quarta-feira, janeiro 29, 2014

Dallas Buyers Club

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O protagonista tem sida. É underdog. Tem espírito empreendedor, entenda-se «capitalista». Luta contra o poder. Aprende a aceitar homossexuais. Acaba por ajudar os desfavorecidos. Aplaudem-no no final. É a história dum idiota que torna-se melhor pessoa, a partir do momento que lhe dizem que tem 30 dias de vida.

Este filme tresanda a Óscares. Era os avós terem estado em Auschwitz e tinham que inventar novas categorias só para atirar estatuetas a este filme.

terça-feira, janeiro 28, 2014

Blue Jasmine

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Algo se passa. Há duas possibilidades. Ou os filmes deste ano dos Óscares não são nada de especial, ou estou a ficar muito esquisito. É que não estão a impressionar. São tudo coisas boas, mas não há nada original ou que salte à vista. O melhor é que o problema seja meu. Porque se é a primeira hipótese...

Parece que se estão a «fazer menos filmes». É normal. Não há mercado que absorva tanta coisa em cinema. Isto para este mercado específico, atenção. Porque o mercado de filmes de TV e o mercado dos Netflix deste mundo estão a crescer. Podemos é estar a assistir a uma mudança. Hollywood poderá ser forçado a dar estatuetas a filmes de TV. Ou, pior, ter que dar estatuetas a blockbusters como os Avengers e afins. Meu dEUS, uma data de judeus acabaram de rebolar nas respectivas campas.

Não deverá ser tão dramático. Acredito que seja só eu que ando meio anestesiado.

Do filme reza pouca coisa. É baseado de forma muito leve no Streetcar Named Desire. Não o descobri sozinho. Está no trivia, no IMDb. A Blanchett está muito bem, mas nada acima do que já vimos. Fico mais contente com a nomeação da Sally Hawkins. Quer dizer que a carreira está em crescendo. Adoro-a. Acho-a brilhante. E é ridículo que depois de anos e anos da Academia a ignorar Allen, agora todos os anos seja nomeado só porque sim, por filmes claramente menores aos que fez no passado.

São os estatutos das estatuetas. Nada a fazer.

domingo, janeiro 26, 2014

American Hustle

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Passar um domingo com a Jennifer Lawrence parece-me dos melhores planos possíveis. Especialmente neste segundo filme do dia. Usa decotes arrojados. A ela juntam-se mais decotes, da Amy Adams e mais umas quantas moças. Felizmente nem toda a gente andou decotada. Nada de decotes para Bradley Cooper, Jeremy Renner ou Christian Bale. Não, para os cavalheiros deu-se o inverso. Estão todos com péssimo aspecto. A mensagem aqui será: mulheres nos anos 70 eram incríveis; homens... nem por isso. Já o Louis C.K. tem mau aspecto em qualquer década. Com ele não houve caracterização nenhuma.

Pobre coitado.

The Hunger Games: Catching Fire

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O primeiro tomo foi feito com uma premissa: os Jogos. Este segundo tomo é um ponto de transição entre os Jogos e a parte política. Como tal, é um pouco inglório falar o que seja dum ponto de transição. Não estamos em lado nenhum, que não no meio. E no meio não se tiram ilações. Pior será no próximo tomo. Hollywood voltou a decidir dividir o terceiro e último em duas partes. Para fazer mais dinheiro, claro. Duvido que se justificasse a divisão.

O segundo filme tem demasiado do primeiro, com mais alguma tensão acumulada. Há intriga e traição no ar. Há sinais de revolta, embora tudo pareça igual. No terceiro talvez volte a haver alguma acção... se bem que duvido.

Ender's Game

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Quando vi o trailer fiquei muito entusiasmado. Seria o tipo de filme que gostaria... em tempos. Não me encheu as medidas. Não sei porquê. Talvez se tivesse lido o livro primeiro. Se conhecesse o universo talvez tivesse tido mais gozo de o ver. Se calhar ajudava se o miúdo não fosse tão... sensaborão.

Poder-se-á apelar que estarei mais esquisito. Ou até que com o passar do tempo seja mais difícil surpreenderem-me. Porque vejo realmente muita coisa. Não sei se foi isso. Acho mesmo que não foi.

sábado, janeiro 25, 2014

Back in the Day

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O Lex Luthor decidiu fazer um filme para os amiguinhos. A história não é original. É de saudosismo de tempos mais simples. Surpreende o final, pois está longe do que se esperava.

É como o número de pénises que aparecem. Foi demasiado semelhante ao número de seios descobertos. Lamento, acho que está errado. OK, pode haver um pénise de vez em quando, mas nas comédias parvas há sempre muito mais seios descobertos. Andamos a fazer filmes para mulheres agora, não? Querem ver pénises, vão ver o Piano. Ai...

Bad Milo

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Todo o homem já esteve sentado no grande trono de porcelana, pensando que estaria algo vivo dentro dele. Pior é quando pensamos nisso quando não estamos sentado no trono. Quer dizer que algo está mal no reino ventral.

A grande diferença aqui é que maior parte de nós nunca pensou em fazer um filme com base nessa premissa. Aliás, se há pensamento que não passa pela cabeça de maior parte dos homens é ter algo a entrar e a sair do rabo. (Atenção que disse «maior parte». Os 10% não são a maior parte.)

Estes cavalheiros decidiram dar pernas, salvo seja, à ideia. Daí surge Milo, uma encarnação de todas as frustações e raivas do pobre e abusado por todos Ken Marino, que não, não é nada bom.

Já nós também não somos melhores pessoas por existirem filmes assim.

terça-feira, janeiro 21, 2014

Last Vegas

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De Niro volta à carga. Terá mudado de agente? Precisou chegar a esta idade para mudar de agente? Terá o agente morrido?

Longe de estar a fazer coisas incríveis que ficarão para a história, mas também longe de andar a fazer as trampas que fez durante demasiado tempo. São filmes interessantes, sólidos e bastante divertidos, como é o caso deste Last Vegas. Pega-se em coisas simples «chapa 5»: Vegas e despedidas de solteiro. Junta-se umas centenas de anos de experiência (entre todos) e goza-se com o Turtle. Lá está, diversão não falta. Há ainda uma data de miúdas. O 50 Cent aparece e, com tremendo fairplay, brinca com ele mesmo. Os velhos são velhos e castiços... Mais quando largam as roupas de velhos. E muito quando ganham milhares de dólares para estoirar.

Claro que tudo é um grande exagero. São uma data de velhos a tentar viver como novos. Só há uma parte que de ficção terá menos. O mui plástico Michael Douglas é quem vai casar-se... com uma miúda de 30 anos.

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Short Term 12

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Já há algum tempo que desenvolvi uma paixão assolapada pela Brie Larson. Pelo seu trabalho, vá. A miúda é legal, mas não deixa de ser miúda. Tenho que ter cuidado com as parvoíces que digo. Faz coisas giras, sempre com papéis inteligentes. Mesmo no Don Jon. Tem uma fala. É brilhante.

A miúda parece ter dois dedos de testa e está a trabalhar numa carreira que poderá ser muito interessante. Como sou um idiota com pouca coisa a que se agarrar, daqui a uns anos quero poder dizer «eu já a conhecia antes de toda a gente saber que ela é incrível». Sigo tudo o que faz. Mesmo antes do filme sair, sabia da sua existência. Depois lá me apercebi que Short Term 12 podia ser algo maior do que estava a pensar. Começou a ganhar prémios mas, acima de tudo, começou a aparecer em todo o lado, com muito gente a dizer bem. Por norma não ligo, mas como espero sempre coisas boas de Larson...

Confere. Short Term 12 é um óptimo filme.

domingo, janeiro 19, 2014

Jackass Presents: Bad Grandpa

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Eu que nem morro de amores pelo personagem de Bad Grandpa, nem pelas suas cenas nos outros Jackasseses, tive aqui meia dúzia de cenas que ri a bom rir. Aliás, a ser honesto, devo dizer que gargalhei a bom gargalhar.

Há muita coisa de errado neste «filme». Tanto fictício como até mesmo real. Uma coisa posso dizer: há gente com muito fairplay no mundo. OK, são apanhados e no final revela-se que era tudo a brincar. Há gente que ficou melhor na fotografia que outros. Os que não ficaram bem, mesmo nada bem, esses mesmo assim aceitam participar? Só posso ficar maravilhado com isto. É a tal história, têm um fairplay tremendo, são muito seguros de si... e só consigo acreditar que receberam dinheiro no final. Só assim acredito que deixaram as suas cenas aparecer no filme.

Tenho pouquíssima fé na humanidade.

Cloudy with a Chance of Meatballs 2

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Recapitulando. No primeiro há um inventor que nunca fez nada de jeito, que vive numa ilha. Certo dia inventa uma máquina que faz chover comida. Até aqui tudo bem. Disparatado, mas divertido para os miúdos. Ainda por cima chovem almôndegas, gelado e outras coisas que eles adoram. Só que as coisas correm mal e a população é obrigada a abandonar a ilha porque há comida por todo o lado.

Na sequela, temos comida que está viva e tomou conta da ilha. A população teve que ser realojada. Depois afinal descobrimos que há comida viva que é fixe. A certa altura as pessoas fazem amizade com a comida. Para mim, esta narrativa até é divertida. Independentemente de ser mau ou bom, aquele hambúrguer gigante deu-me fome. Mas vamos não esquecer que isto é para miúdos. Há uma data de crianças que vão acabar o filme a pensar que não podem comer morangos, porque estão vivos!

Hollywood, a sério, vamos tentar não complicar a vida a pais que já têm dificuldades a alimentar crianças. Pode ser?

sábado, janeiro 18, 2014

Captain Phillips

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Começa então mais uma época de Óscares. Parece-me a mim que este ano há pouca variedade. Estou com a impressão que as estatuetas principais estão dividadas entre pouco mais duma mão cheia de filmes. É estranho. Estarão a fazer menos? Este ano foi um pouco mais fraco? Forte em apostas específicas? Ou será que é só outra edição de mais do mesmo?

O Capitão Iglo só me impressionou porque Hanks não é nomeado para Óscar. Hollywood foi por outro caminho e nomeou um dos secundários. O que até faz sentido, atenção. Não deixa é de fugir um pouco à norma. Se bem que se Hanks não ganhou pelo filme com a bola de volley, também não faria sentido ganhar por aqui.

Não nego que pelo meio estão algumas cenas empolgantes, mas duas horas e tal foi demasiado tempo. Especialmente tendo em conta o início pavoroso e desnecessário, assim como o final que foi angustiante e despropositado. Não há como deixar boas marcas assim.

Clear History

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Toda a gente tem pelo menos um momento na vida do qual se arrepende. Aquele momento que podia mudar tudo. Aquele momento que se tivesse sido diferente, teria levado a um mundo de possibilidades diferentes. Neste caso, Larry David arrepender-se-á de ter tido este cabelo e barba durante tanto tempo. OK, e ter abdicado de acções que passaram a valer um bilião de dólares. Também há isso. Só que a coisa é pior. Não contente com esta péssima decisão, David vai acumulando erros atrás de erros. Seria de pensar que quereria mudar toda a sua vida. Nem por isso. Até vai estando bastante satisfeito.

domingo, janeiro 12, 2014

The Details

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Continuando com a senda de filmes curtos que tenho para despachar.

Tobey Maguire é um marialva que foi-se desenrascando na vida. A narrativa é feita após o acto consumado. A atenção pedida aos pormenores, que dão o nome ao filme, acaba por ser um desperdício de tempo. Não seriam os pormenores a safar Maguire do que acabou por acontecer. O rapaz é um idiota que meteu-se em encrencas por culpa própria. Mesmo que alguma pequena coisa pudesse ter dado uma pista, Maguire já ia em quinta, sem possibilidade alguma de conseguir travar. Até porque nada acaba por acontecer-lhe realmente. O pior foi ter que abdicar da relva no quintal. Perdeu a briga para os guaxinins. Seja. Podia ter sido bastante pior.

The Call

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A ver se entendi a mensagem.

O que Hollywood estará a tentar dizer é que, mais importante que polícias, bombeiros ou detectives, uma operadora de call center das emergências tem mais capacidades para descobrir um meliante e a sua respectiva vítima.

OK

Halle Berry é uma excelente operadora, mas fica traumatizada quando um erro seu faz com que uma pessoa em linha morra. Mudou de departamento e deixou as chamadas. Agora ensina os rookies. Só que há uma chamada que a traz de volta à «lugar quente». Foi mais forte que ela. E agora Berry tem a possibilidade de redimir-se pelo erro cometido. Apesar de ser proibido, Berry promete à vítima que a salvará dum psicopata tipo it rubs the lotion on its skin, que tem uma panca por adolescentes loiras.

Que emocionante foi.

sábado, janeiro 11, 2014

Killing Them Softly

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O Brad Pitt quis fazer um filme em que é wise guy, e dos bem duros. Decidiu produzir a coisa e vai-me de ir buscar o wise guy dos wise guys. Tudo para o matar, claro, a assegurar assim o seu domínio. Pior, vai ainda buscar o patrão dos wise guys, só para poder mandar vir com ele. O grande problema neste cenário é que Pitt tem demasiada finesse para ser um wise guy. É demasiado bom. E estar a fazer discursos políticos, contrariando o consagrado Obama, ainda por cima quando vence as eleições, é demasiada areia para a camioneta roubada dum wise guy. Acaba por não funcionar.

Não quero ser mal interpretado. Gosto do Pitt. É o maior. Só que não tem pinta para ser mafioso... por muito estranho que possa soar dizer que um gajo cheia de pinta não tem pinta suficiente, neste caso é o que sucede.

sexta-feira, janeiro 10, 2014

Broken

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Saltamos de filmes fofinhos para pesados. Há um momento que chega mesmo a ser angustiante. E não falo na descrição ridículo do IMDb a este filme. Qual coisa violenta que muda a vida à miúda?! Foi uma data de eventos violentos seguidos, alguns mais interligados que outros. E não lhe mudaram a vida. Coincidiram com um ponto de viragem/amadurecimento da criança. É verdade que não precisava de tantos estímulos para crescer, mas «mudança de vida»? Que parvoíce.

Contudo, a parte pior foi a depressão que me provovou ver Tim Roth a ser sério. Eu sei que já é há algum tempo, mas... Onde anda o desorientado, meio drogadeco, que nos habituámos a odiar e a amar ao mesmo tempo?

quinta-feira, janeiro 09, 2014

Enough Said

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Ando numa de filmes fofinhos.

Agora, como é que se fala dum filme que gira em torno dum pormenor de enredo, quando ao revelar esse pormenor de enredo estraga-se a surpresa e a piada do filme todo? Não é fácil.

A Elaine é mãe solteira e anda um pouco entediada com a vida. Mais, começa a ficar fortemente deprimida com o aproximar do dia em que a filha vai sair de casa, para ir para a faculdade. Que fazer agora? Arranjar passatempos? Que tal conhecer o grande (fisicamente) Gandolfini numa festa, ter ali uma quimicazita, aceitar sair com ele apesar de ser gordo, muito porque não tem mais nada para fazer, ver a quimicazita a aumentar para química a sério, desenvolver a relação e depois estragar tudo porque é mulher e é isso que mulheres fazem, porque querem tudo e são incapazes de decidir coisas, correndo o risco de abdicar de algo? Parece-me um plano.

Tinha saudades de escrever frases longas.

quarta-feira, janeiro 08, 2014

The Spectacular Now

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Foi por teimosia que acabo de ver isto a estas horas. Comecei a ver até cedo, só que meteu-se uma pausa gostosa para uma belíssima discussão futebolística, e tudo se atrasou. A questão é que o filme estava a ser agradável. Como tal, não tinha como não terminar, por muito que seja bem tarde. As teclas batidas em Spectacular Now são iguais a todas as teclas já batidas inúmeras vezes. Abuso de álcool. Desespero de menores. Primeiras vezes. Primeiras experiências. Comportamentos destrutivos. Comportamentos auto-destrutivos. Querer ser diferente e não cometer os erros dos pais, e acabar por cometê-los na mesma. Desespero por não saber que fazer, não saber como lidar. Primeiros amores. Segundos amores. Desilusões e péssimas decisões. A diferença, a haver alguma e a não ser só eu a embelezar algo porque tenho sono, é que as teclas são bem batidas, provocando um som aprazível.

Spectacular Now tem algo de simpático, por muito que possa não ser novo.

terça-feira, janeiro 07, 2014

About Time

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Há alguns momentos em que odeio este minha decisão de ter um blogue sobre os filmes que vejo.

Porque dizer mal dum filme é fácil. Vai-se ao ridículo. Manda-se umas bocas. Critica-se este ou aquele actor (há sempre alguém que o odeia). Fala-se ao lado.

Infelizmente, para mim destruir é mais fácil que construir. Não é algo de que me orgulho. É o que é. O problema são momentos como este em que quero dizer bem dum filme e tenho medo de estragá-lo para alguém. Pior: não sei como fazê-lo.

Fique aqui registado que este filme não é para toda a gente. Se se procuram tiros, bocas bandeirosas, sexo, parvoíces, etc., o melhor é pararem de ler. Isto é do mais lamechas que se possa pensar - diz o autor deste post, enquanto funga e limpa um pouco os olhos ainda húmidos. E, pelo  meio, tem um pouco de fantasia. Sim, porque a Rachel McAdams tem um gosto muito particular em homens: gosta deles viajantes no tempo. Tem o azar de gostar de ver-se de franja, mas tem esta outra particularidade mais fixe.

O rapaz protagonista descobre aos 21 anos que os homens da família têm a capacidade de viajar no tempo. O seu pai tem o desconforto de dar-lhe a notícia. Não é perfeito. Viaja «apenas» para o passado e «apenas» no período desde que nasceu até... bem, até ao outro momento único na vida de todos. O pai usou o seu muito tempo livre para ler. O filho quer usá-lo para encontrar o amor.

Eu avisei que era lamechas.

Mais que isso... é bonito. E ternurento. E cheio de possibilidades. No entanto, no meio de todas elas Curtis escolhe apenas... as certas.

- Okay, stop. Um... If it's true, which it isn't.
- Although it is.
- Although it isn't, obviously. But if it was, which it's not.
- Which it is.
- Which it isn't. But if it was, how would I...
- The "How" is the easy bit, in fact.

domingo, janeiro 05, 2014

A.C.O.D.

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Tenho um enorme man crush pelo Adam Scott. O mais estranho é que nem sei bem donde vem. É daquelas coisas. Quando finalmente apercebi-me da sua existência, já gostava dele. Talvez seja por ter aparecido numa ou outra série, que entretanto esqueci que tinha entrado. Talvez tenhamos sido amigos noutra vida. Não sei. Sei que acho-lhe piada. Se bem que aqui nem precisava de ter um man crush para ver o filme. Há demasiada gente de quem aprecio o trabalho.

A.C.O.D. é sobre um adulto que nunca soube e continua a não saber lidar com o casamento destrutivo dos seus pais. Melhor, não sabe lidar com o divórcio. Com o casamento mal teve oportunidade de tentar lidar, já que separaram-se quando tinha 9 anos. No dia do seu aniversário, por sinal. Fofinhos.

O filme não é nada de extraordinário, mas é divertido em alguns momentos. Foi das melhores coisinhas que vi nos últimos dias, se bem que pouco digo com esta afirmação. OK. Relato então o seu melhor momento: encheu-me de orgulho ouvir o pai relatar aos seus dois filhos a incrível história de ter ido às p#t@s nos Açores, tendo comido um belo bacalhau com uma tal de Lídia. De referir que no momento em que decide partilhar esta bela história estavam todos num casamento de um deles. Foi inspirador. A sério. Deveriam ouvir.

Ginger & Rosa

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O filme é sobre as famílias de duas miúdas, durante a década de 60. Uma tem apenas a mãe, porque o pai meteu-se na alheta logo ao início. A outra tem os pais em final de matrimónio. Tudo é um drama e tudo é «culpa delas», em especial da ruiva. Lá por trás está a Guerra Fria, com todos os medos que na altura se tinha em relação a uma possível guerra nuclear. Não tem nada a ver. Mistura-se tudo só para dar profundidade. É tipo juntar fermento a um bolo que não sabe a nada. Ao menos fica grande.

Coffee Town

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Admito que estou a trabalhar para os números. Daí estar a ver uma data de coisas simples e curtas. Aumento o espaço no disco e os posts no blogue. Isso e tinha algumas saudades dum fim-de-semana de embaços. Não é como se houvesse alguma coisa fixe a acontecer lá fora. Ou chove desenfreadamente, ou faz vento de levantar árvores do chão, ou falece um ícone do Glorioso...

Este é dos melhorzitos visto até agora. Não que seja incrível, mas tem pessoas com piada e uma mulher muito bonita, que já teve a sorte de ser super.

Gambit

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Colin Firth é um totó que se acha esperto. Tem um patrão rico e execrável em Alan Rickman. Na segunda parte não há nada a fazer. Em relação à primeira... pode ser que o possa aliviar duns milhões. Explorando a fixação de Rickman por Monet, Firth engendra um plano para o patrão comprar um quadro falsificado do pintor. Como se não fosse elaborado o suficiente, o plano envolve ainda uma loira texana que sabe tanto de Monet como Firth de rodeos.

O guião é escrito pelos Cohen, que nada têm a ver com a realização. Será porque esta história é fraquíssima? Só não fiquei muito irritado de ter perdido tempo com isto, porque no final há um pormenor engraçado. Não valeu a hora e meia, mas evitou dissabores maiores.

The Numbers Station

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Imagine-se John Cusack a ser herói de acção. Imagine-se John Cusack a não ser engraçado. Imagine-se Malin Akerman a tentar ser engraçada. Imagine-se Malin Akerman a ser super inteligente, mas com vontade de viver a vida e não passar o tempo todo a trabalhar sem objectivo nobre. Imagine-se que maior parte do filme passa-se apenas com os dois, enfiados num buraco. Imagine-se que a partir desse buraco são transmitidos códigos para missões secretas. Imagine-se o sistema infalível a falhar. Imagine-se um agente com remorsos e incapacidade de fazer o seu trabalho. Imagine-se um conjunto de vilões, de ambos os lados, a que se refere demasiadas vezes como «eles».

Agora... imagina-se este filme a ser interessante.

Será o mais complicado.

sábado, janeiro 04, 2014

The Dirties

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Dois miúdos nerds - daqueles mesmo a sério, que não têm mais amigos nenhuns -, fazem um filme sobre matar os bullies da escola. Não é muito bem aceite, entre os colegas. Em especial entre os bullies. Mais que não seja porque o nerd-mor veste-se de mulher. O que é certo é este mau filme leva-os a pensar em fazer um filme em que matam verdadeiramente os bullies. O que leva-os a pensar em matar verdadeiramente os bullies. Um deles, o outro, desiste do plano. Tudo porque mete-se uma miúda ao barulho.

Pffff. Mulheres. Sempre a estragar os planos dos homens.

It's a Disaster

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Um conjunto de amigos junta-se para comer brunch. É uma coisa rotineira. Acontece há algum tempo. Apesar de haver membros mais recentes, maior parte das pessoas conhece-se bem. Este parece ser mais um dia normal de encontro entre amigos. Os homens preferiam estar a ver a bola ou a fazer outra coisa qualquer. As mulheres aproveitam para cuscar. Namorados novos são apresentados. Parvoíces são discutidas. Um ataque químico é lançado. Há um dos casais que vai divorciar-se.

E sim, durante o encontro acontece um ataque químico numa cidade perto. Têm que ficar em casa, mas muito provavelmente vão morrer. E a piada está aqui. O paralelismo entre o mundano e habitual - como quezílias antigas a virem ao de cima - e o fim do mundo. Pelo menos para este grupo de pessoas. A população de Manila parece estar fixe.

Straight A's

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Deixei o número 2 e passei para as letras, começando no A.

Perguntava-me no outro dia por onde andava o Luke Wilson. É que o irmão ainda vejo por aí, até com relativo sucesso. É curioso, porque quando os dois apareceram, Luke parecia ser o mais promissor. Talvez fosse por ter um ar mais sério, enquanto que o irmão era só aquele palhacito a que estamos habituados. Só que duas coisas aconteceram. Primeiro, o irmão continuou a escrever e a criar algumas coisas, maior parte em parceria com o realizador que veio com eles. Apesar de tudo mostrou mais alguma coisa, para além das palhaçadas. Segundo, Luke engordou. E Hollywood é cruel para com gordos... a não ser quando interessa.

O filme relata o triângulo amoroso dentro duma família. Um irmão é um desorientado. O outro é certinho. Ambos apaixonados pela Anna Paquin. (Se fosse há uns anos atrás percebia. Agora... nem por isso.) O primeiro acabou com ela e seguiu à sua vida desencaminhada. O segundo aproveitou a deixa e pediu-a em casamento. O primeiro regressa agora, a mando da falecida mãe. Parece que o espírito vai-lhe dando umas dicas. O pai está doente com Alzheimer. E o casal, que tem dois filhos, está numa fase atribulada do seu matrimónio.

Algumas pessoas dirão que o timing não poderia ser mais perfeito.

Red 2

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Não desgosto desta nova coisa de fazer filmes e ir acrescentando nomes nas sequelas. Tem qualidade. Mesmo que não de história, ao menos de representação. Porque por norma os novos nomes são sempre grandes. Não sei quanto tempo vai demorar a moda. É como tudo, eventualmente gasta-se. Até lá continuaremos com cenas bandeirosas mui a gosto e alguma boa acção de entretenimento. O Willis continua com pinta, a Mirren continua incrível, o Malkovich não deslumbra, mas também não envergonha. Junta-se uma Zeta-Jones e um asiático com um nome ridículo, danado para andar à porrada... e eu quase que consigo esquecer o resto do dia.

quarta-feira, janeiro 01, 2014

2 Guns

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Cérebro lento (mais do que o costume). Corpo mole (mais ou menos o mesmo que o costume). Expectativas baixas. Esta será a combinação para uma «tempestade perfeita» de visionamento cinematográfico. Faz com que qualquer filme cumpra o seu principal objectivo: entreter.

2 Guns tem piada. É um buddy cop movie com tudo o que isso implica. O Denzel não está muito irritante. O Marky Mark tem piada. Há seios e bocas parvas. Que mais se pode pedir dum dia 1 com muitas dificuldades?