Gosto do Paddy Considine. Isto não é d'agora.
Não ia jantar com ele nem nada. Não era moço para me levar ao cinema.
Mas ia beber um copo com o gajo.
Não que saiba o que lhe diria... Nestas coisas de conhecer pessoas famosas, acho que não sinto grande apelo à coisa. Não faço ideia o que diria a estas pessoas. Ou por um lado iriam monopolizar a conversa, ser o centro das atenções, seguindo a lógica de que são as estrelas da companhia - o que só ia fazer com que me irritassem. Ou então ia ficar naquela de só perguntar cenas sobre o que fazem, o que seria ridículo. Não há muito a ganhar.
Seguindo em frente.
Paddy co-escreveu e juntou uns quantos amigos para o fazer. Logo isso justifica algumas incongruências a nível de personagens.
Aqui, Paddy é um ex-militar, nascido de uma terriola pequena. Ao ter ido fazer o seu serviço militar, Paddy deixou um irmão mais novo para trás. Um irmão com uma deficiência mental. Infelizmente, o rapaz não se ficou pelas melhores companhias e, no seu grupo de «amigos», temos uma cambada de idiotas drogados que gozavam e abusavam dele.
Paddy voltou à aldeola para se vingar do que fizeram ao irmão.
Uma das incongruências: faria sentido que este grupo de meliantes fosse composto por gajos mais ou menos com a idade de Paddy. Nem por isso! Havia um ou dois velhos e mais um ou outro gajo que claramente não tinha pinta de pertencer àquela pandilha.
Depois há a vingança em si. Paddy primeiro começa por entrar nas casas deles e fazer graffitis na parede e pintar-lhes a cara com maquilhagem, só para mais tarde matá-los sem grande conversa. É demasiado ridículo. Isso e alguns dos meliantes começaram mesmo a chorar quando as mortes começaram a acontecer!
O filme, apesar de tudo, tem coisas fixes.
Tem aquele toque, ao início, de que as coisas vão correr muito mal, o que te deixa sempre apreensivo, sentado à espera para ver o que vai acontecer, certo de que vais ficar incomodado mas sempre ansioso por saber o que é. E há ainda mais uns pormenores de história fixes, lá mais para o final. E tem o Paddy. Não há como errar com o Paddy.
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