quarta-feira, dezembro 26, 2007

Intervalo 04 - Filmes de Natal... outra vez!

Pois é, dantes tínhamos a Julie Andrews a cantar, agora temos a mesma Julie a dar voz a mais uma personagem de sogra, esta dum terreno longínquo. Ou até teríamos, se os canais portugueses de televisão não estivessem com a mania de apresentar as versões dobradas de TODOS os filmes de animação.
Sim, o Natal é suposto ser para as crianças, mas este desenvolvimento não deixa de ser revoltante. Os da manhã ou os que dão durante o dia, tudo bem, mas por favor dêem-nos os da noite. Pode ser?!

Volto a não ver filmes inteiros. Para além de não ter muita paciência, já os vi quase todos.
Houve um telefilme do Babylon 5, para além da série em si; uns bocados do Fantastic Four, Opposite of Sex, Bagger Vance, Zorro 2 e os já mencionados filmes animados, dobrados. Ainda vi uns bons bocados do Shrek 2, The Incredibles ou do Chicken Little, só que parei porque já não aguentei mais ter que estar a traduzir as coisas para inglês na minha cabeça, só para ter piada.

Espero que tenham tido um óptimo Natal com as vossas famílias e que o Ano Novo que aí vem vos traga tudo de bom.

sábado, dezembro 22, 2007

Dead Man's Shoes

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Gosto do Paddy Considine. Isto não é d'agora.
Não ia jantar com ele nem nada. Não era moço para me levar ao cinema.
Mas ia beber um copo com o gajo.
Não que saiba o que lhe diria... Nestas coisas de conhecer pessoas famosas, acho que não sinto grande apelo à coisa. Não faço ideia o que diria a estas pessoas. Ou por um lado iriam monopolizar a conversa, ser o centro das atenções, seguindo a lógica de que são as estrelas da companhia - o que só ia fazer com que me irritassem. Ou então ia ficar naquela de só perguntar cenas sobre o que fazem, o que seria ridículo. Não há muito a ganhar.

Seguindo em frente.
Paddy co-escreveu e juntou uns quantos amigos para o fazer. Logo isso justifica algumas incongruências a nível de personagens.
Aqui, Paddy é um ex-militar, nascido de uma terriola pequena. Ao ter ido fazer o seu serviço militar, Paddy deixou um irmão mais novo para trás. Um irmão com uma deficiência mental. Infelizmente, o rapaz não se ficou pelas melhores companhias e, no seu grupo de «amigos», temos uma cambada de idiotas drogados que gozavam e abusavam dele.
Paddy voltou à aldeola para se vingar do que fizeram ao irmão.

Uma das incongruências: faria sentido que este grupo de meliantes fosse composto por gajos mais ou menos com a idade de Paddy. Nem por isso! Havia um ou dois velhos e mais um ou outro gajo que claramente não tinha pinta de pertencer àquela pandilha.
Depois há a vingança em si. Paddy primeiro começa por entrar nas casas deles e fazer graffitis na parede e pintar-lhes a cara com maquilhagem, só para mais tarde matá-los sem grande conversa. É demasiado ridículo. Isso e alguns dos meliantes começaram mesmo a chorar quando as mortes começaram a acontecer!

O filme, apesar de tudo, tem coisas fixes.
Tem aquele toque, ao início, de que as coisas vão correr muito mal, o que te deixa sempre apreensivo, sentado à espera para ver o que vai acontecer, certo de que vais ficar incomodado mas sempre ansioso por saber o que é. E há ainda mais uns pormenores de história fixes, lá mais para o final. E tem o Paddy. Não há como errar com o Paddy.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

London

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Chris Evans, a certa altura, foi abençoado por uma qualquer divindade e foi-lhe permitido andar com a Jessica Biel. Como tudo o que é bom no mundo, eventualmente teve que acabar. Não dizem tudo o que aconteceu aqui, mas arriscaria a dizer que foi porque o Chris, como todos os homens, é um idiota. Agora o palerma tem que lidar com o facto de que a moça vai mudar-se para o outro lado do continente, para viver com o novo namorado que, aparentemente, é parte burro.

Aquilo que marca neste filme?
As pequenas nuances de Hollywood.
Ora vejamos:

Aqui, Chris andava com a Jessica.
















Aqui, não.
















Segundo estes cavalheiros hollywoodescos, a felicidade dum homem, o estado de satisfação da vida, mede-se através do seu corte de cabelo.
Se tens o cabelo minimamente decente, és um rapaz feliz.
Se tens um cabelo ridículo, estás na m#$&#!

Claro que podia ser pior e podes sempre ter este aspecto.
















Podia estar aqui dez anos que nunca iria saber qual é o estado de satisfação do Jason Statham.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Mr. Brooks

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E quando menos se espera, o Kevin Kostner surpreende-nos com um filme que até nem é nada mau. O mais estranho ainda é a revolução a nível de personagens. Passou dum gajo pintas de meia-idade, garanhão e charmoso, para um assassino, metódico e calculista. Dêem merito ao cavalheiro.

Kevin faz de assassino em série que volta a matar depois de 2 anos de... chamemos-lhe sabática!
Kevin é um homem de família. Homem de negócios muito bem sucedido. Uma pessoa muito inteligente e muito, mas muito doente.
Kevin sofre de múltipla personalidade. Ou melhor, não é bem, já que acho que esquizofrenia não funciona assim exactamente.
O cavalheiro sofre da doença Tyler Durden, com algumas nuances. Neste caso, William Hurt será o Brad Pitt, só que Kevin está perfeitamente ciente que este não existe, logo à partida. O seu amigo imaginário interage, ajuda-o a matar, aprecia-o também, até dá abracinhos de consolo e tudo. Tudo o que uma pessoa necessita num amigo imaginário.

Claro que o filme não é só isso. Acontecem umas coisas. Morrem pessoas. Esse tipo de cenário.
Está giro.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Edmond

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De tempos a tempos lá me meto a ver um filme com o dedo do David Mamet.
Tem que ser de tempos a tempos, o cavalheiro tem um toque um pouco peculiar demais, para o meu gosto.
Alguns filmes são mais giros que outros. Recomendo o State and Main sempre que posso.
Este por exemplo... este já não será para toda a gente.
Todos têm o toque do teatro. Quase todos são baseados em peças. Todos têm aquelas frases... aquelas frase que se atiram para o ar. Não são especialmente dirigidas a alguém mas não deixam de ter um objectivo e, muito lá no fundo, até fazem sentido no contexto. Claro que ninguém as diz em conversa usual! Nunca na história alguém proferiu estas coisas, com esta entoação, sem ser com a luz dum projector em cima.

Este Edmond...
Dizer que o filme acaba no ponto mais distante de onde começa será ser simples demais.
Fiquemos pela actuação de Will Macy. Muito boa, para não variar.

sábado, dezembro 15, 2007

Bobby

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O último dia de Bobby Kennedy. O dia em que ganhou California.
Não do ponto de vista dele, mas de uma data de outros indivíduos que estavam no Hotel naquele dia.

Todas as histórias estão muito bem interligadas e nada parece ser feito ao desbarato.
Ainda de mérito é o elenco. Um conjunto muito bom de actores e actrizes.
Mesmo o Ashton Kutcher a fazer de hippie, vendedor de narco-tráfico.

School Ties

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Uma coisa o Brendan Fraser tem. O rapaz é multifacetado.
No início do filme, não sabendo nada da história, ao ver Brendan a cantar uma qualquer música pop dos anos 50 com aquele sorriso estúpido na cara, não dá para perceber se o palerma vai ser o saco de pancada ou o herói da história.
Há mérito nisso. É o que é suposto ser um actor.

Brendan é convidado a fazer o último ano num secundário privado de renome, com base nos seus dotes futebolísticos. (O americano, não o decente.)
Brendan é um judeu orgulhoso da sua ascendência, mas ao entrar nesta escola, é-lhe aconselhado que omita a sua religião, por forma a evitar descriminações.
Tudo corre bem. É um rapaz engraçado, estrela de futebol, corajoso e solidário. Apesar do seu passado mais modesto, faz amigos facilmente entre a elite dentro da elite (Chris O'Donnell, Matt Damon, Ben Affleck, Cole Hauser). As coisas correm-lhe tão bem que depois de roubar o lugar de quarterback que Matt pretendia, rouba-lhe a «namorada» também e quase que faz os pais de Matt gostarem mais dele do que do próprio filho. O Matt passa um pouco por todas as fases: ódio, admiração, muita inveja e alguma solidariedade, mas quando lhe roubam a sua mais-que-tudo (e não estou a falar do Ben), aí já é demais.
Matt está chateado e, fortuitamente, acaba por descobrir o grande segredo por detrás da nova estrela da escola.

E BAM!!!!

Dá-se a maior cena de homo-erotismo que alguma vez vi em toda a minha «vida cinematográfica»!

De todos os sítios que Matt podia ter escolhido para revelar o segredo que iria virar a maré... QUALQUER sítio onde estivesse a rapaziada toda... o nosso loirinho birrento de estimação escolhe os chuveiros comuns da casa-de-banho para confrontar Brendan com a verdade.
Matt entra naquele espaço enquanto muitos estão a lavar os dentes e onde Brendan e o Chris estão a tomar banho. Toda a gente está aos berros a festejar a vitória sobre uma equipa duma escola rival. Matt tira a sua toalha, mostra o traseiro ao pessoal...

Ok, acho que aqui devo ter perdido certas pessoas que certamente estarão à procura desse momento específico no filme.
Vamos só esperar que regressem.

...

Já está?! Foi giro?
Muito bem.
Continuando.

Matt, de bom espírito, em conformidade com o resto do ambiente de jovens nus a tomarem banho, celebra a tal vitória. Às tantas, decide contar uma anedota foleira relativamente a judeus, gozando com a sua avarice ou qualquer coisa idiota semelhante. Vê que Brendan está chateado e revela ao pessoal que o cavalheiro desnudado à sua frente é judeu.
Começam à porrada.

Voltei a perder certas pessoas.
Só mais um bocadinho.

...

Ficaste chateada?
É que não se vê grande coisa, não é?

Os dois - desnudados, para o caso de alguém já não se lembrar - à porrada. O Chris a separá-los, também ele como veio ao mundo. E todos os outros idiotas a verem, a lutarem contra uma qualquer vontade de tirarem as roupas e juntarem-se à festa.

A sério!!
Isto foi mais gay do que o Shortbus, onde existem homens a terem relações sexuais com outros homens!!!!

Podia ainda falar de alguns costumes americanos que acho ridículos, ou o facto de que devido ao estilo de filmes de acção que Cole Hauser faz hoje em dia, nunca mais me lembrei que também aparece no Good Will Hunting, o que implica que já se conheciam daqui, mas prefiro deixar-vos com a imagem de Brendan Fraser e Matt Damon, todos nus e molhados, à «porrada» numa casa-de-banho/balneário.
Para aqueles que não têm acesso ao filme, fica aqui a cena. Divirtam-se!

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Stepmom

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Perturba-me que a Julia Roberts não me irrite.
Parece que sou um ser estranho por isso. Sou diferente dos outros.
Talvez tenha que sair do armário.

EU - Pai. Mãe. Tenho que confessar-vos uma coisa. Não vão gostar mas tenho que ser honesto comigo mesmo e convosco... Eu acho piada à Julia Roberts.
MEUS PAIS - NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOO!!

Aqui a Julia é a madrasta.
Susan Sarandon foi casada com Ed Harris e teve dois putos. O Ed não é parvo e trocou a esposa por um modelo mais novo, enquanto ainda estava na garantia. E foi mesmo a tempo!!
A Susan tem cancro e está numa de ir desta para melhor. Não sem antes mandar vir uma beca e tentar ao máximo infernizar a vida da «pobre» Julia.

Havia um detalhe que me irritava na Susan: sempre que a mulher queria revelar uma coisa séria, convidava o destinatário(a) da informação para um café/bar/restaurante. A coisa faz sentido. Há o procurar um campo neutro para a discussão. Isto é cordial. Há ainda os putos a ter em conta. Assim evitamos que oiçam coisas que não convém.
Só que depois de revelar seja o que for, há um de dois possíveis resultados. Se for algo que não querias ouvir, queres mandar vir e queres fazê-lo à grande, o que é inconveniente, porque está num sítio público. Se for algo chato como tudo, ao que nem sequer tens grande resposta, ficas a olhar para a mulher. E depois?
Fica ali aquele momento em que ninguém diz nada. A conversa acabou. E agora? Bazo? Pago a minha conta? Acabo o jantar? Mando vir?

Parece-me um pouco injusto meter alguém nessa posição.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Accepted

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O filho que o Bruce Willis sempre quis ter não gostou de não ter sido aceite por todas as faculdades a que se candidatou.
Como tal, e ainda como forma de salvar-se perante os pais, o cavalheiro decide criar uma faculdade só para ele e para os amiguinhos como ele.
Mas por muito que este enredo não seja verosímil, não é isso que não é aceitável.

é inaceitável o quão gordo o Jonah Hill era
















é inaceitável esta tanga
















é inaceitável que este palerma seja o único comic relief duma comédia de universidade E é inaceitável que esteja em todo o lado a toda a hora!!
















é bastante aceitável este tipo de alunas universitárias
















mas é inaceitável este discurso final

terça-feira, dezembro 11, 2007

Topsy-Turvy

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Coisas Positivas
Um bom elenco. Muitos e bons actores e actrizes britânicos(as). Aqui, no começo do auge da carreira temos, por exemplo Jim Broadbent, ou Shirley Henderson. Curioso saber ainda que Andy Serkis já existia nesta altura.
É sempre giro ouvir um inglês um pouco mais puro. Nada de brejeirices ou calão para este pessoal.
Boa caracterização. Ganharam um Óscar por isso mesmo.

Coisas Negativas
Tem cantorias!! É sobre uma companhia de teatro no final do século XIX. É óbvio que tem cantorias!
É demasiado longo!!!
Falta-lhe objectivo. Estamos com uma hora de filme antes que dê para perceber que é sobre a grande obra destes cavalheiros, The Mikado. Uma peça que vem revolucionar um pouco o meio, na altura. Assim que te apercebes, não há muito mais para ver e ainda tens que gramar com mais hora e meia de filme.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Superbad

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Duas razões para ser um sucesso:
A - O facto de toda a gente se identificar com idiotas no secundário! Aquela coisa de ir atrás de um objectivo e não pensar em mais nada. O facto de que tudo afecta demasiado. Um percalço impede-nos de chegar à meta. Uma paragem limita a realização dos nossos objectivos.
Que irritante e que giro ao mesmo tempo.

Segundo - O facto de que os nossos heróis têm, de facto, todo o ar geek do mundo. Nós acreditamos que têm MUITA dificuldade em ter sucesso com miúdas. É natural que haja gajos que se metem com eles e que lhes cuspam em cima. É legítimo acreditar que estes palermas dificilmente terão o que querem. Apesar de serem gajos porreiros, iguais a todos os outros.

Muito boa esta noite. No seguimento de muitos filmes de adolescentes onde a acção se passa toda numa louca noite, este é um dos bons. Este é um dos a ver.

Única nuance: A apreciação... não! A idolatração e o anseio de poder voltar atrás no tempo... O despertar, o abrir dos olhos para aquela magnífica década que foram os anos 70. Esse tipo de momento climático... Esse tipo de realização pessoal... Isso é só na faculdade. No secundário estes palermas ouvem é 50 Cent e Rihana e essas idiotices.
Não há bom gosto no secundário. Isso vem depois. É a única coisa.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Transformers

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em retrospectiva

Esperava robôs gigantes, claro que sim.
Esperava grande efeitos especiais, naturalmente.
Esperava tiros e grandes cenas de acção. Então não?!
Esperava que houvesse um qualquer herói militar. Honrado e homem de família. Com um aspecto de que se na vida real disparasse uma arma provavelmente desataria a chorar, mas ok!...
Esperava decisões do governo americano... duvidosas...
Esperava que alguém nerdlinger descobrisse informação vital a certa altura, quebrando mesmo algumas leis/ordens no processo. (não estava à espera que uma nerlinger tivesse este aspecto ou fosse autraliana, mas isso já é outra conversa)
Esperava que a Megan Fox fosse... ui!... nas horas!!
Até esperava que tivesse muitas gafes de história: Porque haveriam de revelar tanta informação confidencial a meros civis? Porque é que haveriam de confiar tanto e dar tanta responsabilidade a um adolescente?

Contudo, não esperava o toque humorístico, o toque lúdico.
Não esperava um papel tão ridículo como o do Turturro e não esperava que a mãe de Shia - meio com os copos, como a própria admitiu - se pusesse a falar dos actos masturbatórios do filho.

Talvez tenha sido influência do nosso amigo Esteves.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Waitress

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Só para provar que não são precisos grandes efeitos, ou grandes enredos, grandes estrelas de cinema ou muitos meios para fazer um filme simpático.

Gostei. claro que gostei.
Sou um pouco suspeito porque adoro o Nathan Fillion, por muito que seja uma maldição em qualquer série. E não sinto a minha masculinidade ser comprometida ao admitir que já curtia a Keri Russell no Felicity.

Gostei da ligeireza da coisa.
Gostei da forma como adultério foi um assunto tão sui generis.
Achei piada ao quão vermelhas ficaram as orelhas do Nathan quando se enrolava com a Keri.
Não odiei o sotaque sulista americano como é costume. Aqui há um toque de caloroso.

Gostei.
Não há muito mais.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Deja Vu

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Sou só eu a sentir-me intrigado em relação à textura daqueles cobertas que os bombeiros dão a vítimas? A seguir a uma inundação, quando tiram alguém vestido de dentro da água, quando tiram alguém dum prédio em chamas; depois duma destas situações vemos a vítima, regra geral, sentada na traseira duma ambulância, com um cobertor a tapar do frio, mesmo que seja o pico do Verão. São umas mantas enormes. Parecem pesadas. Parecem quentes também. O meu problema é que aquilo é enorme e, acima de tudo, parece rijo. Parece ter a consistência dum tapete de automóvel. Daqueles de borrachas, no chão do carro, à frente dos bancos. Daqueles que se bate contra a parede para tirar o surro, quando se limpa o interior de um carro.
Aqueles cobertores parecem ter essa consistência, o que me deixa algo intrigado na sua utilização para conforto de uma vítima.
«Não te preocupes, querida. Já passou.» Diz a enfermeira de emergência enquanto abraça uma criancinha de 11 anos, acabada de ser tirada da sua casa que estava em chamas. Suor e água das mangueiras deixaram-na encharcada. Ao reparar nisto, a enfermeira remata «Estás a tremer de frio! Toma. Mete este tapete de automóvel por cima dos ombros. Vai aquecer-te.»

No que concerne ao filme com o Denzel - é impressão minha ou os filmes deste cavalheiro começam a ser demasiado iguais? - não há muito para dizer.
Denzel é um agente federal ATF - Alcohol, Tobacco and Firearms, a agência mais ridícula dos estados unidos, e é convidado(!) para participar numa investigação duma explosão de um ferry, que envolve máquinas que quebram as leis da física e conseguem ver coisas que aconteceram no passado... Whaaaaat?!...
Ao que parece, uma qualquer equipa de cientistas, por acidente (que outra maneira há?) descobriu uma forma de ver coisas que ocorreram num determinado raio de acção 3 (ou 4) dias e seis horas antes(!!!!!!). Só nesse período. OU seja, se quiser ver algo que ocorreu hoje, terei que esperar uns dias para o poder ver. Mas se deixar passar demasiado tempo, já não o conseguirei ver.
Se soa ridículo, é porque é. Não é tão ridículo quanto o quão gordo o Val Kilmer anda hoje em dia, mas é ridículo qb.

Há muitos poblemas com esta história:
O porquê do governo americano estar a usar esta tecnologia altamente desenvolvida mas também altamente experimental num caso que, convenhamos, não é duma magnitude assim tão grande.
O porquê do Denzel ter sido convidado para participar, apesar de ser um reles agente federal.
O porquê de, às tantas, estar a liderar a coisa, seguindo dicas que mais ninguém seguiria (uma moça, entenda-se).
O porquê da existência de uma agência federal só para tabaco, álcool e armas. A CIA ou o FBI não podiam fazer o mesmo trabalho?
O porquê do Val Kilmer estar tão gordo.

Mas mesmo com estas coisas, o que irrita é que passamos maior parte do tempo a pensar «Será que estas pessoas nunca viram um filme com viagens no tempo?! Se o gajo fizer [isso], obviamente que vai despoletar [isto ou aquilo] no futuro!»
Para alguém que veja algum cinema, é difícil haver surpresas neste tipo de enredo. O Donnie Darko será o último a surpreender. E passa mais pela questão de ambiente do que propriamente a história.

Resumindo, é um trama de ter que mudar o passado. É isso que Denzel tenta fazer ao longo do filme. E o que é pior é que consegue fazê-lo e garanto que podia estar aqui até amanhã e não conseguia explicar como o consegue fazer porque, sinceramente, não percebi o que é que fez diferente.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Where the Heart Is

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Meia hora dentro e não fazia ideia porque é que tinha decidido arranjar este filme para ver.
Lá apareceu a Ashley Judd mas nem ela conseguiu salvar a coisa.
Houve momentos, lá para o final - quando Natalie mente ao palerma que está apaixonado por ela porque pensa que o rapaz merece melhor, por exemplo -, em alguns momentos especialmente mais lamechas começavam a dar aquelas musiquinhas de ambiente ranhosas, de filmes de TV!...
Que horrível!
Eu senti os meus ovários a mexer. Não estou a gozar!!

Resumindo:
Ashley Judd SIM
Este filme NÃO

Pirates of the Caribbean: At World's End

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Ah, era só isto?

Estranho como um filme sobre piratas dura quase três horas!!!!
Para mais, nem é como se fosse acção desenfreada duma ponta à outra. Maior parte disto são conversas lamechas acerca de misticismos reles e paixões com fins indesejados.
Perdi a conta às trocas de alianças dos personagens principais. O Johnny e o Orlando eram os piores, sempre dum lado para o outro, mas mesmo o vilão da história e o rei dos bichos andam constantemente divididos entre interesses pessoais e oferta de serviços temporários.

E, como não podia deixar de ser, ainda deixaram uma porta aberta para um quarto.
É uma seca, mesmo em alto mar.

quinta-feira, novembro 29, 2007

License to Wed

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Vamos a uma pequena pergunta de ovo/galinha.

Será que os homens sempre foram os vilões numa relação e foi aí que se foi buscar este estereótipo para este tipo de filmes? Ou será que foi ao contrário? Será que à custa destas idiotices, os homens começaram a encarnar o papel e passaram a ter dúvidas, a ser indecisos em relação a qualquer detalhe do casamento, a não gostarem de qualquer membro da família da noiva, a terem comportamentos infantis e irracionais, a serem tudo menos romântico?

O John é um malandro e a Mandy, no papel de noiva, tem tudo a passar-lhe ao lado, até que se apercebe da situação e cancela o casamento. Depois vem o gesto... yadda yadda yadda...

O filme poderia valer pelo Robin, só que vê-lo como padre... O cavalheiro manda umas bocas engraçadas... vá lá, giras! Manda umas bocas giras... uns chistes mais ou menos, digamos uns chistes jocosos...

O filme não tem muita piada.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Live Free or Die Hard

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Fiquei com uma ideia ridícula na cabeça, no final do filme. É para isso que fiz esta bodega há mais de um ano. Para não «desperdiçar» estes meus momentos.

O McClane acabou de salvar o mundo mais uma vez. Agora com a ajuda dum ridículo sidekick. Ao início, McClane mandava bocas ao gajo e - acho que podemos partir deste pressuposto - o mais provável era nem gostar do miúdo. Pelo menos essa é a minha impressão, que McClane tende a não gostar de pessoas.
Lá para o final do filme, visto que o puto até se portou bastante bem, o nosso amigo McClane ficou todo amiguinho do jovem hacker.
A minha «paranóia» passa por: será que ficaram amigos depois disto? Será que McClane passou a convidar o rapaz lá a casa para passar o Thanksgiving e mais todos os feriados americanos? Será que McClane aceitou o miúdo como genro e, daqui a muitos anos (talvez não assim tantos, o Bruce Willis já terá, à vontade, uns bons 87 anos!) juntar-se-ão com os netos à volta da fogueira e partilharão as maravilhosas histórias de como destruíram um helicóptero com um carro de polícia todo esfodaçado? Ou como mataram uma chinesa danada para andar à porrada, empurrando-a por um vão de elevador abaixo, usando um SUV?

Em relação ao filme...
Estava a ser tão bom!

É que apresentam-me uma ligeira inovação que adorei absolutamente.
Quando penso que já não dá para inventar nada de novo neste género de filmes, Hollywood presenteia-nos com mais uma pérola.
Aqui, somos apresentados a um upgrade no conhecido henchman. Capanga, chamemos-lhe em português.
Para além de gajos enormes que não passam facilmente por algumas portas, para além de serem só força bruta e muitos já saberem artes marciais e pularem por todos os lados, o amigo capanga, hoje em dia, consegue não só fazer todas estas coisas, como ainda... (sim, eu sei que estou a engonhar, mas é que adorei esta)
Neste filme, os nossos amigos «armários» sabem mexer em computadores!!
Não é como se estivessem a ver o e-mail, ou a página da NRA.
Estes cavalheiros, assim de repente, aprenderam a entrar nos computadores dos melhores hackers dos estados unidos e fazer o upload de um vírus extremamente sofisticado que vai fazer explodir os computadores! Claro que se isto não funcionar, passam logo ao plano B e vão para o telhado destruir um apartamento aos tiros.
Os tiros agora são plano B?!?!?!?!?! Onde é que isto já se viu?!
Eles tanto entram em servidores de estado, prontos a fazer download de toda a informação, como a seguir saltam dum telhado para chegar ao chão em 10 segundos, agarrando-se a escadas de incêndio e cabos soltos.
Henchmen v2.0 - o capanga do novo milénio!

O problema foi toda a conversa do duelo avião/camião. Essa parte foi - e perdoem-me esta expressão, sei que é ridículo - um pouco exagerado.
sim sim sim sim
Exagerado é o que é suposto ser. São filmes do Die Hard. O homem não morre por NADA deste mundo (daí Die Hard). Eu sei!
Só que mesmo neste tipo de filmes há limites.
Não sei até que ponto o avião não estragou um bocado a coisa.
Por agora, tenho um sorriso nos lábios. Amanhã quando acordar, depois da broa, logo se vê o que achei.

UPDATE - Já me tinham avisado. Não sei porquê, esqueci-me de emendar. Ao referir-me à nobre profissão de «capanga», disse «capataz», por engano.
Da parte do EuVejoFilmes, as nossas mais sinceras desculpas, tanto para os capangas, como para os capatazes do mundo, por este terrível lapso.
Esperamos não ter causado qualquer conflito estre membros destas lides.

terça-feira, novembro 27, 2007

Ocean's Thirteen

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Quem é que acredita que o Pitt e o Clooney poderiam ser empregados de quarto?
Quem é que acredita que o Andy Garcia poderia ajudá-los a fazer seja o que for?
Quem é que acredita que estes gajos não seriam dos mais vigiados do mundo depois de fazerem os golpes que fizeram?
Quem é que acredita que o Casey Affleck consegue falar castelhano?
Quem é que acredita que estes gajos não seriam conhecidos por toda a gente, em todos os casinos de Vegas?
Quem é que acredita que o Clooney ou o Pitt chorariam a ver a Oprah?

Chiça, esta última ainda será a mais plausível!...

Posto isto...
...o 13 está muito bom!

Já vi que o truque é apostar nos ímpares.
O 11 está óptimo e é um filme cheio de pinta.
O 12 é forçado, já que não tem história para acompanhar. Foi só tentarem fazer um filme com a rapaziada, porque é giro.
O 13 volta o registo do 1.º. Cangaceiro. Cheio de presença. E estilo, muito estilo.

sábado, novembro 24, 2007

Vacancy

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Estão a ver aquele filme que uma pessoa pode ver quando não lhe apetece estar a ver nada?
Este filme é óptimo para isso.

PS - Esperava mais do gajo que fez isto.

sexta-feira, novembro 23, 2007

The Right Stuff

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Sei que estamos a falar de gajos com uma coragem tremenda.
Meterem-se numa nave, numa situação onde existem milhões de coisas que podem correr mal e que qualquer uma delas pode levar a que aquilo exploda, sem mais nem menos... Não é coisa para qualquer um!

Só que à medida que ia vendo o filme, só me lembrava do Jackass!
Gajos a fazerem coisas absolutamente ridículas (vamos ser honestos, embora houvesse grandes sonhos em relação à exploração espacial, o grande objectivo era bater os russos), sem grandes propósitos, sempre picando-se uns aos outros, só para curtir, só para serem os maiores.

Pode ser o sono a falar (o filme é um pouco extenso), mas para mim estes gajos foram os Jackasses originais.

Do ponto de vista cinematográfico, o filme é acompanhado por um bom elenco, mas há momentos onde o ridículo tira um bocado o suspense à coisa.
Há demasiados momentos lúdicos. Às tantas não dá para perceber se estão a gozar ou não.
Foi a impressão com que fiquei.

quarta-feira, novembro 21, 2007

I Now Pronounce You Chuck And Larry

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A cena da Jessica Biel em roupa interior!!!!!!....
Meu dEUS, esta cena!!!....

Se alguma vez houve dúvidas se odiava ou não o Adam Sandler, desfizeram-se completamente nesta cena.

Não é assim tão engraçado.
Mais que não seja temos que acreditar que Sandler é o Don Juan de Brooklyn e isso fez-me confusão.
O Kevin James até costuma ser engraçado mas não especialmente neste filme.
As piadas gays falharam miseravelmente o seu propósito. Aliás, o filme foi um bocado reles nesse capítulo. Tentaram brincar com a coisa e gozar com a intolerância que existe, só que não convencem ninguém.
Existem umas bocas parvas do Sandler que até fazem um gajo rir mas acho que é preciso gostar do palerma.

Há filmes deste estilo mais giros.

terça-feira, novembro 20, 2007

Knocked Up

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Maior parte das pessoas sonha com a fama. A outra parte com o dinheiro. Ou ao contrário, não sei. Acho que maior parte das pessoas, apesar de tudo, acha que a primeira traz obrigatoriamente a segunda. Não vejo as coisas assim mas também não é nisso que penso.
Falo na cena de querer pertencer a este mundo do cinema.
Maior parte do pessoal acho que quer é ser reconhecido na rua. Ser convidado para todas as festas. Aparecer no tapete vermelho nos Óscares. Ter no telemóvel todos os números de toda a gente que é alguém.
Não diria que não ao dinheiro, claro que não. A cena da fama não puxa tanto por mim. Festas pretensiosas não é comigo. Ser reconhecido é apelativo mas acho que facilmente fartar-me-ia. Às vezes nem gosto do facto do indiano que me vende o Record já me conhecer!

Anywho, o que realmente é apelativo neste mundinho, para mim - para além da Katherine Heigl -, é poder fazer aquilo que estes gajos fazem. Filmes com os amigos. Poder, de vez em quando, juntar a rapaziada e trabalhar num projecto curtido praí durante uns três a seis meses. Sei que nem tudo é brincadeira. Há-de haver momentos em que há chatices e as coisas não correm bem e há stresses, mas mesmo assim!...
Há aqui gajos que já se conhecem e trabalham juntos há uns bons anos. E com o passar do tempo vão acrescentando pessoal.

Ora vejamos, o Seth Rogen, o Jason Segel e o Martin Starr já trabalham juntos desde o Freaks and Geeks (1999). No Undeclared (2001) juntou-se o Jay Baruchel. O Jonah Hill começa a aparecer demasiado e já anda nestes filmes desde o 40 Year Old Virgin (2005) (Deu na SIC há pouco tempo e se não viram, deviam ter visto, porque é hilariante! Não o vi todo, senão teria que falar dele aqui.) num papel minúsculo. Porra, tirando o Seth, eles dão todos os próprios nomes aos personagens, neste filme!
O Paul Rudd veio num arrasto dos filmes do Will Ferrell. E mesmo a Leslie Mann também tem aparecido com regularidade nos projectos da pandilha (esta última vim depois a saber que é esposa do realizador).
O Steve Carrell apareceu aqui, só naquela!!
Suponho que o verdadeiro culpado seja Judd Apatow, já que foi escritor, produtor executivo e realizador de alguns episódios de Freaks and Geeks.
Para séries, os cavalheiros não têm muito jeito, visto que ambas foram cedo canceladas. Já filmes...

Resumindo, há demasiados motivos para odiar estes gajos, mas é principalmente porque os invejo de morte. E irrita-me não ter amigos com talento que me levem por arrasto com eles.

Cambada de incompetentes!....

PS - O papel desta moça é absolutamente brilhante!

segunda-feira, novembro 19, 2007

The Battle of Shaker Heights

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Adoro gajos que têm a mania. Gajos que mandam bocas a torto e a direito. Gajos que mesmo nas situações mais complicadas tendem a mandar a boca que, apesar de ser hilariante e meter toda a gente a rir, só os mete em mais sarilhos. O Shia faz isso bem. Dou mérito ao gajo e vejo-lhe talento. Aqui ainda nem tanto. Quando tentou fazer a cena de adolescente nervoso por estar ao pé da popozuda da Amy Smart... o cavalheiro falhou miseravelmente aí.

Houve uma coisa que me irritou no personagem dele, no entanto.
O rapazito era muito esperto. Criado por uma mãe meio hippie, artista e um pai ex-drogado... O rapaz não saiu nada mal, digamos assim. O meu problema com a personagem de Shia passa pela relação com o pai.
O cavalheiro tinha sido um habitué dos mundo dos narco-tráfegos mas estava limpo há uns anos. Só que Shia fazia tudo para antagonizar a vida ao pai, quase deliberadamente fazendo-o voltar ao vício.
Compreendo a parte irracional da coisa mas não deixa de fazer-me confusão.

Para além disso há a «relação» com Amy. Não percebo a ligação que supostamente ambos criam.
A moça até tem direito a aparecer no cartaz do filme e nem sequer lhe dou assim tanta relevância ao papel. Aparece pouquíssimo tempo embora, em defesa dela, o filme já é bastante curto só por si.

Como última nota, já não tenho idade para cair nestas armadilhas hollywoodescas mas o que é certo é que continuo a ficar todo contente quando o herói da história fica com a morena patinho-feio em vez de com a loira estrela da companhia.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Breaking and Entering

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Consegui ver a Juliette Binoche despida em dois meios diferentes, no mesmo dia.
É o suficiente para tornar qualquer dia reles, num dia... agradável!
Não num bom dia. Para isso teríamos que atravessar certas barreiras dimensionais.

Este filme surpreende por vários motivos.
Mais que não seja, arranjaram uma francesa (Binoche) para fazer de bósnia.
Arranjaram uma americana para fazer de sueca.
E arranjaram outra americana para fazer de prostituta de leste.

Numa coisa não surpreendeu.
Jude Law is a f#$%ing c&#$!!
Não há volta a dar-lhe.

quinta-feira, novembro 15, 2007

The United States of Leland

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Irrita-me ter visto este filme hoje.

O filme não é nada mau. Pesado, mas não muito.
O elenco é muito bom, se bem que há aqui uns quantos actores e actrizes que nesta altura ainda não eram sequer muito conhecidos. Acho que o Chris Klein tem talento e há alguma coisa no Ryan Gosling. Se juntarmos a isto Michelle Williams, Martin Donovan e os incontornáveis Don Cheadle e Kevin Spacey, dá para perceber que não é um projecto qualquer.

Só que não era aquilo que queria ver. No meio dum dia reles, não era aquilo que precisava.

Daí que me tenha irritado ver isto hoje.

quarta-feira, novembro 14, 2007

A Guide to Recognizing Your Saints

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Se este não fosse o nonagésimo filme sobre como foi crescer em Nova Yorque (ou num dos seus famosos bairros), no meio duma data de delinquentes que nunca iriam muito longe, com vinganças entre mini-gangs e relações maradas/sexuais com miúdas debochadas...
Se não fosse tudo isso, este filme até teria causado uma boa impressão.
Quer dizer, sejamos bondosos, o filme causou boa impressão, não teve foi grande impacto.


Pequenas notas
- Estranho ver Chazz Palminteri tão pouco autoritário, tão pouco marcante, tão fraco. Bem representado, entenda-se. O Chazz é que não faz o papel de mafioso do costume.
- Quão frustante será encontrar uma ex-namorada anos depois, com quem não se conseguiu ter nada, porque eram demasiado novos, e deparar-se com a Rosario Dawson? Deve doer, não?
- Ainda em relação à Rosario, curioso ver como aqui interpreta a versão crescida do seu personagem do Kids, sendo que tiveram que arranjar uma miúda para fazer esse mesmo papel.
- O Shia LaBeouf está a suplantar-se demasiado, demasiado cedo.

terça-feira, novembro 13, 2007

10 Items or Less

IMDb

Se tivesse um Top 5 - não tenho porque não consigo restringir tanta beleza em tão curta lista - Paz Vega certamente entraria na concorrência para um dos lugares. A mulher tem qualquer coisa... tem qualquer coisa de mulher! Não o consigo explicar melhor. Isso e não acho, nem pouco mais ou menos, que a Penélope tenha alguma coisa que a faça ganhar este pequeno duelo latino. A Paz tem a limitação de não dominar inteiramente o inglês mas não me parece que seja por aí. A Penélope também ao início!....

Morgan Freeman é um actor de Hollywood com relativa fama. Não trabalha há 4 anos e decide analisar um trabalho num pequeno filme independente. Desloca-se a um mini-mercado num bairro latino para estudar o papel de gerente de mercado. Lá, conhece Paz que, por força do destino - para além daquela inépcia que se espera duma estrela de Hollywood -, acaba por ter que tomar conta de Morgan.
Ajudam-se mutuamente e até é giro.

Última nota: Que moral é que este gajo tem para - ainda imberbe neste negócio, como é - andar a fazer cenas com O Morgan Freeman. E, não só isso, como ainda virar-se para o gajo e fazer analogias com blowjobs?!?! Que raio de conversa é esta?!

segunda-feira, novembro 12, 2007

Duane Hopwood

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No meio de tanto cómico, este é o filme mais deprimentemente chato que alguma vez vi.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Are We Done Yet?

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O nosso herói compra uma casa. A casa é perfeita à primeira vista mas depois vai-se a ver e está a cair aos bocados. A casa precisa de arranjos e aí entra o personagem irritante que até vendeu a casa. O gajo cai, encontrando problema atrás de problema, até que quase que nem as paredes sobram. O nosso herói, que é um sovina do pior, passa-se e quase perda a família. Quer vender a casa mas aprende o valor e o custo de ter um verdadeiro lar.

Fiquei cheio de vontade de ver cenas do Earvin Johnson. Ele aparece durante segundos no filme mas fiquei cheio de vontade de voltar a vê-lo jogar.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Georgia Rule

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A minha questão aqui é:

se Lindsay Lohan faz de miúda irritante, mimada e rebelde, que se mete em drogas e debaixo de maior parte dos rapazes, que desafia a mãe e que só cede sob o punho de ferro da avó, que assedia tanto o novo como o velho, que destrói carros por capricho e que adora causar choque, que é irreverente e debochada, que corrompe os mais puros, que vem de LA e tem um bronze falso extremamente foleiro, que necessitará de tratamentos de desintoxicação, que provavelmente tem uma doença venérea com o seu nome, que faz imberbes moçoilos entrarem na puberdade, que faz pessoas rezarem por ela...

...será que pode dizer-se que esteve a representar um papel, neste filme?

quarta-feira, novembro 07, 2007

Blades of Glory

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Por muito hilariante que seja ver o Will Ferrell a segurar o Jon Heder, por cima da cabeça, pelo... será escroto o melhor termo? Ou baixo ventre será mais politicamente correcto?
Ou por muito ridiculamente engraçado que seja ver o Will Ferrell a agarrar sucessivamente os seios à Jenna Fischer... bem, o rapaz fartou-se de meter as mãos em sítios, neste filme!
Ou ainda por quão estupidamente jocoso tenha sido a perseguição em patins, NÃO no gelo, do Will Arnett ao Will Ferrell (perseguição de Wills, que giro).

Por muito giras que sejam todas estas coisas, estes filmes acabam sempre por ser muito mais engraçados com companhia.
Com a companhia certa, claro está. Não com alguém que passe o filme todo a dizer: Que coisa tão estúpida! Estes gajos são uns idiotas que não têm mais nada que fazer.
Não, aí não tem mesmo piada nenhuma.

terça-feira, novembro 06, 2007

Everything's Gone Green

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Quem é que disse ao Paulo Costanzo que podia fazer filmes onde é o personagem principal?
E, acima de tudo, que raio de nome é Paulo Costanzo?!

Cantstandia!

Filme canadiano simpático.
Tem demasiado aquele toque, típico do país, de que nada é verdadeiramente alarmante.
Numa primeira instância, ficamos com a ideia que são americanos. Só que depois é tudo demasiado calmo. Não há aquele histerismo inerente, a que um gajo está habituado.
Um puto bebe uma cerveja => Oh, meu dEUS!! O nosso filho é um alcoólatra!!!!!
Um puto fuma um cigarro => Oh, meu dEUS!! O nosso filho é um drogado!!!!!
Um puto dá indicações a uma moça de mini-saia => Oh, meu dEUS!! O nosso filho é um proxeneta!!!!
Um pombo jaz morto na rua => Oh meu dEUS!! O nosso filho terá que usar todas as suas meretrizes para fazer explodir o meteorito que vem contra a terra!!!!
Esse tipo de coisas.

O Paulo não quer crescer. Mais que não seja, não quer tornar-se num yuppie como todos os seus amigos. Todos enriquecem, têm filhos e desaparecem do seu pequeno universo. Paulo bem tenta evitá-lo, mas a sedução do dinheiro persegue-o.
Ao arranjar um trabalho na atribuição dos prémios da lotaria, Paulo é abordado por alguém da máfia japonesa para ceder a informação dos vencedores. Assim, comprando os bilhetes, a Máfia consegue fazer um pouco de lavagem de dinheiro.
Antes que a alma de Paulo se perca, uma jovem asiática poderá ser a sua última esperança.

A coisa não é assim tão interessante. É giro, mas não deixa de ser canadiano.

segunda-feira, novembro 05, 2007

I Want Candy

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Primeiro o Girl Next Door, agora este I Want Candy.
Em ambos, o ponto comum de putos que, por um motivo ou outro, acabam por fazer um filme pornográfico. Para mais, tentam fazer um filme que revolucione a saturada e estereotipada indústria de filmes adultos.

Meus amigos, isso é impossível! Tal já foi feito.
Filmes pornográficos de qualidade existiram nas décadas de 60 e 70.
Os filmes tinham história e procuravam contá-la, não era só para o efeito imediato de...
As pessoas iam ao cinema ver um filme pornográfico. E não havia nada daquelas sessões contínuas. Era uma sessão para um filme.
Naquela altura, os meios eram mais limitados. Qualidade de imagem e som a anos luz do que existe hoje (embora as bandas sonoras fossem melhores). E a representação... bem, a representação é sempre a mesma, mas isso passa principalmente pelo facto de que a qualidade dos filmes, como um todo, piorou.
Se não tem havido esta massificação da indústria (e atenção que aqui confesso que estou algo dividido, porque apesar de tudo, variety is the spice of life) provavelmente hoje em dia teríamos muitos actores de Hollywood a fazer um filme adulto de tempos a tempos.
Vejam este fenómeno que existe com as sex tapes. A Paris tornou-se MUITO MAIS famosa à custa disso. Há actores e actrizes que há muito já saíram da ribalta e agora estão a voltar, lançando sex tapes para meios controlados.
O público gostaria e pagaria para ver as suas estrelas preferidas gettin' it on. Sempre que aparece uma notícia que actor/actriz X vai fazer um filme onde mostra determinada parte do corpo ou faz isto ou aquilo, esse filme é imediatamente sucesso de bilheteira!

Outro ponto a favor da minha teoria é esta onda de filmes com cenas de sexo explícito. Shortbus, 9 Songs, Ken Park, Intimacy... Porque o sexo faz parte da vida. Não pode haver uma história de amor sem ter a parte do encontro lascivo. No final feliz, a seguir ao casamento, o casal depois de todas as tropelias, de quase não terem ficado juntos por causa do mau da fita, ou por causa de uma intempérie, ou do acaso, na lua-de-mel vão estar a noite toda a dar beijinhos e a segurar a mão um do outro?

Vocês - todos os três - sabem que tenho razão.

Em relação ao filme em si, é todo cheio de malandrices e os personagens principais, ou mais que não seja os dois casalinhos que se formam, ficam juntos no fim (respectivamente, entenda-se) e - vou ser um louco e partir deste pressuposto - em princípio, fazem amor.
Mais que não seja, este filme tem a Carmen Electra (inserir som da minha pessoa num elevado estado de salivação) e a Michelle Ryan que apareceu nos dois melhores filmes que vi nos últimos tempos (Cashback e este), mesmo que seja em papéis mínimos. A mal ou a bem, à custa desses papéis mínimos, vim a descobrir que a moçoila é a nova Bionic Woman.
E esta, hein?

domingo, outubro 28, 2007

Intervalo 03 - Felicitações

Sou o primeiro a admitir que alguns intervalos não são bem vindos. Quando estamos num momento emocionante, a meio dum potencial grande filme, uma pausa não será das melhores coisas a fazer. Quando aparece na tela, em formato de letras que já não viamos há uns anos, com uma musiquinha bandeirosa, a palavra «Intervalo» apetece-nos mais atirar a cadeira a alguém do que sair para desentorpecer as pernas.
Contudo, há uma vantagem. Podemos vir cá para fora, giddy as schoolgirls comentar com a companhia: «Tá a ser tão fixe!! Curtiste a cena de quando o gajo saltou de mota por cima da velha para aterrar numa cama cheia de modelos?!!? hihihi»

Seguindo mais ou menos esta linha de raciocínio, lembro o meu ridiculamente pequeno público que este meu passatempo (o blogue em si, não o facto de ver filmes) fez este mês um ano!! Pois é! Um ano a dizer coisas ridículas sobre filmes que ninguém sabe da existência, quanto mais terem paciência para ver. O ano passado estava com demasiado tempo livre, hoje em dia nem por isso. Aliás, as coisas a ver começam a empilhar-se duma forma absurda, mas continuo com tempo e paciência para fazer isto.
Acreditem que surpreende-me.

Aproveitando este pico de audiências - por incrível que pareça, até tenho tido algumas visitas semanais, isto segundo os relatórios - vamos, obviamente, fazer uma pequena pausa! Um intervalo, se quiserem.







Será um intervalo curto, só mesmo para desentorpecer as pernas.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Lovewrecked

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Vários pontos surrealistas:
  • Final de secundário. Amanda Bynes vai estudar para ser médica. O melhor amigo não sei o que vai estudar. Ambos conseguem um estágio através da escola para irem trabalhar para um resort nas Caraíbas, durante o Verão.
  • Alguém realmente ir para uma festa num barco em que a temática é «piratas».
  • Amanda a apanhar peixes com as mãos.
  • Alguém achar piada a este filme.
  • «Naufragar» no outro lado da ilha dum resort.
  • Existir um ponto que seja, de praia que esteja deserta, numa ilha destas.
  • O Carlton ainda estar vivo e pedirem-lhe para fazer um sotaque latino!

quinta-feira, outubro 25, 2007

Big Nothing

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Há uma linha muito ténue entre o engraçado e o estúpido.
Em boa verdade, a coisa não é tão linear quanto isso. O Dumb & Dumber, por exemplo, era explicitamente estúpido e talvez por isso seja engraçado.

Este Big Nothing tenta ser inteligentemente estúpido, tentando ser engraçado.

Basicamente, é complicado continuar a meter coisas a correr mal sem que às tantas um gajo não comece a pensar: «Então mas qual é o objectivo, afinal?».
Tudo bem, é uma história sobre maus-da-fita burros. Corre tudo mal e começam a haver demasiadas pontas soltas, seja.
Então e agora?

Daqui, safa-se o Simon Pegg mas só para quem já é fã; e safa-se a banda sonora.
A miúda também tem jeitinho, vá lá.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Cashback

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Como eu gosto de ser surpreendido.

Este filme apresentou uma das melhores frases dos últimos tempos:
«Sharon had seen the wrong second in a two second story.»

Claro que tem mais piada com um contexto.
Terão que confiar em mim.

É um projecto um pouco imaturo. Poderei estar enganado - ainda terei que verificar isto no IMDB - mas parece-me um primeiro projecto de um jovem realizador. O cavalheiro aprendeu umas quantas técnicas que queria experimentar e usou e abusou delas. Em especial o truque que se aprendeu no Matrix, de ter a imagem parada e andar a brincar à volta dela... já soube o nome disso... Bullet time! Lembrei-me.

Para mais, a história!
Estamos a falar dum mau break-up, o primeiro a sério. A maneira como o rapazito lidou com isso e os momentos vitais que o levaram àquele ponto. Até certa altura, era uma espécie de High Fidelity sob o efeito de Xanax.
Como apresentou alguns pormerores com valor, dá para esquecer esta falta de originalidade.

Mais que não seja, tem um detalhe b-r-u-t-a-l!
Foi a primeira vez que vi num filme, num momento de discussão entre namorados, a cena típica da moça atirar coisas ao moço. Só que desta vez ela ACERTOU!!!!! Em câmara lenta vemos uma caneca a sair-lhe da mão e a acertar em cheio na tromba dele.

Gostei.

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UPDATE: E neste dia nasceu o D. Era suposto ser um D, mas acabou por ser um D diferente. Não faz mal. Cavalheiro D, quando tiveres idade, vê este filme, do qual falei no teu primeiro dia de anos. A ver se filmes ainda é uma coisa que se vê condignamente e a ver se este meu passatempo ainda por aqui anda, na altura.
A tua mãe talvez não aprecie que te metas a ver coisas destas, talvez não seja intelectual o suficiente para ela (:p) mas olha, fala comigo que conto-te de algumas coisas que a tua mãe já me obrigou a ver!
Grande D, bons filmes, meu caro. Quantos muitos!

terça-feira, outubro 23, 2007

High Art

IMDb

É um bom filme... para ver enquanto uma pessoa lê o jornal ou faz a contabilidade ou corta as unhas dos pés.
É excelente para se se estiver sem sono!!!

...

Nunca pensei vir a dizer isto dum filme com lésbicas.