sábado, janeiro 09, 2016

The Hateful Eight


Depois de despachar algum lixo do computador (perder tempo, entenda-se), lá me decidi a ver uma coisa decente.

Comecemos pelo facto de que gosto de estar presente em toda a carreira de Tarantino. É o seu oitavo filme e orgulho-me de poder dizer que os vi todos. Não vou tão longe dizendo que adorei todos na mesma medida, mas o certo é que o cavalheiro podia realizar outros oito que fossem uma valente trampa e, mesmo assim, continuaria a acompanhar o seu trabalho. Com os dois primeiros ganhou mais que créditos suficientes para fazer o que lhe apeteça e ter um fã na minha pessoa. O segundo então é e será sempre um dos da minha vida.

O início deste oitavo baralhou-me. O registo parece-me diferente. Não ajudou não estar a perceber o tom do personagem Russell, que em tudo contrastava com o tom desajuizado de JJLeigh. Por outro lado tinha a marca chocante de Tarantino, com a constante utilização da palavra que começa por n, ou a tareia e humilhação a que JJL esteve sujeita maior parte do filme.

A meio a coisa dá a volta e sente-se Tarantino no seu todo, em cada sílaba de cada fala, dita por um conjunto de actores e personagens bem diferentes entre si, mas todos eles próximos do realizador. Sempre com um mesmo grande objectivo: dar ao espectador uma história original.

Afinal é possível!

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