segunda-feira, abril 26, 2021

Druk


Ah, o velho sonho de conseguir ser um bêbado funcional. O problema é que, tal como Ícaro e muitos outros, a ambição humana leva-nos sempre a querer voar mais, a beber «só mais um copo».

Quatro professores de secundário - qual raça deprimida só por si -, propõe-se a pôr em prática uma teoria da psicologia. Esta diz que o homem tem um défice de 0.5 de álcool no sangue. Mais, diz que o ser humano atinge o seu estado mais perfeito quando tem este nível de álcool no sangue. Durante um pouco de tempo, os quatro tiveram uma vida melhor. Os problemas começaram quando, graças a este estado de graça / embriaguez, a confiança tornou-se «demasiado». Uma simples experiência, até bem sucedida, passou assim a ser apenas quatro idiotas com os copos.

Druk era o cromo que me faltava, na caderneta dos Óscares deste ano. Há um que talvez venha a ver, das categorias menores. Há outros que não vi, mas que não tenho grandes intenções de ver. E a verdade é que foi um belo terminar desta última temporada de «melhores» filmes do ano. Mais que não seja, Druk prova que um «melhor filme estrangeiro» não precisa ser uma depressão gigantesca.

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