sábado, dezembro 25, 2021

Klaus


Continuo sem perceber muito bem se este filme é para miúdos. Tem momentos super doces e é brincalhão. Mas a grande piada do filme é ter cenas «normais» que alimentam a fantasia do que é o Pai Natal.

Será que os miúdos apanham isso?

Atenção que, mesmo que não apanhem, o filme não deixa de ser incrível de se ver. Mas os «adultos» são capazes de tirar um pouco mais da coisa.

sexta-feira, dezembro 24, 2021

A Boy Called Christmas


Cá está o último filme de Natal que por aqui tinha para ver. Curiosamente era o mais antigo. Estava a guardá-lo, suponho, na esperança que fosse especial e marcasse a época. É giro. Sem dúvida. Se bem que não deixou grande marca.

Felicitações natalícias!

Encanto


Que família tão disfuncional. Só porque uma das netas é a única que não tem poderes... Se num reino exilam para um sítio frio a filha com poderes, aqui a filha sem poderes nem tem direito ao seu próprio quarto. Uma vergonha.

Mirabel adora a sua família. A sua família também gosta dela, embora haja uma certa dose de pena à mistura. Porque Mirabel não tem poderes especiais e, como tal, não é tão importante. Os outros são perfeitos, ela nem por isso.

Raio de mensagem. E raio de matriarca, que na busca pela perfeição torna toda a gente infeliz. Aposto que a velha nem o Natal celebra.

Bruised


30 second in and Justice is taking a beating.

Halle Berry realizou um filme em que, literalmente, aos 30 segundo já estava a levar uma tareia daquelas.

Depois do primeiro combate que vemos, Berry afastou-se do ringue, arranjou um traste de namorado e voltou a ver o filho, que tinha abandonado há quatro anos. Assim como a mãe, que também não via há algum tempo. Ou seja, pode ter-se afastado do desporto, mas não deixou de levar porrada.

O resto do filme é ela a aprender, e bem, a dar porrada de volta.

quinta-feira, dezembro 23, 2021

The Hating Game


Este filme foi mais o que o Fifty Shades of Grey prometia ser, do que o próprio Fifty Shades. A sério. Este tipo é absolutamente psicótico. Eu sei qual a temática do filme e o final estava anunciado desde o primeiro minuto, mas se fosse outro, com ele a fazê-la desaparecer na masmorra, não me surpreenderia. Em todas as cenas estava à espera que o tipo sacasse duma naifa e começasse a cortar a Lucy Hale às postas.

Sei que o princípio do filme é que odeiam-se no início, mas ele tinha de ser assim tão convincente? Que raio de casting.

Last Train to Christmas


Sempre gostei dum bom conceito de «toma lá várias oportunidades para melhorar a tua vida». E gosto de andar de comboio. Logo, um filme em que um tipo num comboio ao andar para outra carruagem, da frente ou de trás, viaja dez anos no tempo para a frente ou para trás, respectivamente, é perfeito para mim.

Tudo o que faz numa carruagem afecta a carruagem da frente. Se, por exemplo, numa carruagem cair e abrir a cabeça, na seguinte terá uma cicatriz. Mas se andar para trás duas carruagens consegue evitar que isso venha a acontecer.

Começa a viagem em 1985. Na carruagem da frente é 1995 e o comboio vai até 2015. A última das carruagens é quando tem cinco anos, creio que em 1945. A vida dele não é má, mas tem os seus defeitos. Tanto que da primeira vez que avança uma carruagem é confrontado com uma vida horrível. A partir daí anda para trás e para a frente, a tentar resolver o que havia e o que criou. Sempre com tempo limitado, porque o comboio continua a fazer o percurso normal.

Gostei do filme. Boa premissa, um elenco simpático e bem desenvolvido. Não gostei do final. Nada. Fez-me confusão. Mas... é sempre assim.

Resident Evil: Welcome to Raccoon City


É uma espécie de filme de Natal. Não é nada! É um filme com monstros e tirinhos! Nesta altura do ano nem tudo precisa ser sobre o Natal, caramba.

Não sei até que ponto foram bem sucedidos, mas alguém decidiu tentar reavivar este franchise com um reboot que não ficou nada mau. Quer dizer, eu conheço zero do material de origem. Acho que nunca joguei qualquer um dos jogos. Mas em termos de filme, apesar de continuar a ser algo confuso, sempre está melhorzito que os outros.

Tem uma vantagem. Não tem de introduzir tanta coisa. Aqui a acção começa praticamente no início (e por acção entenda-se monstros), há um mínimo de contexto dado, e os personagens se falam muito é mais para darem a conhecer o seu papel na história. Ou seja, não são precisas muitas teorias estapafúrdias, que apenas em jogos fazem sentido. Há uma empresa que faz experiências secretas. Criam monstros. Envenenam uma cidade. Destroem-na quando a «experiência» chega ao fim.

Bang bang. Bora fugir. Bang bang. Boom!

Não é preciso muito mais.

quarta-feira, dezembro 22, 2021

Being the Ricardos


Quem quer ver um filme sobre uma das maiores referências cómicas da televisão, mas em formato drama? Hein?! Assim uma coisa bem séria. Quem quer? Ninguém!? Como assim ninguém quer ver uma coisa pesada sobre uma cómica? Então e se for escrito é realizado pelo Sorkin?

eeeeeeeerrrrrrr

OK, vamos tentar doutra forma. Tem dois actores habituados a ganhar prémios, a fazer de Lucille Ball e Desi Arnaz. Sim, o Bardem faz o papel do Cubano mais conhecido do mundo (não é dizer grande coisa) e a Kidman, reconhecida (por ninguém) pelos seus dotes cómicos, faz de ruiva tonta, que só se mete em encrencas, sempre de forma hilariante.

Não sei quem se lembrou de fazer este projecto, mas sim, também me parece óbvio que filmes biográficos é a forma de ganhar Óscares, hoje em dia.

terça-feira, dezembro 21, 2021

My Dinner with Hervé


Hervé diz ao jornalista que tem uma grande história para contar-lhe. Não mentiu. É uma boa história, a da vida de Hervé. Não dá propriamente para um filme de 100 minutos. O último terço arrastou-se, sem necessidade nenhuma. Mas não deixa de ser uma boa história, que, ainda por cima, felizmente não pinta Montalban duma forma demasiado negativa.

Não sei se conseguiria saber que Montalban era um completo idiota. Ser só um bocadinho idiota e aceitável. É o Montalban. Ele pode.

Batman: Assault on Arkham


Não percebo esta necessidade de meter o Batman em tudo. Ou melhor, sei porquê. O órfão traumatizado rende mais que toda a gente. Alguns até juntos. Só que em termos de história é chato. Para mais para alguém como eu, que não é assim tão fã do personagem.

Assault on Arkham podia simplesmente viver da história base de Suicide Squad. Waller usa meliantes para as suas missões. Nem sempre eles sabem qual a verdadeira missão e nem todos têm a mesma utilidade. Desta feita arranjou uns quantos para entrarem em Arkham e limparem com o sebo a uns vilões específicos.

Repito: qual a necessidade do Batman aparecer? Estragou ao coisa? Claro que não. Fazia falta? Não!

Star Trek Beyond


Imaginemos um universo paralelo. Não é complicado. Está muito na berra, hoje em dia. Não precisa ter diferentes Spider-Men ou «variantes» exageradas dos personagens que conhecemos. É um universo em quase tudo igual ao nosso. A única diferença é que Abrams não realizou o Ep. VII. Ao invés, ficou-se pelo franchise Trek. Digamos que foi «por amor à camisola». Seja vermelha, azul ou amarela. Teríamos mais flares, talvez. Embora ele já tenha pedido desculpa pelo uso abusivo. Mas acredito que também teríamos mais sequelas.

Há previsões dum novo Trek em 2023. Não sabia. Vi agora. Mesmo assim. É demasiado tempo. Para mim, sim, que estou a ficar velhote. Mas até para o próprio franchise. A malta esquece. Se passa demasiado tempo, muitas pessoas vão esquecer-se que gostam disto. São sete anos entre Beyond e o próximo. Chiça, passaram cinco e eu já não me lembrava de muita coisa. No mundo paralelo saiu um Star Trek a cada três anos e foram outras pessoas a fazer m€rd@ com os filmes Star Wars. Não tem mal. Tinha de ser assim. Não havia solução para salvar Wars. Já Trek podia estar melhor.

OK, vá. Também não há COVID no universo paralelo. Sim, é um sítio incrível. Bora todos mudar para lá.

segunda-feira, dezembro 20, 2021

Star Trek Into Darkness


Há várias cenas memoráveis nesta sequela. Infelizmente, a mais falada foi a de Alice Eve semi despida. É óbvio que a cena é parva. É nudez gratuita. Durante demasiados filmes e demasiados anos houve cenas, em que mulheres apareciam despidas, sem propósito algum para a narrativa. É gratuito e explorativo. Assim como agora, em todos os filmes Marvel e outros, aparece sempre um tipo em tronco nu. Sem qualquer outro propósito que não excitar espectadores, doutra forma. Esta cena com Eve foi criticada até à quinta casa, e com razão. Não serviu para nada. É o expoente máximo dum papel que, estupidamente, pouco mais foi do que «damsel in distress», desperdiçando-se assim uma boa actriz e personagem.

Posto isto, há dias li uma entrevista em que Eve disse que, à parte da polémica - que entendia -, ela até estava bastante orgulhosa da cena. E não teve problema algum em fazê-la.

Pois...

Bem, eu culpo o Khaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan!

Star Trek


Até o pai do Spock tratava-o por Spock. Não admira que o rapaz tenha tantos pruridos.

Ao dia de hoje ainda não sei se o filme foi bem recebido por «trekianos». Quando saiu, vi o filme e tanto eu como o meu compincha destas andanças, ambos gostámos. Mas nenhum de nós era, ou é, trekkie. Ficámos fãs do filme e, mais tarde, contentes por saber que Abrams realizaria um novo episódio do «nosso» Star Wars. Mal sabíamos o que nos esperava. Ambos os exercícios têm uma dose gigantesca de respeito pelo material de origem. Há smpre um chorrilho de piscares de olhos aos fãs (Kirk enrola-se com uma alienígena verde, pelo amor da santa!). E eu gostei do Ep. VII, mesmo sabendo perfeitamente que era um remake do Ep. IV. Não falo pelo meu amigo, pois muito aconteceu desde então (nomeadamente dois episódios que... bem, não vale a pena). Só que em Wars Abrams não acrescentou nada de novo, e em Trek ajudou a reconstruir um universo vasto e bastante elaborado.

Mas eu não sou trekkie. Nem conheço verdadeiros trekkies, creio. Enquanto warsie fiquei desiludido com o resultado final da última trilogia. Enquanto fã de cinema e ficção científica, gostei bastante desta de Trek. Tanto que decidi revê-la. E muito feliz estou com a decisão. Por muito que o lábio superior do Pine continue a fazer-me confusão. Ele meteu cologénio para este filme, certo?

sábado, dezembro 18, 2021

Spider-Man: No Way Home


Cá está ele! Não foi nas condições ideais, mas lá consegui ir ver a coisa. Quer dizer, não foi em más condições. Não tive de rastejar por um esgoto, para entrar num cinema sem pagar, só para ver o filme de esguelha, sentado nas escadas, a fugir de funcionários. Vi numa sala que não era espectacular, demasiado próximo da luz de projecção, som fatela e com uns miúdos que guincharam em vários momentos. Mais no gozo, pareceu-me. Mesmo assim. Mas foi OK. Eu queria ver o filme para não ser mais spoilado, principalmente. Se bem que...

Há todo uma campanha para não spoilar, por aí. Apanhei o cartaz na net em vários sítios, e os próprios actores filmarem uma coisita curta, que passou antes do filme, a apelar ao «não-spoiler». Só que... Há alguma coisa para spoilar? Fui ver o filme sabendo perfeitamente ao que ia. Houve surpresas? Claro que sim. Como qualquer outro filme. Houve surpresas como as que foram sendo spoiladas ao longo dos meses? Não. Mas acedo que quem não anda tão atento como eu, possa não saber. E sim, para essas pessoas há surpresas fixes... que não vão durar para sempre... porque vai sempre haver alguém a spoilar.

De que posso falar, então? OK. Acho que há dois pontos que não serão conflituosos.

Primeiro, os cabelos. Seja quem for que tenha trabalhado esta parte, não me leve a mal, mas o hair department deste filme já terá feito melhor. O do Strange é claramente falso. Acedo que não seja fácil. De todo. O personagem tem um cabelo muito particular na BD. Talvez seja então de alguém dar-lhe um twist mais realista, mesmo que fuja da BD. Não tem mal. O Cumberbatch foi um casting genial. Ele é perfeito no papel. Não precisa do cabelo. Sobre o do Parker, não é que esteja mal ou pareça falso, mas variou demasiado consoante as cenas. Ora estava desgrenhado, ora arranjadinho. Mesmo depois de usar a máscara. E para alguém como eu, que tem problemas sérios de bed hair, foi particularmente insultuoso. Não, o cabelo não sai perfeito depois de usar uma máscara e andar à porrada / a suar por todo o lado. Não que saiba por experiência. É uma dedução lógica. Ah, o Ned claramente tinha um capachinho e não vou falar do da Zendaya. Não que estivesse mal. Ela está sempre bem. É precisamente por isso que nem vale a pena falar.

Segundo, no meio de tanta gente, a MJ foi a mais engraçada. O que surpreendeu... por... motivos... que não poderei mencionar nesta fase.

O filme é divertido. Acção, humor, tudo. O principal a referir é isso. E é de ver quando possível, independentemente de todo o ruído que por aí anda.

The Trip to Spain


Que eles continuem a fazer estes filmes, claro que entendo. É andar a passear, à custa do orçamento do filme, em sítios bonitos. É comer, beber e ficar em hotéis de topo. Maior parte dos sítios a trocarem publicidade e exposição por comida, bebida e estadias. É estar com amigos, a beber copos enquanto se trabalha. Agora, porque é que continuo a ver este tipo de filmes, isso já é toda uma outra conversa.

Há um na Grécia, que terá saído o ano passado. Será que vou conseguir não ver esse?

sexta-feira, dezembro 17, 2021

Batman: The Dark Knight Returns - Part 2


Esta adaptação é tão perfeita, que tive exactamente os mesmos problemas a ver os filmes, que tive a ler a BD.

Há picos, ao longo da história completa. O que é normal, dado que é contínua, com capítulos vários. Acontece que alguns capítulos são óptimos e outros são só fixes. Se fossem todos medianamente fixes, a história no todo era bem boa. Assim, as discrepâncias são mais notórias. Independentemente disso, é uma história muito boa. É natural que seja a preferida de muita gente. Com qualidade quando saiu e mesmo ainda hoje em dia. Até a cena de ter o Reagan como presidente. Pode ser uma coisa da altura, mas continua a ter piada.

Dark Knight Returns é um clássico. Daqueles que todos devem ler/ver, com detalhes deliciosos.

Batman: The Dark Knight Returns - Part 1


Não não. Continua a não ser altura do terceiro Spidey. Houve nova tentativa e novo falhanço hoje. É perseverar, meus caros. Perseverar e ver filmes de animação no HBO.

Mas que raio ando eu a fazer da vida, que ainda não tinha visto esta adaptação do Dark Knight Returns, a mais famosa (para muitos) história do Batman? Deixa cá ver a segunda parte, enquanto é tempo, que isto está bem fixolas.

quinta-feira, dezembro 16, 2021

8-Bit Christmas


Não, o filme que se segue não é o terceiro Spider-Man. Ou melhor, o segundo terceiro Spider-Man. Porque já houve um outro terceiro, há mais tempo. Bem, no fundo, acabámos por não ir hoje porque algumas sessões - as que são a horas decentes -, estavam esgotadas. Parece que o filme estará a ter alguma procura. Quem diria! Lá tivemos de contentar-nos com um filme de Natal de baixo orçamento, mas suficiente para ir buscar um par de actores relativamente conhecidos e alguma produção decente, que permitiu quase acreditar que eram mesmo os anos 80. Quase.

Para além disso é mais uma fantasia sobre como foi a famigerada década. Em quase tudo. Menos na obsessão com consolas novas. Não tive a panca por esta Nintendo, mas tive por outras. A começar pelo meu Game Boy, que entreteve-me por toda a década de 90. <3

Spider-Man: Far From Home


O quê?! O Mysterio é o mau da fita? Eu... Bem... Eu estou que nem posso. Como é possível um personagem sinistro, com um aquário como capacete, não ser o herói?

Acho que já posso dizer isto, certo? Já não é spoiler... Se é que alguma vez foi. Outra coisa que também posso dizer é que gostei desta sequela mais, desta segunda vez. Suponho que as expectativas estivessem elevadas, no primeiro visionamento.

Agora, será que o Peter, sendo um miúdo desta época/geração, quando está no meio da acção, tipo no meio dum monstro feito de drones, e ele acha a coisa fixe, será que instintivamente procura o telemóvel, para tirar uma foto ou filmar?

quarta-feira, dezembro 15, 2021

Spider-Man: Homecoming


Em preparação para o novo Spider-Man, a minha senhora quis ver todos os filmes. Todos. Felizmente ela não é boa a preparar esse tipo de maratonas. Como tal lembrou-se hoje de ver o primeiro, sendo que temos planeado ver o novo amanhã.

Pois.

O que vale é que Homecoming é o mais fixe e não custa nada ver. Especialmente porque o Michael Keaton é incrível, mas não só.

terça-feira, dezembro 14, 2021

A Castle for Christmas


Onde é que a Brooke Shields tem a mão, neste poster?

Hesitei em ver esta aventura natalícia. Tem mau aspecto. É verdade. Por muito que aprecie Elwes e esteja-lhe para sempre agradecido por ter feito parte do Princess Bride, o cavalheiro não evoluiu nada enquanto actor. Aliás, até acho que Shields, alguém a quem nunca foram reconhecidos dotes representativos, evoluiu mais, desde que ambos atingiram a fama há décadas. Acho que Shields, quando faz «humor tolo» - ou mesmo slapstick -, consegue ter mais piada que Elwes. E é isso que tiro de Castle for Christmas. Se não for levado a sério, consegue ser bastante engraçado. Mesmo que não seja essa a intenção.

Afinal, o filme passa-se ao longos duns meses. De Inverno. E não chove um dia. Um dia sequer! Na Escócia. É aburdo e consegue ter alguma piada. É só o que estou a dizer.

Batman Beyond: Return of the Joker


- What can you tell me about clowns?
- In this town, they're never funny.

O HBO acrescentou recentemente vários filmes de animação da DC. Maior parte do Batman, mas algumas coisas doutros personagens. Sim, há mais para além do vigilante noctívago.

Pensava eu que tinha visto quase todos e afinal... Este Beyond faz sentido que não tenha visto. Faz parte do universo da série, que saiu no final dos 90s. Apesar de ter bastante qualidade, nunca entrei na história passada no futuro, em que Bruce passa o bastão a um novo Batman, mais futurista, mais beyond.

Pois ainda bem que acrescentaram estes filmes. Preciso dumas «rapidinhas» para inchar os números do mês. Só espero que os demais estejam ao nível deste. Se chegarem perto já não é mau.

domingo, dezembro 12, 2021

The Last Duel


Ando com uma panca de ver Jodie Comer em tempos medievais. Ontem comecei uma mini-série com ela, onde faz de princesa prometida ao rei. Aqui é prometida a Matt Damon, cujo personagem é um tipo fixe ou um idiota, consoante o narrador. Infelizmente, tanto no filme como na série, a personagem de Comer é violada.

Mas, acima de tudo, estava muito curioso para ver este mais recente e algo polémico filme de Ridley Scott. Não por causa do conteúdo, longe disso. A violação é muito menos intensa do que algumas que por aí têm andado. E há algumas boas cenas de acção, incluindo o duelo final mas, na verdade, Last Duel é muito mais um filme sobre burocracias e processos em tribunal, que outra coisa. É bastante entediante, devo dizer. Não, o filme é polémico porque o realizador é um palerma. Passo a explicar.

Duel foi um flop no cinema, surpreendendo... ninguém. Justificação de Scott: os miúdos, os milenials, são todos uns idiotas, incapazes de largar o telefone tempo suficiente para ver um bom filme. Agora, não sei se foi por isso ou não, mas o filme apareceu no Disney+, há um par de semanas, sem qualquer pompa ou circunstância.

Tirando filmes muito antigos e pouco populares, o Disney+ dá sempre algum destaque às estreias semanais. Têm pelo menos um cartão presente no carrossel das novidades. Um filme com este tipo de orçamento tinha de ter um cartão nos destaques na topo. No entanto, não colocaram nada. Não aparece em nenhuma lista de relevância e não se encontra em lado nenhum na homepage. Pesquisando claro que se encontra, mas tirando isso é um «filho bastardo» do catálogo. A Disney é conhecida por não querer ter nada a ver com polémicas. Especialmente as que podem alienar o público final. Mas será que decidiram distanciar-se do filme só porque o realizador é uma criança birrenta?

Adoro estas histórias. São os meus acidentes de carro. Abrando sempre para ver.

sexta-feira, dezembro 10, 2021

Father Christmas is Back


Kelsey Grammer e John Cleese são irmãos. Mas não, calma. O Frasier não tem sotaque, apesar de ser britânico. Este filme não é assim tão estúpido. Não, o cavalheiro mudou-se para os Estados Unidos há 25 anos, logo após abandonar a mulher e quatro filhas, em pleno dia de Natal. Entretanto perdeu o sotaque, claro.

A segunda filha mais velha é neurótica e organiza a festa de Natal para a família, que nunca corre bem. A mais velha é a Elizabeth Hurley e os seus seios estão demasiado presentes neste filme de Natal. A terceira é esquisita e, como tal, lésbica. A mais nova é a rebelde e é quem procura o pai, fazendo-o regressar.

Ah, e é a família Christmas. É nome de família. Daí o título do filme. Percebeste?

terça-feira, dezembro 07, 2021

The Duke


The Duke narra a simpática história dum senhor carismático de Newcastle, que roubou, ou melhor, «pediu emprestado» um badalado quadro da altura. A intenção era nobre. Simplesmente queria chamar a atenção para algumas injustiças na sociedade, para com os reformados e veteranos de guerra. Tudo muito bem intencionado, apesar de ser um roubo, para todos os efeitos, por muito que a defesa de «foi só um vizinho a pedir qualquer coisa emprestada» tenha funcionado em tribunal.

Sobre o filme em si, é suportado e bem, quase na totalidade, pelo carisma de Broadbent. E, por ele e Mirren, vale bem a pena passar os olhos pela história destas pessoas e dum quadro algo medíocre, que ficou na História pelo «roubo», mais do que pela sua qualidade artística.

Cabaret Maxime


Pois então parece que isto é um filme Português. Tem produção, realização e, imagino, financiamento Português. A questão é que, para além da belíssima actriz Ana Padrão, alguns figurantes, variadíssimos planos das ruas do Cais do Sodré (não tão cheias como na realidade), e da presença em palco dos Ena Pá 2000 e Irmãos Catita, não há assim muita representação Portuguesa.

Quer dizer... Agora que ponho a coisa por escrito.... Não é preciso mais nenhuma representação Portuguesa que os Ena Pá! Que raios estava eu para aqui a dizer?! Destacaram o grande Phil Mendrix em cena, em palco, rodeado de mulheres semi vestidas. Nada menos do que merece. Quem vir o filme sabe que Portugal é «a cena».

Afinal, é para isso que serve o cinema Português.

domingo, dezembro 05, 2021

The Beta Test


Este tipo continua a baralhar-me. Tens uns projectos algo excêntricos, muito «fora». Realiza e interpreta. Ou melhor, faz sempre o mesmo papel. Mas vai conseguindo fazer os seus filmes. O que será um feito, nos tempos que correm. Não tem propriamente um registo preferido, embora haja características muito comuns aos três filmes que lhe conheço.

Tem tudo sempre a ver com criminalidade. Nos dois que vi antes foi polícia. Neste há uma rede de chantagem/sexo/adultério na qual está envolvido e que investiga por conta própria. Mesmo que aos tropeções. Também há uns quantos homicídios a cargo dos respectivos parceiros traídos. Aliás, não há nenhum homem ou mulher traído que não mate o respectivo parceiro. Chiça, que a malta hoje em dia reaje agressivamente ao adultério. Ou pelo menos, na óptica do cavalheiro, é assim que reajem. E como foi ele que traiu, é normal que ande nervoso, a tentar saber no que se meteu e como conseguirá safar-se.

Mérito seja dado, a cena do homicídio inicial está muito bem realizada. É uma cena bastante intensa.

sábado, dezembro 04, 2021

Single All the Way


Single All the Way é o que se pode esperar. É, efectivamente, muito natalício. Surreal natalício, mas sim, natalício.

Surreal porque não há uma discussão. Há dois miúdos, duas adolescentes, uma mãe que mete-se na vida amorosa do filho crescido, esse filho crescido troca a árvore de Natal falsa - que a mãe adora - por uma verdadeira - que a mãe não quer ter -, dois genros... É um cocktail molotov que alguém decidiu guardar ao pé da lareira, mas que não explode!

Não consigo conceber.

quinta-feira, dezembro 02, 2021

Ron's Gone Wrong


O Absolo... Quero dizer, o Barney não tem a última geração de iPhon... de B-Bots! Todos os miúdos na escola têm um. É um melhor amigo, para além de ser uma máquina usada para tudo. Incluindo para gravar e meter online cada segundo da vida de... crianças... Sinto que há aqui um limite ultrapassado.

Ron's Gone Wrong lembra um pouco The Mitchells vs. The Machines. O início é quase cópia chapada. Uma empresa lança a última tecnologia: um robô para cada pessoa, para fazer tudo e mais um par de botas. Mas depois o filme lança-se para algo diferente e é o seu próprio conceito, com momentos para pensar, para rir e bastantes carinhosos. É o que Ron's acaba por ser, um filme doce sobre amizade.

Venom: Let There Be Carnage


Gosto de ter batido um número grande, neste blogue, com um filme de BD. Infelizmente só tinha o segundo Venom para o efeito.

Não consigo perceber este projecto. Por um lado é complemente parvo, numa tentativa de ser engraçado - falhando miseravelmente -, mas por outro tem um lado gore, não visível, apenas implícito. Venom ou Carnage são assassinos. Matam umas quantas pessoas, nos seus processos de fazerem «coisas». Chegam mesmo a morder e engolir cabeças inteiras. Literalmente. Lá está, não é visível. Não há sangue, por exemplo. Mas há o movimento e o corpo a ser largado. Ou seja, há piada mas ninguém se ri. Há violência, mas dissimulada. Não é carne. Não é peixe.

E o pior, o pior mesmo de tudo, é que confirmaram a ligação ao MCU. Ugh! E qual é a cena de terem uma mutante, sem pompa nem circunstância? Feige, qual é a cena com estes filmes de m€rd@?

terça-feira, novembro 30, 2021

Leap Year


Anos bissextos, essa coisa maravilhosa cheia de Europeus de Futebol e Jogos Olímpicos. Anos em que Fevereiro não se sente tão pequenino, face aos outros. Fomos campeões europeus num ano bissexto. Vi um filme por dia, em média, num ano bissexto. Por outro lado, foi também uma desculpa para fazer este filme absurdo, que não faz sentido algum. Um pouco como nomes irlandeses, cheios de letras que não se lêem.

Como tudo, há vantagens e desvantagens. Se for um mau ano, não interessa que tenha um dia a mais, por exemplo.

E por falar em números, chegamos assim aos 271 filmes vistos em 2021. Não é particularmente redondo, mas é o 4.° máximo deste blogue, ex aequo com 2019, um ano em que pouco fiz da vida, que não mudar-me 2 000 quilómetros para nordeste. Tenho um mês para suplantar 2019. Conseguirei?

sexta-feira, novembro 26, 2021

Finch


Volta e meia esqueço-me do porquê (ou quanto) desgosto (para ser simpático), a Apple. Hoje fui obrigado a lembrar-me, ao tentarmos usar a Apple TV+. Tem um período de experiência de sete dias, o que permite vermos este filme, mais um par de coisas. E eu, na minha inocência, pensava até que teríamos assim mais um serviço de streaming, porque nem é muito caro. O problema é que a Apple é a Apple e não permite apps a fazer cast para qualquer lado. Como tal, é o único serviço/app que conheço que não comunica com o Chromecast que temos. Pois claro.

Demos a volta e vimos esta versão pós-apocalíptica do Cast Away, com quem mais que não o nosso amigo Tom Hanks. Um dos tipos mais simpáticos e sociáveis que por aí anda, que em Finch não suporta pessoas e até gosta do lado de «fim do mundo» em que ele é (quase) a única pessoa na Terra. Mas Hanks não está inteiramente sozinho. Tem um cão, um robô tipo WALL·E, e um outro robô que Hanks cria, com muitos mais sentimentos do que é suposto. Ou seja, Hanks, sozinho, criou um andróide com inteligência artificial.

Ao menos se o personagem de Hanks trabalhasse para a Apple, talvez então eu não tivesse de passar por certas e determinadas situações.

Black Friday


Ah, não há nada como ver um filme adequado à época. Como é, malta? Já fizeram as vossas compras todas?

Black Friday não é tanto sobre o consumismo desenfreado em que vivemos, mas mais sobre uns alienígenas estranhos que tomam conta do corpo humano, juntam-se depois numa simbiose para criar um corpo alienígena ainda maior. Qual o intuito destas criaturas, para além de destruição, não se conhece. Ou sequer as origens dos bichos, como sobreviver ou matá-los. E também não é preciso saber nada disto.

«Black Friday» é só uma coisa gore pela qual as pessoas têm de passar. E o filme é semelhante em muita coisa.

quinta-feira, novembro 25, 2021

The Harder They Fall


Belo conjunto de actores, a tentarem reanimar um género moribundo há muito. Estilo, pinta, carisma, etc., trazem por certo para a contenda. Daí a conseguirem fazer algo que acrescente...

A verdade é que Harder tem uma data de clichês de westerns. Convenhamos que só com determinadas coisas pode um western ser um western. Daí que o género tenha morrido. Há um limite para a quantidade de vezes que se consegue ver a mesma coisa. Não é que não goste de ver tiroteios, mas tirando isso...

Foi agradável de se ver, mas mais pelo elenco que pelo género. É apenas o que tento dizer.

King Richard


Quando vi o trailer fiquei ofendido. E nem é a minha briga. Eu não sabia sobre o que era. No início pensei ser apenas a história dum pai que puxou pelas filhas, para que fossem as melhores. Depois lá percebo. É sobre... Não é sobre as irmãs Williams. Não. É um filme sobre o pai delas.

Não estou a dizer que elas merecem mais destaque porque estavam no campo. Claro que não fizeram tudo sozinhas. Foi preciso apoio, carinho, treino, camaradagem, amizade, amor, tudo e mais um par de botas. E sim, o homem tem uma grande quota parte de responsabilidade na carreira de duas desportistas que mudaram muita coisa no ténis. Mas não está sozinho. Foi um feito de toda a família. O próprio filme acaba por contar isso mesmo. A mãe treinou-as também. As irmãs estavam no campo de ténis quase sempre, a apoiar e a ajudar. O treinador principal deu-lhes todas as condições. Não só a elas. À família. E todos fizeram um trabalho notável.

Então porquê este nome dado ao filme? Porque a actriz que faz de mãe tem um papel secundário? Porque tem Will Smith quase todo o tempo de cena?

O filme não é mau. É uma história inspiradora de dedicação e esforço, de sucesso. Mas estragaram tudo a dar o destaque todo, num filme sobre duas tenistas profissionais - das melhores de sempre -, ao homem. Fica sempre esta mancha sobre todo o projecto.

terça-feira, novembro 23, 2021

Jungle Cruise


O nosso amigo Dwayne é um especialista a navegar pelo rio Amazonas. Sempre meio teso (sem dinheiro, entenda-se), aceita a parceria, de certa forma, com uma moça que faz uma data de coisas melhor que os homens. Leva ainda no seu barco o rapaz meio fraco, por comparação, que manda umas piadas. Todos juntos vão roubar algo, que um tipo com sotaque quer muito, assim como... Espera, estou a descrever o Jungle Cruise ou o Red Notice? Estes blockbusters com o Rock começam a parecer-se demasiado uns com os outros.

Estou a brincar, estou a brincar. Não é assim tão parecido com Red NoticeJungle Cruise é sim tão estupidamente igual aos primeiros Piratas das Caraíbas em tudo, que tanto irrita como faz rir. A sério. Quase todos os desenvolvimentos de enredo, incluíndo os twists, são cópias chapadas. Ou não fossem ambos da Disney e baseados em diversões dos parques.

Sendo entretido, de algum modo, Jungle Cruise nunca conseguiu ultrapassar o slapstick, estilo demasiadas vezes associado a filmes de aventura da Disney. Tudo foi sempre demasiado aos tropeções. Dá para se disfrutar numa tarde de chuva, com umas pipocas ao colo, mas não é aquele filmaço que uma pessoa deva ir ver a correr.

Some Kind of Wonderful


Tinha dois filmes para ver do John Hughes. Acho que vi os restantes, em vários momentos da minha vida. Os escritos e os realizados. Acho. Não tenho a certeza. Porque tinha ideia de ter visto este e o Baby, mas a verdade é que não me lembrava de nada de nenhum deles.

Deutch continuou aqui a colaboração que teve com Hughes, depois de Pretty in Pink, realizando este Wonderful. E funcionou bem para toda gente. Foi mais um bom filme para o portefólio de Hughes. Correu bem para o estúdio, que ainda hoje em dia capitaliza o filme com lançamentos de DVD e, provavelmente, enchendo o catálogo do serviço de streaming Paramount+. E Deutch acabou por casar com Lea Thompson, mesmo tendo mais dez anos que a moça. Tudo legal, calma. Apesar de Lea interpretar uma adolescente no secundário, tinha na altura - ela e os demais «colegas» - cerca de 25 anos. O certo é que, mesmo com a diferença de idade, ainda hoje estão juntos e têm duas filhas também actrizes. Como teria sido se Lea tem casado com Dennis Quaid, de quem estava noiva antes deste filme? Quaid não teria casado com Meg Ryan, por certo.

Foi um pouco de fofoquice de Hollywood dos anos 80, num misto de saudosismo e tentativa de capitalizar com a obsessão pelos anos 80, destas gerações mais recentes de jovens.

Some Kind of Wonderful é muito eighties. Há um meliante que parte um lápis, como forma de intimidar Eric Stoltz (funcionou, já agora), por exemplo. Trata os mesmos temas e tem personagens demasiado semelhantes aos demais filmes de Hughes. Mas não deixa de se ver bem e até ter uma ou outra cena interessante. Está longe de ser dos melhores do famoso realizador e argumentista, mas também longe está de ser o pior.

sábado, novembro 20, 2021

The Princess Switch 3: Romancing the Star


O terceiro tem um caper! O terceiro é um heist movie!!

Porque a terceira personagem de Hudgens tem como exs um especialista em capers e um traficante de armas internacional que, por sua vez, também é dono de hotéis e rouba jóias raras e valiosas. Colares, pulseiras, etc., da família real, por exemplo. Para além da Estrela da Paz, uma peça doada pelo Vaticano ao reinado fictício destes filmes, a ser usada na árvore de Natal, numa cerimónia internacional.

Logo, o foco da história é na terceira Hudgens, porque essa será a mais divertida de interpretar, nesta fase. Mas também há umas situações amorosas e outras cenas fofinhas de Natal. Só não há mais trocas que no último filme. Só trocam de papéis duas vezes. Essa parte é uma desilusão.

The Princess Switch: Switched Again


Ah sim, isto vai acontecer tudo hoje. É um embaço de Natal, dessa já clássica trilogia das trocas e baldrocas da nossa amiga Vanessa.

Porque sim, não houve apenas uma troca, como no primeiro. Esta sequela dá muito mais ao espectador. Não se fica apenas por uma troca entre duas pessoas, que nada têm a ver uma com a outra, mas que são iguais fisicamente. Em Switched Again existe uma terceira pessoa igual, porque é prima duma das outras, e assim dá-se não uma, mas duas trocas!

Sim sim. É uma loucura. Mal posso esperar para ver que insanidades arranjaram para o terceiro filme.

The Princess Switch


A culpa é minha. Claro que a culpa é minha. Ontem no tick tick aparece a Vanessa Hudgens num papel que achei pequeno para ela. Mandei umas bocas. E infelizmente, saiu no Netflix o terceiro desta série. Uma coincidência que faz com que hoje tenha de ver três «filmes românticos de Natal».

E sim, claro que estes filmes são parvos. O pior não é isso, porque eu sou muito tolerante a parvoíces e até acho piada à Hudgens. O pior é que é demasiado cedo para ver filmes de Natal.

sexta-feira, novembro 19, 2021

tick, tick...BOOM!


Isto... Eu já nem sei... Isto está a passar os limites. Já os passou, em boa verdade.

Não chega andar a ver musicais por causa do Miranda, agora vejo filmes que ele realiza, que são musicais também, baseados num musical sobre a vida dum escritor de musicais.

Sim, é versão Inception de Broadway e Off-Broadway.

quinta-feira, novembro 18, 2021

Eternals


Este filme foi uma grande reunião de alumni de Game of Thrones. Há os dois «irmãos» no papel de heróis, um mais presente que o outro, mas foram também buscar o gajo da luz da úlima temporada da famosa série. Sendo sabido que Zhao é conhecida por usar luz natural - o que ajuda Eternals a ser uma película muito bonita, com uma data de filmagens em sítios verdadeiros e não em estúdio -, o certo é que passamos maior parte do tempo sem conseguir ver muito bem o que se passa, com muita retro-iluminação a encadear-nos a vista. Não sei se foi de propósito. Não conseguir ver bem impede que se veja o quão foleiras são algumas cenas. Foi o que aconteceu em GoT, no meu entender. Só que não conseguir ver nada não é propriamente a experiência que se quer ao ir ao cinema.

Para mim, este é o problema maior do filme. Há outros. Eu não gostei do último acto, por exemplo. Acho que tem demasiados vilões, o que gera confusão. Quase todos os personagens são vilões, na verdade. E se num determinado momento as suas respectivas acções fazem sentido, já noutros nem deveriam estar em cena, quanto mais a combater. Agora, mesmo com tudo isto, não percebo porque reclamam tanto com o filme, ou porque é o «pior filme Marvel». Para mim, continua a ser o Iron Man III, mas prometo voltar a ver os Iron Man antes de voltar a referi-lo. Passou demasiado tempo e houve demasiados filmes. Melhor rever e ter a certeza.

Li algumas teorias. Há a possibilidade que os críticos, os mesmos que adoraram e vangloriaram a vinda de Zhao ao mundo da realização, sentem-se traídos porque a realizadora decidiu fazer um filme Marvel, algo que eles consideram ser produtos inferiores. Sentem-se traídos por Zhao e vingam-se agora, criticando negativamente o seu mais recente projecto. A outra teoria é mais simples. Da mesma forma como os Wonder Woman, ou o Birds of Prey, foram arrasados por crítica e público, Eternals é também realizado por uma mulher, o que levanta sempre problemas para algumas pessoas de visão limitada.

Infelizmente tenho a certeza que ambas as questões influenciaram e influenciam a cotação do filme. É absurdo, mas é o mundo em que vivemos. Só que depois o filme tem realmente alguns problemas de história. Não é o péssimo filme que por aí pintam, mas está longe de ser dos melhores. E também o digo porque não sou grande fã dos personagens, pelo que há um lado tendencioso da minha parte. Esperemos que sejam uma boa introdução para alguns personagens e enredos que farão partes de filmes futuros. É o melhor que pode esperar-se.

She's Having a Baby


She's Having a Baby tem todos o clichês que se espera dum filme desta altura. Bacon casou novo. Sente que está a perder alguma coisa. O sogro não o curte. A esposa revela demasiado à mãe. Tem brigas com a esposa sobre as respectivas famílias. Tem de aceitar um trabalho que não idealizava, para pagar uma casa que não sabe se quer ter. É uma criança crescida. Os vizinhos falam apenas de coisas enfadonhas. O melhor amigo Baldwin (o original) está a viver à grande em Nova Iorque. Olha para outras mulheres. A esposa é muito rabugenta e nunca toma a iniciativa para ter relações... excepção feita quando quer ter uma criança.

Prefiro falar num clichê algo ignorado, que também apareceu em diversos filmes da altura e, se calhar, ainda agora. Porque é que Bacon (e demasiados outros personagens) tinham um taco de golfe debaixo da cama, que usam como arma contra um possível invasor domiciliário? Não há uma única cena no filme dele a praticar golfe. E só um? Quem tem só um taco de golfe? Foi uma prenda piada? É uma piada algo cara, diria. E porquê debaixo da cama?

Não há muita gente a falar disto. E porquê? Porque as empresas que produzem tacos de golfe não querem que se fale no assunto. Pois claro.

terça-feira, novembro 16, 2021

Red Notice


Tenho andado atrasado com os blockbusters. A minha senhora andou ocupada com um festival de documentários, e eu não tenho autorização para ver estas coisas sem ela.

Se Red Notice fosse um drinking game, onde o espectador tivesse de beber cada vez que 1) houvesse um clichê; 2) alguém adivinhasse uma fala; 3) alguém adivinhasse algo que vá acontecer; 4) ou surgisse um trope de história, pelo menos uma pessoa no grupo ficaria bêbeda no final do primeiro acto.

E, no entanto, Red Notice não é horrível. Previsível, sem dúvida, mas não irrita nem chateia. Porquê? Star quality. O trio é incrivelmente famoso, totalmente na berra e muito, mas muito carismático. Mesmo que nem todos saibam representar. Logo, safam-se de tudo.

Belo filme pipoca.

Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings


Sim, é verdade, revi o filme. Desta feita no conforto do lar, pois ficou disponível no Disney+, para quem não sabe.

Acima de tudo foi para ver se tinha apanhado tudo da primeira vez. Como indiquei antes, vi num cinema com legendas num outro estrangeiro, para além do Chinês falado. Ou seja, entre o que os personagens diziam em Chinês e as legendas em Neerlandês e Francês, tive de contar com os dotes de tradução da minha senhora, em plena sala, para ir acompanhando o filme. Confirmo que não perdi grande coisa. A moça tem jeito para intérprete.

Para além disso, o filme continua a ver-se muito bem. A história segue num pacing natural, sempre com acção a cada «virar de esquina» mas sem que seja apenas isso. Há desenvolvimento de personagens, ligações entre eles e o resto do universo, o humor do costume, o herói em tronco nu (não sei se se deve considerar parte da acção)... Ou seja, tudo o que se espera e gosta nos filmes Marvel.

Foi um belo serão, sem dúvida.

sábado, novembro 13, 2021

The Eyes of Tammy Faye


Este filme não só é uma biografia, como é sobre televangelistas. São duas características bastante negativas. Uma só basta para eliminar uma data de filmes da minha lista. Estranhamente, estava bastante curioso para ver os famigerados olhos da moça.

O filme não traz grandes surpresas. Basta ver o trailer para saber a história toda. Ou então ler umas páginas de Wikipédia, mais uns artigos, e saber assim a história original. O que não está no trailer é fácil de adivinhar: o marido envolveu-se sexualmente com mulheres e homens, fora do matrimónio. Duh! Não é spoiler. A série que é por demais óbvio.

Enquanto que o personagem de Garfield é caracterizado como o vilão, a de Chastain até nem fica muito mal na fotografia. Sim, claro, foi ele quem orquestrou os esquemas todos. Era ele que lidava com o dinheiro. Mas não sejamos ingénios. Ela sabia. Ambos gastavam o dinheiro dos «parceiros» telespectadores em coisas pessoais. Gastavam muito dinheiro. Mas - e aqui está a diferença - ela ajudou com boas causas. Causas até controversas para a altura, e para a igreja sempre. Durante, e mesmo depois de perder quase tudo, ela procurou ajudar. Se o que aparece no filme não é inteiramente ficcionado, não era má pessoa na totalidade.

E era uma entertainer do caraças, pelos vistos. Ninguém saca assim tanto dinheiro às pessoas sem ter algum talento. Ajuda ser uma coisa de igreja, claro, onde esmifrar dinheiro das pessoas é uma coisa enraízada, mas mesmo assim. O que poderia ter alcançado Tammy Faye, num contexto diferente? Ela e os seus olhos.

sexta-feira, novembro 12, 2021

Edge of Tomorrow


É impressionante o quanto este filme não está melhor cotado. Até tem uma boa nota no IMDb. Imagino que também tenha no Rotten, mesmo que eu não respeite a classificação do site. Estas notas existem porque quem viu o filme gostou. O problema é que ninguém viu o filme quando saiu. O que faz com que Edge não tenha sido o sucesso de bilheteira que deveria, entrando assim nos anais de melhores filmes de ficção científica de sempre.

Não é o melhor. Calma. Não é um Blade Runner ou um Star Wars. Aquela cena final então, só para agradar o menino... Chiça, que parvoíce. Mas o filme é muito bom. Para quem gosta do género, é óptimo. E é pena que a História não lhe faça jus. Consta que o problema foi o título. Que era confuso demais. Que não explicava o filme. Que não era apelativo o suficiente. Como tal, a malta não foi ver. Soubessem os criadores disso antecipadamente...

É irónico, bem sei. Foi de propósito.

terça-feira, novembro 09, 2021

No Time to Die


Bond:
Afinal havia ooooooutro!

No post de Spectre disse o que achava, que seria o último de Craig. Era a informação que tinha. Achava eu que não havia contrato com o actor para mais um filme. Se calhar não havia e entretanto negociaram. Spectre não teve bons resultados. Achava eu e toda a gente, na altura, que a dinastia de Craig tinha terminado. Prova de que não foi um «parto fácil» é o intervalo entre filmes. Spectre saiu em 2015. OK, No Time to Die era para ter saído o ano passado (mais um dos adiados pela pandemia), mas mesmo assim são cinco anos entre filmes. É demasiado.

Moral da história é que tivemos de levar com o canastrão mais uma vez. Espero que tenha sido a última. Se bem que... Custa-me, mas tenho de admitir. Ele aqui foi um bocadinho mais Bond.

Chiça, foi mais doloroso dizê-lo do que imaginava e do que vocês (tu?) possam pensar.

Sinopse:
Depois de três filmes a chamar outra coisa que não SPECTRE à SPECTRE, e dum quarto com SPECTRE no título, afinal SPECTRE não é «a cena». Afinal havia também outr... a organização malévola, com os seus próprios planos nefastos.

Uma figura do passado da moça de Bond ressurge. Mais que o próprio «irmão» de Bond, esta figura tem muito em comum com o espião britânico. Também ele odeia a Spectre e, ao contrário de Bond, a figura consegue efectivamente destruí-la. Claro que acharmos que é bom tipo é ridículo e o caramelo tem os seus próprios planos loucos de genocídio, controlo do mundo, riquezas muitas, yadda yadda yadda...

Vilão/Capangas:
Um tipo de mota com um olho mecânico/câmara não é mau. Continuo a preferir dentes metálicos, um chapéu de coco ou mesmo uns diamantes metidos na cara. Mas não está mau, não. E um vilão «fantasma da ópera», com um sotaque esquisito, isso então é ouro sobre azul. Ao início achei a máscara meio tola, pois gajos aterrorizadores com máscaras há muitos, mas quando deram-lhe o toque trágico, de ficar meio partida, conquistaram-me.

Bond Girls:
Ana de Armas é qualquer coisa saída dum sonho latino. Em 15 ou 20 minutos «roubou a cena» toda. Merece um filme só dela, neste ou noutro universo. Pena que não possa ser ela a nova Bond. À Lashana deram mais brinquedos que ao seu predecessor. Não desgostei, mas também não fiquei convencido que possa ser a próxima 007. Apenas e só porque mataram a personagem no final, com uma decisão que, para mim, não faz sentido. E depois há a pobre Seydoux. Merecia mais que ser apenas damsel in distress. Mas não muito mais. Calma. Para além da M e da Monneypenny, não há moça que deva aparecer mais que dois filmes. A não ser que decidam-se por uma «moça Bond» a ser a próxima Bond, algo que acharia genial.

Gadgets:
Ah, agora já pode ter o Aston Martin blindado e todo artilhado? Não era sem tempo. Ou melhor, fazendo jus ao título, será melhor dizer «já vem tarde» ou «antes tarde que nunca»?

Como disse acima, deram à Lashana brinquedos mais fixes, nos quais inclui-se uma arma para disparar cabos e permitir uma espécie de fuga rappel paralelo ao chão entre prédios. Sei que não parece grande coisa assim descrito, mas no filme foi fixe. Já usado pelo Bond temos um relógio com um EMP muito direccionado, que foi bastante fixe, mas no qual não posso pensar muito. Porque foi forte o suficiente para destruir alguns aparelhos, mas não lixou o comunicador no ouvido do Bond... Ou nanobots no geral!

A sério. Não posso mesmo pensar nisto. Começo logo a sentir palpitações.

Cena Bond:
O problema de terem estragado o universo Bond com estes filmes do Craig, é que há demasiados filmes que não sei o que é verdadeiramente uma «cena Bond».

Ia o filme com duas horas e achava eu que teria apenas, para referir aqui, uma cena no início. É uma ponte antiga. Há um carro dum lado, uma mota do outro. Tudo com capangas armados. Bond no meio. Solução: pegar num daqueles cabos metálicos que percorrem pontes antigas (conveniente) e mandar-se «borda» fora, para evitar toda a gente. Giro, sim. Mas não épico. Felizmente não se ficaram por aí.

Existe uma ilha, quartel general do vilão, cheia de minions, onde estão a preparar uma arma de destruição massiva e onde estão prestes a receber uma data de meliantes que querem comprar a dita. Foi... É a cena Bond for the win.

Notas finais:
Fiz toda uma preparação antes de ver No Time to Die. Fui ver um vídeo de recap dos quatro filmes Craig, no YouTube. Já que por lá andava, revi os Pitch Meetings destes quatro. Reli os meus posts aqui no blogue. Trinta por uma linha. Reparei num padrão logo no filme do recap. Qual foi a cena de tentarem que o Bond se retirasse com uma moça, em quase todos os filmes? Sim, o homem apaixona-se, mas nem no famigerado filme em que casou (em Portugal, é sempre importante referir) pensou em retirar-se, certo?

E depois há ainda uma questão que atormenta-me. Porque deram-se ao trabalho de começar o Bond de novo, desde que tornou-se 00 pela primeira vez, só para levá-lo ao fim de carreira depois de 5(!) histórias? Qual foi a necessidade do ciclo fechado, tendo sido dado tanto ênfase à origem do Bond, que é a parte que menos interessa?

suspiro

Não foi mau. Este quinto capítulo, do pior Bond deles todos, foi o mais «Bond» dos cinco. Foi giro de se ver. Indo ao detalhe não faz sentido, mas essa regra aplica-se a todos. Foram filmes entretidos. Não concordo com muito do que fizeram - e não sei se é claro, mas não concordo com a escolha de actor. Mas diverti-me em quase todos (o Casino, que estranhamente é o melhor cotado, para mim foi mauzito). Porque Bond é sempre excitante. Porque tudo pode acontecer. E isso mexe com o miúdo dentro (e fora) de mim, que sempre curtiu estas aventuras. Porque é o que são, e são suposto ser: aventuras repletas de fantasia e disparates incríveis.

Venha daí o novo ciclo. Espero que não demore muito. Já sinto falta dos clichês todos.