domingo, janeiro 24, 2016

Rock the Kasbah


Qual é a cena de Kate Hudson com a música? A viúva negra, enquanto leva actores famosos à loucura, na vida real, no cinema acaba por fazer demasiadas vezes o papel de musa, seja para músicos ou gente à volta da música.

Não me queixo. Na minha memória ficará sempre uma ou outra cena dela no Almost Famous. Só é pena que não sejam memórias mais tridimensionais.

Já o resto... O filme não é nada de especial. Esperava mais duma coisa com o grande Murray.

sábado, janeiro 23, 2016

Batman: Bad Blood


Primeiro filme de 2016. Tem que ser sempre de animação, assim mais básico (entenda-se, direct to video) ou então filme reles. Nada que se preze estreia em Janeiro.

Está fixe. Na sequência dos anteriores, do que tem feito a DC. Revelar mais seria estragar a história. Óptimo para ver em manhãs de fim-de-semana.

sábado, janeiro 16, 2016

Spotlight


Filme forte, com temática pesada.

O cínico em mim não consegue ignorar a parte do costume. Senti algumas vezes que os jornalistas estavam mais preocupados em revelar a história, na procura do objectivo profissional, do que propriamente ajudar as pessoas.

sexta-feira, janeiro 15, 2016

Crimes and Misdemeanors


Woody já repetiu esta fórmula de crimes / narrativa teatral algumas vezes. Não sei se foi a primeira vez que o fez. Não tenho presente os filmes que vieram antes. Sei que este teve mais piada.

Talvez seja por ter Landau em grande, com uma narrativa secundária simples, que apenas se cruza no final com a principal mesmo no final. E de forma engraçada, já agora.

quinta-feira, janeiro 14, 2016

What We Do in the Shadows


Mockumentary sobre uns vampiros que vivem juntos, com tudo o que isso implica.

Um amigo meu insistia há algum tempo para vermos isto.

Tinha razão. Tem piada.

quarta-feira, janeiro 13, 2016

Me and Earl and the Dying Girl


Um pobre rapaz (o Me neste título) é obrigado a fazer companhia a um moça com doença terminal, pelos seus país «alternativos» (já não faz sentido dizer hippie, hoje em dia). Em concreto pela mãe, algo insistente na matéria.

Apesar da dimensão do pedido, o pobre rapaz acede à exigência (como se tivesse alternativa), acabando por apreciar o pouco tempo que tem com a moça.

Não nesse sentido, meus salafrários. O filme é bastante inocente. Limpem essas mentes sujas.

Sendo puro nas suas intenções, MaEatDG é apenas isto. Tem mais alguns pormenores de delícia aprimorada, mas não foge desta base. É divertido e deprimente, tudo ao mesmo tempo. É algo a ver... e ter vontade de chorar logo após. Por muito que o narrador procure enganar o mais ingénuo espectador.

terça-feira, janeiro 12, 2016

While We're Young


Eu não me engano sobre determinados tipos. Desde o início que digo que Stiller não é de confiança. O palerma prova que tenho razão ao mostrar neste filme a sua adoração pelo Kylo Ren.

Claro. Só podia.

Muitos darão a desculpa que estará velho e deslumbrou-se pela juventude de Ren. Tudo uma artimanha para levar o ingénuo espectador ao engano.

Nunca me enganaste, Stiller!

segunda-feira, janeiro 11, 2016

How to Make Love Like an Englishman


Comédia romântica com o Pierce Brosnan entre Jessica Alba e a Salma Hayek. Engravida a primeira, sendo seu professor, e apaixona-se pela segunda, irmã da primeira, à primeira vez que a vê.

Não fazendo nada por isso - antes pelo contrário -, tudo acaba por resolver-se no final.

domingo, janeiro 10, 2016

The Visit


O M. usa e abusa dos twists. Não é novidade nenhuma. O problema de sabermos esta artimanha recorrente é que andamos à procura desde o primeiro segundo. E há twists mais fáceis de perceber que outros.

O twist de Visit é muito fácil. O que estraga todo o filme, se sabemos o desenrolar logo ao início.

De qualquer forma, a pior parte é termos que seguir dois miúdos como personagens principais.

E ser mais um falso documentário. Também não ajuda.

sábado, janeiro 09, 2016

The Hateful Eight


Depois de despachar algum lixo do computador (perder tempo, entenda-se), lá me decidi a ver uma coisa decente.

Comecemos pelo facto de que gosto de estar presente em toda a carreira de Tarantino. É o seu oitavo filme e orgulho-me de poder dizer que os vi todos. Não vou tão longe dizendo que adorei todos na mesma medida, mas o certo é que o cavalheiro podia realizar outros oito que fossem uma valente trampa e, mesmo assim, continuaria a acompanhar o seu trabalho. Com os dois primeiros ganhou mais que créditos suficientes para fazer o que lhe apeteça e ter um fã na minha pessoa. O segundo então é e será sempre um dos da minha vida.

O início deste oitavo baralhou-me. O registo parece-me diferente. Não ajudou não estar a perceber o tom do personagem Russell, que em tudo contrastava com o tom desajuizado de JJLeigh. Por outro lado tinha a marca chocante de Tarantino, com a constante utilização da palavra que começa por n, ou a tareia e humilhação a que JJL esteve sujeita maior parte do filme.

A meio a coisa dá a volta e sente-se Tarantino no seu todo, em cada sílaba de cada fala, dita por um conjunto de actores e personagens bem diferentes entre si, mas todos eles próximos do realizador. Sempre com um mesmo grande objectivo: dar ao espectador uma história original.

Afinal é possível!

Sisters


Depois de três tentativas, sem sucesso, lá se arranjou alguma coisa para ver.

Está longe de poder considerar-se algo de jeito, mas Fey e Poehler têm piada. Juntas então têm bastante piada. Por isso temos que dar-lhes o desconto e deixá-las fazer o que quiserem.

Que não se vá ao engano, Sisters é mais para elas curtirem, do que para o espectador. Já é uma sorte deixarem-nos acompanhar a viagem.

sexta-feira, janeiro 08, 2016

A Perfect Day


Segundo filme seguido com o Benicio. O pior é ter que perceber o espanhol falado para dentro, que balbucia.

Todo o filme é sobre uma missão. Pouco depois das guerras nos Balcãs, há uns anos atrás, um grupo de pessoas apenas quer tirar um cadáver dum poço.

Seria de pensar que não seria uma missão difícil, mas a certa altura parece que nem o Tom Cruise e amigos conseguiriam fazê-lo. E que os trama, para além das dificuldades de língua e dos locais que não têm interesse que o corpo dali saia? Burocracia.

Que mais poderia ser?

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Sicario


Emily Blunt nunca seria a minha primeira opção para um filme mais de acção, ou onde, pelo menos, interpretasse uma agente de autoridade ou militar. O certo é que acaba por fazer uns quantos destes e é até muito procurada pela Disney/Marvel, para entrar nos seus projectos. Consta que foi a primeira opção para Black Widow, à frente da Scarlett. E foi já convidada para outros papéis, tendo recusado, acima de tudo, por questões de agenda. Não acredito que seja só isso, mas OK.

O certo é que safa-se muito bem. As pessoas dos castings claramente percebem disto mais que eu. Em Sicario faz um óptimo papel, de agente que é levada numa senhora viagem pelos meandros do crime, na cidade mexicana de Juárez.

A grande mensagem que passa é que o México é um sítio perigosíssimo. E apenas por isso não vou lá passar férias.

terça-feira, janeiro 05, 2016

Star Wars: Episode VII - The Force Awakens


Voltei a ver este episódio, como tinha dito que faria. Continuo sem querer adiantar grande coisa. Ainda conheço pessoas que não viram. Apesar de haver já demasiada informação por aí sobre o filme.

Posso adiantar, à segurança, que:
- eles fartam-se de correr dum lado para o outro, o que faz com que o rapaz esteja sempre ofegante e/ou suado;
- ela estaciona mal com'ó raio, sempre longe, o que os obriga a correr muito (cá está).

Acho que não spoilei nada.

Valeu para ver alguns detalhes que tinham escapado, que tinha lido por aí. E continuou a ser uma experiência bem agradável. Sobrevive ao teste do (curto espaço de) tempo.

Claro que vou vê-lo outra vez.

segunda-feira, janeiro 04, 2016

A Walk in the Woods


Mais um de caminhadas, de gente a encontrar-se. Mais um baseado num livro, baseado nestas experiências. Parece ser uma temática recorrente, hoje em dia.

Valeu para ver uns velhadas em apuros, a fazer tontices. Mais que isso, serviu para provar que o Nolte não foi encontrado morto numa valeta qualquer. Antes pelo contrário. Depois de meses a caminhar e a viver no mato o velho tinha melhor aspecto que eu, até em situação acima do normal.

domingo, janeiro 03, 2016

The Lobster


AKA A Vingança dos Encalhados

Gente solteira é obrigada a ir para um hotel, no meio de lado nenhum. Regra geral são viúvos. Têm um número limitado de dias para encontrar um parceiro. No final desses dias, se não encontrarem um ou uma, são transformados num animal. Escolhem qual logo à entrada. São proibidos actos de «auto-amor». E se matarem ou capturarem um encalhado, escondido no mato (pessoal que foge do hotel, regra geral), ganham mais um dia para serem solteiros. Há até alguns que preferem fazer carreira disto.

É baseado em factos verídicos.

Claro que não é. Mas devia ser.

O filme é muito parado e algo enfadonho, em vários momentos. Tanto que já houve outros, do mesmo realizador, que não tive paciência para ver até ao fim. Mas no meio do marasmo existente, acabou por ser agradável. Quebrou a rotina.

Creed


Não tenho como fugir à questão. Confirmo. Não resisti a ter uma lagrimazita a certa altura, com alguns momentos. Faz parte do franchise Rocky. É curioso como filmes tão másculos puxam tanto ao sentimento.

A fórmula é simples. É colocar um underdog numa situação em que tem que suplantar-se, em que tem que fazer mais do que as pessoas esperam dele. Desde que haja empatia com o underdog, funciona sempre. O resto é encher com imagens e montagens épicas, momentos marcados por músicas sonantes, muito suor e, lá está, algumas lágrimas.

Seria de pensar que não haveria mais para contar deste personagem. Mas a vida está cheia de etapas. Esta é mais uma. A de passagem de testemunho e de conhecimento. A de ser mais professor que aluno. No alto da sua experiência e sim, sapiência, Stalone faz este papel bem.

Há formas de não esgotar um franchise. Mesmo que usando as mesmas fórmulas. Creed poder ser a continuação e, mesmo assim, ser também algo novo.

Concussion


É tudo sobre o dr. Smith.

Essa foi a parte que me irritou. A constante procura de afirmação e respeito, por causa do título. Entende-se, dado o percurso do personagem e das dificuldades que terá sentido, por ser um africano nos EUA. Há mérito na forma como decidiu enfrentar os organizadores do grande desporto americano. Mas nunca consegui contornar esta necessidade, um hábito que irrita-me em qualquer pessoa. E pareceu-me ainda que o trabalho, o suposto legado, era mais importante que tudo o resto. Mesmo o próprio estado físico dos jogadores, que seria a principal preocupação.

Não consegui criar afinidade com o personagem. O que estragou-me o visionamento de mais uma história «real».

The Diary of a Teenage Girl


Uma recém adolescente perde a virgindade.

pausa

Vamos ver que idade tem a actriz. Vinte e poucos anos. Menos mal. Mesmo assim há demasiados momentos desconfortáveis. Ela parece mesmo ser adolescente. E faz muitas coisas de adulto. Pior: com adultos.

Talvez por isso o filme tenha algum mérito. Dá-lhe um toque quase real, que nos deixa em sentido.

O resto é a procura constante de afecto que não encontra em casa, através destas interacções físicas. Demasiadas, diriam alguns. Talvez nem tantas, dado o período em questão.

Joy


Filmes baseados em factos verídicos, parte III.

Mais um sem grande necessidade de ser baseado em factos reais. O certo é que a coisa está na moda e parece ser requisito obrigatório para poder ganhar-se uma das famigeradas estatuetas.

No fundo é uma história de sucesso americano de empreendedorismo (essa grande palavra). Já foi contada mil e uma vezes, com mais ou menos dificuldades. Esta tem um bom elenco e uma equipa já vencedora, de realizador e actores principais. Em especial a junção de realizador +J-Law +Cooper. Mas desengane-se quem achar que vai ver muito destes últimos dois juntos. Cooper é quase personagem terciário.

O filme é giro e vê-se bem, mas pouco acrescenta ao género. Talvez a história paralela de novela, que dá-lhe um toque pitoresco.

sábado, janeiro 02, 2016

Steve Jobs


Filmes baseados em factos verídicos, parte II.

Segundo filme sobre Jobs num curto período de tempo. Este com muitos mais recursos e talento. Aliás, se for possível, por favor voltem a combinar Boyle com Sorkin sempre que possível. Com ou sem parte deste elenco. Já será suficiente os dois.

Tem piada a forma como o filme é construído. Mais do que fazer um trabalho biográfico cronológico, este mostra três momentos antes de grandes apresentações, na vida de Jobs. O homem fala sempre com as mesmas pessoas, quase pela mesma ordem, tanto do que aconteceu desde a última vez que as viu, como do que vai acontecer nas apresentações e as respectivas consequências.

A forma e os diálogos são as mais valias deste filme, para além do já falado talento abundante. No entanto, tudo deve sempre ser visto como um bonito exercício de ficção. Ou não o tivessem pintado como um óptimo pai, na parte final.

sexta-feira, janeiro 01, 2016

The Big Short


Filmes baseados em factos verídicos, parte I.

Narra os acontecimentos que precedem a grande crise em que ainda vivemos. Pior, fala duns quantos tipos que lucraram com tudo a ir ao buraco. Não os critico, atenção. Fizeram o que lhes competia. O filme chega mesmo a romantizar o tremendo sentimento de culpa que sentiram com os milhões que ganharam. (Yeah, right!)

O verdadeiramente deprimente é como era mais ou menos conhecido o que ia acontecer, a partir de certo ponto, e as pessoas que podiam ter feito alguma coisa para o evitar (poucas), nada fizeram. Não seria fácil. A máquina funciona por si. Mesmo assim.

Serve para leigos como eu melhor entenderam o que aconteceu. O ridículo de tudo. Aliás, uma das partes com muita piada do filme é precisamente essas explicações básicas, onde pessoas famosas fazem delas mesmo, para explicar certas coisas.

Irrational Man


Oh, Woody... Epá, conheço de gingeira a tua capacidade de trabalho, a tua necessidade em meter um filme cá fora por ano. Mas este Irrational era mesmo necessário? Ao menos evita contratar o menos talentoso Phoenix, pode ser? Antes o irmão falecido, vale?

The Revenant


Começar o ano com bastante violência e uma premissa patética disto ser baseado em factos verídicos.

É um gajo a ser atacado por um animal, no meio do mato. Junta-se uma disputa com índios e um salafrário pobre. Sim, acredito que tenha acontecido. Até mais que uma vez, para dizer a verdade. Havia mesmo a necessidade de fazer o apelo? É isto que vai meter mais gente nas salas de cinema?

É uma questão de Óscares, bem sei. Mas não creio que seja desta que DiCaprio ganhe a estatueta. É um bom esforço, mas não está lá. Serve para provar, uma vez mais, que os homens de antigamente eram rijos. Já não se fazem assim. Era meter um urso à frente de qualquer gajo da minha geração e morreríamos ali, cheios de fezes nas calças. O bicho não precisaria de fazer muito. Mas não serve para o Leo ter uns memes menos gozões a rolar.