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sábado, fevereiro 18, 2023

Dorosute No Hate De Bokura


Olha que coisa tão bem feita. Não sei se consigo explicar o que é ou como foi feito. O bonito é isso. A confusão de tudo, mas que faz algum sentido, se se parar para pensar um pouco.

Mas OK, tentando explicar: um tipo tem um café e vive por cima deste. No final do dia vai para casa e ele próprio aparece no seu ecrã do computador, a falar-lhe do ecrã do café, dois minutos no futuro. A partir daí vemos uma data de coisas a acontecer mais que uma vez, minutos no futuro e minutos no passado. Não só com ele. Com a empregada, um conjunto de amigos, uma paixoneta que trabalha numa loja ao lado e ainda com uns meliantes quaisquer.

Não está mau. Até consegui explicar a história. Se não percebeste tudo sobre o filme só com o parágrafo anterior, então não sei que andas a fazer por aqui.

segunda-feira, abril 06, 2020

One Cut of the Dead


Ora aqui temos um plano contínuo mais interessante que 1917. Tem quase tanta acção, misturando ainda fantasia, intriga, mistério e quase tanto sangue. Para além disso, é um filme dentro dum filme, dentro dum filme. Ou seja, é mais complexo que Inception.

Mas recebeu os mesmos louros e distinções que ambos estes filmes? Claro que não. Porque é um filme com zombies, feito em terras distantes, por gente «esquisita».

Uma vergonha, é o que é.

domingo, maio 26, 2013

Iron Man: Rise of Technovore

IMDb

O grande inimigo do Iron Man será sempre a tecnologia. Nas mãos, tentáculos ou armas de alguém, é certo, mas a tecnologia em si. A ideia é que Stark tenha ou invente sempre algo melhor. É assim que torna-se «herói». É assim que é melhor ou superior a outros. E quando não o consegue à primeira, faz tempo com conversa «tecno-psicológica» e depois lá arranja um vírus ou semelhante para ficar por cima.

Agora que descortinámos o personagem, o verdadeiro desafio é perceber porque vi este filme de animação de segunda linha, em vez da segunda sequela de não animação do personagem.

quinta-feira, maio 31, 2012

Jûsan-nin No Shikaku

IMDb | Sítio Oficial

Sem exagero, estarei a ver este filme há uns bons seis meses. Cinco minutos aqui. Meia horita acolá. Não é por falta de interesse ou falta de qualidade do filme. Nem é sequer pelo filme ser assim tão longo. Duas horas e minutos. Nada de mais. Aconteceu, sem planos para tal.

Neste tempo feudal do Japão (Será feudal? Não sei, apeteceu-me atirar uma palavra que não usava há algum tempo para o ar.) os samurais são uma coisa antiquada. Aos últimos que restam é-lhes atribuída a missão de matar um lorde que anda a abusar do seu poder. Pelo caminho vão angariando guerreiros, perfazendo treze no total. A prepararem-se para uma batalha final do mais sanguinário que tenho visto, embora a cena toda de «honra» dos japoneses perturba-me. Em mais que uma ocasião vemos japoneses mauzarocos à espera nas costas dum dos guerreiros, esperando que este despache primeiro um dos seus colegas, antes de o atacar. Incomodou mas, em boa verdade, foi uma falha diluída pelos touros com uma data de troncos em chamas no lombo, a abalroar pessoas a metro. Uma espécie de churrasco com largada à mistura. Para que se fique com uma ideia adequada do que acontece, dou os números: cerca de 200 vs. 13. Equilibrado, portanto.

domingo, maio 27, 2012

Toki o Kakeru Shôjo


A história tem um potencial enorme. Um miúda que atrasa-se, distrai-se facilmente, procura escapar quando fica envergonhada e começa a perder um pouco o controlo da sua vida, às tantas descobre que consegue saltar no tempo. Andar para trás e para a frente, muito à base do salto e consequente queda. E quando fala com a tia sobre o assunto, afinal é uma coisa simples e banal de acontecer. Montes de miúdas saltam por aí a toda a hora. A protagonista aproveita assim o novo poder para organizar a sua vida. Evita morrer num acidente (parece-me importante). Arranja uma namorada a um dos amigos (quase  tão importante). E evita o outro amigo, porque tem um fraquinho por ela (menos importante... ridículo mesmo).

E aqui a coisa perdeu-se. A sensação que tenho é que até aqui o guião esteve parado durante uns meses, ou mesmo anos. Alguém pegou nele depois deste tempo todo e decidiu ir numa direcção completamente diferente. Confesso que não gostei da nova direcção.

sexta-feira, abril 06, 2012

Okuribito

IMDb | Sítio Oficial

Melancolicamente saboroso, vá. Dou-lhes isso. É que não foi fácil ver Okuribito. Tive que fazer uma pequena pausa a meio. Não eram só as duas horas que intimidavam, era o tom lento da coisa. Estamos a falar dum rapaz que fugiu dos seus traumas para a cidade grande, para tocar violencelo. Não tendo pai, as inseguranças eram grandes e achava-se um traste em tudo. Quando a sua orquestra é cancelada, volta para a terrinha com o rabinho entre as pernas e uma esposa (c@br@?) a tiracolo. Que fazer da sua vida, tendo no currículo apenas música? Olha, porque não uma agência funerária? Não tanto na parte burocrática das flores e tudo mais, que isso é enfadonho. Mais a parte de lavar, pentear e maquilhar cadáveres. Isso sim é uma emoção a sério. Este processo lá para as terras de onde nasce o sol é um pouco diferente. O ritual é feito à frente da família do falecido. E devo dizer que é uma coisa bastante digna e feita com muito respeito. Sempre devagar e procurando não estragar a imagem da pessoa, mantendo-a sempre tapada. Sim, porque há gente que nem viva deve ser vista nua, quanto mais morta. Tudo acaba por ter um objectivo em Okuribito e isso é que é bonito. Melancolicamente bonito, vá.