terça-feira, setembro 28, 2021

Playing God


Estava à espera duma coisa mais... cómica.

São dois irmãos, con artists, que encontram um tipo rico, desesperado, a querer falar com Deus. O Deus. Não um tipo qualquer com um nome peculiar. Os irmãos criam uma ilusão e apresentam-no a Deus. Um Deus. Não O Deus. Mas o rico não sabe isso. Parece ser engraçado, certo? Afinal é mais intenso e sério, mas com os twists que se esperam duma história com «artistas».

Duas questões engraçadas.

A primeira a ver com o filme. O tempo todo em que o rico falou com «Deus», em pessoa, eu só pensava em maneiras de apanhá-lo na mentira. Não é difícil, convenhamos. Mas, ao parar para pensar no que o rico estava a passar, dá para entender que o desespero leva-nos a fechar os olhos a muita coisa. Isso e as quatro garrafas de whisky que ele disse andar a beber ao pequeno-almoço. Pois claro. Com tanto álcool nem dá para ver, quanto mais perceber que está a acontecer.

A segunda é que, dados os cenários, elenco curto e falta de figurantes em quase todos as cenas, às tantas achei que seria um «filme COVID». Ou seja, que foi filmado nas condições desoladoras que vivemos no ano passado. Até que dão uma cena dum concerto num bar. Estava cheio. Lá se foi a teoria. Afinal é só um filme «indie» de baixo orçamento, em que não é possível ter muitos figurantes. Raios partam a pandemia, que continua sempre presente na mente.

domingo, setembro 26, 2021

The Starling


Metade do orçamento terá ido para a grande estrela, que dá o nome ao filme. Foi para o pássaro feito a computador durante toda a película.

Tirando o pássaro e Kevin Kline, pois são bastante naturais em tudo o que fazem, toda a gente neste filme representa para ganhar um Oscar. É esse tipo de filme. Uma coisa bem humorada mas muito, muito séria, com uma base pesada e a tentar ganhar prémios.

Vai acontecer? Talvez. A Academia continua a recusar-se a dar prémios aos filmes da Marvel. Se entrarem na categoria de efeitos especiais, por exemplo, por causa do pássaro CGI, provavelmente ganham. Hey, se o First Man ganhou ao Infinity War...

sábado, setembro 25, 2021

Brewster's Millions


Mais uma combinação genial, desta vez com Pryor e Candy. Estas coisas só se conseguem ver muitos anos depois, mas havia uma data de gente com muito talento para a comédia nesta década. Será das poucas coisas decentes dos anos 80. Assim como das poucas vezes que direi bem desta década. Mas a verdade é que houve filmes divertidos, com boas duplas. Pryor e Candy não tinham uma empatia por aí além neste filme, é verdade, mas ambos tinham muita piada.

Brewster's Millions é ainda daquelas premissas de ouro, que terá espoletado milhentas conversas em família, entre colegas nas pausas de trabalho, até entre estranhos na rua ou no metro.

Conseguirias gastar 30 milhões num mês?

Toda a gente será rápida em dizer que sim. Gastar dinheiro é fácil. Ganhá-lo é bem mais complicado. Mas Pryor tinha uma série de regras para seguir. Mais, tinha de ter recibos para todas as despesas e ninguém podia saber o que estava a fazer. Se a segunda parte é complicada, a primeira então lixa muitas ideias. Porque não dá para dar o dinheiro ao desbarato. Tem de haver prova de gasto. E só podem ser serviços. Não dá para comprar activos.

Hoje em dia seria quiçá mais fácil gastar 30M. Há sítios que só de renda paga-se boa parte disto. Convém ter em conta a inflação. Óbvio. Hoje em dia seria bastante mais dinheiro. Se calhar seria necessário gastar 300M.

Conseguirias gastar, sem qualquer retorno, 300M num mês?

Claro que sim. Fácil!

sexta-feira, setembro 24, 2021

The White Tiger


My amazing success story.

White Tiger é mais uma história em que alguém foi de rags to riches, neste dog eat dog world. Porque foi referência? É uma boa história, atenção, mas terá ajudado a mudança de cenário. É ter exactamente os mesmos sentimentos humanos - orgulho, inveja, ganância, vingança, revolta -, mas numa outra cultura. Num mundo radicalmente diferente do ocidente, mas bastante normal para milhões de Indianos.

White Tiger está bem contado e não há como não perceber o personagem principal. Apesar do actor ser um pouco gingão demais, no meu entender. Tornou difícil vender a humildade inicial. Mas em nada estraga a experiência.

Summer Rental


Confere. Há aqui uma possibilidade de «maratona» de filmes com John Candy. E porque não? Passa-se alguma coisa mais importante no mundo?

Tinha bem presente esta aventura de Verão do meu Canadiano preferido (de então; agora só tenho olhos para o nosso Reynolds). As tropelias e acidentes. Ter entrado numa casa de férias que não a que alugou, ao início. Andar aos tropeções por cima das pessoas na praia (embora já na altura achasse a cena algo exagerada). A vizinha com as inseguranças sobre o peito novo. E a casa encostada à praia. Mesmo sendo uma casa meio devoluta e tendo tanta gente a passar à janela todos os dias, continuo a ter bastante inveja de quem arranja uma casa assim.

Uma casa à beira praia, para passar um mês de férias, continua a ser um belo sonho. Quem sabe um dia.

quinta-feira, setembro 23, 2021

The Darkest Minds


Oh, coitaditos. Estavam a tentar criar um novo franchise!

Não é que seja horrível. Já vi versões piores deste enredo. É melhor que algumas coisas de X-Men, e certamente melhor que New Mutants, provavelmente tendo um orçamento menor.

Foi um filme engraçado de se ver. Só não gostei da parte amorosa, que pareceu-me apressada e despropositada. Mas qual é a história adolescente que não tem pelo menos um drama romântico?

Planes, Trains & Automobiles


Este ano investi algum tempo em rever clássicos de Martin. Tive sempre gosto em ver, mas ficou o medo que as coisas talvez não tivessem sido assim tão boas. Corri a lista de filmes do homem e juntei alguns nomes para mais tarde, havendo vontade, voltar a ver. Chegámos a esse ponto, muito porque não há assim tanto para ver, hoje em dia.

Planes, Trains & Automobiles é um dos clássicos, não só de Martin, como do gigante John Candy (não, não é uma referência ao peso, é mesmo por achar que é genial). Para mais, é um filme de John Hughes, outro que influenciou a minha infância. Mais um filme passado em Chicago e, supostamente, mais um do seu «universo» do realizador. E este filme não desilude. Continua a ser divertido, ternurento, interessante e até parvo, quando tem de ser. Em miúdo, lembro-me de achar que a personagem de Martin tinha sido palerma em juntar-se tanto ao de Candy. Achava eu que Candy simplesmente era um malapata. Hoje em dia acho que os dois davam bastante azar. Estavam bem um para o outro, no fundo.

Duas coisas que detecto agora, enquanto «adulto»:
1. Este filme foi tão grande que chega a ter um mui jovem Kevin Bacon, apenas com o papel (sem falas) de ter uma corrida com Martin nas ruas de Nova Iorque, para ver quem apanha um táxi primeiro, em plena hora de ponta.
2. Que estava Candy a fazer a apanhar um avião para Chicago? Se não tinha esposa nem casa, que ia ele fazer para uma cidade fria com'ó raio, em pleno Novembro?

Isto de ser crescido tira sermpre alguma piada a tudo.

terça-feira, setembro 21, 2021

Roxanne Roxanne


Shante é uma referência do rap dos anos 90. Enquanto adolescente já «cuspia rimas» como ninguém. Logo, faz todo o sentido que alguma malta tenha feito um filme sobre ela. Muita gente, que é «grande gente», quis envolver-se no projecto por ser quem é.

À parte de tudo isto, de toda a história, importância para o género e carreira, não sei até que ponto dá para fazer um filme muito interessante. É notável como sobreviveu a todos os que lhe fizeram mal. Já falando exclusivamente como filme... É um pouco previsível. Bate em demasiados chavões. O final é meh. Aliás, todo o filme é meio meh. É pena, mas esta é a realidade de filmes biográficos. Já pouco dá para fazer no género.

sexta-feira, setembro 17, 2021

The Current War


Enquanto tenho o tablet a carregar e o computador ligado a fazer «cenas», abro a app do HBO no telemóvel e faço streaming para a televisão. Esta está ligada há algum tempo, passando outras inanidades, incluíndo imagens do Chromecast em loop. Há algum ruído de fundo da fonte eléctrica do gato (é a única forma que o bicho bebe água), mas consigo perfeitamente ver este filme, que estará alojado num qualquer servidor, provavelmente a muitos quilómetros de distância.

Posso assim descobrir a «fascinante» história de homens que «batalharam» para serem os criadores das primeiras lâmpadas no mundo. Vejo o Dr. Strange, tendo como assistente o Spider-Man, a processar legalmente, roubar patentes, caluniar na imprensa, etc., o general Zod, e vice-versa. Para além de electrocutarem - ou a westinghousarem, como insinuem no filme - um cavalo. O filme tem ainda uma data doutros actores britânicos a fingir sotaques norte-americanos. Excepção feita ao Spidey, curiosamente. Ah, e também ao Beast, que tem um sotaque esquisito, por interpretar o Tesla.

É de louvar o esforço feito para tornar esta história interessante. Não era nada fácil - alguns diriam impossível -, mas tentaram efectivamente de tudo.

Pena não terem conseguido.

Best Sellers


Para os norte-americanos o melhor escritor é o recluso, o que escreve um livro de sucesso e depois desaparece. É o caso do personagem de Michael Caine, que 50 anos depois de publicar o seu primeiro, único e muito bem sucedido romance, larga na secretária de Aubrey Plaza um manuscrito para um segundo romance. Algo bastante conveniente, pois Plaza está prestes a ter de vender a editora que o pai construiu. Ela tem bastante dificuldade em «calçar os sapatos» do progenitor, mas com este possível novo sucesso talvez dê para safar-se.

Claro que os dois passam por uma «viagem» dentro da viagem que fazem de tournée do novo livro. Partilham experiências e estreitam laços, apesar de Caine ser um velhaco do piorio (ela não é muito melhor pessoa que ele, atenção). Até que os problemas de Caine vêm ao de cima e o banco exige o pagamento imediato de 500 mil dólares, ou ficam-lhe com a casa. Plaza diz ao tipo que o autor não tem esse tipo de dinheiro. E é neste momento que se dá a interacção mais surreal de todo o filme, quando o tipo pergunta a Plaza se, enquanto editora, não pode fazer um adiantamento sobre direitos futuros.

500k de direitos, assim de repente? Pois claro que sim! Não se está mesmo a ver?

quinta-feira, setembro 16, 2021

Together


Mudando radicalmente o assunto, temos então um filme sobre... COVID!

Did you see what I did there?

Não é bem bem sobre COVID. É sobre um casal que se odeia, que tem de entrar em confinamento, como todos nós tivemos de fazer o ano passado - com tudo o de mau e de menos mau que daí advém -, passam por todas as agruras consequentes (e mais algumas, pelas quais não passei, felizmente) e saiem... melhor?

McAvoy é genial nos monólogos e diálogos (tenho ideia que vem da escola de teatro). Horgan é genial sempre. Pensava eu que apenas em diálogos mas surpreendeu-me nos monólogos. E o terceiro membro do elenco (não há mais) é... peculiar. E suponho que seja genial a sê-lo. Não sei. O currículo ainda é curto, mas está a começar entre os melhores, parece-me.

Kate


Uma história de tirinhos sem objectivo de ser um franchise?! Que ideia tresloucada.

A Ramona tem um talento para matar pessoal. Woody treinou-a desde novinha para ser boa no que faz. Só que um «serviço» que não correu da melhor forma abalou-a, deixou-a susceptível. É aí que alguém a envenena. Não da forma mais eficaz do mundo, pois a moça tem ainda quase um dia para andar pelas ruas de Tóquio a aviar toda a gente que se mete à frente. Mas fatal, mesmo assim.

O objetivo é vingar-se de quem a matou de forma tão vil. Acontece que quem o mandou fazer é o chefe duma yakuza qualquer. Como tal, há níveis a ultrapassar até chegar ao boss. E se ela passa os níveis com high scores, sempre no limite...

segunda-feira, setembro 13, 2021

Small Engine Repair


«Menos» consegue ser, bastantes vezes, «muito mais».

Descobri o filme por aí. Vi o trailer. Li a sinopse. Percebi onde queriam ir. Percebi que havia algo não revelado na comunicação. Mais que não seja, tinha de ter alguma coisa, senão o filme não teria grande interesse. Mesmo assim resisti a ver. Só que...

Voltei a encontrar o filme por aí, numa qualquer página das que vejo regularmente. Acabei por ceder por causa do Bernthal. Ele anda com intenções de ser actor. De querer ser referência. E tem algum jeito para a coisa. Como tiveram muitos, ao longo dos anos, que pareciam não ir a lado nenhum, mas que fazem «aquele projecto» que impressiona toda a gente, e dão o salto. Bernthal anda à procura desse projecto. Para ele meter-se neste filme é porque tinha de ter alguma coisa.

Confere. Tem mesmo.

Strange Magic


Isto é uma daquelas histórias - neste caso de animação - em que os personagens intercalam diálogo e músicas, para expressarem os seus sentimentos. O chamado «musical». Mas sem originais. Aproveitam músicas famosas. Quase todas antigas. Algumas recentes. Como o enredo tem tudo a ver com amor, são só músicas românticas.

A minha dúvida é: uma pessoa escreve o guião, enchendo o diálogo com as letras das músicas que se adequam à história; mas e depois, se não for possível comprar os direitos? Volta tudo atrás e reescreve-se? Ou só se mete as letras no guião depois das negociações? Parece-me uma valente trabalheira.

Assim como foi ver este filme, que faz jus ao nome. No sentido em que é estranho. Não por ser mágico.

sábado, setembro 11, 2021

The Suicide Squad


Andava há algum tempo para ver esta «não sequela» dum primeiro filme que só piora quanto mais se pensa nele.

Tem piada como a vida dá voltas. Suicide Squad, o primeiro, era suposto ser uma coisa. Entretanto sai o primeiro Guardians, um sucesso desde o momento que o trailer apareceu na Net. Procurando repetir a fórmula, a DC tentou transformar Squad numa coisa que não era, com um trailer em tudo igual ao de GotG, mas nada relacionado com o filme. Squad sai e desilude todos. Imagino que nem o realizador sabia bem o que tinha criado, com tanta troca e baldroca.

Mais tarde Gunn mete-se em apuros com o patrão, por causa duns posts antigos e demasiado pouco PC para a Disney. É despedido e já não vai fazer o terceiro GotG. A DC aproveita e vai buscar o rapaz, tendo assim o criador do filme que tentaram fazer antes. O problema é que foi tarde demais. As fórmulas são repetidas. As ferramentas são as mesmas. E demasiadas piadas foram dadas nos vários materiais de divulgação. São boas piadas, mas quem é que não percebeu que maior parte dos actores / personagens eram carne para canhão?

Gunn, homem, volta lá ao terceiro GotG, com personagens estabelecidos e actores que acrescentam muito ao processo. DC, continuem com isto, mas encontrem o vosso tipo divertido que quer brincar com os bonecos e fazê-los crescer. Salvo seja. Foi uma boa experiência. Foi divertido. Mas estas misturas não deram tanto como era suposto. Vamos lá cada um brincar no seu quintal, com os seus brinquedos. Mas não parem de dar coisas à Margot / Harley Quinn fazer. Ambas são maravilhosas e devem aparecer em tudo. Sempre!

sexta-feira, setembro 10, 2021

Afterlife of the Party


Este filme foi muito confuso. E nem é só pelo facto de ter sido filmado na África do Sul, com uma data de (maus) actores desconhecidos. Apenas alguns disfarçaram o sotaque, já agora.

Reza a história desta película que a miúda morre cedo demais e, antes que se decida se vai para «cima» ou para «baixo», tem de resolver assuntos pendentes. Tudo certo. É uma premissa relativamente normal neste tipo de coisas. A moça tem três pessoas na lista. E tudo faz sentido porque, antes de morrer, brigou com a melhor amiga, não andava a falar com o pai, e tinha relações cortadas com a mãe desde que esta a abandonou em miúda.

Só que depois vieram com a conversa de que ela afinal é um anjo da guarda e é suposto ajudar as três pessoas a seguirem em frente. Para além de que esteve um ano «adormecida» após a sua morte e agora só tem cinco dias para resolver tudo ou então «vai para baixo». Ninguém dos vivos a ouve ou vê, a não ser que cante uma música simbólica para ela e a pessoa com quem está. Aí já aparece, abraça quem tiver de abraçar e pode mexer no que quiser mexer.

Não, infelizmente não é uma coisa marota, apesar de que teria sido muito mais interessante se fosse.

quarta-feira, setembro 08, 2021

Vacation Friends


Admito-o sem qualquer tipo de preconceitos: Vacation Friends surpreendeu-me muito, pela positiva. Vi o trailer. Pensava que sabia tudo do filme - até porque já perdi a conta a filmes semelhantes que vi no passado -, mas o certo é que teve surpresas pelo meio. A maior será que John Cena não é nada mau neste tipo de comédia. É melhor do que em tudo o resto que tenta fazer. O que já é qualquer coisa. Posso dizer que foi a primeira vez que apreciei verdadeiramente uma «representação» sua.

Será o Lil Rel que traz o melhor das pessoas ao de cima? Será por isso que aparece em tudo e mais alguma coisa hoje em dia?

Bem divertido que foi este Vacation Friends. Ainda bem que alguém o meteu directamente no Disney+. Obrigado, pessoa anónima.

Mortal Kombat Legends: Battle of the Realms


Não há forma de vermos uma sequela deste universo, pois não? Tem de ser sempre a mesma premissa, com os mesmos personagens. Eu sei que é um conflito eterno, só que começo a deixar de prestar atenção às porradas, e a ver as incongruências no certame. Não é o objectivo. Pelo menos o meu. Mas, já agora...

Como é o sistema de pontuação do torneio? No primeiro dia só perdeu o Cage e, mesmo assim, a coisa continuou. Claro que no segundo dia os humanos perderam combates e, nalguns casos, vidas. Se é suposto ser até à morte, porque não despacharam alguns monstros no primeiro dia? Para participar que é preciso, afinal? O Raiden teve de abdicar da sua divindade para entrar no torneio, mas o Shao Khan participa na boa? São ambos deuses, certo? Não parece muito justo.

Em Legends tentam acrescentar alguma coisa, como umas versões mecânicas de personagens dos clãs do Sub-Zero e Scorpion, assim como um maluquinhos que pretendem chamar uma entidade poderosa para destruir tudo, todos os reinos. O que vale é que o Liu Kang é o escolhido e usa os poderes dos mega deuses para transformar-se num daqueles dragões chineses que voam, mesmo não tendo asas.

Muito gore e algum entretenimento, mas começo a suspeitar que não há muita mais história para contar deste universo.

terça-feira, setembro 07, 2021

The Protégé


Nova tentativa de fazer uma versão feminina do John Wick, só que... Não tem nada a ver com o género. Acho que a Maggie Q. está óptima. Percebo o seu fascínio sensual pelo Batman original (não, não é o Adam West, se bem que também faria sentido). E embora não acredite que venha a acontecer, não me importava de ver uma sequela. O problema tem mais a ver com o enredo ou, principalmente, as motivações da personagem principal. Muito se gozou com a premissa dum homem saltar-lhe a tampa porque matam-lhe o cão, mas depois disso... Lamento, mas creio que todos teremos mais empatia com alguém que procura vingança pela morte do cão, do que pela morte do mentor.

Essa é a realidade dos filmes de acção. Wick trouxe muito de bom ao género de «tirinhos», mas também elevou a fasquia em termos de credibilidade de motivações para matar uma data de gente.

CODA


CODA é uma sigla para «criança de adultos surdos». Não literalmente. Estou a traduzir livremente, caramba. Em PT seria CDAS, o que parece ser um novo partido político qualquer.

A jovem protagonista deste filme é uma CODA, não tendo ela qualquer debilidade física... se bem que padece de ter uma unibrow. Não se pode ter tudo, ? Para mais, Ruby tem uma paixão por música, sendo que canta a plenos pulmões no barco de pesca / negócio de família. Nem o pai, nem o irmão, ambos também pescadores, podem apreciar a (bastante banal e típica daquilo que os norte-americanos acham ser uma boa voz) voz da moçoila. Felizmente Ruby tem um fraquinho por um colega que entra no coro da escola, fazendo-a finalmente dar um passo em frente para uma carreira promissora de aparições no The Voice e demais programas do género. O professor de música, dum secundário qualquer duma pequena terra norte-americana, acredita nela. Por isso temos de acreditar também.

Piadas e estereótipos à parte, CODA é um filme muito doce, sobre uma moça que cresceu numa família carinhosa, forte e cheia de coragem. Tudo qualidades que Ruby herdou. E há um momento em que o pai mete as mãos à volta da garganta de Ruby, para poder sentir a filha cantar, depois do concerto que a família viu mas não conseguiu ouvir, numa altura em que Ruby tinha de abdicar da faculdade para ficar e ajudar a família. O pai só queria ter a certeza... só queria perceber e partilhar com a filha a sua paixão...

I'm not crying! YOU'RE CRYING!

sexta-feira, setembro 03, 2021

Cruella


Que filme elaborado, extravagante... E longo! Bem longo. Mas não é esse o meu problema.

Entendo que tenham decidido tornar a Cruella a personagem principal e, mais importante, que agora seja «boazinha», em vez da vilã. Conseguiram dar-lhe uma boa modernização, com uma história até bastante interessante. Para mais, tem a Emma Thompson absolutamente divinal como a verdadeira vilã. Por muito que seja uma espécie de Devil Wears Prada.

Não!

O meu problema é que, no meio destas trocas e baldrocas, bons a serem maus e vice-versa, meteram os dálmatas como vilões! Mas está tudo maluco?! Não são a minha raça favorita, mas dálmatas são uns doces. Isto de andaram a rosnar e ladrar às pessoas é uma afronta para toda a espécie. Para todos! Lá dão a volta eventualmente, durante o filme... Mesmo assim! Estou desiludido, Disney. Essa é a verdade.

quarta-feira, setembro 01, 2021

Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings


Ora aqui está uma maneira de começar o mês da melhor forma. Bam! Toma lá um novo filme da Marvel. O segundo de quatro do ano. Lamento, mas não vou contar com o Venom 2, porque não faço ideia o que vem dali.

Shang-Chi tem as suas ligações aos restantes filmes da Marvel, naturalmente, mas comparando com a média de todos os últimos, será um filme/episódio mais «individual». Como é sabido, agora é altura de apresentar novos personagens e novos enredos. Para mais, também é sabido que a Marvel quer ter vários níveis de acção. Há o nível no «Espaço», por assim dizer, com as histórias ainda mais fantásticas (Guardians, Thor, etc.), o nível «grande» na Terra (Avengers et al) e uma coisa mais ao nível da rua, como foram as séries do Netflix, ou poderá ser o Cap ou até um Ant-Man.

Não é ainda claro onde poderá encaixar este(s) novo(s) personagem(ns). Para já vejo a coisa um pouco entre os dois últimos níveis. Poderá evoluir para mais ou menos, claro. Tem alguma piada tentar adivinhar os próximos passos, mas o certo é que cada vez o MCU afasta-se mais da BD e, confesso, para mim agrada-me ser surpreendido. Gosto de ver as teorias, mas deixo o processo criativo a quem de direito. Cá fico (no sofá ou na sala de cinema), refastelado, a apreciar.

O certo é que Shang-Chi é um óptimo filme de acção, cheio de belíssimas cenas, seja em termos de movimentos ou de cenários (CGI, claro, mas mesmo assim). O elenco é bastante porreiro e há umas quantas influências notórias doutros géneros, doutras «escolas cinematográficas», que são muito bem vindas. Depois tem o toque Marvel, sempre com personagens doutros filmes a aparecer e, como se espera, bastante humor. Ah, e tipos em tronco nu, claro!

Ainda é arriscado, bem sei, pelo que compreendo perfeitamente a reticência em fazê-lo, mas este é um filme perfeito para ir ao cinema, com um balde de pipocas. Salgadas ou doces, é à vontade do freguês.

Oooooor... Também pode ser apreciado no conforto do lar, claro. Parece que demorará a sair no Disney+, mas não tardará assim tanto. Será verdadeiramente importante o balde. E boas legendas, para quem não fala Chinês. Tive de contar com a minha senhora para descodificar-me algumas partes. O meu Francês ou Neerlandês ainda estão algo perros e/ou limitados.

Bem-vindos ao universo, caríssimos. Façam bom proveito.