sexta-feira, novembro 29, 2019

The Angry Birds Movie 2



O raio do primeiro filme pagou-se. E bem. Mais do que suficiente para justificar uma sequela, que também se pagou... embora não tão bem.

Nesta segunda vez que perco demasiado do meu tempo, os inimigos do primeiro são agora amigos, porque apareceu um inimigo pior. E o herói, que começava a ficar esquecido, passa a ser novamente herói e... faz cenas.

Shaft


Não é um.
Não são dois.
São três(!) gerações de Shafts no mesmo filme!

É um bocado spoiler o que acabei de dizer, bem sei. Mas o filme estreou no Netflix há cinco meses. Comparado com um filme lançado no cinema, é como se tivesse 30 anos. Aliás, admira-me que eu tenha conseguido ver o filme na plataforma, agora que eles andam com esta coisa de deitar filmes fora, só porque sim.

Em boa verdade, não há muito mais para dizer. O filme é básico e é chocante que o Sam Jackson ainda consiga fazer destas coisas. Não me choca o Shaft original, atenção. Só o Jackson. O Shaft é o Shaft, caramba. Tem mais é que andar a fazer destas coisas.

quinta-feira, novembro 28, 2019

Godzilla: King of the Monsters


Há dois tipos de pessoas neste universo... que estão a tentar tornar maior do que deveria ser. Há as pessoas que acreditam que o Godzilla é bonzinho e os vais salvar. E há as pessoas que simplesmente acreditam ser um monstro, igual a todos os outros. Depois há as crianças, que estão dos dois lados e dizem asneiras a torto e direito.

Mas este é o papel dos humanos nestes filmes. Andam dum lado para o outro, quais «baratas tontas», a achar que estão a salvar-se, quando maior parte das vezes só estão a atrapalhar.

Malta, relaxem! Recostem-se nas cadeiras, arranjem umas pipocas e disfrutem do espectáculo. Não é todos os dias que monstros gigantes andam à porrada uns com os outros. Vamos aproveitar e curtir... porque não há mesmo mais nada que possam fazer.

quarta-feira, novembro 27, 2019

Kodachrome


Alguém consegue explicar-me porque nem todos os filmes Netflix estão disponíveis em todos os Netflix?

Quero com isto dizer que Kodachrome não está disponível no Netflix português. Apenas consegui ver porque está disponível no Netflix belga. O que é, no mínimo, embaraçoso.

Brincadeiras à parte, tenho dificuldades em perceber qual a lógica. É uma questão de falta de espaço no servidor? O serviço tem um número limite de filmes que consegue disponibilizar? Será uma questão de direitos? Faz pouco sentido se assim for. Mais, entretanto descobri um par de «filmes Netflix» que já não estão disponíveis de todo. Qual a lógica de produzir uma coisa que não fica em catálogo?

Kodachrome é mais uma óptima interpretação de Ed Harris, que está a morrer e quer revelar um par de rolos fotográficos, que tem há décadas. É surreal que alguém ainda tenha rolos por revelar, mas não fiquemos presos em detalhes. É uma história humana engraçada, independentemente da premissa muito frágil.

The Highwaymen


Gosto deste esforço e carinho que Hollywood tem pelos mais velhos, sempre a arranjar projectos novos e divertidos, para dar-lhes que fazer. Assim os velhotes andam ocupados e povoam menos... sei lá, as estradas, por exemplo. E digam lá que não é divertido ver Costner a fazer de durão, uma vez mais? Quase que dá vontade de rever o Waterworld e tudo.

Costner interpreta o bom da fita, se bem que muita gente não viu a coisa assim. Ele lidera um reduzido número de pessoas na caça aos famigerados, mas muito populares, Bonnie e Clyde. E conseguiu «apanhá-los». Mas não é sobre ele que se contam histórias. A dupla foi muito acarinhada pelas pessoas, apesar de serem apenas ladrões, que mataram muitas pessoas.

Estranha noção de «heróis», esta dos americanos.

terça-feira, novembro 26, 2019

Good Boys


Estas crianças vão ser consideravelmente diferentes da minha pessoa e de como vejo o mundo.

Esta coisa de haver uma monitorização constante a bullying... Como é que se vive uma vida sem medo constante de fazer figuras tristes e, pior, de ter alguém a gozar connosco por causa destas figuras tristes?

Good Boys não tem nada a ver com bullying. São três miúdos numa aventura ridícula e inocente, apesar de ter os mesmo objectivos que todas as outras histórias de aventuras com jovens: miúdas.

Três amigos desde infância estão a crescer e a entrar no nefasto mundo das hormonas. Um deles tem um fraquinho por uma miúda. O convite para uma festa poderá ser o início duma duradoura relação amorosa. Para conseguirem ir à festa e tornar todos os sonhos (de um deles) em realidade, basta conseguirem substituir um drone muito caro que, acidentalmente, destruíram.

Basta faltar à escola, vender uma carta rara de Magic a um adulto desconhecido, atravessar a cidade, comprar um novo drone no centro comercial e voltar a casa. Pelo meio fogem dumas miúdas mais velhas a quem roubaram drogas, andam à porrada com uma fraternidade universitária, atravessam uma auto-estrada e acabam a amizade.

Fácil.

quinta-feira, novembro 21, 2019

Blinded by the Light


Não sou grande fã de Springsteen. Gosto de uma ou duas músicas. Mas achei piada ao trailer deste filme. Pensei que poderia ser uma história interessante.

Não foi muito. Maior parte é só um conjunto de clips reles com músicas do boss. Chega mesmo a haver um momento particularmente ridículo, com o personagem principal a ouvir uma das músicas no walkman, enquanto canta a letra, levando as pessoas na rua a cantar e dançar também.

Como, se só ele a estava a ouvir? Fez-me revirar os olhos de tal forma, que temi que não voltariam ao sítio.

segunda-feira, novembro 18, 2019

Ford v Ferrari


O nome é um pouco enganador, já que a Ferrari não foi exactamente o grande rival nesta história. Convenhamos que, na grande corrida, os carros da Ferrari estoiraram todos, ou tiveram acidentes. Foi mais Ford v Ford, ou mesmo Ford v Bale/Damon, já que os grandes conflitos foram todos internos, com a chefia a querer fazer uma coisa e o pessoal talentoso outra.

As corridas longas são uma seca para mim, lamento. Aquela coisa de ver carros a fazer a mesma coisa vezes e vezes, quase sem conta, não puxa por mim. Mas funcionou em filme, porque para criar emoção basta fazer o plano fechado à maneta das mudanças e meter uma acima. Aposto que, para além de pesquisarem a história destes acontecimentos, os criados viram bem os «Fast & Furious».

Nota final para o palerma do Josh Lucas, um claro típico vilão idiota. Nem precisou de representar grande coisa neste papel.

The Last Laugh


Chevy Chase tem grandes dificuldades para reformar-se, neste filme. Segundo o personagem, ele sempre viveu para trabalhar, com gosto, em vez de ter trabalhado para viver. É uma maneira de ver as coisas, tão estúpida como qualquer outra.

Claro que assim que encontrou uma namorada em Andie MacDowell (ficção científica?), o trabalho deixou de ser assim tão importante.

Curioso.

domingo, novembro 17, 2019

You've Got Mail


O filme é uma tentativa de replicar o êxito da dupla Hanks/Ryan em Sleepless in Seatle, mas o certo é que nesse filme mal estiveram juntos. Ou seja, foi um plano arriscado fazer este filme, pois a química entre ambos não é notória. Em You've Got Mail interagem muito mais, mas não é uma coisa muito fixe. Hanks arruina a vida a Ryan. Pelo menos numa fase inicial. Ele chega mesmo a destruir a última ligação que Ryan tinha com a falecida mãe: a loja de livros infantis.

Porque raio é que haveria de apaixonar-se por ele, mesmo que a vida tenha dado umas voltas até bastante simpáticas.

Claro que vi o filme quando saiu. Revi agora porque a minha senhora adora esta história. Para mim foi só prova do que já sentia: isto não é mesmo nada de especial.

Mas não digam nada à minha senhora, por favor. Estou lixado se ela descobre.

terça-feira, novembro 12, 2019

Changeland


Seth Green estreia-se na realização com um belo filme publicitário à Tailândia. E qual a melhor forma de realizar um filme publicitário à Tailândia? Levar os amigos todos para participar. Ninguém suspeita se forem os amigos todos. Talvez se também participar a mulher. Mas Green é esperto! Como é que se disfarça a mulher participar? É metê-la a enrolar-se com o amigo. Na história, entenda-se.

Ninguém aproveitaria a realização dum filme publicitário à Tailândia para fazer férias com os amigos E escreveria uma história da esposa a enrolar-se com o amigo.

Este filme traz-nos também a melhor interpretação de Culkin desde Sozinho em Casa, já agora.

Triple Frontier


Agradável surpresa.

Nunca se espera grande coisa dum filme...
- ... Netflix;
- ... de tiros da Netflix (ainda por cima);
- ... com Ben Affleck (hoje em dia);
- em que o elenco tem uma mega estrela, dois gajos genericamente conhecidos, mais dois gajos que podem vir a ser mais conhecidos, mas ainda não são.

O certo é que Triple Frontier entra de caras na lista de melhores filmes Netflix. Não é dizer nada, é certo. Mas acredito que, com o tempo e com a Netflix a eventualmente fazer filmes decentes, o filme se mantenha na lista de melhores filmes Netflix. E isso já é dizer alguma coisa.

sexta-feira, novembro 08, 2019

When Harry Met Sally


Como é possível gostar de comédias românticas e nunca ter visto este filme? Pois, não sei. Suponho que viver num país estrangeiro seja boa desculpa. Ou isso ou pura negligência parental. O certo é que a minha senhora nunca tinha visto. Uma clara falha na vida de qualquer ser humano mas, felizmente, de fácil resolução.

Não me custa nada voltar a esta história, convenhamos. E sim, ainda me ri em todas as mesmas cenas onde sempre ri.

quarta-feira, novembro 06, 2019

Zombieland: Double Tap


No meio de tanto zombie, de explosões, acidentes de carro, da evolução dos ditos zombies numa raça mais inteligente e mortífera, ou até mesmo a própria solidão de viver num mundo desolado, o mais arrepiante foi terem estado tanto tempo na beira dum arranha-céus. Acontece no final, no culminar do plano para dar cabo duma horda de zombies. Depois de enganarem as criaturas a atirarem-se do prédio abaixo, todos decidiram celebrar e estar à conversa mesmo à beirinha.

Esta gente é doida? Eu não estava lá e senti tonturas.

Z2 é divertido, porque os actores são bons e o universo está bem estruturado. As cenas com os sócias foram bastante divertidas, mesmo que se tenha visto maior parte no trailer. O filme acaba como começou, com a Breslin sem cara metade. Todos estão agora em casalinhos. Faz sentido, ou não tivesse Breslin deixado de ser cabeça de cartaz para esta sequela.

Valeu bem a pena que tenham voltado todos, para fazer mais uma coisas destas.

segunda-feira, novembro 04, 2019

Ode to Joy


O conceito é, no mínimo, peculiar. Um tipo que não pode ter qualquer tipo de boas emoções fortes, senão cai para o lado. É uma condição física rara. Sempre que Martin Freeman sente absoluta felicidade, amor ou luxúria, desmaia. Imagino a adolescência deste rapaz. Devia passar metade do tempo no chão.

Parecendo só ridículo, o certo é que é extremamente perigoso. Para além de cair e poder magoar-se, pode atropelar outros, ou simplesmente cair duma grande altura e ir desta para melhor.

O homem tenta viver uma vida regrada, que é como quem diz: deprimente com'ó raio. Até que conhece Morena Baccarin.

Por um lado é um belo massajar do ego. Por outro, ela saberá sempre que o rapaz minta sobre o seu apreço às prendas de natal recebidas. Se não desmaiar, é porque não gostou assim tanto.

Não será uma vida fácil para o casal, pelo que louvo-lhes a coragem.

sexta-feira, novembro 01, 2019

Joker


A vida até estava a correr bem ao rapaz, mas aquelas escadas levariam qualquer um à loucura. Entende-se. Eu tenho vivido muito com escadas, nos últimos anos. Houve uma altura em que tinha de fazer três andares tanto em casa, como no escritório. Não foi uma vida fácil. Também pensei em tornar-me um mestre sanguinário do crime, arqui-inimigo dum ricalhaço qualquer vestido de animal noturno.

E depois há a outra questão. O Joaquin corria que se desunhava. Para trás e para a frente. Era correr atrás de miúdos, só para depois andar a correr de miúdos. Era chato, porque pelo meio tinha de levar na tromba. Mas tudo valeria a pena. O Quin tinha um sonho. Estas contrariedades só o ajudariam a chegar lá. Chegaria o dia em que ele teria o Flash como arqui-inimigo.

Acontece que alguém falou com ele. Trouxe-o de volta à realidade. Explicou-lhe que dificilmente conseguiria correr tão rápido. Pior, que tinha de contentar-se com o Batman.

E se as escadas não fossem uma frustração gigante só por si, é juntar-lhe ter de contentar-se com um «homem morcego»...

Como não enlouquecer?