segunda-feira, maio 26, 2014

X-Men: Days of Future Past

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Continuo muito baralhado, confuso, dividido. Não sei que achar deste filme. Mesmo depois de o ter visto. Estive assim desde o início. Desde que foi anunciado, até agora, passando por todos os teasers, trailers, imagens, páginas criadas, histórias, entrevistas, etc. Não acompanhei toda a respectiva campanha publicitária, mas ainda vi mais do que o usual. E fiquei sempre na mesma: será que é bom ou mau?

A partir daqui há [SPOILERS]!

X-Men: Days of Future Past serve um grande, magnífico propósito: apaga o crime que foi o terceiro. Acima de tudo, serve para isso. É a enorme vantagem deste filme existir. Apagou a parte da história que matou o franchise. Pelo meio dão-nos muita conversa e alguma acção. Quase toda já conhecida dos trailers e afins. Temos aqui um grande sinal mais, assim como um sinal menos. | Como outro sinal menos há as constantes liberdades que se tomam com os poderes dos personagens. OK, sim, é um mundo de fantasia, onde pessoas fazem coisas impossíveis. Mas não fazem tudo ao mesmo tempo. O Magneto controla metal, mas não altera programação em robôs. A Shadowcat esteve envolvida no processo de enviar uma consciência para o passado, mas desde quando é que os poderes dela estão perto de conseguir fazer isso por outros? O Wolverine sobreviver a horas debaixo de água está muito no limite. E depois temos a Mystique, que na BD tem também poderes regenerativos, mas no filme passou metade do tempo a coxear por causa duma ferida de bala. | Acabei por gostar de alguns dos actores que pareciam ter sido mal escolhidos para alguns personagens. Ênfase no «alguns». Em especial os das cenas do futuro pareciam (e foram) muito fracos. | Sinal mais: a narrativa é competente. Há erros. Muitos nem terei detectado. À primeira vista não estragam o filme. | Outro sinal muito positivo é terem conseguido ter quase toda a gente. Maior parte dos que participaram nos primeiros três (dois) e nos novos. Pena que tenham despachado alguns personagens entre a primeira prequela e esta. Sei que há muitos mutantes a explorar, mas vamos não fazer parecer uma porta giratória, OK? | Há bons pormenores de caracterização da década de 70... e depois há coisas clamorosas que não existiam naquela altura. | Foi claro o que quiseram fazer com o passado. Ainda não é nada claro o que querem fazer com o futuro do franchise.

Talvez esteja mal habituado com os outros filmes, mais trabalhados e não tão carregados com erros do passado. Talvez gostasse logo à cabeça deste, se os outros não existissem. Não sei. Só sei que não consigo decidir-me. Saí entretido da sala de cinema, mas não convencido a 100%. Achei demasiados momentos chatos, com conversa a mais. Achei que houve pouca acção. Mas continuo a achar que não está mau. Nada mesmo.

Não consigo apaixonar-me outra vez pelos mutantes. Vou ver mais uma vez a cena do Nightcrawler na Casa Branca, do 2. Pode ser que ajude.

quinta-feira, maio 22, 2014

Winter's Tale

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Eles brincam no póster com a conversa de não ser uma história verdadeira. Confesso que ando um pouco escaldado com Hollywood e a sua falta de imaginação. Mesmo esta história de anjos, demónios, amores eternos e milagres... Temi que, mesmo assim, ainda se lembrassem de insinuar que seria baseada em factos reais.

Winter's Tale baralhou-me por causa de Colin Farrell. Aqui temos um bad boy a fazer uma suposta história de amor. Mais, uma fantasia. A não ser que fosse o mau da fita, o perfil não encaixava. Lá se percebe. Farrell é um ladrão. Tem bom coração, mas não deixa de ter pertencido a um grupo de meliantes. Aceito uma história de redenção. Não aceitaria uma história em que fosse o bom da fita puro.

O filme é esperançoso e um pouco lamechas. Não para toda a gente, por muito que apareça uma ruiva meio despida.

Paulette

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Se se fala e procura empreendorismo, não será necessário olhar para muito além deste exemplo. Uma velhota, sem dinheiro para pagar as contas, vê uma oportunidade de negócio na venda de haxixe. Recusa-se a vender drogas pesadas ou vender qualquer coisa a miúdos novos. Mas ao ver a procura, a velha tratou de providenciar a oferta. Com ela leva as amigas, porque qualquer bom negócio tende a crescer. Aumentou o cardápio. Procurou sócios à altura. Soube tratar do seu próprio marketing. A única chatice é a ilegalidade da coisa, que a obriga a lidar com gente de reputação duvidosa. O que é certo é que Paulette prosperou.

E tirar daqui algumas ilações, não?

quarta-feira, maio 21, 2014

Better Living Through Chemistry

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Quanto tempo demora alguém a escolher Sam Rockwell para o papel de drogadeco? Um minuto? 30 segundos? 10? Não que seja um brilhante actor a fazê-lo, embora o faça muito bem. É só porque poupa-se imenso em maquilhagem e iluminação. É só metê-lo em frente à câmara.

Para que ninguém vá ao engano, embora imagino que apenas uma ou duas pessoas veja este filme, Ray Liotta e Jane Fonda devem aparecer um total de dez minutos neste filme. Fonda ainda faz a voz off, vá-se lá perceber porquê, mas em cena aparece apenas uma vez. Já Wilde tem algum tempo em cena e é bom de se ver.

Ride Along

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Ride Along é assim tão parvo como se poderá pensar. Contudo, há duas vantagens na sua existência. O género buddy cop movie continua vivo, o que é de enaltecer. Por muito que a qualidade não abunde. E aqui podemos finalmente ver a briga entre John Leguizamo e Ice Cube, que será o concretizar de um sonho de qualquer verdadeiro apreciador da sétima arte.

terça-feira, maio 20, 2014

The Black Balloon

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Continuo com filmes pesados.

Neste caso temos uma família que lida com o autismo de um dos filhos... para além de mais alguns problemas com os outros membros. Tudo é difícil para todos, mas aqui o ênfase é dado às agruras do irmão. A família acabou de mudar-se para uma cidade nova. Têm que lidar com toda a discriminação que advém duma data de gente nova a ser confrontada com um miúdo que não age como os outros.

O filme tem algum interesse, mas aprende-se pouco. OK, não se pode deixar um adolescente sozinho, que começa logo a brincar com a pilinha. Não me parece grande descoberta.

Mr. Morgan's Last Love

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A carga emocional e ramificações psicológicas tornam o filme tão denso, que basta a caixa do DVD para abrir a cabeça a uma pessoa. E não falo metaforicamente. Estudantes de psicologia deviam fazer teses, só com base neste filme.

Há uma parte totalmente inacreditável. Não falo do Caine poder ter hipótese com uma francesa nova e bonita. Não. Essa parte é credível porque Caine é o maior. Mesmo em velho. Nem falo do salário incrível que um professor americano deve ter, para poder reformar-se em Paris, tendo casa num dos melhores bairros, para além de outra de férias, num sítio que não parecia ser «modesto». Não. A parte absurda foi mesmo o «sotaque americano» de Caine. Respeito-o muito enquanto actor. Admiro-o e invejo-o enquanto homem. Poucos são os que chegam a esta idade com tanta classe. Mas ele não é capaz de fazer um sotaque convincente nem que lhe apontem uma francesa bonita à cabeça. Só meia hora dentro do filme é que percebi que o seu personagem não era britânico. Quase que parei, para poder procurar uma explicação plausível algures nos meandros da Internet.

Fora isso, é sempre um prazer ver a Scully.

segunda-feira, maio 19, 2014

The Lego Movie

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«Que mamadice!»

Concordo em absoluto. Este é um daqueles filmes que já está no limite do que é possível apreender pela minha geração. Só ainda não foi passado esse limite porque, apesar de tudo, foi feito por pessoal não muito longe da minha idade. O tom acelerado poderá advir de narcóticos brancos, mas também poderá ser só de pessoal muito activo. Continuo a perceber maior parte das referências, o que faz-me sentir não muito velho. E só não reclamo e tento baixar-lhe as rotações porque houve um pormenor delicioso. Também eu tive um boneco espacial com aquela ligação do capacete partida. Por um lado fico triste porque deixo de sentir-me único. Por outro lado deu-me gozo relembrar esse pequeno detalhe, há muito esquecido.

Agora tenho que tentar não sonhar com um milhão de coisas a acontecer ao mesmo tempo, com pequenas peças de várias cores a voar por toda a parte.

Não vai ser fácil.

domingo, maio 18, 2014

About Last Night

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Raios! Acabei de ver um remake. Ainda por cima é um remake que refere o filme original a meio. Aparece uma cena e tudo. Eu estranhei ambos os personagens principais gostarem dum filme dos anos 80 interpretado pelo Rob Lowe e a Demi Moore. Ainda para mais sendo um filme que saiu quando os personagens não deveriam ter mais de 6 anos. Só que não liguei. Claro que não liguei. Fiz o habitual desligar de cérebro e agora sinto-me sujo. Usado. Enganado.

Não foi para isto que comecei um blogue onde não digo nada com jeito sobre filmes que vejo.

sábado, maio 17, 2014

The Monuments Men

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Quando soube da existência deste filme fiquei muito entusiasmado. Basta o elenco para justificar a reacção. Não cumpriu com a percepção inicial. Só vi agora, mas apercebi-me na altura que não seria assim tão bom. Descubro agora porquê.

Monuments Men tenta ser o Ocean's Eleven na Segunda Guerra Mundial. Só que é impossível uma coisa ser a outra. Porque um é um filme castiço e o outro é um conjunto de nerds a salvar arte no meio duma guerra. Não lhes tiro mérito. Dois homens deram a vida pelas suas convicções. Só que...

segunda-feira, maio 05, 2014

The Amazing Spider-Man 2

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Principal lição que aprendi: cair num «aquário» de enguias assassinas corrige defeitos na dentição. E dá poderes mais ou menos incompreensíveis. Mas acima de tudo a cena dos dentes. É o essencial.

O primeiro impacto foi que não gostei. Poderá ser embirração, mas sinto que tive demasiado momentos de questionar coisas. Porquê isto? Porquê aquilo? Fui tentando fazer uma lista mental de todos estes momentos. Eram demasiados e tornou-se impossível lembrar-me de todos. Preocupei-me em não esquecer o dos dentes. Não será o pior, mas foi dos primeiros (senão mesmo o primeiro), e é um não-spoiler. Tudo o resto revelará demasiado a quem não viu e quer ver.

Independentemente de ter ou não gostado (à primeira vista é não, mas deixemos passar mais algum tempo), dou um grande desconto aos criadores desta nova versão do herói aracnídeo. Não, não estão a fazer um trabalho nada de especial, ainda por cima se tivermos em conta o que anda a fazer a concorrência, mas admito que não era uma tarefa fácil. Revitalizar um franchise mal trabalho de início e, ainda por cima, morto, estava longe de ser uma tarefa fácil. E não digo que seria capaz de fazer melhor... mas espero melhor de quem tem como profissão fazer filmes.

Acabo com o positivo desta sequela:
- a química entre os dois personagens principais;
- a acção, por muito que comece a ser demasiado CGI, misturado com o humor reconhecido no personagem;
- a cena que todos esperávamos.

Este último ponto tenho que admitir que foi muito bem feito. Tudo até chegar ali é disparatado e apressado. A cena em si teve o impacto que lhe era devida.

domingo, maio 04, 2014

Walk of Shame

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Estes gajos de Hollywood são uns oportunistas. Aproveitaram uma frase que se tornou popular nos últimos anos, juntaram-lhe o gosto das pessoas por fails de notícias (incluo-me claramente neste grupo) e a falta de privacidade que existe hoje em dia, derivado das redes sociais, para fazer um filme.

Coitadas das moças, que hoje em dia não podem ter uma noite mais solta e são logo denunciadas a meio mundo. Neste caso foi a Elizabeth Banks que, por muito que tente preservar a sua boa imagem enquanto pivô de noticiário, acabou por ser quase apanhada de todas as formas e feitios, a ir para casa depois duma noite de... Bem, digamos que foi de «costumes duvidosos». Soltou a franga, vá. Deixem lá a pobre moça em paz. Lá porque fez amigos com traficantes, parecia uma prostituta ou importunou uma data de judeus religiosos, não quer dizer que não consiga fazer bem o seu trabalho.

quinta-feira, maio 01, 2014

No se Aceptan Devoluciones

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Tenta ser uma comédia com interesse humano. A escolha de actor principal coloca muitas dúvidas sobre a intenção. Parece ser um palhacito de comédia. Será muito famoso no México e terá viabilizado o projecto, mas não deixa de tirar alguma credibilidade. Não ajudará ainda os toques pirosos mexicanos. Por muito que tentem fazer algo hollywoodesco, há sempre ali aquele «pormenor de poncho» a lembrar as origens. 

A história é simpática e teve um desenrolar simples e eficaz. No final saltam alguns passos, mas não incomoda muito. É um filme que se vê bem, mas não percebo o alarido que levou-me a vê-lo. Foi-me vendido como um grande filme mexicano. Meh!