sábado, março 31, 2012

Ghost Rider: Spirit of Vengeance

IMDb | Sítio Oficial

Depois de tantos erros com o primeiro, de casting, de enredo, de escolhas em relação a que parte da BD contar... erros com tudo, no fundo - acho que podemos considerar o primeiro todo um erro gigante -, e mesmo depois de tanto tempo para emendar a mão (e tiveram uma hipótese de emendar a mão, sequer), como é que esta gente decide fazer um segundo filme nestas condições? Ghost Rider: Spirit of Vengeance é miserável. Aproveita-se a Violante Placido e mais nada. O Cage está completamente esquizofrénico. Os efeitos não estão nada de especial e a sua utilização é, maior parte das vezes, injustificável. Percebo o que queriam contar, mas falharam. O vilão é mau. O seu capataz é muito pior. Tudo um pouco mais horrível.

Muitos parabéns, rapazes. Fico à espera do terceiro.

The Vow

IMDb

Não serei a pessoa mais indicada para defender o Channing Tatum. Aliás, se há coisa que faz-me confusão é que seja escolhido para romances. Coisas de acção compreendo, agora romances... ter que mostrar emoções e tudo mais. O que é certo é que tenho que defender Tatum, neste caso. Não que tenha finalmente aprendido a representar ou que aqui faça um papel incrível. Tatum é sim um gajo espectacular e a Rachel McAdams é uma c@br@. Porque ele tenta tudo por tudo salvar o casamento depois dum acidente em que ela perde a memória. Porque ele passa duma vida perfeita em que não tem que lidar com os amigos e a família dela, para ter que andar a correr atrás dela e a pedinchar a estas pessoas. Porque abdica de tudo, até do seu desagrado com gatos, para ter esta mulher que não só não se lembra dele, como ainda por cima está longe de ser a pessoa com quem ele se casou. E ela a marimbar-se para tudo, querendo é ser mimada pelos papás. pffffffff Estas artistas.

The Awakening

IMDb | Sítio Oficial

Para o que pretende ser não está nada mau, ajudando ter um bom elenco. Confesso que vim aqui parar por causa de Rebecca Hall, por nenhum outro motivo que não o facto de achar que é um excelente actriz. Juntamos Imelda Stauton e Dominic West e sinto-me bastante confortável, apesar de estarmos a falar de casas assombradas. Passava bem sem o chorrilho de miúdos britânicos todos iguais (tirando o ruivo), mas não se pode ter tudo.

Falava eu em bom elenco que ajuda ao que o filme pretende ser. O único problema é que The Awakening pretende ser o I see dead people, versão britânica 1920. O desenrolar foi bom até certa parte e o final até surpreendeu um bocado, mas tive quase que parar o filme para ver se estava a perceber tudo e, sinceramente, pareceu-me um esforço demasiado grande para um sábado de manhã. (Sim, quero pensar que o tempo parou e ainda é sábado de manhã. E depois?)

A Few Best Men

IMDb | Sítio Oficial

Por incrível que possa parecer, acabei de ver um filme com a Olivia Newton-John. É verdade. Muita gente não acharia possível, mas o que é certo é que aconteceu. Ela canta? Sim, nos créditos finais. Não é o ponto fulcral. Aqui é mais o dar na coca, beber como uma esponja e dar chapadas nas nalgas dos amigos do noivo. Uma coisa assim mais simples.

A Few Best Men é uma comédia tonta sobre um casamento dum pobre rapaz com uma rica moça, muito pouco tempo depois de se terem conhecido num paraíso na Ásia. Sim, imagino que tenham ido ver um ping-pong show e, no meio da neblina de fumo e desespero, os olhos cruzaram-se (Esta expressão só funciona em inglês, não é? Em português só parece que estou a falar de alguém vesgo.) e foi amor à primeira vista... seguido de luxúria, alguma insanidade e claros erros. A Few Best Men tem alguns momentos engraçados. Mais que não seja tem sempre piada ver um homem com o braço inteiro dentro do rabo dum cordeiro. Até rima.

sexta-feira, março 30, 2012

Le Gamin au Vélo


Há duas coisas que tiram-me verdadeiramente do sério.

Uma são miúdos irritantes e mal agradecidos. É o caso do personagem principal. Abandonado pelo pai (já nem sei que aconteceu à mãe), vive num orfanato e tem apenas uma preocupação na vida: a porcaria da bicicleta. Vá-se saber como e porquê, uma cabeleireira (bem gira, como só as belgas conseguem ser) decide adoptá-lo. O miúdo agradece? Claro que não. Revolta-se e porta-se mal, ao ponto de afugentar os namorados da moça. Mete-se em judiarias com os meliantes locais. Esperneia e foge. Não há paciência para estes miúdos. Só à chapada, mesmo.

A outra coisa que tira-me do sério são franceses.

quinta-feira, março 29, 2012

Game Change

IMDb

Tenho que admitir: adoro a Sarah Palin. Mais ainda depois de ter visto Game Change, onde ela sai-se como burra de todo o tamanho, com um ego do tamanho do estado onde foi governadora (será que ela autorizou este filme?). Não tenho problemas com gente que não sabe coisas, já gente que tem a mania que sabe e recusa-se a aprender, culpando os outros pelos seus erros... Sim, é um facto, a Sarah Palin é um ser humano incrível. E ainda bem que ela apareceu quando apareceu. Ainda bem que ela deu-nos todas estas alegrias. Desde o Clinton que um político não dava azo a tantas situações humorísticas, para além de filmes baseados na sua pessoa, sejam de teor mais convencional, como este Game Change, sejam de um teor mais adulto. Mais que não seja, Game Change mostra-nos os republicanos a serem idiotas. E gosto disso. Gosto mesmo muito.

Haywire

IMDb | Sítio Oficial

Como com todos os filmes de Soderbergh estava muito de pé atrás. Ajuda ter um óptimo elenco, claro. Estranho como toda a gente quer trabalhar com ele. Talvez seja uma questão de associação. Querem trabalhar com ele porque querem estar perto do Clooney, de alguma forma. É uma boa possibilidade. Em todo o caso, falava eu em pés atrás. Haywire começa de forma algo morosa. Um encontro num qualquer diner, no meio de lado nenhum. Temos a mui portentosa Gina Carano (definição de mulherão, a sério; no dicionário estará lá a foto dela associado a «cavalona») sentada à espera de alguém. Aparece o Channing Tatum (perfeito para estes papéis, não fosse o facto de ser incapaz de representar) para surpresa da über mulher, que esperava outra pessoa. Apesar de tudo, a primeira sensação que dá é ser uma briga de namorados. Ele quer que ela volte. Ela quer que ele vá bugiar. Até que POW!, dá-se uma arraial de porrada entre homem e mulher nunca dantes visto em tela. Foi qualquer coisa de brilhante, envolvendo ainda actores secundários e figurantes. Mas há mais! A partir daí, no meio das cenas que fazem parte destas coisas (vulgo «enredo»), a temível mas encantadora Gina continua a tareia a meninos bonitos/queridos/da moda de Hollywood e despacha... bem, não me apetece listar. Despacha toda a gente do cartaz, basicamente.

Haywire tem uma história banalíssima que deixa para o final a justificação de tudo, não sendo propriamente grande revelação. O especial do filme são mesmo as cenas de acção que, em meu entender, são a não perder... mais que não seja porque envolve uma Gladiadora Americana, gira como tudo e que podia dar-me uma carga de porrada sempre que quisesse.

segunda-feira, março 26, 2012

Seeking Justice

IMDb

Há aqui umas quantas teclas batidas até à exaustão. O Nic Cage continua com papéis demasiado bons. Ou seja, é sempre aquela pessoa normal que mantém demasiado bem a calma, mesmo em situações extremas. Não sei se gosto. Eu aprecio o Cage histérico. Tenho saudades do Cage histérico, aliás. Depois temos January Jones a fazer de vítima. É violada, espancada e até raptada, tudo em alturas diferentes. Já chega, não? Por fim, sendo algo diferente, temos Guy Pearce a levar nos cornos. Confesso que apreciei dessa parte.

Seeking Justice apresenta um bom trama. Uma sociedade secreta de homens de negócio que, nos seus tempos livres, são vigilantes, ajudando-se uns aos outros a castigarem os que tendem a conseguir escapar à justiça. Cage vê-se metido neste filme quando a esposa é violada, só que os «bonzinhos» dos vigilantes afinal não são gajos muito porreiros e já esticaram a corda mais que uma vez. O filme perdeu-se no final, como tende a acontecer nestas películas e as últimas cenas são para lá de lamechas/clichês, estrangando tudo.

domingo, março 25, 2012

A Beginner's Guide to Endings

IMDb

Harvey Keitel tem cinco filhos de três mulheres diferentes. Não seria tão grave se não tivesse tido dois deles enquanto ainda estava casado com a primeira. Cada filho não podia ser mais diferente do outro (o último até é meio asiático), mas todos têm a costela de perdedor do pai, dê por onde der. No início do filme Keitel suicida-se. Mais à frente percebemos porquê: três deles foram submetidos a uma droga experimental, em testes, para todos (o pai) poderem ganhar um dinheiro extra. À custa dessa droga morrerão num futuro demasiado próximo. Por vergonha pelo que fez aos filhos, Keitel vai desta para melhor, e agora os três rapazes viverão a vida como se não houvesse amanhã. Até que, no final, como que por milagre, o pai virá salvá-los.

The Myth of the American Sleepover

IMDb | Sítio Oficial

Queridos estado unidenses,

filmes como estes são a razão pela qual os «terroristas» odeiam-vos. Os vossos filhos andam pelas ruas à noite com um único pensamento na cabeça: comerem-se uns aos outros. Vários(as) na mesma noite. Comerem uns para esquecerem outros. Comerem outros porque se esqueceram de uns. E se um ou uma der o corte, há sempre mais três ou quatro que quererão.

E o que assusta verdadeiramente os «terroristas» é que tudo isto ocorre com o vosso consentimento ou, pior, sem vocês conseguirem fazer nada para o impedir.

Era só para esclarecer esta questão.

Cordialmente me despeço,
DaMaSCo

sábado, março 24, 2012

We Bought a Zoo

IMDb | Sítio Oficial

E porque não?

Porque não ver um feel good movie «de família» realizado por Cameron Crowe, onde o Matt Damon compra um jardim zoológico? Porque não ver apesar do péssimo título mas excelente (até demasiado boa para o que é) banda sonora? Porque não admitir que a miudinha nos fez sorrir? Porque não aceitar que sim, haverão momentos doces e dramáticos que vão quase fazer cair uma lágrima? Porque não aceitar algumas cenas lamechas? Porque não aceitar que se calhar não são assim tão lamechas? Porque não querer ter um novo primeiro amor como dos adolescentes? Porque não ficar maravilhado com os animais. Porque não ter vontade de ir ao Zoo? Porque não ter pena de não ouvir mais histórias, contar mais histórias, ver e sentir mais?

Porque não tentar?

Justice League: Doom

IMDb

Justice League: Doom junta dois pormenores de história que gosto bastante. Um é quando os maus formam uma equipa para lutar contra os bons. A outra já envolve historial da DC. O Batman é uma sacana, no fundo. Como é que alguém se dá com ele por qualquer outro motivo que não tê-lo do seu lado, não faço ideia. Porque é que é um sacana? Porque nos seus tempos livres pensa em maneiras de travar os «amigos», não vão eles tornar-se mauzarocos. Ninguém sabia disto, embora só seja necessário conhecer o sacana para imaginar que faria uma coisa destas. O problema é que alguém roubou-lhe os segredos e agora sabem como derrotar os maiores heróis do mundo... da DC.

Gosto que a DC esteja a contar as suas melhores histórias mantendo as vozes de filme para filme. Só faz-me alguma confusão como é que alguém que fez de Lex Luthor agora dê voz ao Flash.

quarta-feira, março 21, 2012

This Must Be the Place

IMDb

Com Sean Penn muito moroso e o filme lento como tudo, nos dois dias que vi (ontem comecei, hoje acabei) ia adormecendo. A temática e a maneira de contar a história até está engraçada. Nota-se claramente que são pequenas histórias coladas umas às outras, sempre com Penn como fio condutor. Contudo, não é um colar forçado. Não está colado a cuspo. Está tudo bem ligado e algumas coisas até bem interligadas. Outras nem por isso, mas não arruína, nem mesmo incomoda tudo o resto.

O problema é mesmo Penn. Não consigo gostar dele.

Curioso é como tanto hoje como ontem, a música que me fica na cabeça é outra dos Talking Heads.

Letting the days go by/let the water hold me down
Letting the days go by/water flowing underground
Into the blue again/after the money's gone
Once in a lifetime/water flowing underground.

segunda-feira, março 19, 2012

Janie Jones

IMDb | Sítio Oficial

É verdade. São 9h30 e já vi um filme. Acordei eram 7h20. Antes que o choque vos faça deixar cair qualquer alimento e/ou taça/prato que contenha o vosso pequeno-almoço, tamanho o choque, devo dizer que adormeci ontem eram 19h20. Sim, cerca de 12 horas foram necessárias para recuperar do cansaço que foi este fim-de-semana. Não que tenha algo a ver com este blogue e a sua temática, mas posso aqui partilhar que foram quatro dias intensos, sim, mas partilhados com uma equipa formada por pessoas incríveis provenientes de duas empresas diferentes, assim como com pessoas maravilhosas, algumas já conhecidas, outras que conheci e que espero vir a conhecer um pouco mais. Talvez ao longo do ano. Talvez mais um pouco para o ano.

Posto isto, Janie Jones é a história duma miúda talentosa que, felizmente, não herdou a idiotice dos pais. A mãe é uma drocadeca meio galdéria, que numa noite há 13 anos teve a infeliz ideia de dormir com o vocalista duma banda que falhou em tornar-se muito famosa. Procurando tentar largar a droga, a mãe entrega a miúda ao pai. Uma diva que, embora não esqueça a sua mala em hoteis, antagoniza constantemente os outros membros da banda, ao ponto de ser abandonado por todos. Sem dinheiro, o palerma tem que continuar a digressão, agora apenas com a filha que não sabia que tinha, mas que vai conseguir salvá-lo, apesar da tenra idade.

Caso para dizer que, caso as crianças tenham talento, valerá mesmo a pena ter filhos, não?

quarta-feira, março 14, 2012

Columbus Circle

IMDb | Sítio Oficial

Columbus Circle é um daqueles filmes que chama burro ao espectador desde o princípio ao fim. Passa-se uma cena e eles voltam a dar outra cena que justifica essa, que passou-se minutos antes. Eu sei que é por causa disso que a personagem disse o que disse. Eu vi isso há 10 minutos atrás, caramba! A coisa ganha uma dimensão ainda maior de ridículo porque o filme tem 82 minutos e 30 desses são passados a dar cenas anteriores. Um filme com previously constantes. Sim, ridículo elevado a n.

A outra coisa que passa facilmente é que os actores, ao produzirem também o filme, escolheram que papéis queriam fazer, independentemente de terem ou não jeito para os interpretar.

Tentando terminar com uma nota positiva, foi estranha a primeira cena com a Selma Blair, porque estive o tempo todo a pensar que era a Jennifer Jason Leigh que se arrastava lá atrás no escuro.

Ah não, espera. Isto afinal não é uma nota positiva. É só uma constatação que a Selma Blair não tem personalidade própria. Ups!

segunda-feira, março 12, 2012

Underworld: Awakening

IMDb | Sítio Oficial

Tenho uma relação estranha com filmes de «Underworld». Começou com um fascínio, aumentando expectativas ao ponto de nunca serem satisfeitas. O primeiro poderá ter ficado aquém, mas a Beckinsale compensou, convencendo como heroína de acção. Depois dessa primeira aventura/desilusão, acabei por esquecer o franchise. Com o segundo esperava tudo de mau que geralmente é associado a uma sequela. Outra vez errado. Carregou nos botões certos e deu-me uma agradável experiência cinematográfica. Voltei para o terceiro, sem saber se seria como a primeira vez ou se como a segunda. O receio fez com que não conseguisse apreciar a experiência. Agora, com o quarto, deixei-me ir, sabendo que, apesar de não serem os filmes da minha vida ou mesmo algo em que pense com regularidade, são sempre horas agradáveis com lobisomens, vampiros e humanos todos à porrada, tudo para meu entretenimento.

Para o caso de haver dúvidas, comparei estes filmes a uma ex-amante. Alguém por quem nos apaixonamos à primeira vista, pensando que é com aquela pessoa que vamos passar o resto da vida, só para ficarmos desiludidos porque a realidade nunca consegue suplantar a fantasia. No entanto voltamos a ela, de quando em vez, porque nos encontramos na rua, porque um acaba por ligar ao outro para falar de algo, porque nos sentimos confortáveis um com o outro.

Pena que só tenha isto com filmes. Ainda por cima com a Beckinsale que, por muito que seja boa a matar tudo o que lhe aparece à frente, é uma completa tronga a andar, o que corta um pouco a broa de máquina assassina.

domingo, março 11, 2012

The Sunset Limited

IMDb | Sítio Oficial

Corman McCarthy escreve. Tommy Lee Jones realiza e interpreta, ao lado de Samuel L. Jackson. Não há mais nada. Um conjunto de ruídos do exterior completam o cenário, mas no fundo temos «apenas» estes dois homens fechados num apartamento a proferir as palavras do primeiro.

Jones tentou suicidar-se. A acção no filme decorre depois deste acto. Jones tenta lançar-se para uma linha de comboio e Jackson terá impedido tal de acontecer, levando-o para casa logo após. Jackson não é um homem caridoso. É um homem com um passado criminoso, de violência. Jones é professor universitário, sendo a sua decisão de acabar com a própria vida algo pensado, muito racional. Jones não acredita mais na humanidade, se é que alguma vez acreditou, e quer apenas silêncio, paz, escuridão. Jackson encontrou dEUS na prisão (acho que foi lá só de visita, como que passando na casa, num jogo de Monopólio), o que o «obriga» a fazer o que é correcto. Jackson já fez algumas coisas bastante horríveis na sua vida, de tal modo que teve que impedir Jones de fazer a mais horrível da dele. Dois homens discutem durante hora e meia a vida, filosofia e até culinária. E, por incrível que pareça, até que é interessante.

Kids in the Hall: Brain Candy

IMDb

Os miúdos do tipo SNL, versão canadiana, fecharam as suas judiarias da década de 90 com este filme. Em meu entender deveriam ter fechado bem mais cedo. Talvez com a série. Talvez, antes. Ok, não antes. Apesar de tudo, alguns destes miúdos ainda fizeram coisas engraçadas nestes últimos quase 20 anos.

Está quase a fazer 20 anos desde a meio da década de 90. Que deprimente. Bem que podia tomar um destes comprimidos que os miúdos inventaram, que faz as pessoas ficaram sempre felizes, como foram no melhor momento das suas vidas.

Qual será o melhor momento da minha vida? Terei tido um sequer? Já tive uns fixes, claro. Mas O melhor momento... não sei. O que vale é que sou novo. Não, nem por isso. Está quase a fazer 20 anos desde que comecei a tornar-me pessoa. Bolas.

Un Monstre à Paris

IMDb | Sítio Oficial

1910. Dois amigos desorientados e meio totós com mulheres entram no laboratório dum cientista a roçar o maluco, mas com boas ideias. O cientista não está presente e os amigos começam a mexer onde não devem. Acidentes ocorrem e entre um girassol gigante e outras coisas, acabam por criar um monstro e pô-lo à solta em... onde é que isto se passa, mesmo? Só que afinal o monstro não é monstro nenhum. É apenas uma pulga gigante simpática que pode não falar, mas tem uma apetência para a música, fazendo parelha com uma cantora de cabaré, que não é bem bem cabaré. Divertido qb.

sábado, março 10, 2012

Excalibur

IMDb

Não sei como vim a descobrir esta versão do início dos anos 80. O que é certo é que estava a gostar. O início começou da melhor forma, contando a história com mais alguns pormenores, menos usuais. Começamos com o pai do rei Artur. Tende-se a contar a história mais focado apenas nele. Houve uns desenvolvimentos interessantes. Uma intensidade maior dada à narrativa. Até aqui tudo bem. Só que depois veio aquele toque artístico de final dos anos 70. Não gosto. Aquela coisa demasiado dramática que não se justifica. E a partir daí já reparava mais nos pormenores maus do que propriamente na história. O Merlin é mau demais. Péssimo actor com uma interpretação horrível, ao qual não ajuda algumas frases bem miseráveis. Não prestei muito atenção ao último terço, parte aliás que até era dispensável. Valeu para ver algumas caras conhecidas e bem mais novas do que tenho visto nos últimos tempos. Talvez tivesse mais piada na altura. Talvez não.

One for the Money

IMDb

Katherine Heigl está a ter um percurso estranho. Uma coisa é passar da comédia romântica para a comédia com um pouco de acção. Compreendo isso. Faz sentido. São dois géneros que dão muito dinheiro. São semelhantes. E assim não cansa muito o público, a fazer sempre exactamente a mesma coisa. Agora, passar de comédia com um pouco de acção, para algo pouco cómico com alguma acção e um pouco de policial, isso já é estranho.

Heigl vendia cuecas no Macy's. Foi despedida e tem que fazer pela vida. Não, não recorre a esse tipo de emprego, embora seja notório que tem atributos para tal. Como é uma moça saída da casca de Jersey acaba por tornar-se bounty hunter. O seu primeiro trabalho é capturar o homem que tirou-lhe a virgindade há muito tempo atrás, e que não lhe ligou no dia seguinte. É um polícia que terá morto um meliante sem motivo aparente. Heigl tem assim que começar a interagir com pessoas de reputação duvidosa. Algo que não lhe era estranho, dado que vive em New Jersey.

The Adventures of Tintin

IMDb | Sítio Oficial

A sério, qual é a piada deste personagem? Os secundários ainda percebo. Os secundários são engraçados. Não fazem uma história sozinhos, mas têm piada. Agora o Tintin... Só aquele cabelo, a juntar ao cão... Eu não quero dizer que o Tintin é mega gay. E nem é como se houvesse algum problema com isso. Não vejo mal nenhum numa criança ter uma referência homossexual. Incomoda-me sim que tenha uma referência homossexual que está enfiada no armário, como se fosse errado um homem gostar de outro homem. Mas voltando ao Tintin e à sua poupa ridícula. Eles até gozam com isso. A porcaria da poupa não se desfaz, nem com uma hélice de avião, nem com o palerma debaixo de água. É ridículo. Já em relação ao filme, porque carga d'água é que mudaram o nome ao Milu que, aliás, sempre pensei que fosse A Milu?

Ressabianços à parte, não achei que a história ou o próprio filme estivesse alguma coisa de especial. Incomodou-me profundamente que o personagem e os seus associados destruísem uma cidade só para apanhar um falcão (como é que alguém faz uma perseguição por terra a um falcão?!), sem qualquer tipo de consequência. É que mandaram prédios inteiros abaixo e nem uma policiazita para chatear-lhe a poupa. Muito, mas muito patético.

Young Adult

IMDb | Sítio Oficial

Seguindo a temática de ontem de pessoas que não querem crescer, agora temos a versão feminina. Enquanto ontem tínhamos um idiota que sempre foi um perdedor no secundário e que mesmo hoje em dia não tem grande coisa a que se agarrar, hoje temos a moça que era popular e hoje em dia ainda é relativamente bem sucedida. Só que não é suficiente. Porque o casamento falhou. Porque a série de livros que escrevia foi cancelada. Porque a vida tornou-se enfadonha, cansativa e difícil. Logo, nada como tentar voltar atrás ao período em que era feliz. Não necessariamente à terra onde nasceu e cresceu, sítio esse demasiado pequeno. Um regresso sim à relação idílica que, mesmo não tendo resultado, continua a ser o exemplo do que uma relação deve ser. A única cena chata é que o ex acabou de ter um filho com a esposa. Não é coisa que vá impedir esta jovem adulta de tentar.

Gostei muito do papel de Theron, mas não é o meu filme preferido do Jason Reitman ou da Diablo Cody.

sexta-feira, março 09, 2012

The Sitter

IMDb | Sítio Oficial

Vamos nem falar muito do filme em si, que lembrou-me demasiado o Adventures in Babysitting. Qual seria o nome em português? Não me recordo. Mesmo em inglês não sabia. Pensava que era o Don't Tell Mom the Babysitter's Dead. Tive que fazer uma pesquisa. Este será o grande problema de ver demasiados filmes. A partir de certa altura, qualquer coisa que veja lembra-me sempre outra coisa qualquer. Não que The Sitter não tenha mérito só por si, mas tem dois ou três pormenores que estragaram-me a experiência. Mas lá estou eu. A ideia era evitar esta conversa para não estragar o filme a quem queira vê-lo. O que queria mesmo falar era no Jonah Hill. Não morro de amores pelo rapaz, mas também não o odeio. Tolero-o, vá. Teve já momentos em que fez-me rir. Não lhe nego algum talento. Maior parte das vezes irrita-me. Também por inveja, claro. Eu sou gordo e tenho piada. Não muita, mas pelo menos tanta como este palerma. Porque é que eu estou onde estou e ele está onde está? Bolas. Esta ainda não é a questão que queria abordar. Este palerma... vá, este cavalheiro sempre foi gordo. Umas vezes mais que outras. Já vi alguns em que estava gigante. Aliás, até cheguei a meter uma imagem disso aqui no blogue. E sim, neste nível de gordo a coisa é mais complicada. Já não é ser gordo, é ser obeso. Noutras alturas, maior parte delas, em boa verdade, era só gordo. Agora, mesmo nas fases mega gordo, acho que nunca o vi com tão mau aspecto como quando esteve agora magro. Acho que já voltou a engordar, mas agora nos Globos de Ouro, ou quando raio foi, logo a seguir à lipoaspiração (ninguém me convence que ele perdeu o peso naturalmente), ele estava com um aspecto horrível. Doente, mesmo. Muito pior do que gordo. Fui só eu a achar isto?

terça-feira, março 06, 2012

The Express

IMDb | Sítio Oficial

Este filme fez-me pensar num outro objectivo que um actor de cinema em Hollywood possa ter. Sim, claro, todos ou quase todos almejam ganhar o famigerado Oscar. Não que seja o mais conceituado - até será cada vez menos -, mas é o mais mediático. É o que fica nos anais. É o que toda a gente se lembra. Sei lá eu quem ganhou o Globo de Ouro este ano, quanto mais nos anteriores. No entanto, para os actores que sejam fãs de desporto, ou mesmo só profissionais que queiram riscar determinados itens da lista (fazer um filme com o Kevin Bacon, para serem o primeiro grau no jogo, por exemplo), há que fazer um filme em que são o treinador que dá um discurso épico de motivação. Estará ao nível de militares a comandarem as suas tropas antes duma batalha. Aquele discurso que arrepia. Que fica no ouvido. Aquelas palavras que queremos dizer enquanto homens, que enconrajam outros a fazer grandes feitos. Que ficam na história, cá está. Tem que ser um objectivo na carreira de um actor. É como ser promovido. Está ao nível de apenas alguns. E cada vez será mais difícil conseguir este papel. Porque se antes haviam jogadores que merecem ter a sua história contada, hoje em dia são cada vez menos. Pelo menos com este teor, de ser o herói e suplantar adversidades. Vão é começar a aparecer mais filmes em que os enredos passarão por formas criativas de esconder prostitutas mortas e sacos cheios de cocaína. Continuarão a ser «heróis» para muita gente, mas não se pode dizer que sejam uma influência positiva.

Em The Express a honra do papel de orador épico coube a Dennis Quaid. Já o merecia, é um facto. Uma salva de palmas para Quaid, que chegou a um ponto na carreira onde muitos quererão chegar, mas poucos conseguirão.

segunda-feira, março 05, 2012

Like Crazy

IMDb | Sítio Oficial

Piadinha à parte, andava doido para ver este filme. Também pelo teor da história. Muito porque adoro o Anton Yelchin. Só que, como qualquer relação, tudo mudou de um momento para o outro. O rapaz impressionou-me no Star Trek onde, à semelhança do resto do elenco, sobressaiu mesmo com o peso de anos de continuidade e de construção do seu personagem por outro actor. Anton acabou por dar ainda mais nas vistas dada a sua idade, sendo provavelmente o mais novo, ou dos mais novos dentro do elenco. A partir daí fui acompanhando a carreira, tando do que fez a seguir, como coisas antes. E a admiração cresceu. O rapaz tem muito talento, para além de um ar simpático que ajuda-me a não odiá-lo pelo seu sucesso, como acontece com alguns outros. Era fã. Era. Tudo mudou quando o vi neste filme enrolado com a Jennifer Lawrence, outra moça que ando a seguir a carreira, também porque faz bons filmes. Nesse instante a inveja suplantou a admiração. Pior ainda, o personagem de Anton rejeita não uma, mas duas vezes Jennifer, para estar com outra miúda. Não que tenha alguma coisa contra a moça apaixonada de Anton, mas...

Certo dia, Anton encontra uma carta no limpa-párabrisas do carro. Não era publicidade ao último restaurante nepalês a abrir no bairro. Era uma carta de Felicity Jones a declarar... bem, não o seu amor. Isso não é coisa que os miúdos façam hoje em dia. Também não era uma carta de «Gostas de mim: SIM | não». Felicity declarava o seu interesse, o interesse num colega de faculdade. Intrigado, Anton responde e o casal tem o seu primeiro encontro oficial. A relação floresce, cresce, amadurece... e outras coisas acabadas em ece. Até que o visto expira e ela tem que voltar para a terra natal: merry old England. Devido a não terem sido pacientes (inerente à idade e aos cérebros enibriados de endorfinas, provocadas por horas de cama) a moça vê-se num imbróglio legal que a impede de regressar para os braços do rapaz. Like Crazy relata estes anos, este período em que se conheceram nos primeiros meses, e todos os restantes anos que lutaram para voltar a estar juntos. Não quero com isto dizer que é uma coisa estupidamente dramática. Não há discursos nem cenas intensas de tribunal. Os miúdos até são bastante racionais e pragmáticos e, tirando a atitude que os deixou em apuros, a partir daí portam-se bem e são pacientes. Reconhecem que é demasiado difícil a cena à distância e tentam continuar com as suas vidas, cada um para seu lado. E aqui percebemos que a relação não é só uma paixoneta interpelada pelo Atlântico. Porque eles tentam acabar, reconhecendo a dificuldade. Só que há sempre algo que os volte a empurrar um para o outro: o gostarem um do outro, de sentirem a falta um do outro, de like, miss and love each other like crazy (lamento, mas isto só faz sentido em inglês).

É uma bonita história de amor. Daquelas que conheço bem quem ia adorar.
Trágica, entenda-se. Como todas serão.

domingo, março 04, 2012

Albert Nobbs

IMDb | Sítio Oficial

Se alguém quiser ver os mamilos à Glenn Close, se alguém no mundo alguma vez teve esse sonho, este é o filme a ver.

Close faz passar-se por homem. Foi algo que cedo teve que fazer, de modo a poder trabalhar. Enganou toda a gente. Ninguém suspeita e só uma outra moça na mesma situação acaba por descobrir. Close é uma bastarda. Foi usada e abusada por homens muito nova. Isto fê-la retrair-se imenso. Até aqui... bem, sim, tudo horrível, mas Close sobreviveu e vai acumulando dinheiro, enquanto trabalha numa pensão. O sonho é ter o seu próprio negócio: uma tabacaria. O pior é quando começa a sonhar com ter uma moça a viver e a trabalhar com ela/ele. O problema é quando acha que a Alice é uma boa opção. Porque não é. Não é de todo. E nem é porque tem um namorado idiota. É mesmo porque ela própria é uma idiota e não merece um rapazinho tão sério como a Glenn Close.

Goon

IMDb | Sítio Oficial

Acho maravilhoso um desporto em que tudo pára para dois gajos andarem à porrada. É mesmo assim. Faz parte das regras. Se dois gajos decidirem andar à porrada, o árbitro tem que os deixar acabar. Depois há penalizações, claro, mas passado dois minutos ou assim voltam ao gelo. Ah, já agora, o «desporto» em questão é hóquei. Não é como se fosse mesmo um desporto de andar à porrada. Isso não faria sentido.

Posto isto, Goon é baseado num livro que, por sua vez, é baseado na vida dum jogador que existiu mesmo. Um gajo que tinha pouco jeito para a parte do hóquei, mas era danado para andar à porrada. Não que fosse um gajo agressivo, simplesmente tinha jeito para a coisa. Era a cena dele. Mais que isso, era um gajo dedicado e leal. Protegia os colegas e matava-se pela equipa. E toda e qualquer equipa ganha em ter pelo menos um gajo destes.

Últimas duas notas:
- O Stiffler está inchado como tudo.
- Adoro de morte a mau feitio do Scott Pilgrim, mas também é hábito gostar de mau feitios que não acham piada a tipos como eu.

sábado, março 03, 2012

J. Edgar

IMDb | Sítio Oficial

Não há maneira do Clint fazer um filme que não me dê sono. J. Edgar é um entediante romance. Sim, um romance. Apesar de ter toda a política e história de um dos homens mais influentes duma das alturas mais estúpidas da história americana, o filme é, acima de tudo, sobre o romance quiçá não concretizado entre J. Edgar Hoover e o seu namoradinho... que talvez não fosse. Ou melhor, era, sem dúvida, mas não se sabe aqui se chegaram a vias de facto ou não. Espero que sim. Eu gosto e acredito no amor, e fico sempre contente quando alguém o encontra. Claro que, retraído como Hoover era, dificilmente terá conseguido ser feliz, numa altura em que ser homossexual não era nada bem aceite. Ainda para mais para alguém à frente duma instituição governamental. O que faz-me pensar: seria Hoover tão filho-da-p#t@ (também literalmente) hoje em dia, numa sociedade um pouco mais tolerante? Ok, talvez não em Portugal. Aliás, até temos alguns exemplos de frustraditos dentro do armário, no governo. Num país liberal como... Sinceramente não consigo pensar num país que tenha um homossexual numa posição de poder. Espero que exista. Quero acreditar que sim, mas... Muito bem, reformulando a pergunta, teria sido Hoover tão filho-da-p#t@ no futuro, podendo ser assumidamente homossexual e casadito com o amor da sua vida? E, mais complicado ainda, seria fiel ao amor da sua vida numa altura em que a homossexualidade é mais aceite e comum? Porque bem vistas as coisas, esta cena do amor intenso entre dois homens, ou duas mulheres, nestas décadas mais retraídas, não seriam apenas alimentadas pela proibição da relação?

Pois. Se calhar afinal não acredito assim tanto no amor.

Jin líng shí san chai

IMDb | Sítio Oficial

Christian Bale regressa ao oriente e a guerras. E acabei de reparar que basta trocar duas letras no final e Christian passa a Christina. Curioso. Voltando ao filme em que existem prostitutas e freiras chinesas, confesso que fiquei sem perceber quais eram as flores. Talvez fossem todas, mas tendo em conta que umas eram p#t@s e as outras vendiam o corpo por dinheiro, a coisa não é assim tão óbvia. Jin líng shí san chai (sim, digo o título original porque tenho a mania) divide-se em duas partes. A primeira é de guerra, com os japoneses no processo de invadir uma cidade chinesa, sendo o único sítio seguro um convento. É lá que as meninas refugiam-se, assim como Bale, que de parvo tem pouco. A segunda metade é todo o drama de tentar salvar toda a gente, sabendo perfeitamente que é impossível, havendo partes de muito estranho sacrifício humano. A primeira metade é bem fixe. A segunda acaba por roçar o ridículo, por ser demasiado dramático (diz o ser insensível).

sexta-feira, março 02, 2012

A Dangerous Method

IMDb | Sítio Oficial

Extraordinário como a mente do homem funciona. E não, não falo das balelas que por aqui foram discutidas. Todas as justificações para sermos como somos. O porquê de agirmos como animais, se somos animais. Não, refiro-me a outra questão. Aqui temos as maiores mentes na área da psicoanálise e, no entanto, a maneira como decidem desenvolver esta nova ciência é levando miúdas para a casa. Esse sim é o grande objectivo de tanta discussão. O que apenas comprova que tudo o que o homem faz... tudo!... é para ter sexo. Seja de que forma for. Seja onde, como, ou com quem seja. Porque é que alguém haveria de fazer o que seja para ter sexo com a Keira Knightley, isso já não sei. Não sou psicólogo nem psiquiatra. Não falo maluquinho.