sábado, agosto 31, 2019

Blindspotting


Boom! Recorde estabelecido nos 44. Esperemos que por algum tempo. Fico contente porque é um número bonito, que muito me apraz.

Ainda por cima termino com um bom filme. Termino o mês em grande. Blindspotting é das melhores coisas que se fizeram o ano passado e, infelizmente, terá passado completamente ao lado a muita gente. Lembra-me o Good Will Hunting. Não lembrou durante o filme, atenção. Foi no final, ao saber que foi escrito por dois amigos, sendo sobre um bairro, sobre uma zona, a zona deles. Ambos estão metidos no buraco e não deveriam estar, em especial um deles, que até tem algum talento. Está cheio de coração, de muita alma. E a empatia entre os dois personagens é notória. Para mais, a história leva-nos por caminhos... tenebrosos, mas fixes.

E agora vamos fazer uma pausa duns dias, que há uma zona de praias de Portugal que chama por mim. Até já.

sexta-feira, agosto 30, 2019

Book Club


Pois bem, são assim 43 filmes visto num só mês. É um novo recorde do blogue. O anterior, de 42 (aquele número que responde a cenas) existia há nove anos, desde 2010. Curiosamente foi também em Agosto. Maior parte das pessoas vai à praia. Eu tento bronzear-me em frente a ecrãs. Não haverá muita margem de manobra para aumentar o número. Vou tentar chegar a pelo menos mais um. 43 é um número muito feio.

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Sobre o filme.

Fifty Shades of Grey é usado como um gancho de história. Supostamente é o livro que muda a vida a estas muito bem sucedidas mulheres. Parece-me uma premissa parva, assim como outro pormenor que referirei mais adiante. Parece-me parvo porque elas no fundo estavam num ponto de transição. As vidas estagnaram, ou então estavam em mudança. Não quer dizer que o livro lhes tenha aberto o olho para algo mais na vida. Não, simplesmente estavam a caminho desse algo mais e o livro aparece entretanto.

O outro ponto absurdo. Os filmes precisam sempre dum momento em que o nosso herói... neste caso, as nossas heroínas, enfrentam uma qualquer agrura e duvidam da missão. Quase desistem. São levadas a duvidar do que poderá trazer a concretização da missão. Mas, com perseverança ou o apoio dum(a) qualquer sidekick, conseguem suplantar a agrura e «chegar ao destino». Neste filme essa parte foi um bocado tola porque falamos de quatro mulheres extremamente inteligentes e bem sucedidas. Não faz sentido terem dúvidas depois de tudo o que passaram, de tudo o que conseguiram. Encontrar um namorado, mudar de estado, suplantar um momento difícil numa relação... Nada disto parece ser complicado, quando falamos de mulheres que foram contra tudo e todos, que têm cargos maioritariamente ocupados por homens, que têm restaurantes e hotéis de sucesso, que têm filhos que estão em fase deles próprios terem filhos. O que elas passaram neste filmes é, como dizia o outro, peaners.

Posto isto, este filme é infinitamente melhor que Fifty Shades of Grey. Mas isso não é dizer muito.

quarta-feira, agosto 28, 2019

Beautiful Boy


Lembram-se quando um gajo via alguma coisa com o Steve Carell e ria-se? Bons velhos tempos, esses. Hoje em dia... Beautiful Boy está bem feito, com excelentes representações, história muito bem contada... Mas é uma depressão!

Carell tenta lidar, da melhor forma, com os vícios do filho. Um miúdo inteligente, talentoso, bem parecido. A família tem posses. Carell tem uma casa incrível no campo. É casado pela segunda vez e o miúdo lida bem com isso. Adora os seus dois meio irmãos e dá-se bem com a madrasta. Tem uma vida óptima e família que quer o seu bem. Só que é viciado no álcool e nas drogas. Carell tenta perceber como lidar. Mais que isso, tenta perceber o que vai na cabeça do filho, tenta perceber como funciona o vício. Investiga e prepara-se o melhor que pode. Mas não é fácil. É um martírio. É insistência, atrás de tentativa, seguido de esforço... Tudo para repetir depois do próximo fracasso.

Foi como a tentativa deste filme ir aos Óscares. Como a tentativa de Carell de ganhar a estatueta. Ainda não foi desta. Mas a esperança e insistência estão lá, por muito que o que queiramos é que o cavalheiro nos faça rir.

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Apesar da severa depressão que este filme provocou na minha pessoa, não consigo deixar de destacar que são 202 filmes visto em 2019, até agora. Passamos assim o ano de 2009 e seguimos na pegada de 2014, para conseguir atingir o top 5 dos anos com mais filmes vistos. Quero agradecer à minha senhora, pois sem ela não teria sido possível nem esta marca... nem o um novo recorde, que vem já a seguir.

Gringo


Curioso como um filme com este nome tem uma data de gente, a fazer os papéis principais, que não são americanos. Ainda para mais tiveram a ideia de meter pessoal a falar Espanhol, só porque eram Mexicanos no México. É suposto os americanos lerem legendas de Mexicanos? E tabém terem uma data de estrangeiros a roubar-lhes o emprego?

Não admira que o filme não tenha tido grande sucesso, mesmo com um óptimo elenco e um enredo divertido e inteligente.

segunda-feira, agosto 26, 2019

Den of Thieves


Há uma tentativa de dar ênfase à mudança de paradigma, que se sente hoje em dia, em relação à criminalidade. Que para apanhar meliantes convém ser tão mau ou pior que eles. É o caso de Butler, um salafrário da pior espécie. Tem uma data de tatuagens, embebeda-se constantemente, desrespeita superiores e colegas, vai a casas de má reputação e trai a mulher, mãe das suas filhas. Cai até em desgraça, ao ser apanhado e a ter a mulher a divorciar-se. Claro que isso não o impede (até ajuda) a olhar os meliantes nos olhos, todo de peito feito.

Esta parte é rapidamente posta de parte para dar destaque aos tiros. Que são muitos. E variados. Alguns bem certeiros, que isto não são stormtroopers.

Última nota para o facto de que alguém (Butler, coff coff) decide andar aos tiros no meio de trânsito. Estava tudo parado e a sua equipa troca uma boa dose de balas com os bandidos em fuga, pondo em risco a vida de toda a gente naquela estrada. O dinheiro que roubaram vale mais que aquela gente toda? Cheira-me que Butler e companhia seriam violentamente despedidos na hora.

O que vale é que isto deu dinheiro e parece que terá sequela.

Proud Mary


O filme está mal cotado, é certo. E não é imerecido. Mas...

1. É uma oportunidade para algo à imagem de outrora, dum tempo que aprecio, mas não vivi.
2. A Taraji é bem fixe.
3. Tem um par de boas cenas de tiros, tendo como auge a chegada de carro ao covil. Os capangas que a esperavam estavam todos vestidos de igual, com boinas e tudo. Foi maravilhoso.
4. É uma óptima desculpa para ouvir Tina.

domingo, agosto 25, 2019

12 Strong


Logo após o ataque do 11 de Setembro, uma equipa de 12 homens foi destacada para o Afeganistão. Andaram aos tiros em cavalos, em conluio com uma facção anti-talibãs. Tinham como missão tomar conta duma cidade/povoação. Parece que foi o maior sucesso dos Americanos, assim como a maior derrota da Al-Qaeda.

Desde então não me parece que a coisa tenha sido tão bem sucedida, mas estou certo que eventualmente farão outro filme a narrar essa parte.

sábado, agosto 24, 2019

Mid90s


O filme emanou anos 90 em cada cena, isso é certo. Senti, mais do que ver e ouvir, até. Senti na pele o período e compreendo algumas das emoções inerentes à sociedade de então. Até porque sempre tive alguma proximidade com a cultura americana, em especial o surgimento dos skaters. Não que saiba minimamente o que é ser skater. Tinha tanta noção de equilíbrio então como tenho agora. Ou seja, nenhuma.

Isto para dizer que o trabalho de casa foi feito. Ou melhor, é notório que Hill viveu a época. Dizer mais é entrar no chorrilho de porrada que o pobre miúdo levava todos os dias. Felizmente conseguiu encontrar algum espaço para escapar dessa violência, num grupo de «meliantes» que andavam em tábuas sobre rodas.

Leave No Trace


Um pai «decide» viver com a filha no meio do mato. Não é uma coisa muito consciente. O trauma de ter estado em combate fá-lo querer afastar-se de tudo e todos. Só não é completamente ermita porque, volta e meia, vão à cidade buscar mantimentos. Não é um mau negócio. Não percebo exactamente os motivos dele, porque felizmente nunca passei por tal coisa, mas entendo porque alguém queira afastar-se da sociedade como ela está agora. Como tem estado há algumas décadas, mesmo.

Pobre coitada da miúda é que tem de ir atrás e apanhar uma valente seca. Nada de selfies, escolas, transportes públicos (ou não), trailers, clips, trabalhos de casa, dramas adolescentes, experimentações ou confusões. Uma seca de estar rodeado de animais da floresta e alguns humanos peculiares, de vez em quando.

Replicas


É impressionante o fracasso que foi este filme.

Não percebo muito bem porquê. A história não é má. Tem o Keanu, que está na berra, mais a Alice Eve. Tem acção e intriga. Não é grande coisa, mas também não é pior que muito do que por aí anda. Terá sido uma questão de falta de aposta do estúdio? Teve concorrência feroz quando saiu? Foi má comunicação? Às vezes é isso. Se calhar foi boicotado pela igreja, por ter clones e tal. Embora esse tipo de protestos até ajudem a aumentar a procura, em boa verdade.

Eu culpo quem tratou do cabelo do nosso Keanu. Está horrível e é uma vergonha. Foi isso. Pronto!

sexta-feira, agosto 23, 2019

The Hate U Give


O último «filme the» da minha lista é o mais pesado de todos. E o mais difícil de falar. Porque dói só de ver e não há como imaginar. Não faço ideia do que passa pela cabeça de alguém que vê o amigo ser morto a tiro pela polícia. Por racismo, por medo, por intolerância... por estupidez. Por completa e absoluta estupidez.

Amandla foi ensinada, muito nova, a como se comportar se a polícia mandar parar o carro. A uma criança branca ensina-se que tem de ter os documentos e que não deve beber. A uma criança negra ensina-se a ter sempre as mãos no tabliê, a não usar um tom ameaçador, a falar calmamente e nunca, mas nunca instigar ou contrariar a polícia. Porque podem haver consequências graves, muito graves. Como se vê mais à frente no filme. Amandla ia de carro com um amigo. Ele pegou numa escova e levou um tiro. Porque o polícia assumiu que era uma arma.

Que pode uma criança fazer numa situação destas?

The Man Who Killed Don Quixote


Mais interessante que o filme é toda a história por detrás do filme.

Gilliam parece que queria fazer o filme há algum tempo. Era o seu projecto de estimação, ao que sei. Não tenho conhecimento absoluto desta história. Poderia ir ver à Wikipédia... mas está demasiado calor. O pouquíssimo que sei foi o meu amigo com um ar britânico que me disse. Ter-se-á tentado fazer o filme por algumas vezes, sempre com problemas a aparecerem pelo meio. Nos últimos anos foi enxurradas e outras tropelias da natureza a atrapalhar. Creio até que há bocas a isso durante o filme. Acho ainda que alguém chegou a magoar-se.

Basta ver que tem produção duma data de países. Implica que houve pessoal que começava a trabalhar no filme... e depois desistia. O desespero foi tal que até tiveram produção Portuguesa. Pobre Gilliam. Ninguém merece.

Sobre o filme tenho pouco a dizer. É uma daquelas histórias estrambólicas de Gilliam. Confesso que se era para ver uma história dum velho com ilusões e fantasia, preferia ter revisto o Munchausen.

quinta-feira, agosto 22, 2019

The Front Runner


Pode parecer que não estou a seguir uma temática ou um ponto em comum, mas o certo é que estou. E não, não falo da Vera Farmiga, que aparece neste e no filme anterior.

Estou a ver filmes de 2018, começados por «the». Eu sei, é bastante parvo, mas é tão boa razão como qualquer outra.

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The Front Runner narra a história de Gary Hart, um tipo que poderia ter sido presidente dos EUA, não fossem os tempos terem mudado. Acontece que Hart era o candidato perfeito - o filme «vende-o» até como um possível bom presidente, com ideias e capacidades para tal -, não fosse o facto de que tinha uma relação matrimonial... digamos «aberta». Como maior parte dos candidatos da altura... como maior parte dos políticos antes dele, em boa verdade. Se não fosse o escândalo, Hart teria ganho e George Bush sénior talvez nunca tivesse sido presidente. A guerra no Golfo talvez não tivesse acontecido. Clinton talvez não viesse a seguir. Etc., etc., etc. A história poderia ter sido completamente diferente, não fossem os media abrir uma porta até então escondida. Não fosse Hart um mulherengo.

Que palerma.

The Commuter


Imagino um tipo a fazer o caminho de comboio, todos os dias. Dos subúrbios para o trabalho e vice versa. Tem ideias de fazer mais do que aquilo. Tem ambições de não ser só mais um, naquela monotonia diária. Gosta de filmes... porque não escrever um? Mas sobre o quê?

Então e se fosse... Bem, este comboio tem muita gente. Alguém terá uma história interessante. Ou se calhar alguém tem de descobrir esse alguém interessante, no meio de todos os passageiros... com poucas pistas... só com algumas indicações. Será algo ilegal, mas ele tem de o fazer, porque perdeu o emprego e o filho vai para a universidade. Pagam-lhe para encontrar essa pessoa. Só que ele é bonzinho e descobre que se encontrar a pessoa, «eles» vão matá-lo(a). Mas os maus da fita raptam-lhe a família e obrigam-no a fazê-lo à mesma. E, se é uma história de famílias raptadas, então tem de ter o Liam Neeson!

«Isto vai ser espectacular!», pensou o criador deste filme.

Não foi, meu caro, não foi. Mas bom esforço, mesmo assim.

terça-feira, agosto 20, 2019

The Old Man & the Gun


Mais uma daquelas histórias que os Americanos adoram: um bandido simpático.

Falamos dum verdadeiro cavalheiro, mais velho, que roubou uma data de bancos, para além de ter cometido outros delitos, nos quais se inclui 16 fugas de centros de detenção e prisões. Andava com uma arma, mas supostamente nunca a terá disparado. Só fez uns roubozitos e levou sempre pouco dinheiro. Nunca ninguém se magoou. Qual é o mal?

segunda-feira, agosto 19, 2019

The House with a Clock in Its Walls


Jack Black parece ter encontrado um nicho. Ou o/a agente dele, que sabe bem as valências do seu cliente. Black faz na perfeição este papel de ser excêntrico. Não dá para pai, mas serve perfeitamente como professor substituto ou mentor. É meter-lhe (salvo seja) fantasia ao barulho, e o homem brilha. Ajuda ter ao lado Blanchett, para dar credibilidade ao projecto.

Projecto esse que não merece só 6.0 no IMDb. Honestamente. Não sei que quer o grande público. Isto é uma história divertida, cheia de fantasia, ideal para alimentar o imaginário de jovens meio perdidos no mundo. Como não apreciar mais este tipo de filmes?

domingo, agosto 18, 2019

Creed II


Creed faz dois combates com o filho do homem que matou-lhe o pai. Creed Jr. v. Drago Jr., vezes dois. À primeira só não perde porque o Dragozinho exaltou-se e cometeu uma infracção que o desqualifica. À segunda... Que acham que acontece?

Maior parte das pessoas justificará a diferença de resultados com o Rocky. Num combate estava, no outro não. É que nem esteve nas bancadas. Foi comodismo absoluto. Acontece que eu sei que não tem nada a ver com o ex-pugilista. Na realidade, tem tudo a ver com uma coisa simples: montages! No primeiro combate só tivemos direito a duas ou três cenazitas, com música básica no fundo. Sim, deu uns murros debaixo de água, mas foi só isso. Para o segundo combate tivemos uma série de cenas com música mais épica. O nosso herói sofreu com o treino. Caiu, mas levantou-se de novo. Levou com bolas no estômago. Deu murros em pneus. Claro que só podia ganhar!

No fim, fica a questão de quem vai defrontar a Creed Jr. Jr. Será que vai combater a neta da Brigitte Nielsen? Ou fica-se por dar uns valentes tabefes ao neto do Rocky? Mal posso esperar pelo Creed VI.

Robin Hood


Melhorámos um pouco, no meu entender, mas apenas e só porque gosto de histórias do Robin Hood. Gostei do original, que a este deu origem, nos tempos idos. Por muito que, aos olhos de hoje, o filme com o casting mais esquisito daqueles tempos (Costner como britânico?!) não seja muito bem visto, eu continuo a ter um cantinho especial no meu coração para as tropelias Freeman/Costner. Ainda para mais com um vilão como Rickman.

Tentaram modernizar essa história, e tudo neste novo filme grita a exagero, precisamente por causa do ar moderno. Mesmo as vestes... Parece que quase tudo poderia ser usado hoje. É apenas um exemplo. O certo é que todo o filme parece sair um pouco ao lado, por muito que tenha cenas de acção interessantes.

Não se pagou. Nem de perto, nem de longe. Não voltaremos a ver esta pandilha a destruir o ladrão preferido de todos. Seja. Não creio que alguém fique chateado com tal desfecho.

Maze Runner: The Death Cure


Isto não é boa forma de começar o dia, com dois péssimos filmes/sequelas.

Tive de ver uns vídeos de resumo dos filmes anteriores. Lembrava-me de muito pouco. É natural. O terceiro teve um atraso grande na produção, devido a lesão do protagonista. Fui ainda ver os meus posts sobre os dois. Nada abonou a favor de ver o terceiro, mas mais valia despachar o raio da história.

Foi um erro. Não valeu a pena. É uma seca, é parvo e, ainda por cima, tem mais de duas horas.

Vamos lá seguir em frente e tentar ver algo melhor.

Jurassic World: Fallen Kingdom


Qual é o interesse destes filmes? A sério.

A história é sempre a mesma. Sempre. Vemos imagens bonitas de dinossauros e tudo parece OK. Há um humano que, por ambição desmesurada, decide fazer algo que cria perigo. Dinossauros libertam-se e começam a matar pessoal. Há um palerma que se acha mais esperto/forte e é comido de forma estúpida. Perseguições. Safam-se sempre os mesmos. Um dinossauro maior mata um mais pequeno, por acaso safando os do costume. As pessoas continuam com pena destes animais que matam humanos. Os dinossauros tornam-se mais perigosos.

Sempre...
A...
Mesma...
Coisa!

sábado, agosto 17, 2019

The Predator


Contava fazer um fim-de-semana de sequelas e reboots. Não sei se vou ter tempo para todos os sete que escolhi. Comecei com o Bumblebee e cheguei agora a este Predador, que estou para ver há algum tempo.

A ideia não é má. Acrescentaram alguns pormenores e tiveram respeito ao universo, ou não fizessem constantemente a piada que não faz sentido chamar «predador» a estes rastafarianos do espaço. Os tempos modernos exigem um pouco mais de atenção aos detalhes e à narrativa, algo com que a malta nos anos 80 não tinha de se preocupar. Louvo o esforço. A tentativa é nobre, mas o cepticismo de hoje em dia não nos deixa apreciar da mesma forma uma personagem como Munn, por exemplo: uma cientista que explica tudo e, també anda aos tiros como qualquer militar consagrado.

Não desgostei do conceito do Predador como uma espécie à procura de evolução, mas não tem o mesmo impacto que alienígenas que caçam outras espécies por gozo, sejamos sinceros. Tenho pena, mas não se pagou em solo nacional, apenas mundialmente (e mesmo assim, não foram receitas nada de especial), dificilmente teremos sequela desta sequela. Até curtia ver onde levavam esta conversa.

Bumblebee


Vi todos os filmes dos «Transformers».

Não é dizer grande coisa. Bem sei. A questão é que estão todos aqui no blogue. Já ando nisto há algum tempo, mas mesmo assim. Sinto que filmes deste franchise existem há mais tempo. Continuo sem sentir que escrevo para o blogue assim há tanto, mas este meu passatempo já dura há mais de 10 anos. E o franchise há menos, pelos vistos. Ainda sinto que é ao contrário. Até porque os filmes «Transformers» excederam o seu tempo de existência, sejamos honestos. Até os criadores desistiram da coisa. Eu próprio ameacei desistir um par de vezes. Agora são os chineses que investem.

O certo é que, por incrível que possa parecer, Bumblebee será o melhor deles todos. É uma história um pouco mais «simples» que todas as outras. Mais de origem e sem tanta confusão. Só com três ou quatro robôs gigantes. Mais toda a cena inicial lá no planeta deles, vá. Convenhamos que, tirando o Optimus, Bumblebee é o personagem mais reconhecível e apreciado.

Gostaria de ignorar o facto de que os Transformers chegam aqui pela primeira vez à Terra, em teoria (vamos tentar ignorar o que foi dito no último), mas no planeta deles já se «transformam» em carros e aviões. Como, se nunca tinham visto tal coisa?

Se calhar há um pormenor referido entretanto que justifica tal coisa. Se calhar esqueci-me. Concentremo-nos no facto de que Bumblebee é uma boa mistura de acção com humor, uma boa mistura de humanos e robôs alienígenas. Basta isso.

sexta-feira, agosto 16, 2019

Sorry to Bother You


O ano passado este filme estava nas listas de «filmes do ano», ainda mal tendo estreado. Fiquei muito curioso de o ver, claro. Depois investiguei um pouco mais - vi uns trailers e afins - e perdi um pouco a «pica». Parecia ser demasiado «artístico» para o meu gosto. Estava na dúvida se veria ou não. A minha senhora desenvolveu uma panca pelo filme. Muito por causa do LaKeith, que aparece (muito bem, diga-se de passagem) no Atlanta. Viu e insistiu em demasia para eu o ver. É algo que só aumenta as minhas reticências, em boa verdade, mas a minha moça ainda não sabe que sou um idiota com estas coisas. Como andei com a panca de ver filmes cronologicamente por ano de saída, Sorry to Bother You foi ficando para trás, para o fim da lista. Das últimas vezes que ela insistiu, prometi que veria assim que tivesse oportunidade. Quase que me esqueci.

Mas aqui estou eu, cumprindo a promessa... sem ter grande coisa para dizer sobre o filme.

Foi feito com uma boa dose de inteligência e mensagem, com muita crítica à sociedade actual. Acima de tudo há isso. Tem talento no elenco, sem dúvida. A parte artística passou-me ao lado. E o final é completamente zbróink. É bom, sem dúvida. Original, mais que não seja. Mas nunca consegui verdadeiramente ter uma ligação com o filme. Nunca fiquei «agarrado» e cheguei mesmo a desligar em alguns momentos.

É isto. A «opinião», que vale o que vale.

Office Uprising


A minha senhora «volta para a terra dela» e eu ponho-me a ver filmes destes.  certo.

Office Uprising vende-se um pouco como zombies no escritório... o que não é bem verdade. Chamar-lhes zombies é esticar a corda. São muito coordenados, respondem a comandos e pensam. Têm mais ambições que só comer cérebros. Mas não critico. Isto claramente saiu da cabeça de alguém muito entediado no escritório, que decidiu escrever um guião durante o horário de expediente.

Quem nunca, meu caro? Quem nunca?

A diferença é que esta pessoa seguiu com a fantasia até ao fim. Imagino que os colegas não terão achado muita piada, mas também quem é que viu mesmo este filme? Qual a probabilidade de ter chegado aos olhos dos coleguinhas?

Life Itself


Revi o trailer antes de começar a ver, e o grande elogio que posso fazer ao filme é que não aparece metade da história, dos twists ou do enredo. E o trailer tem muita coisa. Muita mesmo. Só que ainda assim há vários momentos em que eu, enquanto espectador, fui completamente mandado ao chão.

O criador de Life Itself está muito na berra agora por causa da série. Já vi troços. Parece ser igualmente emocionalmente intenso. Não é algo que queira ver agora, mas percebo que seria a mesma, constante, dose de «murros no estômago». Estou certo que gostaria, mas não estou nessa fase agora. Não consigo digerir assim tanto drama emocional.

Porque é isso que Life Itself é, uma excitante e assustadora montanha russa de emoções.

quinta-feira, agosto 15, 2019

Juliet, Naked


Mais um filme baseado num livro de Nick Hornby que passou entre as gotas da chuva, com pouca ou nenhuma notoriedade. Desde High Fidelity que o homem não consegue ter outro grande sucesso.

O livro é giro e tem uns bons momentos, com forte ligação à música e, como quase sempre, sobre relações. Gostei muito de ler o livro. É simples sendo que não é, de todo, «alta literatura». Recordo-me que tinha bons diálogos e eu próprio tinha então uma boa ligação à música. Perdi isso nos últimos anos.

O filme tem praticamente tudo do livro. As relações e o humor. Até alguns dos diálogos. Só que falha na parte musical. O talento do músico ermita não é óbvio. As músicas são fracas. Ao contrário de Hearts Beat Loud, a produção não apostou num gajo que pudesse tornar essa componente forte. E Hawke... Na teoria o casting é perfeito, mas por muito que o rapaz seja talentoso na representação, a música não é uma coisa com a qual ele deva estar envolvido. Esta inépcia do actor estragou-me um pouco o filme, tenho que dizê-lo.

Não deixou de ser óptimo ver a história que conhecia ser posta em cena.

quarta-feira, agosto 14, 2019

Ideal Home


E o prémio para casting mais improvável da história vai para...

Note-se que é muito bem sacado. E sim, a pessoa que se lembrou de juntar estes dois merece alguns prémios. Porque a dinâmica de casal entre Rudd e Coogan é perfeita. Pareciam mesmo que estavam juntos há décadas. Parecia um casal de velhos.

Esta dinâmica alimenta o filme e dá-lhe a vida que tem, já que a história é relativamente simples. Um tipo anda com o filho a fugir da polícia. Ao ser preso, dá a morada do avô ao miúdo. O avô é uma pessoa com a qual nenhum deles tem qualquer relação, mas que apresenta um programa de culinária popular na TV. O miúdo refugia-se em casa do avô e do seu parceiro. Todos têm de habituar-se a esta nova realidade.

No meu entender, o que está pior é o tipo na prisão, mas não foi dado grande destaque ao rapaz.

Red Sparrow


A minha senhora é estranha. Posso dizê-lo. Porque ela é estrangeira e não vai ler isto... tal como 99% das pessoas que conheço e 100% do resto do mundo.

No meio de tanta comédia, comédia romântica e romances adolescentes (tudo também escolhido por mim, atenção) que andamos a ver, ela escolhe este filme!

Como é que se explica?: J-Law e a cena dos filmes no mato, com arcos e flechas. Foi um sucesso entre as moças. Nada como entrar em filmes baseados em livros young adult, para se criar uma «carreira».

Sobre o filme, posso dizer que foi mais inteligente do que previa. Há uma data de volte-faces, com grandes surpresas para todos os homens envolvidos na história. Creio que acontece muito porque toda a gente subestima a personagem de J-Law. E é o enredo que vale do filme, porque se só se estão a basear no trailer... Não, não é tão sexual como foi vendido. É um bocadinho, mas não é tudo aquele fato de banho.

The Hustle


Mais um «acabadinho de sair do forno». Como estamos numa de ir aviando filmes, este entra directamente na lista de reprodução. E nós que estávamos numa sequência tão boa de 2018.

A sensação que dá é que acabou-se o dinheiro, a certa altura. O que faz sentido. As duas não devem ter recebido mal (mais a Hathaway, apesar da Rebel ser menos odiada pelo público), o local onde filmaram parece ser bem caro, e todos os cenários, indumentárias, etc., serão um orçamento gigante só por si. Acredito mesmo que tenha chegado um dia em que entrou alguém no local de filmagens e disse «Malta, isto é tudo muita bonito, mas temos de fechar. A torneira já não verte nada. Como querem despachar a história?».

E foi assim que apareceu um terceiro hustler, quando não fazia sentido algum que tal sucedesse.

terça-feira, agosto 13, 2019

Love, Simon


A história dum adolescente a sair do armário. Não antigamente. Agora. Nos tempos de hoje. Parece despropositado, certo? Qual o drama? Já se fizeram umas quantas obras de ficção sobre o assunto e, felizmente, vivemos num período um pouquinho mais tolerante. Não em todo o lado, claro. Não tanto como deveria ser. Mas o rapaz é filho duma família de classe média/alta, vivendo num meio urbano. Não é propriamente uma gruta no Turcomenistão.

Daí que foi-me difícil ter empatia com o enredo. Não desvalorizo. Tenho plena consciência que, na vida dum adolescente, não deixa de ser uma atitude de coragem revelar-se assim. Chiça, eu tenho vergonha de assumir a quantidade de comida que ingiro em certas refeições, quanto mais dizer a toda a gente que sou diferente de todos. Mas, para um rapaz na situação dele, com pais carinhosos e atenciosos, com amigos próximos que dariam o corpo a uma bala, se necessário... Não me pareceu assim tão dramático.

E não foi. Claro que teve as suas tropelias, em especial porque não foi revelado como ele desejava que fosse. Felizmente o filme teve um pouco mais do que apenas esta parte e até se viu bem. Parece que até fala-se duma série, a sair muito em breve.

Hearts Beat Loud


Como é que um gajo talentoso como o Ron Swanson andou escondido durante tanto tempo? Representa, tem pinta, é músico. Não grande músico, atenção, mas disfarça um menor talento musical com a pinta que tem. Terá sido uma questão capilar? Será que o reconhecimento apenas poderia vir quando os pelos faciais ficassem na moda? Bem, felizmente que vivemos nessa época, porque eu não conseguiria viver sem o Ron.

Em Hearts Beat Loud Ron é um tipo carrancudo. Eu sei. Chocante. Tem uma loja de discos, mas a coisa não corre bem e quer fechar esse ciclo. A filha vai para o outro lado do país, para a faculdade, e parece-lhe um bom momento para dar uma senhora volta na vida. Antes que vá, Ron procura ter mais uns momentos com ela, através duma ligação à música. Ron tinha uma banda com a mãe. Eram ambos artistas. A mãe faleceu e a filha é mais certinha, mais virada para as ciências. Mas o talento musical existe. E, sem querer, ambos criam algumas peças musicais e até uma banda, com muito amor e engenho.

Aqui reside a diferença no filme. As músicas são boas. Por norma músicas feitas para filmes são sempre bastante más. Não há como pagar a artistas a sério para fazer músicas para filmes. Pelo menos dantes era muito menos comum. Não foi aqui o caso. Terão arranjado um tipo que sabe o que faz. E, durante uns dias, andei com o raio das músicas na cabeça.

Foram uns dias bastante simpáticos.

segunda-feira, agosto 12, 2019

The Breaker Upperers


Façamos uma viagem ao outro lado do planeta (mais ou menos), para ver o que se faz por lá. Embora, em boa verdade, maior parte dos actores que aparecem são já conhecidos doutras coisas, o que tira um pouco da novidade da coisa. Prova também que não há assim tantos actores ou actrizes a saírem das ilhas «lá de baixo».

Duas amigas, sem grandes objectivos de vida, têm um negócio particularmente parvo: ajudam casais a acabar. Ou melhor, ajudam uma das partes do casal a acabar o relacionamento. Isto pode implicar simplesmente passar a mensagem por telegrama, mas também pode envolver indumentária vária. Nalguns casos fingem ser polícias e informam que o/a respectivo/a faleceu. Noutros simplesmente passam por ser «a outra».

É tão parvo como soa, e todas as ramificações inerentes a estas acções são ignoradas. Mas o filme não passa duma comédia tonta. Não é caso para pensar tanto no assunto.

domingo, agosto 11, 2019

Then Came You


Mais um filme de jovem amor trágico. Não a três, como o cartaz poderá indiciar. (Infelizmente, porque sempre era uma boa variação da dinâmica usual.)

A diminuta assassina do Night King está ela própria para morrer neste filme (um final mais ou menos igual ao da série). Faz amizade com um rapazito para lá de introvertido, que trabalha no aeroporto como... Em Inglês sei como se diz a profissão dele. Como é em Português? É aquele tipo de manda as nossas malas para dentro do avião, antes da descolagem, sendo que às vezes falha o alvo e acabamos a passar o fim-de-semana a usar as mesmas cuecas, sempre tentados a fazer o truque que se ouve falar em filmes e séries, de as usar do avesso.

Voltando à história. O rapaz está apaixonado por uma moça completamente fora ao alcance dele e dos comuns mortais. Como a Arya está para morrer e quer fazer uma data de tontices, ambos ajudam-se mutuamente a enfrentar medos.

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Mais importante que as minhas piadinhas GoT, chegamos assim aos 172 filmes vistos este ano, ultrapassando o número de 2016. Foi num ápice, não foi? Agora é atingir os números de 2009 e entrar na média que gostaria de ter todos os anos.

Life of the Party


Não sei quem beneficia mais destes filmes? Se McCarthy que vai aparecendo e somando itens à sua longa lista de participações. (Como estrela, ainda por cima.) Ou se é o marido, que nunca foi actor por aí além (maior parte dos papéis são pequenos, em filmes da mulher), e que assim passa para o outro lado da câmara, realizando.

McCarthy está igual a si mesma. Ou seja, se não se aprecia as qualidades representativas e/ou humorísticas da mulher, é impossível gostar destes filmes. Se lhe acham piada, passam um bom bocado a ver estas comédias simples, com algumas boas piadas.

Second Act


Curioso como este filme parece mesmo ser um segundo acto cinematográfica para J-Lo. Depois de algum sucesso, a moça desapareceu das telas e dos ecrãs. Pelos menos para mim. Não me recordo de a andar a ver por aí. Ter-se-á focado na música, algo que sempre preferiu, embora eu até considere que ela tem mais talento na representação. Convenhamos que J-Lo só precisava decidir quando voltar. Não creio que haja muitas portas que lhe estejam fechadas.

Second Act não foi a melhor opção para voltar. O filme é fraco, mal desenvolvido, e Lopez às vezes parece ser perfeita para o papel, mas depois há momentos em que parece não ter nada a ver.

Que seja apenas um degrau para palcos melhores.

Plus One


Acabadinho de sair e já está despachado.

O filme é o que se vê no trailer, sem tirar nem pôr. Destaque para a dupla, que mostrou bastante talento. A Maya conhecia-a doutras andanças, mas aqui mostrou todas as valências cómicas. Quaid conheci-o há dias, ao ver Boys. Não sabia sequer o nome dele, por isso não fazia ideia que era filho da Meg Ryan e do Dennis Quaid. No Boys não notei tanto. Aqui foi inconfundível o sorriso característico do pai.

Boa comédia romântica, este Plus One.

sábado, agosto 10, 2019

The Kissing Booth


It's all your fault, kissing booth.

Sim, é uma frase do filme. Dois amigos têm ideia de fazer uma cabine destas para angariar dinheiro. Acontecem «cenas» por causa disso. A personagem principal diz que a culpa é da cabine.

Confere. O filme é péssimo. Mas a minha senhora tem uma panca com o filme, o que respeito. Vimos juntos. Ela outra vez.

Acede que o filme é péssimo, mas uma panca é uma panca. Todos nós temos desses.

sexta-feira, agosto 09, 2019

Beats


Mais uma daquelas histórias de mentoria.

Neste caso, Anthony Anderson - um tipo que falhou no sonho de se tornar produtor de música e agora é segurança num liceu onde trabalha a ex-mulher, que até foi quem arranjou-lhe o trabalho -, ajuda um miúdo - que não sai de casa da mãe, porque ficou traumatizado ao ver a irmã morrer com uma bala que ainda o atingiu a ele - a sair da casca, a fazer música e a meter-se com miúdas adolescentes.

O que não percebo (lamento, mas a frase acima é mais do que clara) é como as pessoas continuam a acreditar em Anderson. Ele tinha tudo para ser bem sucedido, mas ambição a mais, péssimas decisões e, consequentemente, muitas dívidas metem-no no buraco. A partir daí ninguém confia nele... supostamente. Dão-lhe uma segunda hipótese e ele volta a falhar. À terceira, falha outra vez. Dão-lhe uma quarta e ele continua a não fazer o que promete.

Como é que continuam a confiar no homem?

Okja


Finalmente vi o último filme de 2017 que tinha para ver!

Lágrimas quase que escorrem pela minha face abaixo, de tão contente que estou. Só não escorrem efectivamente porque entretanto arranjei um filme de 2014 para ver. Estragou-me a cena de ter só filmes de 18 e 19. Que se pode fazer? É a vida.

Okja é mesmo um dos melhores filmes produzidos pela Netflix. A publicidade não é enganosa. O problema maior é que a fasquia não é elevada. Atenção que Okja é um filme porreiro. Muito melhor que maior parte do que o canal streaming fez até então. Daí a conseguir competir com o que o resto do mundo faz ainda vai alguma distância. Está bem feito, mais em concreto os efeitos. O elenco é porreiríssimo. E a história é original, com muitas farpas à sociedade em que vivemos e aos cuidados que deveríamos ter... e não temos. É claramente feito por malta com agendas vegetarianas, que são mais prementes do que gostaríamos que fossem. E, mesmo com esta politiquice toda por detrás, consegue ser uma história com algum optimismo.

Não é nada fácil ser optimista, ao abordar estas temáticas.

Five Feet Apart


Não sei se já se percebeu a temática. Quer dizer, não será fácil de perceber. No fundo, estou a ver filmes com a minha senhora. Quer dizer que estou a ir ao sabor do que ela possa preferir ver no momento. Não tenho nada na minha lista que eu não queira ver, por isso ela pode perfeitamente escolher qualquer coisa. Só que ela, ao contrário de mim... mas sendo igual a qualquer outro ser humano normal... não precisa de ter uma ordem específica para ver as coisas. Daí que andemos a saltar entre géneros ou anos.

Five Feet Apart vem na sequência do sucesso do Fault in Our Stars que, por sua vez, vem do sucesso de livros feitos para um grupo de pessoas que ainda lê livros: raparigas adolescentes. Traz à cena uma moça talentosa e um palermita que tem tido sucesso a fazer coisas que eu não vejo... porque não sou uma rapariga adolescente... ou a minha namorada. Não me interpretem mal. Eu vejo tudo e mais alguma coisa, incluindo isco para jovens hormonais. O palermita simplesmente fez coisas que não chegaram a entrar no meu radar.

Ambos estão para morrer. Daí brota o amor (porque toda a gente sabe que não há maior afrodisíaco do que ter apenas acesso a um outro espécime do sexo oposto, com quem se tem algo em comum). Esse amor terá de morrer, assim como os nossos personagens. O amor quer-se trágico, senão não tem piada.

To All the Boys I've Loved Before


O Netflix fez uma aposta fortíssima neste tipo de filmes: romances adolescentes.

Faz sentido. Nada como fazer uma data de coisas que apelam a adolescentes (encalhados, inseguros, fechados em casa), mas também aos adultos que ainda não esqueceram ter passado por tudo o que a adolescência implica. Claro que, à boa maneira netflixiana, interessa é volume, volume e mais volume. Ainda agora descubro mais filmes deste género, no meio do chorrilho de produções Netflix. O algoritmo parece começar a perceber que estou para aí virado. Não que estivesse antes, mas a minha senhora é viciada nestes filmes.

TAtBILB destaca-se de todos os outros. Muito porque é baseado em livros de grande sucesso, dentro do género. Mas também porque é uma história engraçada duma adolescente tímida e pitoresca, que mete-se em apuros quando a irmã mais nova mete no correio todas as cartas que escreveu às suas paixonetas. A jovem principal, não a irmã, escreveu cartas de amor a todos os rapazes por quem se apaixonou.

As reacções a receber uma carta deste tipo variam, de rapaz para rapaz, mas as consequências do «acidente» fazem um filme engraçado de se ver. O sucesso foi tal que há duas sequelas já em produção. E eu lá terei de as ver, também porque a minha senhora a isso vai obrigar.

quinta-feira, agosto 08, 2019

The Last Summer


Ugh!

A história não é assim tão má. Há aqui uns jovens até bastante talentosos. Pelo menos um acredito que vá vingar e tornar-se grande. Só que...

É o último Verão antes de entrarem na Universidade. Batalham com uma data de decisões e mudanças chatas, acedo. É um período importante na vida de qualquer um. Só que é tudo gente bonita, talentosa e inteligente, com paizinhos com muito, mas muito dinheiro. Pobres coitados têm de trabalhar, mas não porque precisem, é para aumentar currículo. E, pelo meio, têm relações, vão a festas e fazem coisas cujos respectivos trabalhos não chegam para pagar.

Fica difícil conseguir ter qualquer tipo de empatia com este tipo de personagens.

terça-feira, agosto 06, 2019

What Men Want


Na versão original (que até tem andado a dar na TV, nos tempos que correm, curiosamente), Mel era machista e mulherengo. Ao conseguir ouvir o que as mulheres pensam, consegue criar ligações com a colega de trabalho, com a filha e com as mulheres com quem se envolve. Torna-se melhor pessoa e fica aquela mensagem que parece tardar em entrar na cabeça da humanidade no geral, de que as mulheres são iguais aos homens.

Nesta versão, Taraji é ambiciosa e sanguinária no trabalho e no seu dia a dia. Peca por ser «demasiado homem», pois foi educada pelo pai, viúvo desde que a moça era pequena, que incutiu-lhe uma natureza bastante competitiva. Ao ouvir os homens apercebe-se que nem todos querem o seu mal, que nem todos estão contra ela, que não precisa de ser tão defensiva e que pode confiar nos homens. Não há grande mensagem a tirar.

O original é sempre melhor. Quase sempre, vá, em quase tudo. Não que Taraji não tenha tanto ou mais charme que Mel, mas este não é o papel que faz as suas melhores qualidade virem ao de cima. Até porque o filme não deixa de ser uma ideia «requentada». -A cena de sexo é igualzinha, por exemplo. Sem tirar nem pôr. Ou seja, houve pouco de original nesta nova versão.