sexta-feira, janeiro 26, 2024

Miguel Wants to Fight


Gosto de filmes com títulos que descrevem o filme na totalidade. Quase na totalidade, vá. Resta saber porque quer Miguel lutar. Ou com quem Miguel quer lutar. Ou se chega a lutar.

OK, pode não descrever tudo. Ou quase nada, na verdade. Mas com um título destes sabes ao que vais. É um filme fofinho. É mais que óbvio.

quarta-feira, janeiro 24, 2024

Greatest Days


Ter a Aisling Bea a fazer um musical, e não comédia pura, é como ter batatas e cozê-las, não fritá-las.

A verdade é que vi este filme apenas e só porque tem Aisling Bea. Valeu a pena ver um musical, baseado num musical teatral, baseado em músicas dos Take That?

É giro. É emocional. Tem as suas cenas bonitas. E está muito bem construído. Mas não. Foi horrível? Não. Mas podia ter passado o resto da minha vida sem o ver. Não morria por isso.

terça-feira, janeiro 23, 2024

Next Goal Wins


O fair play, ao contrário do que o outro dizia, não é uma treta. É uma coisa extraordinária. E o fair play deste povo é enorme. Eu já tive vontade de ficar na cama com derrotas de 1-0 do meu clube ou selecção. Esta malta sofreu a maior derrota do futebol internacional, levaram 31 batatas, e mesmo assim expõem-se num documentário e neste filme, realizado pelo tonto do Waititi!

Lá está. Muito fair play. Respect!

quarta-feira, janeiro 17, 2024

Relax, I'm From the Future


Depois duns dias mais complicados, a ideia era voltar ao sofá, comer comida que faz mal, e ver um filme tolo, só para descontrair. O tiro saiu pela culatra, pois fomos obrigados a pensar mais do que inicialmente pretendido. Devia saber. Filmes sobre viagens no tempo têm sempre um qualquer momento que dá um nó no cérebro.

Este filme não é a última Coca-Cola no deserto, mas está bem pensado e tem daqueles detalhes que mete estudantes universitários a falar horas dentro da noite. Dilemas existenciais para quem tem demasiado tempo nas mãos. Com jeitinho poderá tornar-se uma coisa de culto. Claro que para isso é preciso as pessoas certas verem o filme, influenciando as demais a ver também.

Funcionará?

Sei lá! Eu não venho do futuro.

sábado, janeiro 13, 2024

Polite Society


Belíssima mistura de filme Bollywood com uma história clássica de irmã mais nova proteger a mais velha duma relação tóxica, onde o marido quer implantar nela um clone da própria mãe.

Reitero o que disse: história clássica.

quinta-feira, janeiro 11, 2024

If You Were the Last


Até quando? Quando terminará este pensamento? Quando é que vou ver um filme com um elenco curto e não pensar «olha outro "filme COVID"»?

Foi das primeiras coisas que pensei. Dois actores num espaço fechado. Neste caso, numa nave espacial. Mais ninguém. Quer dizer, mais duas gravações doutros dois actores. Mas lá está! Nem um flashback, nem nada. Só eles os dois, umas galinhas e uma cabra. E um esqueleto, vá. Imaginei que tivesse sido mais um projecto nascido duma fase com muitas limitações.

Claro que no final aparece uma data de gente e essa «realidade» deixa de fazer sentido. Se bem pensar em tempos de COVID é que já não faz qualquer sentido.

O filme é bem giro, já agora.

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Sick Girl


Nina Dobrev mente e diz que tem cancro. Foi uma forma de chamar a atenção. As amigas cresceram e começavam a distanciar-se bastante. Nada justifica. Foi super errado, atenção. Especialmente porque envolveu família, patronato, doações para o tratamento... Um chorrilho de problemas e falcatruas.

E se bem que é mesmo só uma comédia parva, não deixou de ter alguns momentos engraçados ou até inteligentes. Dobrev vai fazendo o seu caminho. Cá estarei para o acompanhar.

sábado, janeiro 06, 2024

Good Grief


A história passa-se durante o Natal. Até em dois. Ou três, aliás. Não sei em que período foi a última cena. Definitivamente não é um «filme de Natal». Quer dizer, tem família e amor. Perda, sim, que também pode estar presente. Não tem magia ou fantasia. É bastante realista.

Poderá ser um «filme de Natal». Não o vi com essa intenção. Mas pode ser uma nova moda. «Filmes de Natal» algo depressivos e cheios de catarse.

Com um bocadinho de catarse, vá. Demasiada catarse também cansa.

Indiana Jones and the Dial of Destiny


Saio definitivamente do mundo dos «filmes de Natal», se bem que não saio da fantasia. E também não saio dos filmes feitos a mais. Porque da mesma forma que demasiados filmes de Natal são feitos, todos os anos, também fizeram demasiados filmes do Indiana Jones. Dois, para ser preciso.

Pondo os pontos nos i's, vamos já esclarecer uma coisa a 100%: eu diverti-me a ver o filme. Só que eu sou um gajo fácil. Até ver o Ford todo velho aos saltos, a tentar ser mais novo do que é, até isso dá-me gozo ver. Mais os personagens dos outros filmes darem uma perninha. E o chapéu. E o chicote. E a música. Tudo tem a sua piada de ver. Só que...

A trilogia antiga é perfeita. Nem é uma trilogia, em boa verdade. Dá para ver qualquer um deles de forma individual. Era deixar a coisa estar quieta e não inventar. Para quê estragar? Fizeram uns filmes fixes, na altura certa em que tinham de sair. Parem de tentar repetir a coisa. Tentem sim fazer coisas novas. Não se volta onde se foi feliz. Nunca é a mesma coisa. Porque da mesma forma que deu-me gozo ver o velhote, também deu-me alguma pena. Não é suposto sentir esta parte ao ver um filme pipoca.

Curiosamente, esta semana vi um troço duma entrevista antiga ao Lucas. Ele dizia não ser possível fazer filmes como antigamente. Há demasiada interferência do estúdio. Há demasiados focus groups a dar opiniões parvas. O cinema passou a ser um negócio, quando fazer um filme é suposto ser arte. É suposto fazerem coisas que podem acrescentar algo. Ou mesmo só para ser algo divertido. Mas nunca procurando fazer aquilo que se acha que as pessoas querem ver.

Os Indianas antigos foram feitos por miúdos que queriam fazer algo divertido, algo que achavam fixe. Hoje em dia usam fórmulas para obter sucesso. Não vai funcionar. E, pelo meio, estragam um pouco a memória de algo especial.

É pena.

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Silent Night


Amanhã é Dia de Reis. Termina assim mais uma época natalícia. Esta foi diferente, sem dúvida. Mais calma que o ano passado. Mais povoada, também. Uma coisa não mudou. Espero mesmo que não mude tão cedo, embora virá o dia em que também isso cansará. Foi altura de ver filmes alusivos à altura do ano. E foi fixe. Já tinha sido o ano passado.

Termino com o filme violento de Natal. O ano passado também houve um. Será mais uma moda do período. Não me importo. Se houver um filme de Natal violento por ano, acho fixe. O problema é que vão estragar tudo e para a próxima não há um, mas quinze destes. Será mais um momento em que o ser humano estraga as suas próprias boas ideias.

Sobre Silent Night, é uma parvoíce. O John Woo finalmente ouviu as críticas e tirou a pior parte dos seus filmes: as falas. Ficou a acção e umas cenas bonitas, embora desprovidas de sentido, em câmara lenta. A imagem de marca do realizador.

Uma coisa me questiono. Se Kinnaman não teve falas o filme todo, foi pago como figurante?

terça-feira, janeiro 02, 2024

This is Christmas


Ao segundo dia do novo ano vejo finalmente um filme de Natal digno desse nome. Atenção que a base da narrativa é a coisa mais aterradora possível, para a minha pessoa.

Um rapaz decide convidar toda a gente do seu comboio diário para uma festa de Natal. Que ele vai organizar. Sozinho. Uma data de estranhos, com quem nunca falou, por muito que os veja todos os dias. Todos juntos num mesmo local. Entretidos pelo rapaz.

Eu nem para os colegas de trabalho, com quem por vezes viajo no comboio, seria capaz de organizar uma festa de Natal. Aliás, nem para amigos ou familiares, quanto mais para estranhos.

Atenção, não é que não ache uma ideia fofinha. Aliás, comecei por dizer que foi um bom filme de Natal. Com família, amizades, gestos bondosos, e até um pouquinho de magia. É só a ideia em si que acho aterradora. Para mim. Porque sou inepto socialmente.

Para além de mandrião.

segunda-feira, janeiro 01, 2024

No Sleep 'Til Christmas


OK. Verdade. Este tem muito pouco de Natal. Quer dizer, como muitos outros tem Natal no nome e durante todo o filme nada de relevante passa-se em relação ao Natal. Mesmo assim. Aqui nem se pode dizer que tudo passou-se no período mágico natalício. Há zero influência.

Mas a premissa pareceu gira. E foi. Os actores têm química - ou não fossem casados na vida real -, algumas piadas tiveram mesmo piada, o resto do elenco está muito bem.

Já vi coisas piores. A pagar mais!

Ghosting: The Spirit of Christmas


Primeiro filme do ano. Se bem que é batota. Começámos ontem, mas alguém adormeceu perto do fim. Hoje foi só aviar os últimos 15 minutos, enquanto a Madame M. dorme uma sesta.

O conceito é engraçado, a brincar com o que «ghosting» quer dizer, hoje em dia, em termos de relações. Um casal tem um óptimo primeiro encontro. O rapaz mostra a sua vontade de ter um segundo encontro, mas a moça não responde. Desaparece. Porque morreu num acidente de carro, a caminho de casa, depois do encontro. No processo, tornou-se um fantasma.

O filme é muito simples, mas funciona, de certa forma. O primeiro encontro pareceu fajuto, porque eles nem tiveram assim tanta química. A meio do filme isso lá faz mais sentido, quando a trama passa a ser outra coisa que não um romance forçado.