domingo, junho 29, 2014

Rio 2

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Enquanto toda a gente vê futebol humano, eu vejo pássaros animados a jogar futebol. Ainda para mais, no mesmo país onde os outros estão a jogar. Em situação normal até estaria a ver o futebol humano, mas não tendo por quem torcer torna-se mais complicado.

Este jogo que vi teve as suas nuances. Não é no relvado. É pelo ar. Ou não fossem pássaros. E estranhamente acabei por ficar contente com a vitória dos «maus da fita». Imagino que por serem vermelhos. Mesmo em ficção animada sou incapaz de torcer por azuis.

Tirando este momento mais «emociante», por muito que previsível, o resto do filme não tem muitos pormenores que agarrem. Foi uma sequela «tirada a ferros» apenas e só porque o primeiro acabou por ter sucesso.

sábado, junho 21, 2014

Neighbors

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E na sequência de comédias que se vêem, temos Neighbors. A história está toda no trailer. Não há muito mais, se bem que tem um ou outro momento mais. No fundo é ver isto e também não ter vontade de crescer. A diferença é que eles são estrelas cheias de dinheiro, e eu sou um pé rapado.

Foi engraçada a parte de terem convidado outros grupos cómicos para aparecer em cenas soltas.

Blended

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Pus-me a pensar. Este será o terceiro filme que Sandler e Barrymore fazem juntos. (Isto assim em contas muito por alto.) Que estão a tentar fazer? É verdade que qualquer um deles teve a sua piada. O Wedding Singer talvez seja o melhor... porque acredito não ser produção Sandler. Desde então que são este casal de filmes, que não gostam um do outro mas afinal gostam muito. Pior, está a haver uma evolução. No primeiro era uma relação de 20s. Depois foi uma relação de 30s. Nesta relação já estão cheios de filhos.

Não que seja desprovido dos seus momentos lúdicos. Blended tem uma piada fixe, aqui ou ali. Envolve uma data de outras pessoas com alguma piada... E estava a tentar pensar num outro ponto para fechar, mas não o tenho. Não é horrível. Não é brilhante. Vê-se.

segunda-feira, junho 16, 2014

Edge of Tomorrow

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E o blockbuster do Verão é...

É fácil descrever Edge of Tomorrow. É uma mistura de Groundhog Day com Starship Troopers. É isso e uma pitada mais de coisas soltas de outros sítios, tudo bem misturado. Mas desengane-se quem posso estar à espera duma receita que não americana, apesar da espada a lembrar outros estilos mais orientais. Quando se vai ver um filme com o Tom Cruise, deve sempre esperar-se algo bem ao estilo da US of A.

A história, apesar de perceber-se quase toda no trailer, está contada a bom ritmo. E o último terço faz-nos ficar agarrados ao lugar, ironicamente sem saber que vai acontecer. Convém, como é óbvio, gostar de ficção científica, de «filmes pipoca», e não odiar Cruise. Dá jeito.

...Edge of Tomorrow... até ver.

domingo, junho 15, 2014

Machete Kills

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Get the fuck off that man. He just saved the world's ass.

Dia quente, vendo um filme tonto, mas divertido, ao longo de várias horas. Teve bastantes intervalos para ver bola, comer, renhonhar e até mesmo ler BD. Continuo a dizer que é filme para ser visto em grupo. Mesmo em dia de relaxe, podia ter sido melhor.

sexta-feira, junho 13, 2014

The Grand Budapest Hotel

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A fórmula é mais ou menos a mesma. Gostei mais deste que do último. Pensei que fosse pela falta dum dos irmãos Wilson na escrita. Este também não conta com a sua participação. Porque terei preferido este? Maior empatia com o elenco principal? Fiennes está genial e o rapaz assistente também. Maior apreço pela história? Gosto dum bom enredo cómico-trágico.

Não sei. Sei que voltei a achar bastante piada a um filme Wes Anderson.

Frances Ha

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Frances quer coisas na vida que dificilmente terá direito. Não tem pouso certo, anda sempre de casa partilhada em casa partilhada. Não quer crescer e ser adulta. Não está interessada em relações. Vê os amigos a casar e a ter filhos. É inconveniente em eventos sociais. Não sabe estar. É divertida, mas maior parte das pessoas começam a vê-la como imatura. Não percebe ou não quer perceber maior parte das dicas. Toma decisões erradas e impetuosas. Tem mau timing. As coisas não lhe correm de feição.

Ya, não consigo relacionar-me com esta personagem.

quarta-feira, junho 11, 2014

Jack Ryan: Shadow Recruit

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O Captain Kirk trabalha para a CIA e anda com a Keira Knightley. Estas ocorrências não estão directamente relacionadas (embora para mim apenas fará sentido andar com a dita como missão mui secreta). O que é certo é que uma acaba por afectar a outra. Knightley não sabe que Kirk trabalha na CIA, o que dificulta um pouco a relação, a confiança, bla bla e mais umas palavras recorrentes no vocabulário feminino. Kirk é um agente de secretária, esperto e especialista em economia (uma parte de mim morreu ao saber esta parte). A viagem à Rússia é a primeira missão no terreno. Vai contrariado. Knightley vai atrás. Desconfia que a anda a trair. Fica aliviada quando descobre a verdade (que miúda tão estranha). Tão aliviada, aliás, que voluntaria-se para ser objecto de assédio do mau da fita, enquanto o namorado faz cenas quase impossíveis, quase na totalidade furtuitas.

Aqui pensei: credo, a CIA não tem agentes femininos na Rússia. Tsc! Esta crise...

Estão eles a jantar com o malandro do Kenneth Branagh (não só vilão, como realizador!) e às tantas lembram-se de filmar Gemma Chan, agente da CIA. Faz parte da equipa. Está numa carrinha, a ouvir a conversa.

(...)

Não podia ter ido ela? Tinha que ser uma médica americana com ZERO experiência. Não só de agente, mas de mulher também. Se há algo que não me convence é Knightley a ser sensual. Mais facilmente acredito que seja uma extraterreste (e fará então sentido andar com o Kirk), do que ser capaz do que acabou por fazer.

Como se não fosse grave o suficiente, a primeira cena de acção decorre ao minuto 30. Escusado será dizer que não antevejo próximo episódio deste personagem tão cedo.

terça-feira, junho 10, 2014

A Long Way Down

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Quatro pessoas encontram-se num edifício, na passagem de ano. Encontram-se por acaso. Todos têm o mesmo objectivo. Não o combinaram. Não se conheciam antes dessa noite. O edifício é «famoso» por ser um local preferido de suicidas. A passagem de ano também é «famosa» por isso. Todos os quatro tentam-no nessa noite. E todos os quatro acabam por não o fazer, muito por culpa uns dos outros. Acabam sim por formar um «pacto de de não-suicídio», pelo menos até ao dia dos namorados.

Quando li o livro, há demasiado tempo atrás, achei a premissa genial. O desenvolvimento nem por isso. E sim, terei achado errado não fazerem um filme com base nesta história. Embora naquela altura já tivesse noção que nem todo o livro deve/consegue ser adaptado. Talvez estivessem à espera deste eleco que, tenho que admitir, é de sonho.

Também achei estranho o acesso fácil a um edifício assim, com estas «características». Mas isso já será toda uma outra conversa.

Cuban Fury

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Ainda se fazem filmes destes. Uau! Ainda é possível conquistar uma mulher (provando o valor enquanto homem, ao mesmo tempo), através do poder da dança? E aquele número final, hein? Nunca dançaram juntos, mas conseguiram fazer toda a coreografia.

Se formos honestos, o verdadeiro talento na família é a irmã. Ora vejamos:
- O irmão era o maior talento, enquanto adolescente. Só que desistiu, para nunca mais dançar durante 25 anos. Tornou-se mole e gordo. Precisou de aulas para iniciantes e um puxão de orelhas, para voltar a ser o que era.
- A irmã tornou-se empregada de bar e não treinou um segundo, até voltar a dançar com o irmão, fazendo um enorme brilharete. E isto com bebidas antes e depois.

Porque é que o filme não é acerca da irmã? Podia ser uma salsa lesbiana. Eu pagava para ver. Aliás, acho que nem preciso de pagar. Vou ver se o arranjo na Net.

segunda-feira, junho 09, 2014

Rush

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Apeteceu-me ver algo que não me fizesse pensar. Nada como ver pessoas a andarem muitas vezes às voltas, muitas vezes, muito depressa.

Resta apenas reclamar com três coisas:
- Nunca pensei que uma rivalidade entre um austríaco e um britânico fosse tão... americana.
- Tudo o que é preciso para ser idolatrado e adorado é quase morrer num acidente, ficando queimado no processo.
- Só encontrei um póster, em francês, com Lauda e Hunt lado a lado. Em todos os outros, Lauda está sempre atrás, por muito que tenha sido mais vezes vencedor, seja o nome mais conhecido ou a grande referência do filme. A mim foi muitas vezes vendido como «a história de Lauda». Só serve para provar que o público gosta mais dum bon vivant do que de um gajo certinho.

domingo, junho 08, 2014

The Hobbit: The Desolation of Smaug

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Nunca pensei estar tão desligado duma trilogia deste tipo. Não pretendo continuar a lamúria. É só uma questão que continua a chocar-me.

Foquemo-nos antes nos aspectos positivos. Temos, em grande destaque, Evangeline Lilly ruiva. Como se não fosse bom o suficiente só aparecer, ainda a colocam mais fogosa. Outros aspectos positivos são...

(...)

Os (mesmos) efeitos especiais?

O Smaug está muito bom. Pelo menos em ecrã pequeno. Imagino que no grande tenha sido uma excelente experiência. E este filme é mais interessante, como são todos as primeiras sequelas de trilogias. Os personagens e enredo são apresentados no primeiro. Fica só a acção. E aqui há muita para se ver. Incluindo um Legolas (estava no livro?) a fazer equilíbrio em cima de dois dwarves dentro de barris, no meio do rio com bastante corrente.

Este segundo vê-se melhor, assim que se entra na história (os primeiros 20 minutos ainda são lentos). Ajudará não ter cantorias, claro. Quanto tempo demorarei a ver o terceiro? O suficiente para esquecer tudos dos dois primeiros?

sábado, junho 07, 2014

300: Rise of an Empire

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[Artemisia's] ferocity bested only by her beauty. Her beauty matched only by her devotion to her king.

Numas cenas mais tarde, a «beleza» de Artemisia subiu alguns pontos. Sim, foi na cena de sexo com o outro. Mas até lá, se a sua devoção estava ao nível da beleza, poder-se-ia dizer que a mulher... simpatizava com o rei, vá.

Outra boa referência: «You've come a long way to stroke your cock whilst watching real men train.» Por incrível que possa parecer, foi uma mulher a dizê-lo. Claro que é a personagem de Lena Headey. Só há duas mulheres em todo o elenco! Em todo o caso, seria de presumir que um homem poderia dizê-lo. Para além de ser um elenco quase na totalidade à base de (excesso) de testosterona, há o factor gayness, muito inerente a ambos os filmes. Por muito que tente evitar os tópicos abordados por todos, é difícil contornar a falta de armadura em momentos de batalha. Ou mesmo fora desta. Houve  alguns períodos em que arrepiei-me de frio, por empatia.

A sério, pessoal. Uma t-shirt era assim tão cara para a aqueles lados, nestes tempos?

sexta-feira, junho 06, 2014

RoboCop

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Não sendo fã máximo do original, não poderei fazer uma devida análise do remake. Enquanto filme por si só, posso falar dum bom elenco de apoio a uma escolha principal fraca que, para mais, acabou por ser mal aproveitado. Posso dizer que nada ficou na retina. Tirando as cenas de tiros. Essas estavam fixes. A de teste e a do confronto com o gangue do vilão que o matou. Muito bom tiroteio, ou não fosse realizado por uma pessoa muito específica, habituada a este tipo de cenas. A Abbie Cornish merece sempre algum destaque, mas neste caso apenas e só por ser ela. E Jackie Earle Haley não me convence como vilão de acção. Vilão, sim. Tem o ar certo para um vilão muito fuinha. Não tem corpo para vilão de acção. Um vilão desta estirpe tem que ser maior que o herói. Esse é o desafio.

Posto tudo isto, quando acabar de publicar este mísero texto, o mais provável é já ter esquecido que vi o filme.

A Million Ways to Die in the West

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O poder de Seth MacFarlane começa a assustar-me. Que faça tontices como o Ted, com uma data de b-listers, ainda é aceitável. Aqui MacFarlane faz um filme num género morto (western), porque sim, e, «juntando o insulto à lesão», tem uma data de nomes sonantes no elenco. Com a especial agravante que - qual ego do tamanho do mundo -, coloca-se no papel principal. Ele, que em nada terá representado. Às tantas poderei estar a ser injusto. Se calhar está farto de representar em coisas obscuras (vulgo «peças na Broadway e afins»). E sim, acedo que dar voz a personagens animados seja uma espécie de representação. Mesmo assim. Continuo a achar que usou do seu poder para comer-se um bocadinho com a Charlize Theron. Percebo, claro. Como percebo o encanto de a meter a dizer asneiras e ordinarices a torto e a direito. Tomemos como exemplo a frase que aqui parafraseio: «Yeah I'm a little cocky, but I've got great tits.» É lindo, engraçado e, saindo daquela boca perfeita, por demais encantador.

Analisado friamente o filme, confirma-se que é engraçado. O primeiro terço em que quase faz jus ao nome, mostrando uma data de maneiras como uma pessoa poderia morrer naquele Oeste, é hilariante. Mais as bocas ordinárias para trás e para a frente. Mais a relação do Ribisi com a prostituta Silverman (não é um insulto, é o papel que faz). Gostei de tudo isso mas, mesmo assim, prefiro o Ted.

Vale também muito pela interpretação do Ryan Reynolds. O Ewan McGregor está muito bem, mas Reynolds merecerá um Óscar.