a repetirem (no pun intended) o enredo de estar preso num loop eterno.

Sobre o filme em si, não tenho grande coisa a dizer. É óptimo. Quem nunca o viu, talvez devesse ver. Se bem que, para quem não teve interesse até agora, talvez não seja o melhor filme. Todos nós que conhecemos e gostamos, já o vimos mais que um par de vezes, por certo. O que tem sempre piada, de repetir algo que repete-se por si só. Mas a verdade é que não me lembrava de tudo do início, antes do loop começar. É curioso. Vi e revi várias vezes todas as cenas do meio. Sei falas de cor. Só que aquele início «normal»... Tinha praticamente zero memória. É curioso.

Um outro detalhe fixe do filme, que descobri há pouco tempo, é a maneira como filmaram. Ramis, conhecendo a forma como Murray é e como trabalha, sabendo perfeitamente que o amigo e colega é como os miúdos e cedo farta-se dum «brinquedo», ficando birrento, decidiu gravar o filme do fim ao princípio. Assim começou com as cenas em que o personagem de Murray estava bem disposto, acabando a produção com as primeiras cenas do filme, em que Murray era um traste insuportável.

Os génios não são só os que criam, mas também os que sabem lidar com os outros génios, tirando o melhor deles. Grande Ramis.

quarta-feira, março 02, 2022

The King’s Man


Eu não queria. Não queria mesmo. Porque gosto dos outros filmes, do realizador e do escritor da BD original. Gosto de tudo e o que queria era dizer que gosto desta prequela. O que não queria era dizer que este filme é mau. Mas tenho de ser honesto, suponho.

King’s Man é super previsível. Os personagens e as respectivas motivações são por demais incoerentes. Não tem notas extravagantes, como tinha o anterior, que dão-lhe identidade e a piada que este universo tem. E tenta ser elaborado em alguns pontos, sem necessidade nenhuma. Tenta ter uma maior participação na História, na nossa História verdadeira, só porque sim. Acaba por ser pretensioso.

Não sei se vai haver mais algum. Claro que deixam essa porta aberta. Se houver, espero que corrijam a coisa. Porque vou ter de ver. Claro. E gostava de não voltar a ver uma banhada.