sábado, novembro 28, 2020

Finding Your Feet


Gosto muito da Imelda. Desde o Vera Drake. Acho-a uma actriz notável, que merece muito mais destaque do que o que teve ou tem. Vi este filme por causa dela e da tontinha que faz de irmã, que costuma fazer óptimos papéis (curiosamente também aparece no filme anterior).

Talvez seja um exagero ver tudo que tenha qualquer uma destas duas. Talvez. Mas se as duas estiverem juntas faz sentido, certo? Mesmo que seja só uma história de velhotes a dançar e um pouco de drama pelo meio?

Imagine Me & You


You're a wanker, number 9! continua a ser uma das frases mais românticas de sempre, do universo cinematográfico.

Vi que catalogaram este filme de «R», o que geralmente implica ter violência, muita profanidade ou sexo explícito. Ou seja, tudo coisas essenciais num bom filme, mas não necessariamente adequado para jovens moçoilos e moçoilas.

Acontece que sim, existe alguma linguagem mais madura, mas não creio que seja por isso que vem o «R». Alguém decidiu que não era para crianças só porque há duas mulheres a beijarem-se. Completamente vestidas. Nada de mais.

É um pouco ridículo.

Polémicas à parte, achei e continuo a achar muita piada a esta comédia romântica. E li agora no blogue que foi um filme que vi um pouco antes de ter criado o EuVejoFilmes. Lembro-me que foi um dos que deu-me vontade de começar este estaminé, para poder registar e partilhar os filmes mais obscuros, mas que achava eu merecerem destaque. Curioso. :)

sexta-feira, novembro 27, 2020

Overnight Delivery


Estes dois delinquentes cometerem demasiados crimes, em pouco mais de 48 horas. Tudo no tempo para a encomenda ser entregue «overnight».

Não só não deviam acabar «felizes para sempre», deviam sim acabar «na prisão para sempre».

Mas não consigo odiar este filme, apesar de ser demasiado... demasiado. Principalmente «demasiado anos 90». Continua a ter um lugar especial no meu coração. Até porque tive enorme, gigante, tremenda paixoneta por Witherspoon, à custa deste filme.

Mega paixoneta, mesmo!

quinta-feira, novembro 19, 2020

High Flying Bird


Teve o seu «estilo», suponho. Baralhou-me a visão / realização constante tipo fisheye, mas suponho que o homem (o realizador, entenda-se) tenha ganho crédito suficiente para poder experimentar cenas quando der-lhe na telha.

Destaca-se o personagem do agente, acima de tudo. Meio clichê naquele sentido de «artolas» que pensamos sempre que agentes são. Mas mais preocupado com os jogadores, com as pessoas que são os jogadores, e até preocupado mais com o jogo, do que com o dinheiro.

Infelizmente não houve muito mais que possa destacar-se.

quarta-feira, novembro 18, 2020

Bad Education


Como é que é possível? Como é possível alguém roubar onze milhões ao estado, através do orçamento duma escola, sem ninguém reparar?

Eu respondo:

Com trabalho. Se fizeres o teu trabalho de forma exemplar e parecer tudo bem, ninguém vai questionar os fatos caros, as viagens em primeira classe, os carros, as casas (plural, sim), a cirurgia plástica, etc. Ainda por cima se trabalhares para dar uma boa educação aos filhos de toda a gente... Nesse caso até podes gamar 22 milhões.

Na boa. Na paz do senhor.

terça-feira, novembro 17, 2020

The Trial of the Chicago 7


The whole word is watching.

Foi uma frase gritada, repetida e citada, ao longo da narrativa deste caso de tribunal que aconteceu mesmo na década de 60. Não foi um evento que tenha visto na altura (muito por força de que não estava cá para o ver), mas tenho algumas dúvidas que fosse algo efetivamente visto pelo mundo fora, como é apregoado no filme. Aldeias no meio do Turquemenistão (este país existia nos anos 60 com este nome?) teriam outro tipo de preocupações maiores que um julgamento de 7+1 tipos. Por muito que maior parte fosse uma farça escandalosa.

Muitos de nós queixamo-nos de que Trump esteve no governo (que bom começar a falar nisto no passado). Maior parte somos ainda incrédulos a esta realidade. Mas o certo é que o país em tempos foi governado pelo Nixon. O Nixon, pelo amor da Santa! Mas sejamos honestos. Ôs Estado Unidos não são assim tão especiais nesta matéria. Qual o país que nunca elegeu um idiota incompetente?

TotC7 foi um dos muitos filmes que sofreu com a pandemia. Era suposto ter saído no cinema. O estúdio falou com os criadores. Em conjunto decidiram que, se saísse este ano, dificilmente teria público. A malta americana que «ignorou» a pandemia e teria vontade / coragem de ir ao cinema (e que foi, de certeza), não é o público de Sorkin. Para evitar que o filme fosse um flop, venderam-no ao Netflix. E ainda bem, sinceramente. Acho que merecia o público que, por certo, terá acabado por ter. A adaptação da realidade para cinema será boa. Quero acreditar que sim. Qualquer filme do Sorkin é sempre fácil e interessante de se ver.

Foi um prazer vê-lo em casa, em segurança.

domingo, novembro 15, 2020

The Boys in the Band


Duas vergonhas absolutas em relação a este filme.

1. Nem uma personagem feminina. Hollywood é mesmo um mundo machista. Uma data de papéis principais, todos metidos num apartamento, e nem uma personagem feminina. Que escândalo.

2. Tanta gente. Tanto talento óbvio. E, mesmo assim, nem menção em formar uma banda. Porquê o título enganador? Não era possível chamar-lhe qualquer outra coisa? É verdade que tocam alguns discos. Dançam e até fazem algum lip synch. Podiam ser uma espécie de banda de DJs. Porque não? Mas nem isso referem.

São injúrias. Mentiras e ultraje perante o público. Como é possível, nos dias que correm?

PS - Isto é tudo uma piada, claro. Vem muito na sequência da minha senhora ver o filme sempre à espera que alguém formasse, ou pertencesse efectivamente a uma banda. Ficou-se pelo título. Não sabia mais. É uma óptima adaptação duma peça de teatro famosa, já agora. :)

Band Aid


Uma cambada de gente, de séries de TV diferentes, juntou-se para participar num «projecto pessoal de amigo», onde um casal com dificuldades em lidar com os problemas decide começar uma banda e cantar as suas frustrações. O que, convenhamos, é demasiado próximo dum musical. E isso não é fixe. O filme está engraçado, mesmo assim.

Por um qualquer motivo, quando o filme saiu eu decidi não vê-lo. Decisão estranha, porque gosto do trabalho de maior parte destas pessoas. Poderá ter a ver com uma fase em que tinha pouco tempo, demasiado para ver, e decidi não ver nada que tivesse menos de 7.0 de cotação no IMDb.

Eu sei. Parece uma coisa parva, demasiado elitista. Mas o tempo de vida começa a ser curto. Tenho de ver o que quero ver. Não vou para novo. Já não dá para ver tudo.

Felizmente a minha senhora quis ver, porque gosta muito da moça principal - que também realiza coisas, pelos vistos, incluindo este filme. E ainda bem. Foi um visionamento bastante aprazível.

quinta-feira, novembro 12, 2020

Me Before You


Não há nada para ver e não me custa rever estas coisas. A minha senhora acha piada ao cavalheiro. Eu continuo a achar a irmã muito gira. (A minha senhora está a par.)

Mas será que achei a relação entre os dois super errada, da primeira vez que vi o filme? Vamos confirmar.

(...)

Confere. Tive dificuldades em perceber a relação na altura e tenho agora novamente. Porque ele não dá grandes sinais de ser alguém com quem se possa ter qualquer tipo de relação. E porque ela acaba por ser especial muito porque é a única presente. É gira, sim, mas isto roça muito o errado que é ter uma relação com alguém que toma conta de nós. Pior, ele tem uma posição de poder sobre ela, o que torna tudo completamente creepy e não aceitável.

Claro que nenhuma mulher olha para esta parte. Ele precisa de salvação, é bonito e rico.

Que achado!

segunda-feira, novembro 09, 2020

On the Rocks


Rich people problems.

Uma escritora com um escritório em casa e uma janela virada para as ruas de Nova Iorque. Coitadita, não consegue escrever. Está bloqueada.

Lá tem de andar com o pai, a beber copos e a almoçar em sítios finos em dias de semana, a andar pela cidade em carro com chauffer, a ver se o marido talvez a esteja a trair.

Quem nunca?

domingo, novembro 08, 2020

New Mutants


Que magnífico acidente foi New Mutants. O filme foi adiado quatro vezes. Começou produção em 2016, era suposto sair em 2018 e acaba por sair apenas no final de 2020.

Tudo começou ainda com a Fox sendo um estúdio independente e detentor dos direitos dos X-Men, para muita inveja da Disney. Procuravam capitalizar esses direitos com péssimas, péssimas interpretações de algumas das mais famosas histórias de BD (estou a olhar para ti, Phoenix). Hey, se as histórias duma equipa de mutantes, mal contadas, até fazem dinheiro, porque não contar a história doutra equipa de mutantes? E que tal contá-la em formato de filme de terror, porque é isso que os miúdos querem ver?

Foi assim que o filme foi vendido ao início. Uma história de terror com mutantes adolescentes. A proposta bate na trave porque a Fox queria algo na linha do Deadpool (sucesso recente) e então o realizador é forçado a ir para essa vertente.

O problema foi que um trailer do filme, com um ar mais soturno, sai por alturas do It estar no cinema, os executivos da Fox vêem que afinal horror vende, e pedem para o filme ter reshoots e ser reeditado para a versão proposta inicialmente. Este foi o primeiro adiamento.

Estranhamente, o andar para trás e para a frente não resultou. A edição final traz à luz um qualquer bicho horrendo, aos olhos dos executivos, que voltam a exigir reshoots. Segundo adiamento.

Não é claro que estes reshoots tenham acontecido, porque entretanto entrou a Disney na contenta. O estúdio do Mickey comprou a Fox, juntando os direitos «perdidos» dos X-Men (mais Fantastic Four e outros) ao Marvel Cinematic Universe (aquele que funciona). A Disney tinha pouco interesse em deixar sair um mau filme de mutantes, quando procuram capitalizar ao máximo estes personagens. Com o péssimo resultado da Phoenix nas bilheteiras (que surpreendeu todos, sim sim) e com patrões novos que não tinham pressa alguma, New Mutants sofre o terceiro adiamento, desta feita para 3 de abril de 2020.

Tendo em conta esta data, quem consegue adivinhar os motivos do quarto adiamento? Com as salas fechadas, muita especulação houve sobre que fazer. Em vários momentos acreditou-se que sairia em streaming. Porque não? Com as pessoas todas em casa, talvez conseguisse ter bastantes visualizações. Só que o conteúdo decidiu-se ser demasiado adulto para o Disney+ e o serviço de streaming é o único internacional. Podiam pôr no Hulu, mas estariam limitados em termos de público. Não, New Mutants acabou por servir de cobaia. Quando as salas reabriram, foi um dos filmes a «estrear». Como se sabe agora, os resultados de qualquer filme a ir para as salas nesta fase não foi espectacular. Mas terá sido assim tão mau resultado? Na realidade paralela em que não existiu Covid, quais foram os resultados de bilheteira? Melhores ou piores que os nossos?

Da mesma forma que as pessoas têm um fascínio mórbido por acidentes de carro, eu tenho por este tipo de projectos liderados por gente parva. Eu estava entusiasmadíssimo para ver Mutants. Com tanta intervenção do estúdio - estúdio esse conhecido por fazer um péssimo trabalho a gerir o franchise X-Men - Mutants tinha tudo para ser tão horrível, que dava a volta e tornava-se genial. É o que anseio ver. A «poia perfeita». É o que estou sempre à espera nos filmes da DC, só que infelizmente acabam sempre por ser apenas o normal de mau. Aquilo a que nos habituaram, no fundo.

Deixando toda esta novela real de parte, e falando sobre a película em si, não sendo tão mau como pintaram (ou como pareceu ser), o certo é que Mutants é uma coisa muito mal cosida. De cabeça, listo alguns dos problemas: A Ilyana teleporta-se. Como é que estava presa neste sítio? Ninguém estranha que são tão poucos? Curioso que os pesadelos começam quando aparece alguém novo. Ninguém tem um momento de lucidez para relacionar as coisas? A Dr. Reyes precisa de estar desperta para ter os escudos a funcionar? Quer dizer que a mulher não dorme nunca? Há um momento em que o Sam sai para lutar com o monstro e simplesmente desaparece de cena. Não, não é um mistério dentro do filme. É só mau editing.

Mais detalhes haverá. Não prestei assim tanta atenção, no final. Foi só mais uma coisa que vimos aqui em casa. Entretanto o meu fascínio pelo filme dissipou. Se tem saído em Abril, se tenho ido ver ao cinema, talvez tivesse outro impacto. Não sei.

Resta-me esperar pela pérola que será o Snyder Cut do JLA, esse próximo «magnífico acidente» pelo qual anseio.

sexta-feira, novembro 06, 2020

Love and Monsters


Teve mais do primeiro ingrediente no título, que do segundo. Se bem que... A história começa como uma de amor, com o rapaz a enfrentar todos os riscos - neste caso: monstros -, para voltar aos braços da amada, que perdeu aquando do fim do mundo.

Romântico, certo?

Pelo meio encontra uma data de monstros, mas também o amor dum cão (melhor não se pode querer), amor de desconhecidos e até amor de monstros. Para além dos dois ingredientes princiais, houve ainda uma boa dose de humor e muita aventura.

Foi agradável de se ver, mais que não seja por ter pessoas simpáticas umas com as outras. Não é comum em mundos pós-apocalípticos. Parece pouco comum até hoje em dia, no raio do «mundo» estranho em que estamos.

quarta-feira, novembro 04, 2020

Save Yourselves


Alguém disse «larga o telemóvel, anda daí, nada de mal pode acontecer». E assim, outro alguém, ou até esse mesmo alguém, decidiu fazer um filme.

Duas pessoas desligam-se de tudo. Vão para o meio do mato com telemóveis desligados. A ideia é encontrarem paz longe de ecrãs. O problema é que nesse momento o planeta é invadido por extraterrestres.

É por estas e por outras que nunca devemos estar sem olhar para o telemóvel. Em qualquer momento. Em qualquer lugar.

Uau! Que mensagem importante.

terça-feira, novembro 03, 2020

The Broken Hearts Gallery


Alguém foi a Zagreb e visitou o museu. Dessa experiência saiu uma ideia para um filme. Quer dizer, saiu uma «ideia». A coisa ali a meio perdeu fulgor e só a simpatia pelos personagens manteve o interesse. Ela é adorável e ele... Não sei bem o que ele é. Se galã, bad boy, metrocenas, irritante ou bom tipo. Consegue ser tudo e nada, ao mesmo tempo. Peculiar.

Convenhamos que a coisa terminou com um penteado à «Phoebe Cates», que duvido que maior parte das pessoas na sala tenha reconhecido. Ou mesmo maior parte do público em casa.

Malditos hipsters... E millenials.

Malditos todos.

domingo, novembro 01, 2020

Paper Towns

IMDb

Ah, a clássica história de destacar alguém no cartaz, quase como «name above title», e depois nem aparece assim tanto.

Por mim, na boa. Não tenho paciência, e não percebo quem a tenha, para atura a Cara. É um fenómeno que ultrapassou-me. Espero que já tenha passado, mas temo que se a for ver no IMDb vou descobrir que continua em projectos grandes, vá-se lá saber como ou porquê.

Como a sua presença no filme é limitada, acontece que Paper Towns consegue ver-se muito bem. Até rever-se bem. Os personagens (tirando a referida) são interessantes. A trama não é a coisa mais realista, mas mantém-nos atentos. O desenrolar não é mau.

E se terminar uma lista de pontos a favor com «não é mau» não vos faz ir a correr ver o filme, não sei que poderá fazê-lo.