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domingo, novembro 18, 2012

Superman Returns

IMDb

Continuo sem perceber porque é que este filme foi tão mal recebido. Só a cena do avião... Ainda deste vez fiquei todo arrepiado. Podiam ter contado a história outra vez, claro que podiam. Aliás, se calhar deviam ter esquecido o que estava para trás. Quiseram respeitar e ser fiéis a um universo já criado, evitando poderes estúpidos que não fazem sentido (ao menos isso). Tudo bem. Podiam não ter tantos exageros no que concerne ao final ou à situação do miúdo. Queriam criar algo. Queriam desenvolver uma série de filmes ao nível dos X-Men. E juro que não percebo o problema com Routh. Acho-o um óptimo Clark Kent e Superhomem.

A sério. Qual é o problema deste filme?

quarta-feira, janeiro 07, 2009

El Laberinto del Fauno

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Este foi um que me fez valer algumas injúrias, por não o ter visto.
Segundo estas maléficas pessoas, este tinha sido o filme a ser visto há dois anos. Percebo o histerismo. Infelizmente não fez o que devia por mim. Não porque não tenha qualidade. Porque não estava com o espírito certo para deixar-me absorver pela fantasia.

Digo apenas isto:
Por norma, neste tipo de filmes de fantasia, onde uma criança é levada a um universo mágico, por fastio ou fuga a uma realidade menos desejável, no final a criança volta sempre à realidade. História Interminável, Labyrinth, os Narnias (especialmente o primeiro), Alice, Feiticeiro de Oz, etc. Se nalguns casos, o objectivo é mesmo voltar a casa, noutros acaba por ser só o resultado final. Isto sempre me fez alguma confusão, especialmente nos casos onde a realidade era demasiado má para ser verdade. Faz sentido. Porque não devemos fugir dos problemas, yadda yadda yadda. Neste caso do Labirinto, faz todo o sentido a moçoila não querer voltar.
Não só é uma questão de voltar a Espanha(!), como é uma questão de voltar à Espanha de Franco!!! Meu dEUS!! Haverá destino pior?

sábado, fevereiro 09, 2008

Venus

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Queriam dar um Óscar ao Peter O'Toole por conspurcar uma jovem moçoila?!
Sim, senhora! Hollywood anda a evoluir.

O cavalheiro está em grande. Só não sei é se se respeita o trabalho devido ao que o homem fez, ou se se respeita a representação por aquilo que é, um velho com fragilidades e necessidades. Há aquela parte em nós que se assusta com este tipo de coisas e ao ver o Peter, com dignidade, envelhecido, algo derrotado, mas persistente ao ponto do desespero... sim, é contraditório, bem sei, mas dá para ver estes momentos ao longo do filme... fica um toque de respeito.

A moça... a moça vai crescendo ao longo do filme. Como aliás é suposto.
Começa como adolescente irritante britânica, com aquela maneira de falar de engolir as letras e aglomerar palavras.
Passa por uma fase de mitra idiota, que só pensa nela, aproveitando-se da situação.
Acaba em cena de redenção.

Só me assustou quando andava de mini-saia (por mini, entenda-se cinto!), à noite, de dia, com toda a gente quase com mantas em cima e ela só com aquilo.
Ou era um pinguim ou um urso polar disfarçada, ou então não sei.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Half Nelson

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E depois de uma merecida pausa, cá estou novamente.
Bom filme para começar o ano.

É um twist interessante a uma velha história.
Em vez de termos o professor a salvar um(a) aluno(a) de uma vida de droga e violência, acaba por ser a criança a fazer isso.
Quer dizer, acabam por salvar-se um pouco um ao outro.
Também não podíamos ter o Ryan a ser uma completa menina, sendo salvo por uma miúda de 12 anos!

Ryan é um bom professor de história. Treinador da equipa de basquetebol feminina e tenta escrever um livro para putos, também.
O único problema é que é um drogado do pior.
A miúda... é a cena do costume. O irmão está preso por tráfico, a mãe nunca está em casa, o pai nem se vê e a outra figura «paternal» é o traficante de droga lá do bairro, para quem o irmão trabalhava quando foi dentro.
Acaba por ser natural ter-se agarrado ao branquelas.

Está inteligente, o filme.
Bem feito. Bem contruído.
É natural que tenha aparecido nos Óscares o ano passado.
Foi como outsider mas talvez tenha merecido mais a presença do que alguns outros que lá andavam.

segunda-feira, outubro 22, 2007

The Good German

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Existe um certo revivalismo reinante entre os realizadores, hoje em dia.
Primeiro, houve uma necessidade clara de afirmarem-se no mercado, trazendo novos trejeitos às lides. Depois disso, ao já estarem estabelecidos e ganharem autonomia para realizar os projectos que lhes interessam, aí começam a fazer as coisas com que sonhavam quando eram putos.

Tivemos há pouco tempo o Sunshine do Boyle, com um toque de filme de suspense/ficção científica dos anos 70.
E agora este German, claramente um policial dos anos 50. Aquela cena final é escandalosamente tirada do Casablanca, por exemplo!

Não é ainda uma tendência , mas é um começo.

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E falando de revivalismos, este fica dedicado à minha amiga S., que faz anos hoje e será mamã dentro em breve. O revivalismo acontece sempre que nos vemos, a falar de outros tempos, outras histórias e outras viagens a outros continentes.
Uma grande beijoca de parabéns, fofa.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Notes on a Scandal

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Não fica grande coisa deste filme. É muito britânico. Muito a onda do escândalo. Muito a onda de pessoas reprimidas. Aquelas coisa de que por fora são muito correctos mas às escondidas são todos uns pervertidos. Sempre a coisa dos rumores, onde toda a gente sabe tudo embora ninguém diga nada.

De registar fica a Dame Judi Dench ser perfeitamente assustadora. A Cate Blanchett que continua a ter qualquer coisa que me perturba. E o Bill Nighy que faz muito bem o papel de marido traído, furioso.

terça-feira, julho 03, 2007

Volver

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Pedro Almodóvar - Parte II.

Gostei mais deste, sem margem para qualquer dúvida. Tinha mais história, mais sumo.

Invariavelmente, a cena das perversões e abusos sexuais é a temática que o homem não larga nem por nada. Parece que sem isso já não dá para fazer uma história minimamente empolgante. Tanto que, no final deste, o gajo perdeu-me um bocado com uns twists que decidiu enfiar meio a martelo. Ok, talvez não tenham sido metidos a martelo, mas eram um bocado escusados. Por causa disso é que não estou a dizer que é muito bom e a recomendá-lo a toda a gente, porque o final...

Gostei foi desta divisão. No Mala Educación só homens, no Volver só mulheres.

Sinceramente prefiro os filmes dele só com mulheres. Não pelos motivos óbvios, mas porque gosto mais de vê-las a falar «à Almodóvar» do que a eles.

sexta-feira, maio 04, 2007

Flags of Our Fathers + Letters From Iwo Jima


IMDb | Sítio Oficial Flags of Our Fathers
IMDb | Sítio Oficial Letters From Iwo Jima

Sinceramente não percebo como é que alguém consegue diferenciar os dois filmes. Não percebo como é que um foi nomeado para os Óscares e o outro não. Não percebo como é que podem dizer que o Letters é melhor que o Flags.
Os filmes são iguais!! Ou melhor ainda, é o mesmo filme! A única questão aqui - e atenção que dou muito mérito ao conceito, original, uma boa ideia - é que cada filme relata um dos lados da batalha em Iwo Jima.

No caso do Flags é muito mais virado para a simbologia daquela foto e a história à volta desta. Tem muito mais a ver com o depois da batalha e as respectivas consequências.
No caso do Letters - que é, na minha opinião, aquele que custa mais a ver - passa mais pelo desespero da (con)vivência nas cavernas, nos túneis, na ilha. Toda a espera, toda a preparação, os dias enfiados debaixo da terra enquanto os americanos bombardeavam a montanha...

Como projecto está muito interessante, embora talvez tivesse sido um pouco mais se têm metido outro realizador ao barulho. Mantinha-se a mesma fotografia, o mesmo tom, a mesma imagem, mas dava-se outro toque à narrativa.
Como filmes... não são exactamente aquilo que recomendaria para ver.

NOTA - A minha teoria para a questão dos Óscares, porque é que um teve mais «atenção» que o outro, é que os americanos, por muito que o tempo passe, acabam sempre por ter as mesmas atitudes. Ou seja, de tempos a tempos lá aparece um filme que clamam ser muito bom, que varia um pouco do convencional. Atenção, para nós não é bem assim. O Letters é bastante convencional. Porque é que então eles o acham... sei lá, «artístico»? Na minha opinião: por causa das legendas!
Americanos vêem legendas e pensam logo que o filme é muito à frente.

segunda-feira, abril 16, 2007

Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan

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Não sou grande fã da cena dos apanhados. Nunca fui. E tendo que escolher entre este Borat ou o Ali G, prefiro o Ali G. Gozar com pessoal inocente que não sabe ao que vai não me dá assim tanto gozo. Tive aliás até bastante pena da Pamela, coitadita.

Dito isto, há pr'aqui uns idiotas que têm mais é que ser gozados! Só aquele palerma do Rodeo!... Ui! Só que lá está, esses nem é preciso fazer grande coisa, não é preciso grande conversa, é só deixá-los falar e toda a gente vai perceber o quão idiotas são. Esses não me incomodam, até acho bem. Já a Pamela... ai a pobre Pamela.

Chenquieh

domingo, abril 01, 2007

Apocalypto

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Segundo os devaneios de algumas pessoas (americanos doidos, entenda-se), Mel Gibson é o anti-cristo personificado.
Primeiro foi toda a polémica à volta do Passion of the Christ, depois veio toda a polémica à volta de Apocalypto, e pelo meio existe toda a polémica que é Mel Gibson! Entre a igreja que tem nas traseiras da sua casa e os comentários anti-semíticos que explodem-lhe da boca, Mel anda com dificuldades em fazer novos amigos.
Não sei se vou tão longe ao dizer que é o anti-cristo, se tivermos só em conta o Mad Max, aí talvez tenha que concordar, mas se metermos o Lethal Weapon ao barulho - e ignoramos o facto que o gajo farta-se de matar maus da fita nesses filmes - até podemos pensar que Mel é um gajo porreiro. Já se formos a ter em conta o What Women Want, a única coisa que posso dizer é: OFF WITH HIS HEAD!!

Em relação a este filme, o que muita gente lhe aponta é que Mel é um racista e um exagerado e que o povo Maia não era assim tãããããããooo violento e que não há registos do tipo de actos sanguinários que são relatados aqui.
A única coisa que tenho a dizer a estas pessoas é:
ttttttttttttttttttffffffffffffffffffffffffffffffffffffffssssssssssss
(a ideia é isto ser o som que faz quando um gajo mete a língua entre os dentes e sopra, tipo puto traquinas com a língua de fora, lembrem-me para pedir um livro de onomatopeias nos meus anos)
Será que estas pessoas estavam à espera de encontrar veracídades históricas num filme? Pessoal, isto é ficção! Não interessa o quanto é «Baseado em Factos Verídicos», se forem à procura disto num video-clube vão encontrá-lo na zona de ficção, não na de documentários.

Tenho medo pelos filhos destas pessoas.
- Mãe, preciso de fazer um trabalho sobre os Maias para a escola. Onde está a enciclopédia?
- Enciclopédia?! Não sejas estúpido! Vai mas é ver o filme do Mel Gibson.

Se isto continua assim, enventualmente deixa de haver missa e começam só a passar o Passion of the Christ em loop.
Agora que penso no assunto talvez nem fosse má ideia, não vejo melhor forma de penitência.
Será sacrilégio, no entanto, comer picocas? Ou será uma variante daquela história toda de Corpo de Deus?

sexta-feira, março 30, 2007

The Good Shepherd

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Que seeeeeeeeeeeeeeeeeca de filme!!! E não é só uma questão de ser longo - sou, afinal, o gajo que apreciou bastante o La Meglio Gioventù -, é extremanente enfadonho e confuso. E sim, bem sei que é suposto ser algo confuso, já que se trata dum filme de espionagem. Nem é por aí. O filme é confuso porque há personagens não têm grande função e cenas que o personagem do Matt Damon faz que são perfeitamente desnecessárias. Às tantas ajuda a expor o mesmo personagem DUAS vezes!! Não bastava uma?!
E entrando na questão do Matt, porque é que o Bob decidiu meter o Talentoso Sr. Ripley como rei dos espiões dos EUA? Naturalmente que se pedia um gajo algo insípido mas o Matt abusa um pouco. Acho que o gajo aqui tem menos falas do que o Bernie.

Gosto muito de ti Bob-o, mas não me convenceste.

sexta-feira, março 23, 2007

The Last King of Scotland

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Continuo a achar que o Will merecia mais a estatueta. Independentemente disso, o Forest Whitaker está muito bem.

Não tenho muito a acrescentar. O filme está bom, se bem que tem sempre aqueles pequenos laços a ligarem uma história maior, que por vezes incomodam-me um pouco. Bem vistas as coisas, há alturas no filme em que Idi Amin e toda a situação política no Uganda são retratados como a história de fundo da vida do personagem de James McAvoy. Houve mesmo alturas em que achei errado considerar o Forest como actor principal. Afinal, aquilo que fez o médico ceder nem foram as atrocidades cometidas por Amin ao seu povo!


Deixo-vos com um pormenor ridículo de trivia: Forest Whitaker recusou o papel que foi-lhe oferecido para fazer de Sawyer no Lost, porque queria realizar o First Daughter.
Imaginam o Forest, no meio da floresta, «à procura de água» com a Kate?

quinta-feira, março 22, 2007

Children of Men

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Num mundo pós-apocalíptico, Clive Owen sobrevive um dia de cada vez só porque sim. Há cerca de 18 anos que deixou de ser possível conceber crianças e Inglaterra é o único sítio com um mínimo de condições de vida. Como tal, diariamente, o país é assolado com refugiados de todo o mundo, que são caçados e presos por serem imigrantes ilegais. Julianne Moore, ex de Clive, aborda-o com um pedido de papéis de livre trânsito pelo país para uma jovem imigrante. Clive consegue-o, mas para funcionarem tem que acompanhá-la ao seu destino. Inicialmente o interesse era apenas monetário. Cedo tornou-se na coisa mais importante que Clive alguma vez poderia fazer.


Porque é que ninguém me falou deste filme?!?!
É que não é uma questão de que devia vê-lo. Eu TINHA que ver este filme!
Muito bom. Cá está o filme que, no meio da neblina, vem e faz esquecer toda a outra trampa que somos «obrigados» a ver.
Andei eu a perder tempo a falar do Babel e do Departed e a ter toda a confusão por causa do Pursuit of Happyness quando deveria era estar a dedicar todo o meu tempo a falar deste filme. O Clive, em meu entender, só melhora com o tempo e, como nota final, destaco Chiwetel Ejiofor. Já reparei nele há algum tempo. Agora entrou oficialmente para a lista de gajos a seguir.

domingo, março 11, 2007

Blood Diamond

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E o Óscar para melhor sotaque vai para.... Leonardo DiCaprio!!

O filme não está nada mau. O problema aqui é que, mesmo assim, tem que ter aquele toque americano irritante. No meio de tanta morte, tanta ganância, tanto tiro, tanta violência, mesmo assim ainda conseguiram enfiar duas ou três cenas lamechas/pirosas/«românticas». Que nojo.

PS - Era darem mais algum tempo de estadia a Jennifer Connelly e ela apaziguaria qualquer conflito. Quem é que é capaz de resistir aqueles sei... errr... olhos!

sábado, março 10, 2007

Little Children

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Houve qualquer coisa que me falhou no filme. Acho que foi o facto de, às tantas, haver aquela sensação de impending doom, que depois acabou por não acontecer. E nem gosto dessa sensação! Quando alguém se esquece de meter o cinto e já os estás a ver a atravessar o vidro; quando uma criança olha de soslaio para uma faca e já vês sangue por todos os lados; quando vês a fúria nos olhos de alguém e já vês uma povoação inteira a arder....
Acabei de aperceber-me que sou algo mórbido...

Em todo o caso, o filme brincou comigo com este tipo de emoções o tempo todo. Senti-me usado e às vezes acho piada a isso, mas é quando depois acabam por levar-me a comer gelado ou assim. Aqui não tive direito a refeição sequer.

Tem uns bons momentos e Todd Field continuará na minha lista de realizadores a seguir. Fica é em comum o mesmo do que com In the Bedroom: poderosos, mas a faltar qualquer coisa.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Happy Feet

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Como seria de esperar, ver pinguins a fazer seja o que for é extremamente divertido. Neste caso, cantam e dançam e fazem coreografias e sapateado. Tudo muito giro. Só que isso não faz um filme, né? Tinham que meter uma qualquer história.

Elijah Wood era a ovelha negra da «manada». Enquanto todos cantavam, ele dançava. Que horror! Novamente, temos a premissa que a dança é uma língua do demónio. Ooooooook!.... Gosto muito do Elijah, mas o Kevin Bacon tem mais pinta.
Excomungado e perdido no meio do gelo, Elijah acaba por tropeçar numa outra espécie de pinguins que já lhe acham mais piada. Ao entrar em contacto com outras espécies, o nosso herói apercebe-se que todos estão a sofrer com uma diminuição de peixes. Os velhos da sua tribo acham que é por causa de alguns (Elijah, entenda-se) que andam a desviar-se dos velhos métodos. Elijah acha que é por causa de extraterrestres.
Por extraterrestres entenda-se que falamos de humanos. Extraterrestres aos olhos dos animais. Através do contacto connosco, Elijah espera que deixemos de roubar-lhes os peixes e assim todos os animais poderão viver melhor.

Pois... como estava a dizer, pinguins a cantar e a dançar não conseguem salvar tudo.

domingo, fevereiro 25, 2007

The Pursuit of Happyness

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O Will é, claramente, o mais forte candidato ao Óscar. O O'Toole já passou o seu tempo e não me parece que concorra com um projecto muito sólido. O Gosling parece que foi metido na lista como desafio. Parece um daqueles filmes ranhosos de adolescentes onde alguém, por causa de uma aposta, mete o nome duma miúda nada popular como candidata a ganhar o título de rainha do baile. O Whitaker não tem nome suficiente em Hollywood, nem me parece que esteja empenhado em ganhar e DiCaprio, como já disse no The Departed, provavelmente nunca ganhará a estatueta.
Independentemente disso, Smith faz um papel muito forte num filme extremamente completo. O assunto é tremendo e é impossível não ficar sensibilizado com os problemas do personagem de Smith.

Tive, no entanto, um pequeno problema com a história - o que cada vez é mais frequente comigo, não sei o que se passa mas ando com uma necessidade estúpida de embirrar com pormenores. O filme é baseado em factos verídicos. Não pensava até que fosse TÃO baseado quanto é. Relata a vida de um homem (Smith) numa altura da vida onde tenta fazer algo mais por si. Smith sempre foi uma pessoa inteligente e bom aluno, só que a vida não lhe corre de feição e os seus problemas acabam por passar por falta de dinheiro. Smith decide tentar ser corrector da bolsa, só que entre tomar conta do filho, ver o matrimónio a implodir e pagar as contas e as dívidas, Smith está com dificuldades em respirar quanto mais fazer tudo o resto. (Também não admira com a quantidade de tempo que o homem passa a correr!)
A certa altura Thandie Newton, a esposa, abandona Smith. Parte para Nova Yorque com a promessa de ter um emprego à sua espera. E aqui vem o meu problema que passa pelo puto e pela insistência de Smith em ficar com ele. Smith fala, logo no início do filme, que devido a não ter tido o seu pai presente enquanto crescia, procuraria sempre estar presente na vida do filho. Só que a certa altura Smith não consegue sequer providenciar um sítio para dormirem! Não seria melhor o puto ter ido com a mãe? Ao menos ela tem um emprego e certamente terá um sítio para viver. Uns anos depois, Smith torna-se um corrector de sucesso e eventualmente milionário mas naquele momento não terá sido extremamente egoísta?
Fiquei com essa a moer-me a cabeça, mas a coisa não afecta a qualidade do filme.


PS - No Captain America action figures were harmed during the making of this movie.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Dreamgirls

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É neste momentos que compensa saber mais coisas acerca dos filmes.

Este filme é um musical.

Sim, sabia que iria haver música....

Pensava que ia haver música assim como sabia que ia haver música no Ray, ou no Backbeat. Visto que os personagens principais têm um grupo musical sim, estaria à espera de momentos musicais em palco.
O que não estava à espera era DESTE tipo de musical. Aquele tipo onde vão à casa-de-banho e, de repente, estão trinta pessoas lá dentro a fazer uma coregrafia a cantaram que não há papel higiénico!!!

Gostei que o personagem do Jamie Foxx está sempre a falar num «som novo». Que precisavam encontrar um «som novo». Que ao cantar esta ou outra música, teriam um «som novo». Que se contratassem esta ou aquela que traria o «som novo».
As músicas eram todas iguais!!! Porquê?

E gosto muito do Eddie Murphy. Adoro o homem. Mas este papel!... simplesmente não me convenceu. O Jamie Foxx nuns momentos é mau noutros é bom... A terceira gaja do grupo cresce, não se percebe muito bem porquê nem como. Uma nova apareceu mas ninguém sabe quem ela é...

O grande pormenor do filme dá-se quando, numa altura de conflito, Jennifer Hudson está chateada com toda a gente e tem o DESPLANTE de chamar «bony ass» à Beyoncé. hehe

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

The Queen

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AKA A Sogra dos Infernos

Era só isto?

Fizeram este alarido todo só por causa duma coisa que mais parece um daqueles filmes de TV ou uma daquelas mini-séries da BBC com seis episódios que dão em três dias. A única diferença aqui é que tem dois ou três nomes associados, um pouco maiores do habitual. Helen Mirren claro, James Cromwell que toda a gente deve conhecer, mais que não seja do Babe, e o mais surpreendente deles todos, Stephen Frears. De resto, o filme traz pouco de novo à conversa.
Aquilo que foi público . as demonstrações de afecto por parte das pessoas e os discursos - isso toda a gente viu, na altura. O outro lado, a reacção da família real, que é aquilo no que se centra o filme, isso são suposições. É, realmente, aquilo que toda a gente supõe que aconteceu, mas não deixam de ser suposições.

O giro deste filme ainda foi ver a família real numa data de situações ridículas. O príncipe Carlos cheio de medo de levar um tiro; a rainha, a mãe e o marido, todos de volta da televisão em pijama (deu maior credibilidade à série The Royle Family, acho que a bisavó até é a mesma e tudo!); os corredores que não pareciam ser muito reais (acho que faltou dinheiro para o Palácio de Buckingham); aquela cena de transtorno por estar a interromper o lanche: «Lá está o Tony a ligar outra vez! O que é que este gajo quer agora?!?». Tudo muito ridículo.

Uma última pequena nota: talvez tenha sido uma excelente ideia ter feito este papel, do ponto de vista profissional, só que do ponto de vista pessoal... não acredito que a Helen Mirren alguma vez venha a ter relações sexuais outra vez! A rainha é das pessoas menos sexuais do mundo DE SEMPRE. Só é superada pela Madre Teresa. Até o Ghandi mais facilmente pinocava do que esta mulher!

Sim, mesmo morto.

domingo, fevereiro 18, 2007

United 93

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United 93 foi o único de quatro aviões sequestrados que não chegou ao seu «destino».

Já muitos filmes foram feitos sobre o a guerra no Vietnam; uns quantos ainda são feitos acerca da guerra no Golfo na década de 90; muitos serão feitos acerca da guerra no Golfo mais recente; e, certamente, muitos filmes serão feitos acerca dos acontecimentos do 11 de Setembro. Este foi um dos primeiros.

Independentemente do assunto, este filme visto como projecto não provou ser muito ambicioso. O que é notório pela ausência de nomes minimamente sonantes. Temos aqui o gajo que fazia de Sledge Hammer!, o gajo da série Three Sisters e pouco mais.
Sempre pensei que fosse durar um pouco mais, o período de graça. Não esperava filmes a abordar este dia tão cedo. Claro que nos tempos que correm, com a fluidez que a informação tem graças à Internet, com a publicação de livros sobre assuntos ou eventos ainda mesmo por terminar... seria de esperar que cedo alguém fosse pegar no assunto. E já se sabe como é Hollywood, assim que vai um...