terça-feira, setembro 29, 2009

Inglourious Basterds

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Depois de demasiadas quase idas a ver o novo de Tarantino - desde «amigos» que foram em pandilha e não disseram nada, a «amigo» que decidiu trocar-me por uma qualquer flausina, passando por todos os «amigos» demasiado histéricos, que não esperaram por mim - lá apareceu um verdadeiro Amigo, que não só convidou e fomos (se bem que só praí à terceira), como ainda convidou para uma sessão VIP! (Não, isto não envolveu qualquer tipo de experiência sexual.) Não sou de gostar de estatutos e convencionais cenas «vip». Gosto sim de pipocas, bebidas e comida à descrição. Isso, gosto muito. Não é uma cena barata, mas na maneira que fomos, até rendeu. Obrigado, Amigo a sério.

Feita a introdução...
Odeio todos os que viram o filme e decidiram comentá-lo comigo! Não porque viram sem mim (estou-me a marimbar), mas porque o comentaram. Houve duas referências para todos: a cena inicial e o alemão. Eu dou mais umas.
  • «A cena inicial é brutal!» «Os primeiros dez minutos são magníficos!» «O primeiro capítulo é uma ode ao cinema!» Ok, a última é um exagero. Os meus amigos... peço desculpa, as pessoas que não têm repúdio em falar com a minha pessoa ocasionalmente, são todos uma cambada de bandalhos que não sabem falar. É, aliás, por isso que gosto e dou-me com eles. A cena inicial acaba por não ser brutal porque esperava a coisa mais magnífica alguma vez feita. Esperava o ET voltar. Esperava o McFly entrar em cena. Esperava o outro com o chapéu e chicote. Esperava naves. Esperava fogo de artifício. Esperava alguém dizer «abre-te, Sésamo» e descobrir-se o armazém onde escondem as virgens destinadas aos que matam infiéis! A cena é boa, claro que sim. Só que nunca chegará aos calcanhares do que toda a gente pintou.
  • O alemão... epá, sim. O alemão é muuuuuuito bom. Que dá vontade de bater. Que dá vontade de torturar. Que dá vontade de matar. Claro que sim. Grande vilão. Um magnífico CSI, para mais.
  • Outra cena que discordei, embora não fosse consensual, é que o registo do Brad Pitt fosse dentro do de Burn After Reading. Nada disso. Aliás, dentro dum registo cómico de filme que não esperava, não achei o Pitt nada cómico ridículo, como no filme dos Cohen.
  • Gosto como é impossível o Mike Myers conseguir fazer um papel sério.
  • Gostei de um ou dois actores de comédia fazerem parte da pandilha de Basterds.
  • Gostei dos dois alemães, este e esta.
  • Achei estranho Hitler e os amiguinhos estarem tão ridículos.
O que o pessoal não contou e eu, para vingar-me nos pobres infelizes que ainda não viram, vou contar aqui, é que o final é lindo demais. Não o esperava. Toda a cena fez-me vibrar na cadeira. Chegou a haver vontade de levantar e bater palmas. Levantar até podia, visto estar na última fila. Já bater palmas talvez ficasse mal visto, mesmo no meio de tão pouco público.

E agora as perguntas que toda a gente gosta:
É um bom filme? É um bom filme.
É um bom Tarantino? É um diferente Tarantino.
É o melhor Tarantino? (Ver resposta anterior.)
Tem os diálogos Tarantino? Tem bons diálogos, mas seria difícil ter os do costume.
Tem a banda sonora à Tarantino? Alguns laivos, aqui e ali, mas dificilmente passaria num filme desta época.
Merece o lugar que tem no top do Imdb? Acho que não.
É o meu filme favorito? Nem por isso.
É o meu preferido do Tarantino? De todo.
Gostaste? Sim.
É preferível ver filmes sempre na sala VIP? É coisa para de vez em quando, não sempre. Acho que quando acordar ainda estarei a digerir as pipocas.

*burp*

domingo, setembro 27, 2009

Second Life

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A sério que gostava de poder dizer alguma coisa boa. Pelo menos queria não ter tanto de mal para dizer.

- É sempre giro ver um filme português onde 70% é falado em inglês e o resto é repartido entre italiano e português (não sei até que ponto o português ganha ao italiano).
- Há muita gente que não está aqui a fazer nada, e sabem bem disso.
- Gosto de ver filmes com mamas, só é pena quatro, das seis que aparecem, serem falsas. Quer dizer, não sei se apareceram seis. Não tenho ideia se via a segunda da Liliana.
- A ideia é uma mesma pessoa poder ter duas vidas. Tudo bem. Porque é que cada uma das vidas tem dois finais possíveis, então? Mais que isso, porque é que este idiota haveria de ter direito a ter duas vidas?!
- Se não são filmes de meretrizes, homossexuais, travestis ou sexo, é esta me#$@! Se não é gente sem dinheiro nenhum, fazem-se filmes sobre gente que vive em quintas e trabalha em inglaterra em bancos e faz viagens de balão e tem festas com piscinas e coca e «deboche». Alguém explica a estes cavalheiros que o sucesso de maior parte das obras de ficção (cinema principalmente) é a identificação do público com as personagens. Claro que, em Portugal, fazer filmes para os «amiguinhos» poderá ter o seu sucesso.

Não gosto de dizer mal de filmes portugueses. É uma tentativa com recursos limitados. Não o era para fazer. Até que, nas cenas finais, passamos 10-15 minutos com a câmara às voltas aos personagens. Fiquei com náuseas. Não consegui olhar para o monitor. Durou demasiado tempo. Não teve qualquer objectivo. Não ficou especialmente giro. Porquê?!

sábado, setembro 26, 2009

Max Payne

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Há muitas coisas muito erradas neste filme. Comecemos pela mais simples.



A Mila Kunis (está cada vez mais gira, esta miúda!) tem um metro e sessenta. O Marky Mark tem um metro e setenta e oito. Mesmo que usem o truque do salto alto - já usado no That '70s Show para contracenar com a bela ruiva Laura Prepon - ganha apenas cerca de dez centímetros. Sobram oito. Estão ali oito centímetros? (Ah, e a outra moça tem um metro e setenta e cinco!)

O Marky Mark faz o filme todo com esta expressão:



Não tem outra. Ao longo de mais de hora e meia, o homem tem seeeeeempre a testa franzida. Marky Mark não é bom actor. Só que já o vimos a fazer outras expressões, certo? (Deve doer, estar assim tanto tempo.)

Não estou recordado de todos os detalhes da história do jogo. (Sim, fiquei com vontade de voltar a jogar, apesar de não ter nada a ver com a adaptação.) Sei que a história não tem nada a ver. Pelo menos com o primeiro. (Suponho que tenham havido mais, certo?) Há semelhanças. A empresa a fazer negócios ilícitos mantém-se. São eles os vilões. Ok. De onde veio esta conversa dos anjos e valquírias e mitologia nórdica e drogados por todo o lado? É que o ridículo é que a história do jogo ERA um mau filme de acção. Porquê mudar?! Aquilo era uma espécie de Punisher/Fugitivo. Seja? Para quê inventar?

Por fim, se vão à espera de ver muito da cena que popularizou o jogo (a cena bullet time, ou lá como se chama), tirem daí as ideias. Nada se passa, nesse aspecto. Cenas normais de acção. Nada de verdadeiramente excitante.

Ludacris!? O Ludacris?!!? Mas estamos a brincar, ou quê?!

terça-feira, setembro 22, 2009

Crank: High Voltage

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Enquanto que, no primeiro, Jason Statham tem que manter os níveis de adrenalina no máximo, para poder manter-se vivo; nesta sequela, tem que ir dando energia a uma maquineta que substituiu o coração. Ok, voltando um pouco atrás. Jason mandou-se dum helicóptero, no final do primeiro. Esmerdou-se no chão mas não ficou espalmado. Entramos na história do segundo. Agarraram no corpo, tiraram-lhe o coração e meteram lá uma maquineta dentro. We can rebuild him. We can make him better. Se bem que não é preciso ser muito melhor. Depois de sobreviver ao primeiro, Jason está pronto para começar à porrada, mesmo depois duma intervenção cirúrgica impossível!

Todo o filme é excessivamente exagerado. Contudo, folgo em dizer que Jason volta a pinocar a Amy Smart num sítio público. No caso, em plena pista durante uma corrida de cavalos.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Choke

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Os livros do Palahniuk têm a particularidade de não serem adaptações fáceis a cinema. Li o Fight Club depois de ver o filme e, até hoje, não sei como alguém conseguiu tirar dali um filme, ainda por cima AQUELE filme. Quando li o Choke, já li a pensar em como poderia ser adaptado para cinema. Via coisas a serem perfeitamente adaptadas. Via outras que nem por isso. Clark Gregg (mais um que faz-me confusão realizar) teve a mesma opinião. Apostou na parte da vida do personagem de Sam Rockwell mais «realista», chamemos-lhe assim. Decidiu ignorar o lado «divino» e acho que fez muito bem. Teve alguns bons acrescentos com a mãe. Capitalizou nos momentos pitorescos da degradação que são os personagens de Palahniuk. E fez um filme curto, simples e eficaz. Adaptou um bom livro num filme engraçado.

Eu só queria ver o «Around the world, Nico. Around the world, baby.»
Lembro-me de ter delirado com esta cena, no início do livro.

sábado, setembro 19, 2009

Taken

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Gosto de filmes franceses de acção. Especialmente se tiverem o dedo do Besson.
Há um herói. Há vítimas. Quando os vilões metem-se com as vítimas, o herói entra em acção. Não tem nada que saber. Pouca história. Nada de «rodriguinhos».

Não se pode é analisar muito o enredo. Há duas partes falíveis, pelo menos.
1- Liam Neeson tem uma filha dum casamento que acabou porque era espião e passava pouco tempo com a família. Famke Janssen casou com um ricalhaço e deixa a filha fazer tudo, embora esta não seja especialmente mimada, apenas um pouco irritante. Estamos a falar da Maggie Grace. Irritante está-lhe no sangue. Liam já está menos do que queria com a filha e agora, no verão antes de ir para a faculdade, Maggie quer ir com a amiga para Paris. A desculpa é que quer ver museus. A verdade é que quer seguir os U2 em digressão. Problema: ALGUMA vez na VIDA, os meus pais deixavam-me ir assim com 17 anos passear?!!? Ainda por cima a Famke sabia e deixou-a ir na mesma!!! Liam não quer, porque suspeita de tudo e todos, porque «ainda te acontece alguma coisa», como pai sensato (fascista, no entender de qualquer adolescente) que é. Maggie faz chantagem emocional, farta-se de chorar, e Liam (pato!) cede, pois é com subornos que se chega aos filhos. Claro! Assim que as miúdas chegam a Paris, LOGO à saída do aeroporto, conhecem um malandro e, depois de chegarem a casa, são raptadas por albaneses, para serem drogadas, entrando no tráfico de mulheres. Estão a ver como os pais têm sempre razão?
2- Entramos no ponto 2, que não faz sentido nenhum. Supostamente, os ditos albaneses andavam nisto do tráfico de mulheres e prostituição há algum tempo. Traziam mulheres de países de leste, com promessa de empregos como mulheres de limpeza ou amas-secas. Isto, infelizmente, é o que acontece na realidade. Só que, a certa altura, decidiram reduzir os custos e, em vez de terem que as trazer de longe, limitaram-se a raptar miúdas turistas que identificavam logo no aeroporto. Meus amigos, tudo bem que poderá ser menos dispendioso, mas se estes cabrões (perdoem-me o francês) usam miúdas de leste, é porque elas são pobres, de famílias pobres, que nunca poderão vir à procura delas. Metes-te com americanas e nórdicas, e tens meio mundo atrás de ti! Mesmo sem muito dinheiro. Isto depois meterá governos e afins. Não! Isto não faz sentido.

O fixe é que o Liam farta-se de dar porrada em meio mundo e a história interessa pouco.
Bom filme de acção.

Lucky Numbers

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Estava agora aqui há pouco tempo em casa dum casal amigo, num jantar, na conversa, e este filme dava na TV. Esta referência não é nada de especial. Dias, ou uma semana ou duas atrás, vi-o no mesmo ou noutro canal. Terá sido no mesmo, suponho. Falo dum dos canais principais. RTP, SIC ou TVI. Nada de canais temáticos de cabo.

Já alguma vez disse aqui a minha teoria acerca da repetição de filmes?
Para mim, há um gajo qualquer que escolhe os filmes que vão dar nas tarde de sábado e domingo. É fim-de-semana e não está lá ninguém, tirando meia dúzia de pessoas das notícias. Daí ser UM gajo. Chamemos-lhe Carlos. Quem diz gajo também diz gaja. Podia ser Carlos ou Carla. Vai dar ao mesmo. O Carlos decide meter um filme. Um filme que apetece-lhe ver, para estar entretido, já que tem que trabalhar no fim-de-semana. Mete o Lucky Numbers. O Carlos, como percebe de filmes, tem uma data de amigos. Nós os gajos que percebemos de filmes temos amigos que nunca mais acabam. Uma vida sempre muito activa. Às tantas, a meio do filme, um amigo qualquer liga ao Carlos. «Carlos, pá, comé? Olha lá, puto, qu'ésta cena que tá a dar?» O Carlos diz qual é. Explica um pouco a história. «Puuuuto, podias ter avisado. O filme é bacano. Tou a curtir. Não dá para meteres para trás, para ver do início? Perdi a primeira parte. Tava a dar um episódio do House bruuuutal! Uma gaja que tinha uma carraça dentro da cena dela!!!» (NOTA: Dos poucos minutos que vi de House, esta foi uma das cenas que vi.) Carlos explica durante uns minutos como é que funciona a televisão e a programação, ao seu desorientado amigo. Após alguma negociação, fazendo mesmo com que Carlos perca um pouco do filme, é acordado um preço para que Carlos volte a dar o mesmo filme, numa data em que seja possível vê-lo por inteiro. Uma «burra» costuma ser o preço acordado.

Sim. Acho que putos com a moca é que exigem que certos filmes sejam repetidos, vezes e vezes sem conta.
Vamos ser justos. Não é como se todos os anos fossem feitos centenas de filmes.

Em relação a Lucky Numbers... heh!
Tem o mesmo cheiro do Get Shorty. O Travolta está parecido, a nível de aspecto apenas. Só que não tem nada a ver. É giro ver a Lisa Kudrow dizer asneiras. E ficamos sem perceber se o Tim Roth está ou não a fazer de britânico. Isto para não falar que acho que nunca tinha visto o Michael Moore a representar!
Há uma cena hilariante. Quando o camião onde transportam as motas de neve se vira. Essa cena está muito boa.

Próxima teoria a ser abordada, visto que hoje já estamos a ficar sem tempo:
Como é possível lixar uma carreira DUAS vezes! Os altos e baixos de John Travolta!!

domingo, setembro 13, 2009

Niagara Motel

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O motel é gerido por um velho histérico e a filha. Ambos emigrantes sérvios, que foram para lá depois da esposa/mãe morrer.
Caroline Dhavernas trabalha como empregada de mesa no restaurante do motel. Fugiu duma qualquer terriola no Canadá, onde falam francês. Está grávida do melhor amigo do ex-marido, falecido depois de ter sido comido por um urso. Tem três palermas atrás: um para namorar, outro para fazer porno, o terceiro o pai da criança.
Anna Friel e o namorado são ex-condenados, ex-drogados, que voltaram à cidade para reaver a filha, agora que já estão «limpos» e ligeiramente mais úteis para a sociedade.
Há ainda um casal que procura emprego. Estão com muitas dificuldades em arranjá-lo e daí advêm problemas financeiros. Ele pensa suicidar-se. Ela pensa tornar-se prostituta.
No meio disto tudo, temos Craig Ferguson, que é um bêbado, mão-de-obra do motel, infeliz porque perdeu a mulher para as grandes cascatas.

--//--

Começa a ser muito difícil fazer gestão do Top 10.
Entram Anna Friel, pancada desde o Goal!; e Caroline Dhavernas, a quem até antevejo algum futuro. Saiem Téa Leoni e Diora Baird; a primeira porque tenho perdido contacto, a segunda porque tem pinta de ter a mania.

Truly Madly Deeply

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Juliet Stevenson (que eu deveria reconhecer de outras coisas) ainda está apaixonada por Alan Rickman. Fala com ele. Pensa nele. Gostaria de continuar a viver com ele, apesar de não terem chegado a viver juntos, ou pelo menos não o fizeram na casa onde está agora. Rickman não a largou. Não acabaram nada. Rickman morreu de garganta inflamada. Juliet não está ainda preparada para o largar. Como tal, começa a falar, ou a ouvir tanto Rickman, que o fantasma lá aparece para interagir plenamente. Dá-se o processo de luto, com o defunto lá em casa.

Apeteceu ver um primeiro de Minghella.
E é sempre um prazer ver alguma coisa de Rickman.

terça-feira, setembro 08, 2009

The Sisters

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Poderia ter sido horrível. Tem tudo para ser horrível. Não o foi.
The Sisters mostra-nos alguns encontros familiares de três irmãs, um irmão e alguns amigos/colegas. Nestes encontros há sempre atrito, tendo o seu ponto máximo em Maria Bello, a irmã mais velha, que aproveita para lavar a roupa suja, atacando aqueles de quem não gosta, especialmente a noiva do irmão, aqui interpretada por Elizabeth Banks, que ninguém considera ser merecedora de entrar na família. Julgam-se intelectuais e superiores. Têm problemas e podres, como toda a gente. Colocam-nos e abordam-nos de forma mais erudita.

Agradeço adapatações teatrais. Não tenho por hábito frequentar o teatro e leio menos do que devia. Aprecio o registo diferente. Nas falas. Nas cenas. No drama. Ninguém fala assim senão no teatro. Não deixa de ser agradável, para desenjoar. Corria tudo até bastante bem, até ao final. É péssimo. O momento de catarse da Erika Christensen é ridículo. Passava bem sem aqueles três minutos finais.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Palo Alto, CA

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Quatro amigos universitários vão passar o dia de Acção de Graças a casa. Numa noite passam por tudo. Um aprende a ser humilde. Outro percebe que a vida não acaba aos 20 e poucos anos. Um apaixona-se. E outro relativiza a importância de certas coisas.

Valeu para ver o puto do Boy Meets World outra vez. E para ver Jimmy Olsen a fazer qualquer coisa diferente... se bem que o mesmo papel, mais ou menos.

E alguém pode fazer-me o favor de explicar porque é que o Tom Arnold anda a falar com um tom de voz tão anasalado?!

Panic

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Analisemos a imagem. É um perfeito exemplo do dilema que tenho tanto com o William H. Macy, como com a Neve Campbell, se bem que em relação a pontos diferentes.

Ele - A primeira referência que tenho de Macy é no Boogie Nights. Um papel delicioso, dum completo idiota, casado com uma «galdéria», que ainda por cima metia-lhe os cornos à descarada, à frente dele. Acabou por ser a associação que faço ao homem: um totó. O que é certo é que Macy é muito bom, conseguindo fazer papéis com pinta. Aqui, na imagem, temos Macy com muita pinta. Só com base na imagem, até dizemos que é um cavalheiro confiante, capaz, seguro. Não é bem o papel que faz em Panic, sendo que tem alguns daddy issues. Mas fiquemo-nos apenas pela imagem.
Ela - A minha primeira referência será a de toda a gente: Adultos à Força. Uma série engraçadita que se perdeu demasiado facilmente. Com ela, como com ele, não deveria gostar tanto. Não deveria gostar de totós, como não deveria gostar de miúdas irritantes. Papel da série e papel que tem vindo a representar várias vezes. Não devia... mas a miúda é gira como tudo. E consegue fazer papéis que não de miúda irritante. Acho que até seria capaz de bem mais, se não fosse a imagem que tem.

Notas ainda para Donald Sutherland que, com este papel de pai, explica porque o Kiefer é como é; e Tracey Ullman, que faz um papel engraçado, mas não engraçado ridículo como é seu costume.

A história passa por Macy ser um assassino profissional, seguindo a tradição de família. O pai incutiu a profissão ao filho, que a esposa arranjou. (Grande negócio de família!) Macy chega ao limite e consulta um psiquiatra para ajudá-lo a lidar com um problema que ainda não assume que tem. (O psiquiatra é John Ritter e a primeira coisa que pensei quando o vi foi: You're dead!, o que é triste.) Na sala de espera, Macy conhece Campbell e quer saltar-lhe à espinha. Será crise de meia idade? Mais importante que isso, porque é que continuo a não conhecer miúdas meio loucas da cabeça que fazem par ou ímpar com a companheira de casa para ver quem come um rapazito numa festa, dias depois de ter falado com a psiquiatra sobre como comeu uma miúda em casa, chegando ao pé do rapaz e beijando-o, sem qualquer tipo de conversa antes?! Ajudaria sair de casa?

domingo, setembro 06, 2009

South West 9

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Um dia. Um par de dealers. Uma mulher de negócios e a sobrinha. Um gangster e a irmã. Uma «ocupa», menina de bem, com a mania que é anarca. Uma festa numa igreja, onde todos se encontram. Um narrador que sabe tudo. One of them is going to get wasted.

É uma destas histórias, aproveitando o ambiente de festas da juventude perdida, de hoje em dia, dos arredores de Londres, tentando ainda passar uma mensagem política/crítica social. Música. Cenas e personagens estranhas. E muita, mas muita droga.

Pipe Dream

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Houve uma altura em que parecia que Martin Donovan e Mary-Louise Parker eram inseparáveis. Não foram assim tantas coisas juntos, mas ainda foram dois filmes e a primeira temporada de Weeds. Talvez mais. Estes são os que me lembro.

Martin é um canalizador e tem alguns problemas com a percepção que as pessoas têm dele (como o compreendo!). Sendo um «mero» canalizador, as pessoas tratam-no com desdém. Para o contrariar, Martin decide fazer um casting, acima de tudo para conhecer mulheres. Pede ajuda a um amigo, director de castings, e gama um guião a uma vizinha (Parker). Por obra do acaso, o «filme» começa a ser falado e a coisa vai para a frente. Agora tem que representar, para manter a farsa.

Engraçadito. Muito simples. E estranho ver Parker a ser mais expansiva, menos fria do que ando habituado.

Middle of Nowhere

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Peço-vos que ignorem o resumo do IMDb que, estranhamente, está errado.

Eva Amurri é filha de Susan Sarandon (tanto no filme como na vida real) e a família tem problemas de dinheiro. Isso é um facto. No entanto, Susan não estoirou o dinheiro de faculdade na possível carreira de modelo da outra filha. Susan é uma taranta, e depois do suicídio do marido nunca soube dar a volta à coisa. Teve de gastar o dinheiro que o marido tinha deixado para as filhas para sobreviver e para tentar arranjar mais dinheiro, para a faculdade da mais velha. Tivesse ela visto a solução de Nancy Botwin, talvez se tivesse safado. Já Eva deve ser fã do Weeds, porque tentou essa solução. O grande Checov (referência ao Star Trek; este puto é bom, gosto dele), filho adoptado e revoltado, de pais riquinhos, tem que trabalhar no Verão, a ver se aprende responsabilidade. Mete-se no tráfico de erva e contrata Eva para ser motorista.

Podia pensar-se que Eva coneguiu o papel por ter a mãe que tem. Elas são muito parecidas. Eva herdou não só os dotes de representação, como ainda outros dotes de Susan. Há mérito próprio. Já o tinha visto no Saved!. Aparece ainda no Californication mas, curiosamente, não me lembro dela. Muito estranho. Tenho que parar de dar só atenção ao Duchovny.

sábado, setembro 05, 2009

Explicit Ills

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Temos Babo (nome do personagem). Um puto novo, muito pequenino. Vai à casa-de-banho mijar. Fica sozinho. Aparece um puto, colega de escola, com o dobro do tamanho. Pergunta-lhe o tamanho dos ténis. Quer gamar-lhe os ténis, mas são pequenos demais para ele. Frustrado, espeta-lhe uma galheta que manda Babo ao chão.
Babo pede dinheiro à mãe, só que esta, sendo mãe solteira, não tem para lhe dar. Pede trabalho, qualquer trabalho, ao dono da mercearia. Acaba por apanhar fezes de cão, num beco nas traseiras. Algum tempo depois, chama o puto que lhe bateu à parte. Dá-lhe uns ténis novos.
Este puto não existe. Este puto é um doce.

Mais à frente no filme...
...deixou-me deprimido com'ó raio, é só o que tenho a dizer.

Righteous Kill

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Corria o ano de 1995 e Heat estreou nos cinemas. O filme juntava dois dos mais conceituados actores das últimas décadas. Juntos no projecto, mas juntos no enredo apenas na última cena. Pacino era o polícia atrás de De Niro. Sendo que só o apanhou no final, só contracenaram no final. Foi a pecha duma excelente produção de Michael Mann.

Treze anos depois voltam a juntar De Niro e Pacino. Um com 65, o outro com 68 anos, respectivamente, na altura em que Righteous Kill foi feito. Polícias. Dois sexagenários a fazer um policial. Isto não podia ser mais comercial. Para além dos dois avôs, temos ainda 50 Cent com um bar contruído num antigo banco, cheio de rappers e gajas, para além da Carla Cugino, de sutiã, enrolada à bruta com... bem, fica a surpresa. Qual dos velhos estará a empalar a fabulosa Gugino?

Não é um bom filme. Cedo se percebe a história. Cedo se percebe o vilão. Não sou um rapaz esperto nem costumo procurar logo a resposta ao mistério. Se eu descobri...!

PS - Com a quantidade de bocas que estes polícias mandam, hoje em dia, mais valia estarem a escrever diálogos para séries e/ou filmes!

Management

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Steve Zahn trabalha no motel dos pais. Pau para toda a obra. Trabalho de manutenção e gerência. Jennifer Aniston fica no motel, em viagem de negócios. Zahn faz-se ao piso e, incrivelmente, tem sucesso. Num acto de coragem, vai atrás de Aniston. Só que ela não sabe o que quer e joga sempre pelo seguro, escolhendo o ex-namorado, ex-punk, magnata no mundo dos iogurtes. Zahn mesmo assim não desiste.

É um filme querido.

The Brothers McMullen

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O primeiro de Ed Burns.
Curioso como Burns não evolui 1% que seja na sua representação. A temática dos seus filmes é sempre a mesma. A realização não está melhor. Porquê ver os filmes de Burns? Por causa de falas como esta:

Irmão #1
So, when did all this happen? I mean, what did she do? As I'm positive it's her fault, completely.

Ed Burns
You know, she started talking about getting married.

Irmão #2
Marriage!? Jesus! And what did you say?

Ed Burns
I asked her, you know, who she was planning on marrying and if uh, you know, she'ld be kind enough to invite me to the wedding.

Gosto quando relações são discutidas o tempo todo. Junta-lhe conclusões como «os homens são uns idiotas» e fico todo húmido.

Wishful Thinking

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Estranha combinação de actores. A Drew Barrymore ainda faz o papel de sempre - loirinha meio psicótica. Agora, aparecer o Jon Stewart de lado, a gaja do Flashdance como namoradinha a querer casar, e este gajo como principal!... Sou o único a achar estranho?

Como o resumo do Imdb diz, é a mesma história contada de três pontos de vista diferentes, que é como quem diz, as três versões das três personagens. Gostei como cada versão tem um registo visual diferente. Nada de extraordinário, apenas um é mais quente, o outro é mais azul... E, no final, todos se encontram num cinzento que, eventualmente, volta a ter cor, como é suposto ser.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Thirteen Conversations About One Thing

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No meio de tanta conversa, que não é assim tanta quanto isso, fiquei sem perceber qual é que era a «one thing». Talvez fosse necessária mais atenção do que estava disposto a dar. Tem um bom elenco. Curioso como aqui maior parte dos actores fazem papéis de um estilo pelo qual não são conhecidos. Conversas. Histórias separadas mas que se cruzam. Encontros e desencontros. Interacções aparentemente sem grande significado. Algumas conversas sobre perdas, deslizes, felicidades e o inverso... a vida em geral. Seria essa a «one thing»?