quarta-feira, outubro 30, 2019

Stuber


A Uber pagou este filme, certo?

Acabou por ser mais parvo que divertido, não havendo muitos pontos positivos onde possa focar-me. Não há propriamente pontos negativos também. Nenhum assim de grande destaque. Como tal, foco-me na extrapolação duma história deste calibre acontecer no mundo real. A conclusão a que chego é que as vidas de ambos os personagens estariam completamente arruinadas.

O polícia usou um Uber - tanto o carro, como o motorista - numa investigação policial. Pôs ambos em situação de risco de vida, mas também todas as pessoas à volta. Isto porque estava debilitado fisicamente (parcialmente cego). Já o pobre motorista destruiu o carro pessoal - que também era de um dos seus trabalhos -, destruiu propriedade privada, roubou do seu outro local de trabalho e disparou contra pessoas.

Ambos seriam, no mínimo, presos.

Fighting with My Family


Fórmulas. Porque funcionam sempre?

História de vida. Baseado em alguém real. Desportista. Regra geral underdog. Amigos/família têm problemas e quase impedem o/a protagonista de atingir os sonhos. O/A progonista tem inseguranças. Alguém famoso/importante/influente, por norma envolvido na história verdadeira, dá conselhos que ajudam a ultrapassar as inseguranças. Protagonista atinge objectivos. Final feliz.

A história desta família, em especial desta moça, foi algo deturpada para o filme. Acontece sempre. O peculiar vem quando me pus a investigar a vida e carreira da moça no wrestling... e também fora deste, vim a saber. Certo é que teve coisas a acontecerem-lhe que não são culpa própria, mas as drogas, álcool e talvez até algumas «lesões», isso tem de ser tudo assumido como responsabilidade própria.

A moça conseguiu levantar-se dos maus momentos. Daí a ser uma boa influência...

Fica uma nota final, bastante positiva, para Florence Pugh, actriz que aparecerá em todos os filmes de 2020, aparentemente.

segunda-feira, outubro 28, 2019

Paddleton


Por falar em cómicos a tentar ganhar prémios...

Talvez não. Não é a primeira instância em que Duplass faz coisas sérias e o Romano é um gajo que não parece ter esse tipo de ilusões.

Para quem procura uma boa comédia, este não é o filme a ver, apesar de ter dois gajos engraçados nos papéis principais. Se se procura uma história com alguma profunidade emocional, muito bem trabalhada pela dupla, Paddleton é uma surpreendente boa opção.

sábado, outubro 26, 2019

Dolemite is my Name


Estará Eddie de volta? Será que todas as minhas cartas para Hollywood finalmente foram lidas? Existirá dEUS, a ouvir as preces deste pobre fã?

Duvido, mas é bom pensar que sim.

Eddie tem uma carreira complicada, com uma data de voltas. Foi mega estrela da comédia. Foi grande estrela de filmes, não só cómicos. Até produziu uns quantos com os amigos, o que mostra a grandeza que atingiu, a certa altura. Depois desapareceu durante uns tempos.

Voltou com um bom filme cómico, em que brilha a fazer vários papéis... só para desaparecer mais um bocado.

Dá a voz numa boa série de animação (ao qual ninguém liga, bem sei)... e é substituído na última temporada.

Volta para fazer uma das vozes num memorável filme de animação (que deu umas quantas sequelas e spin-offs)... e não desaparece... mas mais valia, porque o que anda a fazer é mau demais para ser verdade.

Perdi a conta às subidas e descidas de carreira, qual ioiô, nas últimas duas décadas. Tenho pena, porque Eddie é um dos que marca a minha infância e adolescência, com um humor e carisma que não encontrei em muitos outros. O Eddie tem um riso único. Algo que imito, volta e meia. Maior parte das vezes sem dar por ela. É esse o nível da influência que o cavalheiro tem em mim. Mas não posso esperar uma carreira constante. É pena, mas não posso.

Tudo isto para dizer que Dolemite é um filme engraçado de se ver. Não é comédia pura, atenção, apesar de ter momentos para rir. É a história dum tipo obstinado, que concretizou o seu sonho e deixou uma marca na comédia, que influenciou uma data doutros cómicos que vieram a seguir. Não há muita gente que possa dizer o mesmo. À custa disso não me admira que Eddie ande pelas listas dos prémios este ano. Ajudará a mais um momento alto. É bom. Escuso de andar mais um tempo a ver filmes reles com o cavalheiro.

Between Two Ferns: The Movie


Sinal da idade não é dores nas costas ou nos joelhos. Não é ficar careca ou grisalho. Não é esquecer-se de coisas ou urinar-se em público. Sinal da idade é quando fazem filmes baseados em coisas que não fazes ideia que existiam.

Consta que há anos que Galiafinakis tem uns vídeos no YouTube, onde entrevista estrelas de Hollywood, naquele que será, provavelmente, um dos piores talk shows possíveis.

E é assim. Dou por mim a chegar aos 40, cheio de mazelas mas pouco preocupado com isso. Fico antes aterrorizado com a existência dos BTF desta vida.

sexta-feira, outubro 25, 2019

IO


O filme está mal cotado no IMDb. Não concordo com a nota. Não sendo brilhante, está longe de ser assim tão mau. O que leva-me a ponderar: teria melhor cotação se tivesse actores mais populares?

Quão importante é star quality, afinal? Já vi filmes piores, muito piores, com melhores cotações. Usando um exemplo dentro também da ficção científica: teria o Ad Astra a cotação que merece, se tivesse o Anthony Mackie como protagonista? (Sem ofensa para o cavalheiro, que não o merece, mas são estas as peças no tabuleiro.)

Não nos fiquemos apenas pelos actores. Teria IO melhor cotação se não estivesse associado à conhecida má produção Netflix?

Acho injusto. Apenas isso. Este filme não merece 4.7.

quinta-feira, outubro 24, 2019

Hellboy


Serei sempre a última pessoa a achar que o Estado deve envolver-se ainda mais a reger a vida das pessoas. Deixem-nos cometer os erros que tivermos de cometer. Não precisamos de mais uma entidade parental a dizer-nos tudo o que devemos ou não devemos fazer.

Tirando esta questão de fazer filmes só para manter os direitos. Epá, se não há um projecto com pés e cabeça, temos pena. Se não conseguiste aproveitar os direitos enquanto os tiveste, para fazer dinheiro/algo como deve ser, azar do caraças, estúdio de Hollywood que não faço ideia qual seja.

Fizeram o primeiro. Foi um sucesso. Deu espaço/dinheiro para fazer-se um segundo. Não correu tão bem. A partir daí ou continuam a apostar no cavalo, ou então seguem em frente com a vossa vidinha. Fazer algo só por fazer... Não aprendemos todos com o erro que foi o último Fantastic Four?

E eu nem odiei a coisa. Até me diverti. Mas foi um buraco financeiro e, mais uma vez, foi Hollywood a desaproveitar bons conteúdos originais. Porque agora teremos mais uns quantos anos sem nada de Hellboy. E o universo até é engraçado. Venha daí intervenção do estado para evitar estas catástrofes.

Dumbo


Será Dumbo o pior live action que a Disney fez até agora? Acredito que sim.

Queriam o quê? Quem teve a ideia estapafúrdia de meter o Tim Burton a realizar? Nem é tanto a questão do registo ser completamente diferente. É mesmo só o facto de que a carreira do sombrio realizador terminou há dois ou três filmes atrás.

quarta-feira, outubro 23, 2019

Rocketman


Continuando na senda da música, aqui está mais um biopic musical. E, convenhamos, que Rocketman foi feito tendo por base o êxito do filme sobre os Queen. Alguém viu o bem sucedido que foi e pensou «se o público gosta de ver deboche nos meandros da música britânica/mundial, então toda a gente vai querer ver a história do Elton John».

Foi interessante, de facto. Não fazia ideia que o Elton tinha consumido tantos narcóticos. Não sabia ainda que a sua vida tinha ficado pior depois do relacionamento «sério» que teve. Há ainda as partes muito coloridas, graças aos fatos especiais do rapaz.

E sim, o Elton teve músicas incríveis, que ficaram esquecidas durante muito tempo, por causa do incidente «candle in the wind». (Às tantas parecia que o homem só fazia músicas melosas/pirosas.)

Não sei se justifica continuarem com este tipo de histórias, mas Rocketman teve um bom pacing e as músicas entravam nas cenas magistralmente.

terça-feira, outubro 22, 2019

The Dirt


Não sou fã da banda. Conheço apenas o Tommy Lee por ser quem é (pelos vídeos, entenda-se). E sim, usa e abusa das fórmulas já gastas para filmes sobre bandas. Mas o trailer pareceu ser divertido, com momentos ridículos. Sabem gozar com eles mesmos e com as tais fórmulas repetidas.

Não posso dizer que tenha sido um mau visionamento. 

domingo, outubro 20, 2019

Aladdin


Nunca conseguiriam fazer melhor que o original. Para mim foi o que ficou do filme.

Muito se tem gozado com a Disney sobre a repetição de títulos. É verdade. Vivemos numa realidade tão limitada em termos de originalidade (convenhamos que não há muitas mais histórias para contar), com a agravante que os estúdios têm uma necessidade estúpida de mandar novos conteúdos cá para fora todos os dias (ou não estivessemos todos com a atenção duma criança de 3 anos, depois de comer um pacote de açúcar), pelo que a Disney não tem remédio senão capitalizar nos filmes que foram um sucesso, dando-lhes uma recapagem de realidade, procurando aumentar os lucros com um mesmo título.

Trocando por miúdos: a nova forma que a Disney arranjou para ir-nos ao bolso é fazer novas versões «reais» de clássicos da animação. E se, nalguns (poucos) casos até deu para acrescentar alguma coisa, no caso de Aladdin parece-me que seria impossível acrescentar o que fosse.

Não entro nas críticas que se fizeram à escolha de Smith para o papel de génio da lâmpada. Isso é estúpido. Porque não existe, nem existirá, ninguém capaz de suplantar a interpretação de Williams. O génio, salvo seja, daquele homem elevou, na altura, o patamar para os filmes de animação. Graças ao seu enorme talento, de repente havia uma data de adultos a comprar bilhetes de cinema para ver um filme para miúdos. Mas não só. A partir daí a porta abriu-se para ter as maiores estrelas a fazer vozes em filmes de animação, algo dantes impensável.

Repito a pergunta: como seria possível fazer melhor que um filme que fez tamanha diferença no género da animação? É que nem com um génio azul a conceder desejos.

Zombieland


O intuito era ver os dois filmes seguidos. A minha senhora não tinha visto o primeiro. A mim custa-me zero voltar a ver esta pandilha, num dos filmes de género mais surpreendentes de sempre.

A experiência voltou a ser boa, atenção. Comecemos por frisar esta parte. Mesmo sem a surpresa original, gostei muito de rever Zombieland.

Posto isto, vamos lá às minhas embirrações idiotas do costume:

1. Amizade improvável. 
Mesmo sendo o fim do mundo. Mesmo com tudo virado de pernas para o ar. Mesmo sabendo... Ou melhor, mesmo com os personagens não sabendo se mais alguém sobreviveu, continuam a ser amizades e relacionamentos altamente improváveis. É que mesmo entre as irmãs, elas têm pouco a ver uma com a outra.

2. Porque é que elas não os abandonaram a eles da segunda vez?
Sendo um clássico, acho que não vou spoilar nada a ninguém, porque estou certo que toda a gente já viu este filme. Muito bem. Elas são umas espertas e roubam o carro aos rapazes, abandonando-os no meio de lado nenhum. Porque são independentes e não confiam em ninguém. Percebe-se. Contudo, passado um pouco de tempo de filme, as parelhas encontram-se novamente e, desta feita, as moças já não os abandonam. Nada aconteceu que justifique esta mudança de atitude. Elas continuam independente e eles continuam a ser homens desconhecidos, em quem não se pode confiar. Não se percebe.

3. Como é que um nerd ermita, a comer pizas em casa, tem bom cardio?
Eu tenho, digamos, alguma... experiência... neste tipo de existência. No fundo conheço pessoas que o praticam, esta coisa de ficar por casa, em frente a ecrãs, a comer piza, ou outro tipo de comida de plástico que se pode encomendar, e a fazer muito pouco exercício. Acontece que, no caso do nosso personagem, ele está em frente a ecrãs de computador a jogar jogos, e eu vejo filmes e séries... Quer dizer, as pessoas que conheço, que praticam este sedentarismo, é que vêem filmes, etc.
Ufa, acho que ninguém percebeu.
Bem, o certo é que este tipo de criatura escondida tende a não ter a estrutura de Eisenberg, e muito menos qualquer apetência para estar em boa forma física. Antes assim fosse. Era da maneira que eu seria esbelto, ao contrário de ser...

D'oh!

Finalizando: depois de nos divertirmos a ver o primeiro, como disse, o intuito era ver o segundo, no cinema. O problema é que, neste raio deste país, o segundo ainda não estreou. (inserir aqui smiley frustado, a dizer profanidades)

sexta-feira, outubro 18, 2019

The Lego Movie 2: The Second Part


Queria uma fantasia. Algo que me fizesse sair um pouco da realidade presente. Não que seja algo de mau. Simplesmente queria «fantasiar» um pouco. Porque é divertido. A sequela Lego foi o mais perto que tinha por aqui.

Longe de ser perfeito, já que não é bem o que pretendia, não deixa de ser um exercício divertido, num ponto de vista diferente. Mais que não seja, foi óptimo ouvir Pratt a interpretar um papel imitando, claramente, Kurt Russell, com quem contracenou em GotG Vol. 2.

Como o entendo. Russell é realmente incrível.

quinta-feira, outubro 17, 2019

Murder Mystery


Não é a primeira vez que Sandler aparece em cena com Aniston. Parece ser uma combinação peculiar, mas consta que são amigos. Imagino que tenham até feito mais do que um ou dois filmes. Estou certo que Aniston terá aparecido no SNL quando Sandler por lá andou, por exemplo.

Não é a primeira vez que contracenam, mas talvez seja a melhor. Murder Mystery tem bastante de divertido, força dos dois principais e da clara empatia entre eles, mas também dos restantes «companheiros do crime». Tem o seu quê de mistério, embora muito seja só confusão. É, no fundo, bom entretenimento, que é o que se paga com uma subscrição Netflix.

The Kid Who Would Be King


Sim, é mais um daquelas casos de Hollywood a fazer cópias de cópias de cópias, seguindo uma moda ou tendência. No caso, toda a gente está a tentar repetir o sucesso de Stranger Things. Se o público quer ver aventuras de miúdos demasiados novos para estar a fazer o que fazem, então Hollywood vai pôr em risco a vida duma data de miúdos.

Claro que nem sempre falham. É possível fazer coisas giras, mesmo que se esteja apenas a seguir uma tendência. É o caso de TKWWBK. Contrariamente ao Rim of the World, este filme consegue dar-nos uma história divertida, emotiva e interessante. Confirmo que os miúdos são actores fraquinhos, mas nunca se devem esperar grandes representações de crianças. Embora um deles, o que faz de Merlin, safa-se bem.

TKWWBK é um belo filme, a dar-nos uma moderna versão da lenda do Rei Artur. Não admira que esteja nas listas de surpresas do ano.

Rim of the World


Estes putos têm demasiadas referências, desde Gladiador a Star Wars, passando por História da Pérsia.

Sei que é normal esta geração Google saber muita coisa, especialmente tendo em conta que a cultura pop está muito na moda, mas a realidade não pode ser assim. Ainda há dias estive à mesa com uma data de malta mais nova que nunca viu o Pulp Fiction, por isso até podem saber das coisas, mas não sabem sabem das coisas.

Bem sei que estar com pessoas que não viram tamanho clássico fala pior de mim do que deles, atenção, mas vamos não desviar-nos do assunto.

Se bem que não há muito mais para dizer. Rim of the World é fraquinho.

quarta-feira, outubro 16, 2019

The Perfect Date


A certa altura o personagem principal é chamado de «oblivious self-obsessed prick», o que difere um pouco da imagem que o actor passa, de gajo mais fofinho do mundo.

O filme não é nada de especial. Toda a história lembra pormenores de velhos clássicos do género, com a protagonista a ser um pouco irritante a a química entre os dois ser muito mais de amizade do qualquer outra coisa.

O que prefiro frisar é - por incrível que pareça - o rapaz. Este s@c@n@ deste miúdo vai longe, se não se estragar pelo caminho. (Vamos não esquecer que a última jovem estrela a quem almejei grande sucesso foi a Amanda Bynes.) E confesso que adoraria ver um filme onde é o fofinho do costume só para, no twist final, mesmo final, ele ser o vilão da história. Não um vilão qualquer, mas o gajo mais abjecto que se poderia imaginar. 

Esperemos que dê para ver tal coisa. Ao menos assim justifica-se porque ando a ver tantos filmes palermas com ele.

Isn't it Romantic


Estamos perto dum mundo em que a protagonista duma comédia romântica não tem de cumprir com certos requisitos pré-definidos... mas ainda não estamos lá. Ou não tivessem de meter Rebel num mundo de fantasia, para poder fazer tudo aquilo que as protagonistas de comédias românticas costumam fazer.

Uma coisa dou a este filme, está muito bem feito o estudo dos clichês existentes no género cinematográfico.

The Dead Don't Die


No papel é uma ideia bastante criativa. Sendo adepto de Jarmusch, fiquei contente com a perspectiva do pitoresco realizador navegar em águas que lhe são estranhas, nomeadamente no mundo dos zombies. Na realidade, infelizmente, as coisas não correram tão bem. O filme é fraco, faz pouco sentido e nem a presença do grande Murray salva a coisa.

Isto foi mais Jarmusch a querer divertir-se com os amigos, fazendo pouco do género. Não se faz, caríssimo.

Bad form.

domingo, outubro 13, 2019

Yesterday


A ideia é tão engraçada como arrepiante. Como seria um mundo sem Beatles, ou Coca-Cola, ou o Harry Potter? Bem, creio que a última não será a maior influência de todas.

Sim, é verdade. O pobre rapaz, nosso herói/protagonista, é atropelado por um autocarro e, ao acordar, a mais influente banda da história nunca existiu. As repercussões de tal fenómeno não parecem ser de maior. O mundo não está em chamas, como num qualquer realidade pós-apocalíptica... que se prevê em breve. Tudo parece normal, tirando não haver referências aos liverpoolianos mais famosos da sempre. Ou às suas músicas.

É aqui que entra o protagonista, um músico sem talento para palcos maiores, que tudo faz para se lembrar das letras, reclamando autoria própria.

Todo o filme é muito bem disposto, salvo o sentimento de culpa do protagonista, por obter fama e proveito de músicas que não são suas. Não foi bem assim na história original, que deu origem ao filme. Li que o original era mais pessimista, mostrando um mundo que já não tem espaço para as músicas dos Beatles. Pois essa seria a realidade, convenhamos. Não é fácil aparecer no mundo da música hoje em dia, tendo em conta a quantidade absurda de gente que tenta. Especialmente no campo do cantautor, uma criatura que parece existir em cada esquina, qual Salazar.

Felizmente os autores deste filme não foram pelo mesmo caminho e, com autorização dos Sir McCartney e Sir Starr, fizeram uma história divertida e a potenciar semanas de músicas dos Beatles na minha cabeça.

All you need is...

Bird Box


Consegui acabar este filme. Consegui acabar com 2018.

A primeira declaração parecia mais impossível que a segunda. Estava convencidíssimo que não conseguiria. A premissa é parva demais.

Graças ao sucesso de A Quiet Place, como é natural nestas coisas de Hollywood, apareceram logo uma data de cópias baratas. Só que enquanto Quiet Place segue a premissa que os humanos têm de fazer pouco barulho para sobreviver, Bird Box pede-nos para acreditar que é possível viver sem conseguir abrir os olhos.

Sim, eu sei que cegos sobrevivem no mundo. Calma. Não é essa a questão. Obviamente que num mundo organizado e controlado é perfeitamente possível ter uma vida sem grandes atribulações, mesmo sem visão. Só que é preciso esse tal ambiente controlado. Em Bird Box é necessário andar no meio do mato com o raio duma venda e, mesmo assim, encontrar coisas! Mais, há malucos que andam por todo o lado, que conseguem ver, a matar e a obrigar os não malucos a tirar as vendas e a «abrir os olhos».

O que me leva à embirração seguinte. Supostamente pessoas com problemas mentais não sucumbiam às perturbações de ver as criaturas. Por «sucumbir» entenda-se suicídio ou alucinações que levam à morte. Agora... quão doente mental tem de ser a pessoa? É que... Hoje em dia a minoria é quem não anda a tomar ansiolíticos ou anti-depressivos.

O certo é que consegui ver bem o filme, até à última parte... Era onde sabia que ia esbarrar. Não esperava era que fosse interessante até lá. E foi. O filme cobre bastante bem o início da «epidemia». É uma parte cheia de suspense e emoção, que agarra o espectador. O fim, dela andar no meio do mata com uma venda... epá, não me lixem. Ia andar sempre a cair e ia aleijar-se. Não há volta a dar.

quinta-feira, outubro 10, 2019

Irreplaceable You


Parece que falei cedo demais. A minha senhora mostrou-se bastante receptiva a ver os dois filme de 2018 que faltam. Está a ser querida, a fazer-me a vontade.

Depois dessa parte querida veio o murro no estômago. A história é ver Gugu morrer de cancro. Tem de despedir-se de tudo, lidar com a perda antes de acontecer. Tem de passar por uma data de m€rd@s que ainda custa-me ver. Não foi fácil aguentar a lágrima.

Está bem feito, com o humor necessário para aguentar uma coisas destas na vida. Walken está brilhante, como já nos habituou. Tem estas coisas.

quarta-feira, outubro 09, 2019

Men in Black: International


Ainda não terminei os filmes de 2018. Tenho dois que a minha senhora «quer ver». Eu já sei como isto vai acabar. Eventualmente vou referí-los, ela vai dizer que prefere ver outra coisa, dando «autorização» para que eu os veja. Não que seja preciso esta dança toda. Se os visse, ela nem viria a saber, mas como sou um gajo correcto... entenda-se, um pateta... vamos ter de passar por isto.

E, como não vou esperar para que tudo isto aconteça, entremos no bonito ano de mudanças, que é 2019. (Ad Astra não conta, porque vi no cinema. Cinema não conta para a estatística, toda a gente sabe isso.)

Não sei porque criticaram tanto esta sequela/reboot. Não está mal conseguida. Mesmo registo. Mesmo tom divertido, embora com muita emoção. Personagens pouco crediveis, mas que o público não tem como não gostar. Poder-se-á apontar que a dinâmica (engraçada, mas não assim tão fixe como pintam) entre os actores principais é roubada doutro franchise mais popular. O Thor está a fazer de Thor, afinal. Mas acrescentaram outros personagens a completar a tal dinâmica. E funciona bastante bem.

Gostei de ver. Foi bastante entretido. Imagino que não haja sequela, até planearem outro reboot, daqui a uns quantos anos, só para não perderem os direitos. Mas, para já, serviu o (meu) propósito.

terça-feira, outubro 08, 2019

The Cloverfield Paradox


Explicaram de onde vieram os monstro do Cloverfield. Mas... epá... Se calhar não era preciso. Digo eu, que percebo assim pouco destes negócios e, sendo honesto, odeio quando há coisas que não aparecem ou não são explicadas. Odeio quando as coisas ficam no vazio, mas acedo que muitas vezes é melhor assim. Ganham uma dimensão maior graças ao mistério.

A explicação é forçada. E algo densa, porque mete uma data de cientíces que só nerds estão habituados. Realidades paralelas, alternativas, com tudo o que isso implica. Quer dizer, como é que se explica a alguém não habituado a estas coisas a cena de existirem duas pessoas iguais, mas que tiveram percursos de vida diferentes? E porque vivem no mesmo mundo...? Mas não é bem o mesmo. É diferente. Ugh!

Haverá muitos mais problemas, mas para mim basta a questão deste incidente não fazer sentido na cronologia/realidade do filme original. Ou seja, não pode ser isto que provocou os incidentes originais. Ter ligação ao Cloverfield Lane já me parece mais linear, mas ao primeiro não vejo mesmo.

quinta-feira, outubro 03, 2019

Extinction


Bom twist. Não estava nada à espera e sim, é um ótimo detalhe. O problema é ser só isso. Um detalhe. O resto da narrativa não fez o melhor trabalho em agarrar-me, salvo seja. Nunca fiquei envolvido no universo criado. As personagens, ou a representações, talvez, foram um pouco bleh. Tudo acontecia sem grande reacção da minha parte.

Não consigo recomendar esta coisa.

terça-feira, outubro 01, 2019

Mute


Estava à espera duma coisa mais psicadélica, sem muito sentido. Ou então não estava à espera de conseguir ver o Rudd como mau da fita. O certo é que não esperava gostar tanto do filme como vim a gostar. Não foi muito, mas um bocadinho.

Ou, como diria o protagonista:

...

Outlaw King


Uma data de anos depois de Braveheart voltamos à Escócia e aos seus personagens pitorescos. Mesmo depois deste tempo todo, Hollywood continua sem conseguir arranjar actores escoceses para interpretar as maiores figuras do país. Primeiro foi um australiano minorca. Agora teve de ser um americano minorca. Pelo meio perderam a oportunidade de usar o Ewan McGregor, e o pobre rapaz tem assim de continuar a fazer coisas no espaço. Com ou sem barba. Gentleman's choice.

Outlaw King não foi mau. Não posso falar da veracidade histórica. Pareceu-me um bocado despachado, em vários momentos. Parece-me que faltou orçamento, a certa altura.

Será uma aposta para continuar da Netflix? Difícil prever. Ainda estão na fase de disparar em todas as direcções. Mais agora, até. Com a possibilidade de concorrência forte no final do ano, parecem galinhas sem cabeça, a tentar sobreviver de qualquer forma possível.