terça-feira, dezembro 28, 2010

Alpha and Omega

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Já que ninguém me convida para ver os Tangleds e os Megaminds do momento, tenho que contentar-me com este Alpha and Omega. Não chegará aos calcanhares dos outros, certamente, mas é uma simpática história de amor entre duas classes duma alcateia. Há um toque de Romeu e Julieta, sem ser tão dramático, misturado com o habitual espírito de aventura de filmes de animação de animais.

Duas alcateias disputam o bosque e a comida, que começa a escassear (a crise chega mesmo a todo o lado). Para unir as alcateias, devem «ajuntar-se» dois alfas, um de cada alcateia. No dia antes do «casamento», a alfa e um ómega da mesma alcateia (dois amigos de infância), são capturados por humanos, e transportados para outro bosque, para o repopular. Têm agora que voltar a casa antes que os lobos se matem uns aos outros.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Come Early Morning

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Ashley Judd é muito amiga da Joey Lauren Adams. Ok. Isto explica como é que uma interpreta o filme realizado pela outra. Como é que a outra se meteu a realizar o filme, isso já é outra conversa. Uma das hipóteses é que JLA é dum estado do Sul. Este filme é muito de sul. Escreveu-o, ok. Também ajuda saber isso. (Atenção, fui sabendo estes detalhes à medida que ia investigando no IMDb. Algumas pessoas são da opinião que se deve investigar antes de falar ou escrever sobre um assunto. Eu não tenho tempo para essas coisas e sou da opinião que se deve ir fazendo em cima do joelho. Tem muito mais piada assim. Até porque nunca se sabe onde o texto te vai levar.)

Judd interpreta uma moça do sul, no sul. Meio maria rapaz. Senhora de si, mas claro que perdida no mundo. Daddy issues, sempre. Enrola-se com palermas num bar, tudo para fugir na manhã seguinte. A ideia de estar sóbria ao pé dum rapazinho é assustadora. Tanto o avô como o pai são uns idiotas. O mais velho trata mal a avó. O mais novo fartou-se de trair a mãe. A companheira de casa de Judd, Laura Prepon (que dupla!!), aperta com ela, para tentar envolver-se com alguém, saber o nome do meio dele, tomar o pequeno-almoço com ele... Essas coisas giras. Convence-a que tem piada. A coisa não corre especialmente bem e Judd lá vai tendo que lidar com os «pecados do pai» como sendo os seus.

Não é tão mau como soa. Para primeiro ensaio de realização não está nada mau. (Deixa-me lá voltar ao IMDb para ver se foi um primeiro ensaio. Ok, confirma-se. Coitada da JLA. Na página dela, na bio, aparece sempre que andou com o Kevin Smith. Já ali está aquilo desde que a conheço. Será que não há nada mais importante para destacar?) Em todo o caso, de Come Early Morning fica aquele estado de espírito da zona. A calmaria de viver em zonas muuuuuito grandes e de ir fazendo e tratando das coisas, tudo a seu tempo. Fica também o normal que é mudar-se para outra zona, deixando tudo para trás. É um estado de espírito completamente diferente do nosso. Quando os americanos mudam, mudam-se para centenas de quilómetros de distância. E fazem-no na boa. Largam a casa, enchem um carro mais um atrelado, e fazem-se à estrada. Nós para mudarmos para duas horas de distância já é o fim do mundo em cuecas. Cai o Carmo, a Trindade e mais qualquer coisa grande. E curiosamente ainda hoje pensei nesta conversa. Toda a gente pensa sempre em mudar para maior. Um gajo vive em Lisboa e atira para o ar Londres, Paris ou Nova Iorque como sítio para se mudar. Eu mudava para o Texas. Para uma aldeola no meio de lado nenhum, onde sair para comprar leite e o jornal é coisa para demorar três horas. E é normal.

Heights

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Mais um dramazito de histórias que se ligam. Ao menos este tem um objectivo. Detesto quando não há objectivo.

Uma é actriz de renome, frustrada matrimonialmente (redundante?). Outra está prestes a casar, frustrada profissionalmente. O noivo, assim como a noiva, apresenta demasiados receios em relação ao casamento. O problema mais irrelevante que têm ainda é serem de religiões diferentes. Há um jovem actor que tem uma óptima oportunidade para subir na carreira, mas que tem o impedimento de questões sociais/familiares/amorosas. E é isso! Ao início dá ideia de ser mais gente, mas não. Há dois ou três mais importantes, à volta dos dois principais, para além de outros menos importantes.

Não está mal contado e, lá está, tem um objectivo. Grande vantagem em relação a outros do género. Não concordei com algumas decisões de como chegou ao objectivo, mas ao menos chegou lá.

Intervalo 8 - É Natal, é Natal!...



Para além da trilogia das cláusulas e algumas (poucas) séries, vi ainda um bom bocado do Win a Date With Tad Hamilton e um trecho do Ladder 49, só para perceber que são filmes mesmo mauzinhos. Vi cenas «rápidas» do Fast and Furious um e dois (sou tão engraçado). Vi o Dukes of Hazard quase todo e continuo a achar piada. Vi mais do que queria ter visto do Coyote Ugly. Uns pedaços mágicos do Mr. Magorian's Wonder Emporium. Um bom bocado dum filme qualquer da Whoopi Goldberg (como a mulher se perdeu), para além da dramática parte final do Mr. Holland's Opus. Vi ainda, claro, que o Sozinho em Casa e o Música no Coração estavam a dar, e fiquei muito contente com isso. E agora o meu pai está a obrigar-me a ver o Marine, um filme com o John Cena. Fiz mal a alguém?

O ano passado não fiz este post. Acabei por fazer o resumo no do Happy-Go-Lucky. Nesse mesmo post, apelava a que estava confiante no visionamento de 300 filmes este ano. Ultrapassei essa faixa e aumento agora a fasquia para 2011. O objectivo será 365 filmes, média de um por dia. O problema é que, ao contrário do ano passado, agora não estou muito confiante.

E não, não vi um único destes filmes de Natal que estão na imagem. Não os vi neste Natal, entenda-se.

domingo, dezembro 26, 2010

Santa Clause 3

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Finalmente consegui ver o último episódio desta «famosíssima» trilogia. A ideia seria ter visto todos nos dias de Natal, mas contratempos impediram-me de o fazer. Não estive em condições de ver o terceiro, não que estes filmes sejam assim tão maus que provoquem náuseas ou mau estar. Embora sejam um pouco fraquinhos. Não ajudará que a premissa para ser o Pai Natal seja matar o anterior. É uma espécie de Imortal: só pode haver um.

Em Santa Clause 3 surge mais uma cláusula. Se o Pai Natal quiser deixar de o ser, basta esfregar a globo mágico e pedi-lo. Assim, o tempo volta atrás e outra pessoa poderá vestir o casaco. O principal candidato: Jack Frost.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Santa Clause 2

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Não tinha visto a sequela, o que é estranho, porque imagino que tenha dado algumas vezes. Talvez tenha dado dobrado, daí não ter visto. Em Santa Clause 2 descobrimos uma nova cláusula, omitida do filme anterior. Por forma a continuar a ser um dos mais bem sucedidos Pais Natal de sempre, Tim Allen tem que encontrar uma senhora Natal até à meia-noite de dia 24 de Dezembro. Para complicar mais o processo, o filho anda a portar-se mal na escola, porque a nova directora é uma tirana. Por forma a poder estar em dois sítios ao mesmo tempo, Allen e uns elfos criam um Pai Natal brinquedo, para tomar conta das operações no Pólo Norte.

Mas há mais!...

Santa Clause

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Tim Allen tornou-se referência de Natal, com este Santa Clause. Não que tenha gostado de tornar-se esta referência, pois a partir daí nunca mais fez nada diferente. Nada com jeito, pelo menos.

Toda a gente já terá visto este filme. Foi um sucesso quando estreou e deu muitas e muitas vezes, ao longo dos anos, sempre nesta altura. O Pai Natal cai do telhado de Allen. Sentindo-se responsável e com o filho a chagar-lhe a cabeça, Allen veste o fato de Pai Natal, ignorando a cláusula que o vincula ao papel, a partir dali. No ano seguinte, Allen entra em negação, por muito que vá engordando e ficando grisalho. Tem um final algo confuso e meio piroso, mas é um filme de Natal e mais não se lhe pode pedir.

I'll Sleep When I'm Dead

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Clive Owen sente que o irmão mais novo está em apuros e volta a casa, três anos depois de ter fugido, por motivos não revelados. O irmão suicidou-se e cabe a Clive perceber o que aconteceu, vingando-se, se for o caso.

Há muitos e muitos filmes que revelam demasiado. Por vezes contêm aquelas falas que nunca seriam proferidas em situação normal, que existem só para explicar a história. Este filme é um pouco ao contrário do convencional. Há muita coisa deixada envolta em mistério, inclusive o teor de algumas relações entre personagens. Tem bons momentos e ficamos interessados em saber o desenrolar dum pormenor, mas não é nada de extraordinário, este I'll Sleep When I'm Dead.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Dinner for Schmucks

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Tendo em conta que o título do filme menciona um jantar, acho curioso que o jantar em si foi só no final, sendo que até lá conhecemos uma data de esquisitóides. Não seria de esperar que aparecessem só no jantar? E a partir do momento em que há «schmucks» em todo o lado, não perde a piada vê-los no jantar? E essa é outra, o termo «schmuck» não é mencionado uma única vez durante o filme todo. Confirma-se, apesar de todo o potencial, é uma comédia que não tem assim tanta piada.

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Animal Kingdom

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Muito ao estilo do The Town, pelo menos na temática. Um grupo de amigos e/ou família que assaltam bancos e o «final das suas carreiras».

A mãe de J morre de sobredose de heroína. O puto está calmamente sentado a ver televisão, enquanto os paramédicos chegam. Mesmo enquanto tentam reanimá-la, J está mais atento ao concurso que está a dar. Vai então viver para casa da avó, com os seus tios, um grupo de assaltantes de bancos, para além de outras judiarias em que se metem. O problema é que já são conhecidos da polícia e, pelos vistos, na Austrália, podem ser abatidos a tiro pelos bófias. Assim do nada, sem justificações a terem que ser dadas. Muito bom. Depois, envolve traições e responsabilidades, vinganças e um tio maluco. O costume, sendo que Animal Kingdom estará uns furos acima de filmes semelhantes.

sábado, dezembro 18, 2010

Perrier's Bounty

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Cillian Murphy é um bom rapaz, que acabou por ter uma vida que não merecia. No fundo, é bom, só que é obrigado a meter-se com gente de outra estirpe, para sobreviver. Deve dinheiro ao mafioso da zona. Mete-se em assaltos para arranjá-lo. Cortou com a família há muito, e esse foi o problema. O pai volta a aparecer-lhe na vida. Sonhou que a morte disse-lhe quando morreria: assim que voltasse a adormecer.

Engraçado e um óptimo filme para quem gosta de sotaques, mán.

Arsenic and Old Lace

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Tudo começou com Runaways, uma banda desenhada da Marvel. No meio dum grupo de adolescentes que fugiram de casa (daí o nome), porque descobriram que os pais eram vilões, uma das moças decide ter o nome de guerra Arsenic, tendo o seu dinossauro de estimação como Old Lace. Era o filme preferido de Gertrude. Desde então, referências ao filme iam aparecendo aqui e ali, principalmente em séries. Acho que chegou a ser referenciado no Family Guy, mas não meto as mãos no fogo. Após pesquisa, descubro que Arsenic and Old Lace é um dos melhores 250 filmes do IMDb. Como ando numa de ver um clássico de vez em quando, porque não?

Como maior parte (todos?) dos filmes da época, tem uma narrativa muito teatral. Um cenário onde acontece tudo. Neste caso, é na casa da família Brewster, em Brooklyn. Vivem duas tias velhotas, com os seus três sobrinho. Um, o principal, é crítico de teatro e autor, sendo conhecido por gozar com a «instituição» que é o matrimónio. Outro é psicopata. E o terceiro pensa ser o Teddy Roosevelt. As velhotas são conhecidas por serem pessoas simpáticas e caridosas, até que o sobrinho são (único na família) descobre que matam viajantes que lhes vão bater à porta, respondendo ao anúncio de aluguer de quarto. A história começa com o sobrinho são a casar-se com uma moça por quem apaixonar-me-ia facilmente, não fosse o facto de já ter morrido há 15 anos. A partir daí gera-se o caos... ou mesmo a insanidade.

Tenho que ver mais clássicos. Isto é giro.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Easy A

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Não era para ver este filme. Não faço ideia porquê. Acho muita piada à Emma Stone e à Amanda Bynes, em mais que um sentido. E depois tem o Thomas Haden Church, o Stanley Tucci, a Patricia Clarkson e a Lisa Kudrow. É uma comédia com uns toques de romance. Ainda estou a ponderar como o vou classificar, porque não acho que seja bem bem uma comédia romântica. O que é certo é que vi o filme. E não tenho problemas em admiti-lo: vi-o porque foi nomeado para os Golden Globes. Não sou uma meretriz nesse aspecto. Noutros, sim. Neste, não. Não costumo ver coisas só porque foram nomeadas para prémios. É verdade que, dentro de todos os prémios, do estilo os Globes ainda são os que respeito minimamente, por muito que tenham atribuído um Globe ao Jim Carrey na categoria de comédia, quando claramente o que fez não era comédia, como já não andava a fazer há algum tempo, só porque ele merecia um prémio e não lhe queriam dar um mais sério, porque têm a mania e o que é que as pessoas iam pensar. O que é certo é que passei os olhos pelo filme há uns tempos e decidi não ver. Vi que estava na lista de nomeados e voltei a passar os olhos pela página do IMDb. E ainda bem que o fiz. É um filme muito engraçado, se bem que pouco realista. É uma versão moderna do Scarlett Letter, num secundário americano. As personagens principais são demasiado inteligentes para a idade que supostamente têm e a família dela não existe em lugar NENHUM do mundo, mas se conseguirmos ignorar esses pormenores, o filme é muito inteligente e divertido. Nota A para Easy A. (Que trocadilho tão reles.)

PS - Eu sei o quão pretensioso é dizer Golden Globes, quando podia perfeitamente dizer Globos de Ouro. Só que sempre que digo Globos de Ouro, penso na fraca tentativa que a SIC tentou fazer com uma entrega de prémios. Penso no Herman ainda moreno mas já praticamente acabado para a vida, de smoking, e na Bárbara Guimarães, ambos a apresentar. E nem tenho a certeza da Bárbara Guimarães alguma vez ter apresentado os Globos de Ouro. O que é certo é que tenho sempre arrepios quando digo Globos de Ouro.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Butterfly on a Wheel

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Pierce Brosnan atormenta o casal Gerard Butler e Maria Bello. Rapta-lhes a filha e obriga-os a fazerem coisas que, aparentemente, não fazem muito sentido. Ao início, lembrou um pouco a primeira parte do Die Hard 3, com Butlar e Bello a correrem de um lado para o outro, a fazerem coisas idiotas. Depois parecia mais O Jogo, com a componente de lição moral, que altera a percepção da vida. Descobrir o motivo de Brosnan é o que leva a ver o filme até ao filme. Quando descobrimos... meh! É um pouco anti-climático.

domingo, dezembro 12, 2010

Barry Munday

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Barry Munday responde à velha questão se é preciso ter t0m@t€s para ser-se homem. Patrick Wilson - o homem perfeito noutras paragens, que aqui é um idiota - tem um incidente no cinema. O pai duma miúda agride-o com uma trompete. Agride-o nas partes baixas. wilson acorda no hospital, sem testículos. Antes, Wilson era um pateta machista que fazia-se a tudo o que mexia, sem qualquer interesse em assentar ou constituir família. Agora, sem a testosterona acumulada no escroto, o homem fica bastante contente quando recebe uma carta dum advogado, dizendo que Judy Greer está grávida e que Wilson é o pai.

Splice

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Um casal quer ter uma criança. Ele diz que ainda é cedo, mas por muitas reticências que apresenta, quem manda é sempre o relógio biológico da mulher. A criança nasce. A mãe tem imediatamente uma ligação forte. O pai fica distante. Não sabe lidar com aquele novo ser. É uma menina. A criança cresce depressa. Cedo, a parte querida vai desaparecendo, e surge então a parte rebelde. Entra nos anos da adolescência. Quer explorar. Quer sair. Quer conhecer. Quer fazer. E odeia os pais que impedem todas as suas aventuras. A mãe deixa de conseguir comunicar com ela. O pai começa a tomar as rédeas das últimas etapas da educação. A miúda, confusa, sente-se atraída pelo pai, o principal espécime masculino que conhece. Já da mãe afasta-se cada vez mais, com a insubordinação típica duma adolescente, achando ser melhor que ela. Achando-se mais capaz e querendo tomar o seu lugar.

Esta será uma das histórias mais básicas de sempre. A nuance em Splice é que os «pais» são cientistas e a «criança» foi criada em laboratório, tendo uma cauda, olhos nos lados da cabeça e um crescimento físico de anos no espaço de dias ou semanas. Na minha opinião, Splice é baseado em factos verídicos. Foi assim que começaram a criar mulheres em laboratório. quando as empresas precisaram de novos artifícios para vender os seus produtos, criando a raça de «super-modelos» e «super-actrizes». I'm on to them.

The Town

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Charlestown tem o maior número de assaltantes de banco. The Town passa-se em Charlestown, mas nada tem a ver. O filme é, como o próprio póster acima indica, sobre freiras.

Ben Affleck volta ao sotaque de Boston. Volta também a ter um companheiro loiro, baixinho e com um feitio difícil. Volta ainda a ser um trabalhador de obras (neste caso, parte pedra). A diferença aqui é que o enredo é ligeiramente mais agressivo. Affleck podia ter jogado hóquei no gelo, profissionalmente. Destruiu a vida e a carreira com álcool e drogas. Influências do bairro. Assalta bancos, com uma equipa de conhecidos e amigos locais. É inteligente, agora que está sóbrio, e quer sair do «ramo». É só preciso fazer mais um assalto.

A história parece banal. É, um pouco. Já se viram várias iguais. The Town está bem contado. Tem alguns bons pormenores e um elenco sólido. Vale a pena ver.

sábado, dezembro 11, 2010

The Rutles: Can't Buy me Lunch

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The Rutles é um mockumentery dos Beatles. Eric Idle vai entrevistando uma data de gente famosa - actores, realizadores, músicos, etc -, e contando a história dos Rutles, em tudo semelhante às dos originais «Fab 4». Can't Buy Me Lunch será a sequela, aproveitando restos e algumas cenas do primeiro, com mais meia dúzia de entrevistas ao barulho. É giro de se ver. A sequela não é nada de extraordinário, não tivesse sido feita apenas para TV, mas vê-se mais meia dúzia de piadinhas e algumas improvisações de pessoas engraçadas.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

The Special Relationship

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Michael Sheen volta a interpretar Tony Blair, enquanto Dennis Quaid faz de Bill Clinton. Apesar de tudo, o papel de Sheen é mais preponderante. Vemos Blair chegar ao poder, usando as estratégias de Clinton. Vemos o namoro que começa, muito pela paixão mais que assumida por Clinton. Vemos o declínio do americano e a subida do britânico. O início da amizade, que desenvolveu num belo namoro. A paixão nos olhos de ambos, quando estavam juntos. Depois as brigas e o afastamento. A traição que Blair sentiu quando Clinton admitiu ter tido alguma coisa com Lewinsky. O rompimento e o perceber que a relação terminou. Que todas as relações têm o seu tempo e terminam, por muito especiais que sejam.

Este tipo de filmes só merecem metade do crédito pela criatividade. Os discursos, as partes mais marcantes, não são dos guionistas. Estes discursos já foram escritos. O resto é tudo com base em boatos e coisas que se foram sabendo. Não é como se as pessoas viessem à praça pública contestar. O giro é ter visto Clinton falar sobre legados, aconselhando Blair a escolher logo no início da sua administração qual queria ter. Clinton deixou um belo legado. A principal coisa que sempre se vai falar é das suas relações com moçoilas feias como tudo. E como isso entalou à grande a eleição de Al Gore, o que permitiu ter o palerma do Bush no poder.

Se o presidente dos EUA não consegue sacar miúdas giras, qual é a vantagem de ir para a política?

Montana

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Lembro-me de ver um bocadinho do filme em casa do Paco, há muito tempo atrás. Lembro-me de ter ficado impressionado com o elenco. Na altura, a memória nem funcionava mal. Ficou registado. Não sabia o nome, mas com umas pesquisas deu para descobrir. Ficou em lista de espera. O problema é que arranjar certos filmes saídos antes de 2000 não é fácil. Muitos deles não chegaram a Portugal em VHS, quanto mais em DVD. Muitos não existem de todo em DVD. Que posso dizer agora que o vi? O elenco é demasiado bom para o filme que é. A primeira metade parece uma peça de teatro que não levou com qualquer adaptação para cinema. Mais valia terem filmado a representação em palco. Tinham poupado dinheiro. Planos demasiado estáticos. Música inoportuna a dar banda sonora que mais parecia ruído. E uma comunicação adequada para teatro, não cinema. Na segunda metade melhora um pouco. Passamos à acção, em vez de ser só uma data de coisas a acontecer numa sala grande. A cena do tiroteio não terá sido má, vista aquando saiu. Hoje em dia é lenta e tem dois intérpretes principais que pouco têm a ver com este estilo. Vê-se, mas não é um filme intemporal.

terça-feira, dezembro 07, 2010

The Vicious Kind

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You know they're all whores, right?

Adam Scott atira-se a uma grande interpretação, neste papel dum completo desorientado. Scott cortou relações com o pai há oito anos. Há algumas insinuações que terá sido porque o velho dormiu-lhe com a esposa, mas a certa altura fiquei sem perceber se tinha ou não sido isso. Há outras razões para o corte. O pai é um idiota, sem dúvida. O mais novo leva a namorada lá a casa, para passar o Dia de Acção de Graças, e o velho passa o tempo todo a fazer-se à miúda. Claro que Scott não é muito melhor pessoa. Primeiro chama galdéria à moçoila, depois começa a fazer-se também ao piso. Em defesa de Scott há o facto de que não dorme. Quarenta e cinco minutos dormidos numa semana não ajudará a ter bom senso.

O filme está muito bem interpretado e a história geral bem contada. Há é dois ou três factores que existem só para ajudar a narrativa. As constantes visitas de Scott a casa do pai a meio da noite, sem ninguém dar por ele, em nada ajudam à credibilidade do filme. Houve sexo bruto contra uma parede entre quartos e ninguém deu por nada. Exageraram, é só o que estou a dizer. Exageraram na falta de credibilidade, entenda-se. O sexo, por muito bruto que tenha sido, não me pareceu exagerado. A moça pareceu ter apreciado, pelo menos.

Trucker

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Uma coisa posso prometer já aqui, de caras. Vou sempre ver qualquer filme que comece com a Michelle Monaghan montada em alguém, mesmo que seja o Joey, da Blossom.

Monaghan é camionista. Curiosamente, não é lésbica. Já foi menina da noite, segundo parece, algo que não quer voltar a ser. Acho bem. Certa noite, depois de muitos copos com o companheiro do costume (o vizinho), aparece-lhe à porta o filho de 11 anos. Uma década antes, Managhan abandonou-o com o pai. Só que agora este está a morrer de cancro e, por muito que não queira, Monaghan tem que ajudar a tomar conta do miúdo.

Simples. A ideia batida dos filhos mudarem a vida às pessoas, mas não está mau. É uma tentativa escabrosa de Monaghan tentar ganhar prémios. Perdoável... por enquanto.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Legend of the Guardians: The Owls of Ga'Hoole

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Bonito. Isso, sem dúvida. Os voos e as batalhas. Brutal. Já a história... meh! São duas facções. Os bonzinhos e os mauzinhos. Ambas fazem a mesma coisa. Agarram e miúdos e treinam-nos. Só que os bonzinhos fazem-no de forma simpática. Os mauzinhos raptam os miúdos e fazem-lhes lavagens cerebrais. Os mauzinhos têm um plano de vingança, por derrotas passadas. Querem acabar com os «Guardiões», denominando-se os «Puros». Um grupinho maltrapilho irá fazer a diferença e salvar toda a gente. O meu problema maior é que são mochos e corujas. Mochos e corujas são bichos desinteressantes, lamento. Não me interessa se são populares agora só porque são animais de estimação do Harry Potter. A única coisa em que têm piada é rodarem a cabeça. De resto, são bichos gordos com asas e olhos grandes.

domingo, dezembro 05, 2010

Cyrus

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Muito bom o personagem de John C. Reilly.
Ao ler a sinopse, dá o ar de que Jonah Hill será o problemático. Ao ler, a impressão com que fiquei foi que seria ele o perturbado. Não é bem assim. Ele e Marisa Tomei, a mãe, têm uma relação demasiado próxima. Eu sei que cada um é como é, e não se deve julgar relações, mas é um pouco doentio. É uma relação demasiado co-dependente para o meu gosto. Ela é tão esquisita como o filho. Isto poderia ser um grande problema para Reilly. O duelo 2x1 não costuma pender para o solitário, mas Reilly bate-se muito bem com a criança adulta que Hill é. Desvia-se dos murros, antecipa ataques e problemas e, acima de tudo, puxa muito bem as coisas para o seu lado. Não as pede, simplesmente dá a dica para olharem com atenção para o facto de que não as tem.

Esta premissa já está bastante batida, da criança rebelde que quer o pai ou a mãe só para ele, impedindo-os de sair ou andar com outras pessoas. Isto não é uma comédia ridícula, apesar desta premissa ou do conjunto de actores. É cómico, mas é feito com alguma inteligência e tentando sempre evitar bater demasiado no clichê. E consegue-o. Só é estranho ver familiares ou namorados a conversar calmamente sobre assuntos. Por norma (e incluo-me aqui), este tipo de coisas são tratadas aos berros e sem conseguir chegar a grande entendimento. Que seres estranhos, todos os três.

Nice Guy Johnny

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Johnny é um gajo porreiro. É aquele tipo que não se chateia e que, por norma, deixa toda a gente dizer e fazer o que quiser, para não ter que se chatear. Contudo, não deixa de ser uma pessoa com ambições. Johnny trabalha numa rádio, é pivô dum programa de desportos numa rádio que, no entender de Edward Burns (escritor e realizador), é o trabalho dos sonhos de qualquer homem. Já a namorada desde os tempos de faculdade acha que está na altura de Johnny crescer e ter um trabalho adulto, que o faça ter o ordenado condigno do estilo de vida que a menina deseja. Em defesa da namorada, o palerma prometeu que aos 25 anos estaria a ganhar esse ordenado. Na perspectiva dela, se a rádio não lhe dá dinheiro suficiente, então é altura de desistir dessa fantasia. Johnny acede a ir a uma entrevista de trabalho que o sogro providenciou. Poderá assim mudar-se para Nova Iorque (também desejo dela) e trabalhar numa empresa que produz caixas, ou algo dentro do género no campo dos trabalhos extremamente entediantes. Para a entrevista, Johnny passa o fim-de-semana antes com o tio, interpretado por Burns. É um claro sinal da mudança dos tempos. Burns deixa de interpretar o personagem principal pois já não tem idade para isso. O tio não concorda com esta mudança na vida do rapaz, atacando principalmente a decisão de casar-se tão novo. Aperta com ele, procurando que admita que será um erro e que não é o que quer. Leva-o a passar um dia ao pé da praia e, pelo meio, apresenta-o a uma moçoila que é o exacto oposto da namorada, agora noiva. Praia, boa vida e uma loirinha maluca da cabeça. Por muito simpático que Johnny seja, o rapaz não é de ferro.

Daybreakers

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Porque raio é o nome em português O Último Vampiro?! Não faz sentido nenhum. Quanto muito, deveria ser O Último Humano.

Sempre ponderei sobre esta possibilidade. Porque é que os vampiros não dominavam o mundo? Se são mais fortes e imortais, mais ou menos, porque não seriam eles a maioria? (Estou a falar a nível de história, claro. Sei que vampiros não existem.) É verdade que os humanos tendem a resistir ao domínio vampiresco. Convém que assim seja, senão as histórias teriam pouca piada. O que é certo é que eles são mais fortes que nós, e a conversa de matá-los com estacas no coração é um pouco fajuta. Não me parece que seja assim tão fácil espetar um pedaço de pau através de carne e osso, acertando numa coisa que muitas vezes não é assim tão grande. É preciso pontaria e bastaste força. Tenho ideia, atenção. Confesso que nunca experimentei. Em todo o caso, a ideia de vampiros serem a maioria traz um grande problema à baila: se eles são mais que nós, e eles precisam de nós, como é que se alimentam? Especialmente se tivermos em conta que sempre que se alimentam, transformam o humano em vampiro. Isto em maior parte das histórias, claro.

Este domínio do vampiros é o que sucede em Daybreakers. Existe uma sociedade completamente estabelecida, com negócios e trabalhos. Só que em vez de ser durante o dia, ou em vez de haver comida convencional, vende-se sangue e trabalha-se de noite, ou debaixo da terra. Vejo uma grande vantagem da sociedade vampiresca. Os «dias de trabalho» seriam «noites de trabalho». Tendo em conta que o dia costuma ser maior do que a noite, implicava que trabalharia menos tempo. Excelente, não? A desvantagem deste mundo é que os humanos são cada vez menos e os vampiros enlouquecem e/ou «evoluem» para um bicho homem-morcego. Pensando melhor, um bicho homem-morcego não tem que trabalhar, sequer. Tanto melhor!

A ideia é boa. Gosto desta premissa dos humanos serem a minoria. Para mim, é o que faz sentido num universo onde vampiros existem. Em «O Último Vampiro» (bleeergh), a ideia foi mal executada. As curas são demasiado absurdas e estragam qualquer possibilidade do filme vingar.

Casino Jack

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Baseado na história verdadeira dum salafrário de Washington, lobbiista que ajudou a meter outros salafrários no poder, tudo para depois poder aproveitar-se desses contactos, comprando casinos e metendo todo o dinheiro ao bolso. Curioso como é possível demorar tanto tempo e que consigam chegar tão acima, até serem apanhados ou mesmo só acusados por alguém. É daquelas coisas que se consome a si própria, não é? Mais giro é que o filme tem produção canadiana. Curioso.

sábado, dezembro 04, 2010

The Wood

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Houve aí uma altura em que faziam-se muitos filmes dentro desta temática. Um grupo de cavalheiros com ascendentes africanos entravam neste período de passagem, a fazer as últimas palermices de miúdos e a tornarem-se homenzinhos, casando. Claro que não concordo que o casamento signifique grande coisa, quanto mais um rito de passagem, de amadurecimento. Dizia que foram feitos uns quantos assim como o The Wood. A década de 90 trouxe algumas coisas engraçaditas. Este não é grande espingarda. Os dois padrinhos vão à procura do noivo, no seu dia de casamento. Encontram-no em casa duma ex, bêbado (claro), mas sem se ter portado muito mal. Estava só desaparecido e com os copos. Estava só com medo. Enquanto o metem sóbrio, o limpam, e dão-lhe uns tabefes para meter-lhe juízo na cabeça, um deles vai-se lembrando de quando começou a amizade, durante a adolescência, falando de verdadeiros ritos, como perder certas coisas.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Hallam Foe

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O Billy Elliot tem problemas sérios. E nem falo do facto de ter um nome de gaija. Não é nada que não se resolva em hora e meia de filme, mas não é coisa que maior parte do pessoal consegue resolver numa vida. Elliot sente falta da mãe. Suicidou-se. O pai enrolou-se com a secretária, pouco tempo depois. Elliot odeia-a e acha-a atraente. A Claire Forlani ainda tem os seus encantos. Culpa-a pela morte da mãe. Acha que a madrasta matou-a. Como se sente triste o tempo todo, Elliot espia as pessoas. Anda pela vila a espreitar para dentro das casas. Quer ver de fora aquilo que perdeu. Depois de algo que o fez exorcitar alguns demónios com a madrasta, Elliot foge para Edimburgo. Pelos telhados da cidade vê as pessoas. Vai sobrevivendo, sem dinheiro nem sítio para viver. Até que vê Sophia Myles, uma miúda muito parecida com a mãe. Embora lá exorcitar estes demónios também. Elliot tem a sorte do lado dele. Consegue resolver as coisas com o pai e a madrasta duma forma que poderia dar muitos problemas. Em Sophia encontra alguém que o compreende e não o julga por todos os atrofios que lhe vão na cabeça. Em Sophia encontra quem o entenda e o ajude a ultrapassar os problemas. Com Sophia, consegue despedir-se da mãe.

Já eu em Sophia gostava de encontrar outras coisas. O Elliot não foi o único a apaixonar-se por Sophia Myles. É que ela é gira e aqui tem sotaque! Como resistir?

terça-feira, novembro 30, 2010

Miss Pettigrew Lives for a Day

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What a difference... a day makes
Twenty-four little hours

Frances McDormand dorme num banco de estação de comboios, certa noite, para na madrugada do dia seguinte estar noiva de um cavalheiro rico. Que acontece pelo meio? Conhece Amy Adams, o exacto oposto à sua pessoa e, no entanto, uma pessoa com quem terá muito em comum, ao longo do dia. Sem emprego, sem casa, sem roupa tirando a que tem vestida, McDormand vai bater à porta de Amy Adams, uma socialite, cantora de bar, aspirante a actriz... aspirante a ter tudo, em boa verdade. Num período na iminência de entrar na Segunda Guerra Mundial, McDormand terá que deixar todos os seus preconceitos de parte e aceitar a vida libertina de Adams, se quiser... comer.

segunda-feira, novembro 29, 2010

The Good Night

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A relação de Martin Freeman com Gwyneth Paltrow estagnou. Freeman encontra refúgio nos sonhos, onde vê e dá-se com Penélope Cruz. A coisa torna-se obsessiva. Freeman começa a fazer de tudo para dormir e sonhar com Cruz. Acaba por perder a noção do que é real e o que é sonho. Estar frustrado profissionalmente não ajuda. Passar de ter uma banda para escrever jingles ranhosos só o faz refugiar-se mais e mais nos sonhos. Gwyneth começa agora a tornar-se mais sonho e Cruz mais realidade. Freeman pensava que era o que queria.

domingo, novembro 28, 2010

The Winning Season

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Eu sei. Eu sei. Há um milhão de filmes deste género. Um idiota que perdeu tudo. Às tantas tem uma oportunidade de dar a volta, apesar de não ter aquilo que acha que quer. É displicente e depois lá se apercebe do que é importante. Um gajo sozinho e deprimido, que volta a encontrar alegria na vida, graças a um grupo de adolescentes, cada um com o seu trejeito especial. O que faz de Winning Season algo de se ver? Sam Rockwell e o seu fantástico bigode. Ele faz muito bem o papel de gajo rancoroso com a vida, que finge que não se importa com nada mas que depois faz tudo para estar presente a apoiar.

E o bigode é maravilhoso.

Clubland


Eu tenho que ir à Austrália.

Brenda Blethyn é chata como tudo. É mãe. Acho que não é preciso dizer mais nada.
Blethyn era uma cómica em Inglaterra, em início de carreira. Apaixonou-se por um moçoilo australiano, de passagem pelo país, e com ele foi down under. Tornou-se mãe. A carreira ficou em pausa. Agora que os dois filhotes estão mais velhos, tenta reatá-la, tendo todo um rol de piadas novas à custa do ex-marido. O problema é que Blethyn exige demasiada atenção. Quer demasiada atenção. Agora é a vez dela. E quando o filho que a leva a todos os espectáculos arranja uma namorada nova, Blethyn fica um bocadinho... chateada.

Chinatown

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Após ter visto o Bonnie and Clyde:
«hhhmmmm, a dedicar-se aos clássicos... Muito bem. Pecado só conhecer a Faye versão aninhos em cima. Sacrilégio, mesmo. Já agora vá lá espreitar o Chinatown

Sou um menino muito bem mandado. Para mais, queria assinalar com um filme especial o post 1000 deste blogue. Sim, é verdade. Em pouco mais de quatro anos, são cerca de 1000 filmes vistos. Podem não ser bem 1000. Como já disse noutras ocasiões, há uns quantos posts que não são de filmes vistos, e há outros que têm mais do que um filme visto. Trilogias, por exemplo. Não estará longe desse número. Em todo o caso, para assinalar a marca, tinha que escolher algo marcante. Para além de ser um clássico, é também uma recomendação. Demorei quase um ano para ver, é verdade. Mais vale tarde... não?

Chinatown é um clássico policial. Passado algures nos anos 50, Jack Nicholson é um detective privado, especialista em casos de adultério. O seu mais recente caso acaba por envolvê-lo numa história muito maior, com homicídios à mistura. Nicholson não estava habituado a casos destes, senão já sabia que basta seguir o dinheiro.

Porque é que estou a explicar a história de um clássico?!

sábado, novembro 27, 2010

No Reservations

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Há certas mulheres que parece que foram fabricadas. Ou então que surgiram de uma concha gigante, vindas do mar. Parece que vêm da natureza ou de algum sítio místico. Não parece que tenham passado pelos mesmos processos que o resto dos comuns mortais. Depois há ainda aquelas que parece que foram feitas por computador, mas dessas sou menos fã. Catherine Zeta-Jones terá sido feita num qualquer laboratório. Ou então foi criada pelo dIABO, com o único propósito de torturar a humanidade. Os homens sabem que não a podem ter. As mulheres sabem que não podem ser como ela. E algumas também têm pena de não a poder ter. Como é que o Michael Douglas a sacou? Digam-me lá que ele não tem ar de dIABO?

Em relação ao filme, nada de mais. Zeta é chefe de cozinha e só pensa no trabalho. Não tem vida pessoal. Nada de homens. Nada de amigos. Nada de família. A sua vida é a cozinha. Já a irmã é diferente. Tem uma filha e é divertida. Por outro lado, não sabe conduzir. A caminho de uma visita a Zeta, espeta-se e apenas a filha sobrevive. Nunca se falou em pai da criança. Nunca apareceu e nem sequer é mencionado. Zeta fica com a criança, a pedido da irmã, mas claro que não sabe o que fazer com ela. Até que aparece Eckhart, que ajuda com a criança e com muito mais.

Porque é que Zeta-Jones não entra no Top 10? Porque tem a mania.

Despicable Me

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Primeiro os belos seios de Jennifer Connelly (sim, estou fixado) e agora um divertido filme de animação. Está a fazer-se um bom sábado.

Despicable Me é sobre Gru, um cientista vilão. Para impressionar a mãe e ser o maior cientista vilão de sempre, Gru propõe-se a roubar a lua, encolhendo-a primeiro graças a um «raio de encolhimento» que terá que roubar também. Para esta última tarefa (que terá que fazer duas vezes), necessitará da ajuda de três miúdas órfãs. Gru é vil e cruel, com um coração frio como o gelo... até adoptar três miúdas.

Dois segredos básicos para um filme de animação de sucesso:
- Sotaques. Carell dá a voz a Gru e não se limita a falar normalmente. Deu-lhe um sotaque de leste, que faz toda a diferença. O mesmo se aplica a quase todas as outras vozes. Só um ou outro consegui identificar quem eram. Óptimo! É assim que deve ser.
- Ter uma coisa hilariante e/ou adorável, e repeti-la até à exaustão. No caso do Up, por exemplo, eram os cães com o SQUIRREL!, aqui são os muitos minions de Gru, cada um com o seu pormenor, mas a terem piada por serem muitos e engraçados. E por dizerem algumas coisas a roçar o português: «...#$%&$ para tu!»

Mulholland Falls

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oh
meu
dEUS!!!!!

Dá para ver os seios da Jennifer Connelly!! Não os seios desta Jennifer Connelly escanzelada que vemos por aí, hoje em dia, mas DA Jennifer Connelly, quando ainda não era muito famosa, quando era rechonchudinha e (perdoem-me a expressão) boooOOOOOoooooa! Não sabia que ela mostrava algures os maravilhosos seios que tinha nos anos 90. Foi uma alegre surpresa. Fez o meu dia. Fez o meu fim-de-semana. Fez a minha semana. Fez o meu mês! Belíssima que era a mulher, nos anos 90. Pena ter emagrecido.

Da história pouco fica. É um policial passado nos anos 50, com Nick Nolte à cabeça. O enredo é demasiado simples, visto agora. Assim que aparece o corpo, nas cenas iniciais, é difícil não adivinhar logo como morreu. Demasiado CSI nos corre já nas veias. Talvez se tivesse visto quando saiu, talvez tivesse impressionado. Ou então não. Se calhar vi-o e, de tão fraco que foi, não fez registo. Nah! Não é possível esquecer-me dos seios de Connelly. Mesmo se algum dia tiver Alzheimer, acho que vou lembrar-me destes seios.

sexta-feira, novembro 26, 2010

The King

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Antes de entrarmos no enredo e porque começo a ficar cansado de tanto suspiro que Gael García Bernal provoca, gostaria de frisar dois detalhes:
- Para já, neste filme, as suas duas frases de engate são «acabei de sair da marinha e tenho dinheiro» e «tenho um carro». Não me interessa se funcionaram. Não deixam de ser muito fraquinhas. Ainda hoje mandei uma bem melhor, que sei perfeitamente que nunca funcionará.
- O rapaz é peludo. Pode não parecer, mas aqui vi-lhe as pernas e posso garantir que o nosso amigo Bernal é um pequeno macaquinho. Se depois trata de depilar-se, isso já não sei. E confesso que não faço grande questão de saber. O que é certo é que «ah e tal, não há paciência para pêlos»... aposto que para o menino Gael já há paciência.

The King narra a história do jovem Elvis, filho duma meretriz (não é insulso, a mãe era mesmo uma senhora da noite), cujo pai, aqui interpretado por William Hurt, abandonou. Entretanto Hurt descobriu dEUS e tem uma família, a casa com a cerca, e é inclusive pastor numa igreja. Bernal sai da marinha e vai procurar o pai. Que procura? Vamos descobrindo ao longo do filme. Posso apenas adiantar que Elvis é um filho duma meretriz. E desta vez é mesmo insulto.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Dot.com

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Que ideia tão tonta.
Uma pequena povoação tem o mesmo nome que uma marca registada, duma multinacional espanhola: Águas Altas. Um jovem engenheiro mudou-se para a povoação há um ano, com o intuito de construir uma estrada. Acabou por fazer antes um sítio Web «ponto com». A multinacional quer recuperar a marca e tenta forçar a povoação a mandar abaixo o sítio, visto ter um nome «que lhes pertence», ou terão que pagar uma indemnização de 500 000 euros. Lógico. Muito lógico, isto. Vamos ignorar o facto de que, até agora, sempre que alguém quis usar um domínio, se este já estivesse registado, tinham que pagar. Por isso é que, durante aquele período inicial da Internet, andava aí uns tontinhos a registar domínios a torto e a direito. Ainda haverá quem o faça. E muitos terão feito belas maquias, à custa dessa iniciativa. Depois desta ameaça, alguns habitantes são a favor de mandar abaixo o sítio, outros querem mantê-lo, fazendo frente a Espanha, num apoio incondicional à nação. Maior parte quer é tentar receber algum, sem ter que fazer nada. Lá está, uma ideia tonta.

PS - Já nem me lembrava. Aliás, não me lembrei mesmo, senão teria escolhido um filme mais emblemático. Com este Dot.com, são 300 filmes vistos este ano. Se em Maio não tenho «andado na moinice», e com um esforço agora em Dezembro, era bem capaz de chegar aos 365. Já não será possível. Talvez em 2011. Há que ter objectivos e ambições na vida. Feliz 300 filmes para mim!

quarta-feira, novembro 24, 2010

An American Crime

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Baseado num caso verídico onde uma... qual é a expressão que estou à procura aqui?... uma p#t@ louca, aqui interpretada por Catherine Keener, mãe solteira duma data de fedelhos, prende uma miúda de 15-16 anos na cave. Ok, talvez p#t@ seja demasiado forte. As meretrizes do mundo têm todo o meu respeito e em nada têm a ver com esta «senhora». Keener oferece-se para tomar conta de duas miúdas, já que os pais querem é trabalhar no circo, a passear. Não conhecem Keener de lado nenhum, mas confiam-lhe as duas crianças. Se ela tem uma catrefada delas já em casa, porque não mais duas? Keener é louca e auto medica-se. A filha mais velha de Keener envolve-se com um moçoilo casado, e engravida. Na cabeça de Keener, a culpada é a mais velha das duas miúdas. Prende-a na cave e permite que os miúdos do bairro e os próprios filhos a torturem e batam. Queima-lhe cigarros no corpo e marca-a com um alfinete em brasa. Há todo um outro incidente com uma garrafa, mas é melhor nem entrar por aí. Tudo se passou na década de 60. Os vizinhos bem ouviam gritos, mas era melhor não se envolverem nesses assuntos.

terça-feira, novembro 23, 2010

The Tao of Steve

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As coisas que vou buscar ao baú!...
Donal Logue foi um player nos tempos de estudante. Continua a ser, apesar de estar gordo como tudo. A sério. O homem aqui estaria oito meses grávido... de gémeos! Apesar de tudo, ginger tosser como é, lá vai sacando miúdas, muito à custa da inteligência que até tem, apesar do pequeno-almoço à base de marijuana. Tem uma data de teorias sobre mulheres. Coisas batidas, hoje em dia, mas que em 2000 até fariam pensar. Pena não ter visto o filme na altura.

Soul Kitchen

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A versão alemã do gajo do Teachers que, curiosamente, aparece no outro filme que vi esta noite e que, hoje em dia, é mega estrela de TV matando zombies, tem um restaurante ao qual chama Soul Kitchen. É um pardieiro onde os habitantes de Hamburgo vão comer comida congelada frita, básica e simples. O dito alemão, que não é o gajo do Teachers mas podia ser, tem uma vida um pouco... qual é a tradução para serendipidous? Tudo se conjugou, a certa altura. Arranjou um chefe de cozinha histérico, mas muito talentoso. Uma diva, como se pede. O irmão arranjou um sistema onde pode sair da prisão durante o dia. Pessoal novo abre um estúdio de dança perto do restaurante. O seu sonho começa a cumprir-se. O único contratempo é que a namorada, uma alemã loira sem saborona, vai trabalhar para Xangai, não sem antes tentar convencê-lo a ir com ela.

Soul Kitchen é um filme alemão bastante divertido (nunca pensei que tal combinação de palavras pudesse alguma vez sair dos meus dedos) com uma banda sonora a fazer jus ao nome. Ya, man!

PS - A empregada de mesa tem uns olhos como nunca vi! Peço desculpa, mas é que ficaram na (perdoem-me a expressão) retina. Espero sonhar com ela hoje. Não será para fazer nada de mais. Quero só estar num café, na conversa, a perder-me naqueles olhos claros...

segunda-feira, novembro 22, 2010

L'Arnacoeur

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Eu dantes via mais cinema europeu. Que me aconteceu? Claro que L'Arnacoeur será o filme europeu mais americano que alguma vez vi, mas ok. Aliás, não tenho dúvidas que, nos próximos anos, surgirá uma versão americana deste filme... se este original tiver algum sucesso, claro. É uma comédia romântica pura e dura.

Romain Duris termina namoros. É contratado para seduzir namoradas infelizes, que estão com idiotas, maus feitios ou infiéis. Estão juntas com homens que não as merecem, mas com quem não têm coragem de acabar. Porquê? Sei lá. Há tantos motivos. Regra geral é por medo. Medo de ficarem sozinhas. De estar a desperdiçar a última oportunidade de estarem com alguém, de constituir família. Medos. Inseguranças. Incertezas. Duris dá-lhes alento, confiança e muito mais. Fá-las ver que conseguem, podem e devem ter muito melhor. Duris é bastante bom no que faz, auxiliado pela irmã e pelo esposo. Fazem uma espécie de «missões impossíveis». Em Vanessa Paradis, Duris vai encontrar a sua missão mais impossível de todas. Porquê? Não faço ideia. Não percebo o fascínio da Paradis. Terá mamilos a saber a cerveja?

Pequeno problema com a história - que em tudo mostra que podia ser americano, este filme -, Duris diz-se fã de George Michael e do filme Dirty Dancing. Chora, dança e faz mais umas tontices. Peço desculpa, mas qualquer mulher com dois dedos de testa acharia que seria gay, não se apaixonaria por ele. Certo?

domingo, novembro 21, 2010

Talk To Me

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À custa do Reign Over Me, lembrei-me que havia um outro filme com o Don Cheadle, que estava para ver há algum tempo. Não que seja fã de Cheadle. Sou mais do Chiwetel Ejiofor. Só porque apeteceu-me ver quando soube da sua existência. E depois foi esquecendo, esquecendo, esquecendo. Lembrava-me pelo meio.

Talk to Me narra a história de Petey Greene, um cadastrado que não sabe estar calado. Fala e reclama pelos cotovelos. Cujo sonho era falar na rádio. Greene foi uma voz importante para os «afro-americanos», nas décadas de 60 e 70. É uma referência na história americana. E eu não fazia ideia que o homem tinha existido, até ver este filme.

Apenas uma última nota bastante rápida para Taraji P. Henson: daaaaaaamn, girl!!

Buried

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Posso descrever o filme em três frases:
- É sobre o Ryan Reynolds enfiado num caixão, debaixo da terra.
- Há dois momentos algo ridículos, a meio, que só servem para encher um filme sobre um gajo enfiado num caixão, debaixo da terra.
- Admito que o final é muito angustiante.

Batman: Under the Red Hood

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Nada melhor que começar um domingo com desenhos animados. E estes são bons. Não sou o fã #1 do Batman, mas o homem-morcego tem algumas muito boas histórias. Esta é uma delas.

Jason Todd, o segundo Robin, é assassinado pelo Joker. Não tenho a certeza de ter sido assim também na BD, mas aqui Ra's al Ghul ressuscita o rapaz. O problema é que volta meio desviado, se bem que, enquanto vivo, não era o mais endireitado. Torna-se criminoso. Adopta um velho alter-ego do Joker. Torna-se Red Hood, um patrão mafioso. Esta parte das histórias de Batman sempre foi fixe. Quem criou quem. O Batman criou o Joker que, por sua vez, criou o Red Hood que, antes disso, tinha sido criado pelo Batman. O Joker e o Batman, inimigos mortais, uma espécie de pais para o Red Hood.

Tudo gente louca, é o que é. Até porque nunca poderá ser bom sinal ter um rapazinho com as pernas à mostra, como sidekick. Muito suspeito.

sábado, novembro 20, 2010

Nativity!

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Já há luzes na rua. Já posso ver filmes de Natal.

Martin Freeman é convencido pela namorada e pelo melhor amigo a ser professor de primária. O melhor amigo torna-se director duma escola de meninos ricos. A namorada zarpa para Hollywood. E Freeman fica pendurado com uma data de miúdos que não vão a lado nenhum. Isto uns anos mais tarde, claro. Freeman torna-se frio e distante, até que é-lhe atribuída a função de organizar a peça de nativity, uma peça a contar a história de quando Jesus nasceu e como houve um rei que se lembrou de oferecer mirra, para celebrar a ocorrência. Ao reencontrar o ex-amigo, sai-lhe que a ex-namorada virá ver a peça, com Hollywood às costas. A coisa é extrapolada, e agora toda a cidade está em pontas com a visita da realeza hollywoodesca.

Flipped

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Década de 40 ou 50. Típica subúrbia americana. Um puto idiota muda-se para um bairrinho. Vai viver ao lado da «girl next door» (sim, sim, eu dei pela redundância, é de propósito). Girinha. Querida. Inteligente e corajosa. E, pior, a miúda está apaixonada por ele. Desde o primeiro minuto. O puto, fazendo jus à sua inteligência, foge e trata mal a miúda, só porque gosta dele. A partir daqui é o costume. Trata-a mal e ela continua a gostar dele. Só quando começa a deixar de gostar dele, é que o idiota acorda para a vida e começa a gostar dela. Eu sei, nada de especial. Uma história normal. A diferença está no contar. Vamos tendo a perspectiva dele e dela, uma de cada vez. Às vezes temos as duas visões da mesma cena. Às vezes mudamos de narrador para continuar a história. Está giro e bem montado. Um filme simpático para acabar a semana.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Me and Orson Welles

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Juro que cada vez percebo menos o Linklater.

Zac Efron
é um miúdo de 17 anos que arranja maneira (bastante subtil, diga-se de passagem) de meter-se numa peça dirigida e interpretada pela grande diva que foi Orson Welles. Apaixona-se, tanto por uma moçoila, como pelo teatro. Vê devaneios, brincadeiras, talento e criatividade, numa peça feita com os seus poucos meios, num teatro já mais para lá do que para cá.

E é isso.

terça-feira, novembro 16, 2010

Reign Over Me

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Oh, que giro! O Adam Sandler tentou ganhar um Óscar.

Don Cheadle está a ter uma crise de meia idade. Anda entediado com a vida. Encontra Sandler, um colega de faculdade, amigo, companheiro de quarto, a quem já não via desde então. Sandler perdeu a família. A esposa e três filhas. Está distante do mundo. Faz obras na cozinha. Joga um videojogo. Compra discos de vinil. E é isso. Usa estes mecanismos para distrair-se e não ter que pensar no que perdeu. Ignora e evita todos os que o façam pensar na mulher e filhas. Cheadle é seguro, porque nunca conheceu as conheceu. Só que Cheadle acaba por tentar ajudar, obrigando-o a confrontar a realidade. Mas... não é assim que se lida com os problemas, enfiando a cabeça na areia? Curioso.

Até estava a ser engraçado, até descobrir que a esposa e as filhas morreram no 11 de Setembro. Não, não há paciência. É que não havia necessidade nenhuma de ser algo tão dramático. Bastava um acidente de avião. O avião despenhou-se. Ponto.