sexta-feira, abril 30, 2021

The Mitchells vs. The Machines


Hoje foi um dia de animação, como que a querer manter-me miúdo no dia antes de tornar-me um certo período mais «adulto».

Confesso que, após ver o trailer deste filme há um mês e tal, fiquei muito entusiasmado. E posso dizer, com toda a frontalidade, que o filme não desiludiu. É muito divertido, cheio de emoção e espírito de aventura. Os meus parabéns à produção e em especial à Olivia Colman, que ter-se-á inadvertidamente transformado na nova Emma Thompson. A sério. A voz pareceu 100% igual.

hundred percent

Justice Society: World War II


A... Não sei quem produz estes filmes de animação da DC. Não é a «DC», de certeza. O certo é que alguém, ou vários «alguéns», produzem pelo menos um destes filmes de animação por ano. Alguns não são nada de especial. Depois há uns bem fixes, regra geral a adaptarem uma qualquer história fechada da BD.

Este é um dos fixes, mas fez-me pensar se são filmes para toda a gente, ou só para malta que conhece a BD. Não é preciso saber da história especifica, mas parece-me que dará algum jeito conhecer os personagens. Pois o certo é que estes filmes de animação são demasiado curtos para estarem constantemente a introduzir personagens. E convenhamos que uma coisa é o Super-homem. Sinto que não é necessário introduzir este personagem outra vez. Mas o Hourman? Mesmo malta da BD não conhecerá o Hourman assim de ginjeira.

quinta-feira, abril 29, 2021

The Ringer


Johnny Knoxville, quando ainda tinha alguma relevância em Hollywood, finge ter uma incapacidade mental para aldrabar e ganhar os paraolímpicos. Sim, é um gesto atroz, mas o objectivo é nobre. Precisa de dinheiro para ajudar um amigo a fazer uma operação cara. É isto o filme. É tudo extremamente errado, até pararmos para pensar que é dado um destaque positivo a pessoas com debilidades mentais. Só que há actores sem debilidades a interpretar personagens com debilidades...

Preciso que alguém me confirme quão errado é esta história, e que depois explique como é que a Disney+ tem este filme no catálogo.

quarta-feira, abril 28, 2021

Rebound


Caramba, eu só queria ver uma comédia tola a bem disposta. E Rebound é tudo isso. Tem um pouco mais de slapstick do que desejaria, mas tudo bem. É uma história de humildade e redenção, com miúdos aos saltos à volta de Lawrence, a fazê-lo parecer mais alto do que é. Rebound tem um par de actores cómicos talentosos e ainda a Shawkat, a aparecer aqui novita mas já muito igual a si própria. É uma história simples. Um típico filme bem disposto.

Ou assim pensava.

Tendo como exemplo Shawkat - que terei visto da primeira vez que vi o filme, mas não reconheci -, foi correr o restante elenco, a ver se algum dos outros miúdos tinha conseguido fazer carreira. Foi assim que descobri que a miúda que faz parte da equipa faleceu um ano depois do filme sair, morta a tiro por uns supostos membros dum gangue, que dispararam para uma multidão.

Que parvoíce.

terça-feira, abril 27, 2021

Nobody


Não, não é um filme dum velhadas a arriar porrada em gente a torto e a direito. Não, não é uma história de alguém que só quer ter uma vida normal, mas é obrigado a voltar ao seu «passado» porque metem-se com a família dele. Nobody é um misto dos dois.

Não faço ideia quem se lembrou do Bob Odenkirk para um filme de porrada e tiros, mas a verdade é que o resultado final não está nada mau.

segunda-feira, abril 26, 2021

Stowaway


A premissa parece ser simples, mas espero que na realidade não o seja. Numa missão espacial de dois anos, há um tipo que acaba por partir na nave, sem querer. A nave foi feita de modo a poder ter três passageiros. E isto já é esticar a corda, com a entidade a cargo a tirar o que podia da nave, para poder «cobrar mais um bilhete».

É muito enganador ter a Anna Kendrick, conhecida por fazer papéis fofinhos ou sanguinários, num filme que tanto pode ir para o terror/psicopático, como para o filme de herói. Há um longo pedaço ali a meio onde não soube para que lado ia pender.

Agora que terminou, confesso que não sei se para o outro lado não teria pendido melhor.

Druk


Ah, o velho sonho de conseguir ser um bêbado funcional. O problema é que, tal como Ícaro e muitos outros, a ambição humana leva-nos sempre a querer voar mais, a beber «só mais um copo».

Quatro professores de secundário - qual raça deprimida só por si -, propõe-se a pôr em prática uma teoria da psicologia. Esta diz que o homem tem um défice de 0.5 de álcool no sangue. Mais, diz que o ser humano atinge o seu estado mais perfeito quando tem este nível de álcool no sangue. Durante um pouco de tempo, os quatro tiveram uma vida melhor. Os problemas começaram quando, graças a este estado de graça / embriaguez, a confiança tornou-se «demasiado». Uma simples experiência, até bem sucedida, passou assim a ser apenas quatro idiotas com os copos.

Druk era o cromo que me faltava, na caderneta dos Óscares deste ano. Há um que talvez venha a ver, das categorias menores. Há outros que não vi, mas que não tenho grandes intenções de ver. E a verdade é que foi um belo terminar desta última temporada de «melhores» filmes do ano. Mais que não seja, Druk prova que um «melhor filme estrangeiro» não precisa ser uma depressão gigantesca.

sábado, abril 24, 2021

We Broke Up


Acabadinhos de sair das respectivas séries de sucesso, Aya Cash e William Jackson Harper juntam-se para uma história romantico-trágica. OK, convém ter presente que ela entretanto apareceu no Boys, com bastante pompa e circunstância. Sim, ele também apareceu no Midsommar, mas foi antes da série acabar.

Vá, concordemos que ambos estão num bom momento de carreira e escolheram fazer isto. Não, não foi uma decisão de carreira genial, mas não deixa de ser um projecto engraçado para fazer. Até porque não terá havido muitas possibilidades de trabalho o ano passado. Pensei precisamente em como e quando filmaram este filme. Porque faz-me sentido que o casamento seja num campo afastado de tudo, para ter a produção longe de possíveis contágios.

Explicando, Cash e Harper acabam uma relação de dez anos no dia anterior ao casamento da irmã mais nova dela. Harper decide ir na mesma porque tem obrigações no casamento. Claro que é tudo desconfortável e, dada a proximidade, o casal tenta uma vez mais. Mas...

Não há milagres.

sexta-feira, abril 23, 2021

Mortal Kombat


Começar um filme de Mortal Kombat com uma batalha entre o Scorpion e o Sub-Zero é algo ambicioso. Para onde é suposto ir depois disto? O que vale é que não se ficaram por aí.

As demais cenas de acção estão a um óptimo nível, tudo com efeitos topo da linha. Aliás, terá sido neste campo que gastaram o orçamento todo. A nível de casting... Bem, digamos que não houve assim um esforço tão grande. Não é preciso, é certo. Interessa aqui são os fatalities e os finish him. E sim, os «cromos» marcam todos presença.

Continuo a gostar mais do original, por muito fajuto que seja. Mas isso é porque para mim, na altura, foi especial. O reboot não fica nada atrás e estou certo que será especial para novas gerações.

Agora, onde será que consigo jogar as versões antigas do jogo?

quarta-feira, abril 21, 2021

Sound of Metal


É suposto sentir alguma coisa por um tipo que tem tatuado no tronco «please kill me» ou «scumbag»? Já a Olivia, com as sobrancelhas pintadas de branco, tinha ar de homo erectus, com as ditas a parecerem salientes.

Mas o filme não é sobre isso. É sobre a possibilidade do Riz Ahmed ganhar um Oscar. E se, para ganhar uma estatueta, é preciso carregar um filme inteiro às costas, fazendo duas horas passar com alguma facilidade, então o rapaz tem tudo para ganhar. Não sei qual o fascínio que os Norte Americanos têm por bateristas, mas tinha funcionado para o Whiplash e para a Pamela Anderson.

Deixa só ver quem são os outros na categoria. Só um segundo. Já volto.

(...)

Bem... Contra os dois velhotes brancos, o rapaz ganha de caretas. Ao tipo do Minari ganharia, por certo. O problema é que há um falecido na lista. Contra Chadwick, Riz não tem qualquer hipótese. Bem, fica para a próxima.

domingo, abril 18, 2021

Baggage Claim


Continuando com filmes trágicos...

Isto é uma das piores comédias românticas que já vi, por muitas das razões pelas quais as pessoas não gostam do género. E atenção que já vi muita coisa desenxabida na vida, mas este Claim terá direito a um qualquer prémio.

Ela é péssima atriz. Quer casar a todo o custo antes que seja tarde demais (antes dos 30, entenda-se). Tudo porque tem uma competição esquisita com a mãe, que casou cinco vezes, e com a irmã mais nova, que está prestes a casar. No processo de sair com qualquer jovem bem parecido que viaje pela companhia aérea para a qual trabalha, durante 30 dias e a tempo de arranjar um noivo (sim, um «noivo», não namorado) para levar ao casamento da irmã, ela rejeita um tipo cujo único defeito é não saber usar pauzinhos para comer sushi. Isto para não falar no tipo rico que a quer levar a passear pelo mundo, mas que não quer casar. Isto enquanto ignora o melhor amigo desde o secundário, que vive no apartamento ao lado.

Este filme é um atentado ao bom senso. A Jill Scott tem alguma piada, no entanto.

Judas and the Black Messiah


Que trágico.

Jovens a serem perseguidos pelo próprio governo, com alguns, o líder e quem com ele estava, assassinados. Não pela mão directa do governo, mas por alguém a seu mando.

Tipos a serem assassinados com 21 anos, tudo porque lideram um grupo que afronta o poder institucionalizado, que procura proteger as minorias, que pretende dar apoios e oportunidades a quem não as tem... como deveria um governo fazer.

Não é fácil de ver, mas vale muito a pena pelas interpretações, em especial de Kaluuya e alguns dos secundários. LaKeith tem um óptimo papel, mas às vezes senti que estava a abusar da cena de «ai, que eu estou inflitrado e eles estão a falar de gente infiltrada e tenho medo, mas tenho que parecer durão», sendo que maior parte das vezes parecia só um tipo com medo e que claramente era um chibo... à frente de toda a gente.

Com esta atitude era topado em três tempos.

sábado, abril 17, 2021

Nomadland


Raios. Enganaram-me. Isto é mesmo um documentário, mas com uma «história» central a colar tudo, interpretada por McDormand.

Dá-lhe outro encanto, tendo uma data de pessoas e histórias «reais». Mas o que pensava ser um exercício bonito de viajar pelos Estados Unidos, com imagens de longas paisagens, afinal teve demasiados planos fechados de caras a revelarem que alguém próximo morreu de cancro, ou que eles próprios foram diagnosticados, e como meteram-se à estrada.

Essa é a grande revelação, em boa verdade. Alguém tem cancro? 'Bora lá viver numa carrinha e cirandar por aí.

sexta-feira, abril 16, 2021

Hope Springs


Colin Firth teve um fim de relação terrível. Fez uma viagem do demónio, atravessando o Atlântico de avião e ainda uma boa parte dos Estados Unidos de autocarro. Chegou a uma terra com pessoal cusco e desconfiado. Sofre de jet lag e má disposição geral. É obrigado a tomar um comprimido para dormir, dado por uma desconhecida. Mas acorda com a Heather Graham a massajar-lhe a cabeça.

Saldo positivo, no meu entender.

A partir daí o filme tornou-se esquisito, com cenas e escolhas pouco convencionais. Justifica o facto de que não fazia ideia que este filme existia, até há pouco tempo.

domingo, abril 11, 2021

MASH


Voltamos aos clássicos, revisitando o filme que deu origem a uma série muito popular.

Um conjunto de miúdos médicos (embora com bigodes fartos) brincam às guerras e tentam sobreviver a um ambiente terrível, pregando partidas, tendo sexo com as enfermeiras, bebendo, fumando «cenas» e jogando a ocasional partida de futebol americano (a dinheiro).

Não admira que tantos tenham saído traumatizados da guerra na Coreia.

Vamos lá ver se tenho paciência para «despachar» a série. Não é certo, mesmo sendo uma referência. É uma coisa muito datada, não só pelos vários momentos sexistas, mas também porque não é algo que se faça hoje em dia. Não tenho ideia, pelo menos. Falo de séries a brincar com a guerra, como os Allo Allo's desta vida. Entretanto o assunto passou a ser bastante sério e já não haverá o mesmo espaço para humor.

sexta-feira, abril 09, 2021

Thunder Force


Quando vi o filme anunciado pensei que o marido de McCarthy fosse fã de BD. O rapaz tem ar de ser nerd. Como hoje em dia é realizador, imaginei-o a pedir dinheiro à esposa para concretizar o sonho de fazer um filme de super-heróis.

Afinal o casal simplesmente quis fazer um «filme da moda» e capitalizar a coisa. Porque ele não tem jeito nenhum para escrever filmes de super-heróis. A história tem tantos buracos que, em boa verdade, podia escrever o próximo do Snyder.

A-ha!

Uma boca fácil, bem sei, mas precisava ser dito.

quinta-feira, abril 08, 2021

Our Family Wedding


Há tanto de errado neste filme. Até para além do constante racismo. Seria de pensar que não necessitaria de mais nada de errado, mas mesmo assim decidiram meter mais umas coisas.

É que quase todos são péssimas pessoas ao longo do filme. Quase. Safa-se o rapaz que, curiosamente, é o menos conhecido de toda a pandilha. Pelo menos para mim. Confesso que não conhecia o cavalheiro. De resto, é tudo a criticar, chingar, maltratar ou humilhar os demais. OK, também se safa a irmã dela. Foi sempre honesta, suponho. Mas mais ninguém. Até o bode é horrível.

Esta versão latina/afro americana do My Big Fat Greek Weeding não é melhor nem pior que o material de origem. Uma data de clichês e idiotices à volta de casamentos e famílias étnicas.

Acabou por ser divertido apenas porque não estava à espera de grande coisa. Não desiludiu.

Freaky


Não sei que acabei de ver.

É um filme de terror, com um assassino em série psicopata. Mata adolescentes e quem mais aparecer-lhe pela frente, de formas o mais sanguinárias possíveis.

Mas também é uma versão «freaky friday», em que Vince Vaughn tem assim a possibilidade de interpretar dois papéis num mesmo filme. O de assassino e o duma adolescente. Não sei qual interpretou melhor, embora o de adolescente tenha durado mais tempo. Houve mais dedicação. E foi total, atenção. Chegou ao ponto em que dá um melros num rapaz adolescente. Respeito a dedicação. Já não via um homem crescido a fazer de miúda adolescente tão bem desde o Rob Schneider no Hot Chick.

O filme é só esquisito. Não mau, mas esquisito.

quarta-feira, abril 07, 2021

Coming 2 America


Estava com medo de ver o primeiro. Um filme dos anos 80 tem tudo para ser sexista, racista ou simplesmente ignorante, aos olhos de hoje. E não é que a sequela foi muito pior!

Parece que em Zamunda são grandes fãs de música dos anos 80/90 e nada mais. Será assim em toda a África, não? Pelo menos é isso que os guionistas deste filme pensam. Ou será que são eles o fãs desta altura e do original? [Vi entretanto que maior parte dos guionistas são os mesmos, para os dois filmes. É grave só por si, pois parece que a mentalidade destes cavalheiros não saiu dos anos 80. Em vários aspectos.]

Esta sequela tornou-se tudo o de mau que se esperava que fosse. Ou seja, não defraudou expectativas. Pegou nas piadas conhecidas do primeiro e repetiu-as. Ignorou tudo o que de bom teve o primeiro (emancipação, quebra de clichês, personagens femininas fortes). Acrescentou quase nada de novo, apenas uma data de parvoíces clichês de agora.

Percebo a vangloriação dum tempo do qual se tem saudades e do impacto cultural que filmes e bandas tiveram na altura. O primeiro foi bom, em vários sentidos. Foi épico para a altura e lutou contra uma data de preconceitos. Que a mulher era mais que uma esposa apenas. Que países africanos têm pessoas inteligentes e conseguem ser progressivos. Esta sequela continua a batalhar esses mesmos preconceitos... e mal! As mulheres foram menosprezadas do princípio ao fim. E o que este rei (Murphy) acabou por permitir foi o mesmo que o anterior (Jones) já tinha permitido. E foi a custo, o que é estúpido, porque Murphy agora não queria mesmo permitir que o seu filho casasse com quem queria casar. Onde está o príncipe progressista, que citava Nietzsche, que defendia os mais fracos dos abusadores de poder, que ouvia toda a gente de forma igual?

Coming 2 America cometeu todos os mesmo erros que várias sequelas e remakes têm cometido: fez demasiado fan service e não acrescentou nada de novo. O primeiro deu palco a jovens actores (Samuel L. Jackson, Cuba Gooding Jr. ou Garcelle Beauvais aparecem, mesmo que alguns não tenham falas); meteu uma jovem Paula Abdul a coreografar uma dança que ainda hoje tem bom ar; conseguiu ter um elenco maioritariamente minoritário, contra tudo e contra todos. A sequela usa alguns actores nos mesmos papéis secundários, não lhes dando mais substância, apesar de terem mais 30 anos de carreira (Garcelle volta a não ter falas); usa bandas populares das décadas de 80 e 90 quase na totalidade (para alguém que cresceu neste período, ver Salt-N-Pepa com En Vogue foi incrível, mas de que adiantou para novas gerações?); tornou o personagem vanguardista de Murphy num pateta cheio de medo, sexista e retrógado; reduziu a relevância/influência de todos os personagens femininos a clichês.

Porque foi feito? Porque... «dinheiro». Mas não foi para os cinemas. Terá feito algum sequer?

Não valeu de nada fazer este filme, pois não?

Coming to America


Para um filme feito na década de 80, até que tem uns momentos algo woke. Não todos, atenção. Vamos não esquecer que toda a troupe real tem pessoas específicas para dar-lhes banho... entre outras coisas. Mas o certo é que o príncipe queria uma esposa que fosse sua igual, que pensasse por ela própria, que o quisesse não pelo dinheiro.

Claro que depois, por muito que o filme tenha tido um elenco quase todo de ascendência africana, eles não conseguem deixar de ser americanos. Tratam África como se fosse um país único, genérico, em que todos os países e respectivos povos são iguais. Não é como se víssemos muito de Zamunda. Sim, o palácio era bonito, mas e o resto do país?

Eu sei, estou a olhar para algo com 30 anos com os olhos de agora. Não é como se tivessem a Internet, ou que a aldeia de 88 fosse tão global como é hoje em dia. Convenhamos que maior parte deste elenco não teria sequer visitado um país Africano, quando fizeram o filme.

Bem, politiquices à parte (das quais sei quase nada e não deveria falar) o filme continua a ser bastante engraçado. Confesso que não estava à espera que ainda fosse tanto. Vamos lá ver agora o que fizeram com a sequela.

terça-feira, abril 06, 2021

Wolfwalkers


O nome é algo enganador. Falamos de pessoas que, ao adormecer, tornam-se lobos. Não caminham com eles, nem os levam a passear. E não, não são lobisomens. Quando adormecem surge um corpo diferente, de lobo. Do nada. A consciência passa dum corpo para o outro. E o humano nem desaparece. Fica algures a roncar. O que é até algo assustador e vulnerável. É um claro ponto fraco, no meu entender.

Fora o erro na nomenclatura, o filme é engraçado, com uma história original (por muito que possa ser adaptada de lendas e folclore). Não fosse o final algo trágico do vilão e diria que é um filme para toda a miudagem ver.

segunda-feira, abril 05, 2021

Chaos Walking


Isto podia ter sido a «Páscoa Tom Holland». Três dias, três filmes com o Tom Holland que tinha em lista para ver. O rapaz aparece em todo o lado hoje em dia. O problema é que a minha senhora ontem não quis ver filmes. E se há regra nesta casa é que ela tem de ver tudo o que tenha o marialva. Sobrou assim um que será visto... eventualmente.

Chaos Walking está mal cotado e percebe-se porquê. A história tem demasiados buracos, para além de que a premissa de que toda a gente pode ouvir o que os homens pensam não é assim tão interessante. Como seria de esperar, é uma coisa que vai e vem, consoante as necessidades da trama.

Convenhamos que ver e ouvir todos os pensamentos dum quase ainda adolescente seria algo como um verdadeiro pesadelo. Se se lembram como era a vossa cabeça naquela altura... Só me recordo dum turbilhão de ideias e sentimentos, uma salgalhada da pior espécie. Com mais de 80% serem pensamentos sexuais. Óbvio.

Neste filme os homens matam as mulheres. Na minha perspectiva, nem dez minutos passariam sem as mulheres matarem todos os homens, depois de verem e ouvirem o que nos vai na cabeça.

domingo, abril 04, 2021

Godzilla vs. Kong


Espera! Será que alucinei ou vi mesmo uma estátua do Kong no centro da Terra? Quem é que fez tal coisa?

Digam o que disserem sobre o filme, o primeiro momento em que os dois titãs estão frente a frente, e Kong manda um murro em Godzilla... Por muito que não se goste do género ou dos filmes anteriores, do universo ou da trama montada à volta, com os humanos a fingir serem importantes... Essa cena é incrível.

É um gorila a mandar um murro num monstro, uma espécie de dinossauro mutante. Ambos gigante. É espectacular. A verdade é essa. É cinema puro.

Depois há realmente a trama a distrair do facto que isto é só um sonho húmido, duma data de nerds, que gostam de ver monstros gigantes à porrada, destruindo cidades inteiras no processo. Porque, convenhamos, não é como se os bichos se metessem à bulha no meio do Saara, ou da Antártida, ? São climas mais tramados para um gajo/monstro andar à b'fatada.

Farão mais?

sábado, abril 03, 2021

Cherry


Vale a pena ir até ao fim do filme para ver o bigode ridículo que colaram à cara do Tom Holland!

Não é que não valha a pena só pelo filme. Também não é que valha a pena pelo mesmo motivo. Está ali algures a meio, suponho. O bigode ajuda a pender a balança.

Holland comete um erro enorme, que é apaixonar-se por uma miúda que parece ter doze anos. Depois alista-se no exército porque acha que vai deixá-lo para ir estudar na «Paris do Canadá». É uma pena, mas não é assim que está nos mapas. Devia, mas não está. Refiro-me, claro, a... Não, não. É óbvio que não preciso dizer o nome da cidade. Quem é que não sabe qual é a «Paris do Canadá»?

Volta traumatizado da guerra. Ainda por cima para ir viver em Ohio. Não tinha hipótese nenhuma, o pobre rapaz. O passo seguinte é natural. Torna-se num drogado, assaltante de bancos.

Estava destinado. Passou por tudo isto para chegar ao belo bigode. No meu entender - e no de qualquer pessoa normal -, valeu bem a pena. Quem nos dera a todos nós chegar a um ponto tão maduro e estabelecido na vida como Holland de bigode.