sexta-feira, fevereiro 28, 2020

Charlie's Angels


Muito se queixou Elizabeth Banks das críticas, mas o filme é efectivamente reles. 

O casting é péssimo. A Stewart é má a fazer tudo. A «músculo» é muito fraquinha a fazer o que seja. A «cientista» tem algum carisma, mas foi escolhida para o papel errado.

Depois... tudo funciona mal. A história não faz sentido nenhum. As cenas de acção parecem falsas. Os twists são ridículos. 

Neste caso não houve falta de apoio feminino a um filme liderado por mulheres. O pessoal simplesmente não quis apoiar uma poia cinematográfica. 

É que nem uma musiquinha das Destiny's Child teve. Como poderiam esperar qualquer bom resultado nas bilheteiras?

sexta-feira, fevereiro 21, 2020

Birds of Prey: And the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn


Convenci a minha senhora a ir ver este filme. Foi arriscado e temi meter-me em apuros. Porque convenhamos que é, supostamente, uma sequela do péssimo Suicide Squad. E se tivesse referências ao filme? A minha senhora ficaria irritada, com razão, porque eu não acedi a sequer pensar em voltar a ver SS. E se fosse tão mau como o SS?

Só que - e já tive esta conversa com ela mais que uma vez - se querem que haja mais diversidade no cinema (feminina, entenda-se) então convém apoiar os filmes realizados e/ou interpretados por mulheres. Apoiá-los dando-lhes dinheiro, atenção. 

Este foi o meu argumento. E, embora seja verdade, eu não sou assim tão altruísta. Queria ir ver porque o personagem de Harley Quinn é quase a única coisa que se aproveita do SS. E porque pareceu-me que o filme poderia ser giro. Para além de que sou eu. Se não for ver filmes de BD deixo de ser eu mesmo.

Felizmente valeu bem a pena. Saí da sala de cinema super entretido. E a minha senhora acho que até gostou mais do filme que eu. Sendo certo que só eu apanhei referências a BD que ela nunca leu, nem vai ler, a verdade é que também houve piadas só para ela. Piadas só para as mulheres. E ainda bem! Acho óptimo que se façam filmes com inside jokes que só mulheres percebem. Fico feliz com só percebê-las depois, com alguém a explicá-las.

Long live Harley Quinn e companhia. Continuo a achar que a DC não tem direcção nenhuma no que faz, pelo que não espero muitos mais filmes com esta qualidade. Mas honestamente espero estar enganado.

terça-feira, fevereiro 18, 2020

Midsommar


Havendo muito para dizer, e contrariamente ao que costumo fazer, devo frisar que o final é majestoso. 

Midsommar é a história dum excelente grupo de improvisação que, ainda por cima, canta, dança e toca originais... Para além de saberem tirar a pele a um urso de forma exímia. Ou a um humano, já agora.

Outra forma de ver este filme é como uma bela história de amor, onde um estudante estrangeiro nos EUA convence o grupo de amigos - no qual se inclui a paixoneta - a visitar a sua terra natal e a experimentar os seus costumes. Isto leva a que a moça em questão termine (mais ou menos) a sua relação com um namorado que não tinha capacidades para a apoiar como merecia.

Piadas à parte, Midsommar tem voltas na história profundamente aterradoras. O filme mexe com as emoções duma forma que os filmes de terror convencionais não conseguem fazer. Pelo menos comigo. Não sendo um filme de terror no tradicional conceito da coisa, o certo é que bate nas mesmas teclas magistralmente. E prova, uma vez mais, que os americanos são uns idiotas. Neste caso inclui-se também os britânicos que, não sendo conhecidos como sendo tão idiotas como os primos distantes, hoje em dia (na vida real, entenda-se) têm revelado comportamentos (de saída e afins) ao nível da idiotice comum dos americanos.

Vejam Midsommar se quiserem ter calafrios. E para poderem acompanhar a brilhante carreira em ascenção de Florence Pugh.

sábado, fevereiro 15, 2020

Late Night


Simples. Muito simple. É o que o filme é.

Alguém em fim de carreira tem de mudar a atitude, se quer continuar a fazer a única coisa que sabe fazer. Terá então de vir outro alguém de fora, dum mundo diferente, para abanar as águas demasiado estáveis da produção do programa.

blah blah
Inserir umas piadas sobre mulheres/etnias, usuais nas coisas que Kaling faz.

E passa-se um pedaço de tempo. O que vale é que Thompson é incrível em tudo o que faz.

Brittany Runs a Marathon


Estava a correr bem... até perceber que é baseado numa história verdadeira. 

E, convenhamos, ela é uma beca cabra. Mais ninguém o vai dizer, porque a história é suposto ser inspiradora, yadda yadda... Mas a moça trata mal toda a gente. Indiscriminadamente. Algumas vezes tem razão. A vida não a tratou da melhor forma. Nem a ela nem a ninguém, mas ignoremos essa parte. Só que tratar mal quem nos quer ajudar, só porque estamos frustrados com o resto das pessoas que não prestam... Epá, não posso com uma atitude destas.

Já agora, vão fazer 50.000 filmes, tantos quanto os participantes da maratona? Porque o caso dela não será assim tão único ou especial, certo?

Não tenho paciência para correrias ou corredores. Seja na realidade ou em ficção.

quinta-feira, fevereiro 13, 2020

To All the Boys: P.S. I Still Love You


Sequela fraca, porque não havia mais para contar.

Como é que uma relação que nasceu há duas semanas já pode estar em risco? O rapaz era incrível no primeiro e agora já não servia?

Isso e descobrir que se gosta de alguém ao beijar outra pessoa... Que clássico dos anos 80. Pensava que já não se fazia.

Gostei do primeiro. Sou homem para admiti-lo. Mas preferia ver outras sequelas com a Jubilee. E o pior é que ainda falta sair o terceiro deste universo, enquanto que do universo de mutantes que interessa não está nada previsto.

terça-feira, fevereiro 11, 2020

Uncut Gems


Foi um filme peculiar de se ver. Muito porque ter Sandler a não fazer o palerma do costume não deixa de ser esquisito. Mas não foi só isso. Houve várias coisas.

Muito barulho, por exemplo. Sandler andava pelas ruas de Nova Iorque e a cidade, mais uma vez, era quase um personagem do filme, sempre com a confusão e ruídos que já são famosos só por si. As casas pareciam todas saídas dos anos 80. Fizeram umas pesquisas e utilização de cenários muito particulares, dando uma imagem datada ao filme. Eventualmente lá aparecia um telemóvel a situar-nos novamente no presente. E a banda sonora é para lá de estranha. Nem consigo explicar.

O filme é bom, atenção. Tem muita angústia, a mostrar sempre que só podia correr tudo mal, com um final muito, mas muito cáustico. É agressivo, mas é um filme que se vê muito bem. E sim, é parvo Sandler estar na lista da Academia.

segunda-feira, fevereiro 10, 2020

Hustlers


Percebe-se porque não foi aos Óscares. Houve por aí muito sururu, que era ridículo pelo menos a J-Lo não estar nomeada, mas o certo é que já a vi fazer papéis com mais sumo em videoclips. Por exemplo quando parecia loucamente apaixonada pelo Affleck. Aí teve uma interpretação incrível. Levou toda a gente a pensar que a relação ia durar.

Wu falhou na escolha de filme para fazer a seguir. Entrou na berra com uma série com bastante popularidade. Fez a transição para filme com um dos sucessos de 2018. Este... Hustlers foi um passo atrás. Não se vê aqui a garra ou o talento que lhe é reconhecido. Longe disso.

Procurando fazer um pouco de caridade, posso poupar-vos ao filme deixando aqui a grande «mensagem» que tenta passar: todo o país dos EUA é uma casa de strip. Alguns pagam. O resto dança.

É isto.

Bombshell


Xiiiiiiii! Tanta mulher a aparecer!

Imagino a cena em Hollywood. Às tantas aparece um projecto sobre mulheres a vingarem-se dos homens e foi tudo aos saltos, a aparecer de todas as direcções. Aquilo foi mails, telefonemas, whatsapps a torto e direito, mensagens Facebook, Instagram, Snapchat, fumo e afins.

Pick me!
Pick me!

Pessoal a sujeitar-se a papéis minúsculos, só para poder dar um pontapezinho no cadáver. Pontapés esses merecidos, atenção, que o cavalheiro em questão era um pulha. Um dos muitos que por aí andou e ainda andam, durante demasiado tempo.

Pena que o resultado final - o filme em si, entenda-se - não tenha sido tão bom como o resultado da revolta das mulheres da Fox News. A dramatização não fez jus à realidade.

sexta-feira, fevereiro 07, 2020

Gisaengchung


Já vi três filmes deste realizador. Cada um mais diferente do outro. Serei fã do cavalheiro?

O grande mérito, para já, vai para a diferença entre esses filmes. Alguma diferença de registo, acima de tudo em termos de história. O visual está lá. Assim como o interesse em histórias... cáusticas, por assim dizer.

Este filme será o melhor que vi até agora dele, sendo efectivamente o melhor dos Óscares até agora. Toda a história... o homem leva-nos dum ponto ao outro sem nunca sabermos muito bem onde vamos parar. Óptimas interpretações das duas famílias. Belíssimas imagens. E um final... jasus.

quarta-feira, fevereiro 05, 2020

A Beautiful Day in the Neighborhood


Chegámos ao ponto em que Tom Hanks é a estrela de tudo, mas só é um personagem secundário. É natural, tendo em conta que pouco há a fazer em filmes biográficos que já não tenha sido feito antes. Aqui tiveram de arranjar um história secundária a provar que o tipo mais incrível de Hollywood estava a interpretar o tipo mais incrível da TV.

O filme não é nada de especial mas, como é óbvio, Hanks está maravilhoso. E é caricato que o próprio Mr. Rogers sempre disse que, a ser interpretado por alguém em filme, seria por Hanks. Tudo muito furtuito neste projecto que tinha de acontecer. Pena que não houvesse muito para contar, de modo a tornar o filme um pouco mais interessante.

Once Upon a Time... in Hollywood


Muito gosta Tarantino de reescrever História, para que os bons da fita derrotem os maus da fita. Isso e adora Hollywood. Tanto que decidiu fazer um felácio à famosa terra, no final dos seus tempos dourados.

Não tendo problemas à segunda parte (ele que adore o que quiser), já a primeira incomoda-me um pouco. Tive o mesmo problema com Basterds. A mudança de histórias conhecidas, a mudança da História, no fundo, tira-me da narrativa. O meu cérebro detecta algo anómalo e lança alarmes, o que tira-me do filme e da experiência inerente. Posto isto - e para não ser tudo mau - o final é ridiculamente divertido, à boa maneira Tarantinesca.

E sim, Pitt e DiCaprio merecem prémios. Mas não só por estes papéis. Merecem por serem incríveis. Em boa verdade, DiCaprio traz mais de novo a este papel do que Pitt, que já nos deu a interpretação «castiça» em muitas outras interpretações.

Acima de tudo, espero que continuem a trabalhar com Tarantino, que pode elevá-los a belíssimos níveis. E que deixem os outros realizadores que não interessam ao dIABO.

Venha de lá o 10.º, Taras, que este 9.º não foi assim tão incrível.

segunda-feira, fevereiro 03, 2020

Little Women


Tenho uma dúvida fulcral, que impede-me de o poder avaliar o filme condignamente. Acontece que não conheço de todo o material de origem. Nem sequer vi a versão feita nos anos 90.

É que não sei se... A personagem da Saoirse é suposto ser assim tão irritante? Ou é só a actriz a fazer dela mesmo?

Se é suposto, então foi um casting perfeito. Se não... Mataram um bocado a personagem, não? 

Gosto mais do trabalho inicial da Greta. Agora tem mais recursos, mas continua a apostar no cavalo errado que é a Saoirse. Deixa-a largar esta desenxaibida, a ver se não ganha logo uma data de Óscares.

sábado, fevereiro 01, 2020

Last Christmas


Cada vez estou mais convencido que não se deve ver filmes de Natal fora da época. Já cometi o erro demasiadas vezes. Por vezes o filme não é assim tão mau, mas como não faz sentido algum noutro contexto, perde impacto.

Não é o caso de Last Christmas, que é fraquíssimo, já agora. Embora, se tivesse visto no Natal, talvez não tivesse sido uma seca tão grande. A minha senhora queria ver o filme quando saiu. Ambos concordámos que não faria sentido ver no cinema. Deixei para mais tarde. Não foi grande experiência.

Ambos os protagonistas gozam de alguma popularidade actualmente, mas este não terá sido o melhor projecto para avançarem na carreira. Imagino que tenha dado para encher os bolsos, mas não mais que isso.