domingo, setembro 30, 2012

That's My Boy

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Não é possível gostar do Adam Sandler. Confesso que às tantas tentei. Ele está rodeado de gente talentosa. Por algum motivo será. Só que os papéis que faz... Não dá. É mesmo impossível.

Em That's My Boy, Sandler tem sexo com a professora no 7.º ano. Toda a gente descobre e Sandler torna-se um fenómeno de popularidade. Vai a todos os talk shows. Recebe muito dinheiro pelos direitos da história, para um filme de TV. Toda a gente o adora. Pior que tudo isto, a professora é interpretada por Eva Amurri. As consequências deste episódio: a professora é presa e... estava grávida. Sandler, no auge dos seus doze anos torna-se pai, enquanto mega estrela. A educação da criança (o filho, não o pai) não poderia ser a melhor e muitos traumas daqui advêm. No presente, Sandler não tem dinheiro nenhum, para além de ser um desorientado do pior, por muito que ainda haja gente a idolatrá-lo. O filho é um pateta que vai casar-se com uma miúda um pouco para o agressiva. Tem sucesso e esconde tudo sobre o seu passado, como é óbvio. Sandler precisa de dinheiro para pagar ao Estado os impostos que deve das últimas décadas. O filho só quer que o passado não volte para atormentá-lo. E sim, na prisão Amurri torna-se em Susan Sarandon. Pormenor mais que óbvio, mas não deixa de ter algum nível.

Ice Age: Continental Drift

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Adoro quando consigo ver bonecos num domingo de manhã.

Sempre que penso que esta aventura animal acabou, eles sacam outro episódio. Tudo sempre alimentado à base do divertido esquilo, e com cada vez mais personagens que se juntam à manada. O que é certo é que se não é uma inundação, é a terra a partir-se toda, sempre com os animais no sítio onde surgem as frestas. O mundo bem que tenta extinguí-los, mas os s@c@n@s dos bichos são persistentes.

Começo a ter pena do esquilo. Apercebo-me que, para nossa diversão, nunca será feliz.

Zambezia

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O nome é difícil de pronunciar mas o conceito é simples. Uma comunidade de pássaros onde todos dão-se bem. Um pai e filho falcões isolados no meio de lado nenhum por opção do primeiro. O filho jovem, inconsciente mas cheio de potencial, a querer mais. Assim que sabe da existência de Zambezia, literalmente voa para lá para juntar-se à elite dos falcões, para ter aventuras, para conhecer outras criaturas, para defendê-las de outras espécies. Tudo para também descobrir um pouco mais da sua história e da dos seus pais.

sábado, setembro 29, 2012

Red Lights

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Tentando seguir uma lógica neste dia e, consequentemente, neste blogue, vejo um filme com a Sigourney Weaver. Não é de propósito. Terá sido um qualquer poder paranormal.

Weaver e Cillian Murphy investigam este tipo de supostos fenómenos. Dão aulas sobre o assunto. (Poderíamos voltar ao assunto dos americanos serem malucos e terem um pouco de tudo, mas não me apetece.) São professor e assistente, numa dupla de sucesso a desvendar como é que os charlatões sabem tanta coisa e conseguem fazer tanto truque. Até que De Niro regressa à contenda. Este que foi o grande mistério que nunca ninguém conseguiu desvendar. Um jornalista tentou mais afincadamente, chegando perto mas morrendo de forma suspeita, no último espectáculo de De Niro, alguns anos antes.

E o filme estava mesmo a ser interessante. Até que Weaver desapareceu de cena e Murphy ficou obcecado com De Niro. O final é miserável. É apenas a minha opinião modesta.

Prometheus

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Não percebo tanta reclamação. Não sou um fã absoluto da marca Alien, mas as únicas três coisas que aponto como estúpidas (e uma até foi antes do filme sair) são:
- A tentativa de tentar passar a ideia que Prometheus não era uma prequela. Depois era. Depois afinal não era. Mas se calhar até é. Não, não é. É mas... só mais ou menos. Não. P0rr@! É mesmo. Aaaah!
- Os humanos foram numa missão no espaço à procura de «deuses», significados para a existência e de imortalidade. Ao menos no primeiro estavam à procura de recursos, se bem me recordo. Sempre faz mais sentido.
- A parte final com a Charlize e a Noomi é para lá de estúpida. Tanto o desfecho de uma como de outra. E correr para o lado, não?

De resto, não tenho grande coisa a apontar. Todos os artifícios dos primeiros estão cá. Uma personagem feminina forte, com grande capacidade de desenrasque e sobrevivência. Cenas americanas em barda, tanto de suspense como de completa e total idiotice (aquela tentativa de interacção com pénises gigantes é um insulto a tudo o que existe no mundo). Destruição e caos. Toda a gente a morrer. O robô que só faz m€rd@ e que toda a gente odeia. Lança-chamas. Está tudo cá.

Talvez seja porque começam a explicar coisas. Porque a premissa do Alien sempre foi muito a existência dum ser inexplicável que só quer matar. E procriar, sim. Também há essa parte romântica. Foi por isso? Foi porque deram uma origem ao bicho que se odiou tanto esta prequela?

Moonrise Kingdom

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Sempre gostei dos filmes de Wes Anderson. Tenho ideia de os ter visto todos. Pelos vistos ando ao contrário das outras pessoas. Segundo determinadas classificações, este filme é incrível. Embora o tenha achado muito giro, atenção, será dos menos bons. Sinceramente, acho que os irmãos Wilson fazem aqui falta, embora toda aquele toque pitoresco inerente a estes filmes continue cá. Os planos contínuos em cenários diferentes, mas simples. A expressão fechada e, maior parte das vezes, básica, das representações. As frases polidas e pensadas. Longas mas directas ao assunto. Continua tudo cá... só que não sei porque não me encheu as medidas. Talvez seja por estar habituado. Talvez seja por esperar brilhantismo. Não sei. Moonrise Kingdom fez-me foi ter ainda mais desconfiança em relação a qualquer tipo de escuteiros.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Butter

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- ...this is the cutthroat story of greed, blackmail, sex... and butter.

Americanices. Só neste país é que pode haver concursos de contrução de coisas com manteiga. Só aqui pode ser considerado uma forma de arte. Embora tenha que admitir que algumas das coisas aqui feitas impressionam. A Jennifer Garner é uma c@br@ casada com o Phil, que aqui faz de... bem, de Phil. Ele é especialista no moldar da manteiga. Só que está na altura de passar o testemunho. Está na altura de ser forçado a passar o testemunho, aliás. Mas Garner não quer abdicar do poder que vem com ser a primeira dama da manteiga. Segundo dizem aqui, mais pessoas deslocam-se de propósito para ver estas construções do que as que estiveram presentes na Superbowl. O que assusta qualquer comum mortal que não tenha presente esta realidade americana de dar importância às coisas mais estúpidas do mundo. Eu até quero que o mundo seja assim. Porque se pudessemos preocupar-nos assim tanto com as coisas estúpidas, queria dizer que as não estúpidas não eram tão importantes. Mas lá está, os americanos não ligam à realidade do mundo. E assim temos uma história em que uma c@br@ que gosta demasiado de atenção entra em competição com uma orfã de dez anos, adoptada demasiadas vezes, que tem um talento demasiado incrível para moldar manteiga. Garner falha miseravelmente, atenção, também por causa da stripper que envolve-se com o Phil... e com a filha dele.

terça-feira, setembro 25, 2012

3, 2, 1... Frankie Go Boom

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É uma história muitas e muitas vezes contada. Um rapazito é atropelado por uma moça bêbada, meio despida. Ela estava de bicicleta, atenção. Boa moça, no fundo, mas num mau momento. Ambos traumatizados por ex-relações. Ele é cavalheiro. Ela insiste em sexo na noite em que se conhecem. Pressionado, o rapazito tem algumas dificuldades em estar à altura dos acontecimentos. Com algum tempo e muita paciência (entenda-se tentativas de várias formas), acaba por acontecer. Não contente com os episódios dessa noite, o rapazito quer ver a moça mais vezes. Descobre que é filha dum amigo do irmão, sendo que a amizade tem por base a estadia de ambos numa clínica de desintoxicação. Descobre ainda que o irmão os filmou e colocou o vídeo na Internet. Correndo o risco da moça não gostar de saber que o seu momento privado foi partilhado com milhões de pessoas pelo mundo fora, o rapazito tenta tirar o vídeo da Internet. Terá sucesso? Bem, para saber isso talvez seja melhor ver o filme, não?

segunda-feira, setembro 24, 2012

Seeking a Friend for the End of the World

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Ora aqui está uma pergunta interessante. O que fazer se o mundo fosse acabar? Infelizmente teríamos que levar com toda a coisa dos tumultos e afins. Mas este é o espírito, o que se vê neste filme. Maior parte do pessoal a fazer as coisas boas da vida. Orgias, álcool e drogas. Grandes festas sem pruridos. E estar com o pessoal que interessa. Família. Amigos. Alguns vizinhos mais porreiros. Encontrar aquela pessoa que escapou. Ver se sempre está ali alguma coisa, como sempre se imaginou nos piores momentos. Nos melhores também, vá.

Neste universo sabe-se que um meteorito vai atingir a terra e a vida, como a conhecemos, terminará. Carell vivia casado, de forma infeliz. Faz uma troca de favores com a vizinha que acabou de conhecer. Ele tenta levá-la a alguém que a possa levar de volta para Inglaterra, para estar com a família. Ela ajuda-o a tentar encontrar o amor da vida dele. Pelo meio vão encontrar pessoal fixe e pessoal menos fixe.

Claro que também tenho uma resposta para como gostaria de passar os últimos dias na terra. Estar algures numa praia afastada. Beber uns copos valentes e fazer umas judiarias. Passar tempo com a família e amigos. Uma coisa é certa. A última coisa que faria era passar tempo com a Keira Knightley. Mas se calhar sou só eu. Não julgo, atenção. Cada um com a sua panca. Eu não seria capaz.

domingo, setembro 23, 2012

People Like Us

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Como pôr isto de forma delicada e muito, mas muito pirosa? O Chris Pine passou boa parte da sua vida a evitar a família. Quando o pai morre, acaba por encontrar uma família que não estava à espera... algo que acaba por ser precisamente aquilo que estava a precisar. Sim, acho que foi piroso o suficiente. Sem dinheiro e com alguns problemas profissionais, Pine recebe em testamento uma sacola cheia de dinheiro. Dinheiro esse deixado para a família que Pine não sabia existir: a sua meia-irmã e respectivo sobrinho. Ou será meio-sobrinho? Ou ainda um quarto-sobrinho? Sem revelar quem é, Pine e a mui atraente Elizabeth Banks formam uma... vamos chamar-lhe amizade, para não ser muito estranho. E, de relações escondidas e/ou desconhecidas, nasce uma cena bonita. Por muito que sim, seja bastante piroso.

sábado, setembro 22, 2012

The Girl with the Dragon Tattoo

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Tenho que admitir que a versão americana está melhor, em quase todos os aspectos. Mais que não seja, está muito mais fiel ao livro. Dá mais ênfase a toda questão com o Wennerström. Está melhor explicado porque haveria Blomkvist de trabalhar para Vanger. O livro que iria escrever da família, ou seja, a história criada para disfarçar a investigação, é mencionada mais vezes. E o final... Bem, há uma parte que não tenho a certeza em relação ao final. Já não tenho bem ideia de como foi no livro. Tirando isso, o final está mais completo, fechando bem o primeiro volume conseguindo deixar a porta aberta para o segundo capítulo. Só houve uma coisa que para mim não funcionou. A Rooney Mara não é a Noomi Rapace, o que implica que não é perfeita para fazer de Lisbeth Salander. A Rooney não me convenceu. Também há o facto de Craig ser o único que não fala com um sotaque estúpido sueco, mas nem vou por aí.

Wish You Were Here

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Tudo começa com um casal numa praia paradisíaca. A moça pergunta ao moço para onde quereria ir, para qualquer lugar no mundo, e ficar lá para sempre. O moço diz que ficaria onde estão. Talvez não no Camboja, mas algures no sudeste asiático.

Bling! Desejo concretizado.

De regresso dumas férias com menos uma pessoa, três pessoas lidam com o desaparecimento da quarta. Um casal e a irmã, que perde o namorado no Camboja. A narrativa do filme vai decorrendo em dois momentos: o passado, um resumo das férias; e o presente, quando algumas coisas que não deveriam ter acontecido são reveladas. Admito que entrei nisto porque vou seguir o Joel Edgerton para qualquer sítio onde queira ir. O homem pode começar a fazer coisas baseadas em livros da Jane Austen, mas com a história passada num liceu americano em que sim, ele é um adolescente com borbulhas que afinal é bué fixe e torna-se muito popular, que mesmo assim continuarei a segui-lo. Ele ganhou muitos créditos para gastar, o cavalheiro. Até porque é bom. Também há isso. O que é certo é que Wish You Were Here é bom. Está bem contado. E todo o peso emocional que vai em crescendo até ao final não é desperdiçado, nem sequer exagerado.

Continuo a querer ir para sempre para um sítio paradisíaco. Mesmo que o meu destino seja o do outro, vai valer a pena.

domingo, setembro 16, 2012

Luftslottet Som Sprängdes

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Chegamos assim ao final da história. Quer dizer... mais ou menos. Dizem que a ideia dele era escrever uma dúzia de livros à volta destes personagens. Outros dizem que não seriam assim tantos. Diz-se ainda que há um quarto a precisar ser fechado, só que está entre a namorada e a família, tudo a tentar sacar o máximo de dinheiro desta «vaca» enquanto conseguem, cada um a puxar para seu lado. O que é certo é que dá ar das pontas soltas terem sido cortadas, pelo menos com Lisbeth e Blomkvist, se bem que é sempre possível metê-los a fazer outras coisas. E há outros personagens fixes que dava para aproveitar. Este terceiro capítulo não tem tanta acção como os outros, mas dá para descobrir uma data de coisas do passado de Lisbeth. Quem a tramou. Porquê. Como é que conseguem lixar os s@c@n@s, o que é fixe. E Lisbeth vai a tribunal. É sempre giro ver pessoal que a menospreza, achando-a burra, ser posto no seu lugar por uma tipa de 50Kg, com cabelo espetado e uma data de piercings. Gosto muito da Lisbeth. Quero ser BFF dela.

sábado, setembro 15, 2012

Flickan Som Lekte Med Elden

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O segundo capítulo é menos interessante que o primeiro, mas isso é como em qualquer sequela. É sempre mais fixe ter apresentações de personagens, ambientes, etc. Até porque este tem um seguimento ainda mais extraordinário. Ao ler os três apercebemo-nos que quase tudo está ligado. E às vezes até demasiado. É fixe porque acaba por ser um universo bem trabalhado, mesmo dando o ar de que a Suécia é do tamanho de uma ervilha, com 1000 habitantes, mais ou menos. Este filme é o mais curto de todos e percebo um pouco porquê. O livro tinha também muita informação, mas eram pormenores aqui e ali. Um folha não sei onde, um mail achado num computador. Não se pode dar atenção a tudo. Compilaram bem a história, entenda-se. O sumo está todo aqui. Faltam detalhes, como o matulão fugir no final porque pensa que Lisbeth era uma espécie de zombie. Nada que afecte o visionamento. Ajudaria a perceber mesmo tudo. Uma coisa é certa. Este material genético é qualquer coisa de incrível. Com todos os defeitos, acabam por ser quase super humanos.

Falta só um.

Män Som Hatar Kvinnor

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Os suecos sabem-na toda. Ainda o corpo de Larsson não estava frio e já estavam a produzir os três filmes de enfiada. Saíram todos no mesmo ano. E a julgar por este primeiro, todos com uma qualidade de produção invejável. Estes gajos não é só móveis de resistência duvidosa, não. Já os americanos fizeram o primeiro episódio... Quando? Foi no ano passado? E sequela, onde está? Nem ver. É assim.

Digam o que disserem de best-sellers, os livros eram empolgantes. A história era e é muito interessante. E Lisbeth é um hino à personagem feminina forte que raramente se vê. Claro que para os filmes há menos desenvolvimento de qualquer um dos personagens, em especial dos principais. Nem conhecemos o primeiro tutor de Lisbeth, por exemplo. O patrão dela só aparece segundos também. Não conhecemos bem nenhuma das poucas pessoas que a viam pelo que era, no fundo. Só Blomkvist. Mesmo para este temos pouco em termos de relações, que é o grande forte deste personagem, que é menos baseado no autor do que ele queria, provavelmente. Temos poucas incidências das aventuras amorosas de Blomkvist e menos do presente de Lisbeth que merecemos saber. Mas compreende-se. O volume de informação era mesmo muito grande e está aqui o essencial. E está muito bem contado, tenho a dizer. Apetece-me ver os outros dois, mas já não tenho idade para ver nascer o sol depois de maratonas. Fica para amanhã o segundo episódio. Uma coisa é certa, demorarei menos tempo a lá chegar do que toda uma indústria cinematográfica.

sexta-feira, setembro 14, 2012

Exit Through the Gift Shop

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Fui muito pressionado a ver este documentário. Mesmo depois de ter frisado várias vezes que não curto documentários, a pressão manteve-se. Ao ponto de ter havido choraminganço, que é o equivalente a alguém apontar-te uma arma à cabeça, no que concerne a um amigo tentar convencer outro a ver uma coisa. Eu não faço isso. Eu quando «obrigo» alguém a ver alguma coisa é porque sei que essa pessoa vai adorar. Como já aconteceu vezes e vezes sem conta. Porque eu sou incrível a recomendar coisas para outras pessoas. Mesmo que algumas pessoas só venham a gostar anos depois. Sim, eu recomendo coisas para pessoas no presente, mas também recomendo coisas para as pessoas do futuro, nas quais as pessoas do presente se vão tornar. Sou incrível a recomendar coisas em todos os espaços temporais, assim como a tornar algo complicado de explicar em algo que uma criança de três anos perceberia.

Dizia eu que chatearam-me tanto a cabeça para ver este documentário sobre «arte de rua», com o Banksy em particular (pelo menos era isso que foi vendido), mas que afinal é sobre um pateta francês (redundância?), que lá decidi ver... dois anos depois, quase. Eu sou assim. As coisa precisam de repousar. Recomendam-me ou emprestam-me qualquer coisa e eu deixo ficar na prateleira a ganhar pó, a ganhar consistência... até que me esqueço de que está na minha prateleira, ou que existe sequer, e vejo/oiço/leio eventualmente, porque chatearam-me a cabeça para o fazer pela enésima vez. É que as pessoas não percebem. Enquanto o comum mortal tem meia dúzia de filmes para ver na vida inteira (média feita por um qualquer daqueles departamento de estatística da Católica; por aqueles que dois minutos depois das urnas fecharem já sabem quem ganhou as eleições), eu tenho uma quantidade infindável de coisas para ver. Desde as últimas parvoíces feitas para as massas, às idiotices pseudo-intelectuais que ganham prémios mas que não têm talento suficiente para limpar-me o...

Estou a alongar-me em demasia. A conclusão a tirar de Exit Through the Gift Shop é a seguinte: O mundo está cheio de idiotas. E o idiota que saiba falar idiota melhor será rei.

quinta-feira, setembro 13, 2012

Irvine Welsh's Ecstasy

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A tentativa de colar isto ao Trainspotting é por demais evidente. Para além de ser uma péssima ideia, não podia estar mais longe uma coisa da outra, sendo histórias bastante diferentes. O problema aqui é que tentaram contar a história básica de rapaz conhece rapariga, que muda-lhe a vida, sem o mínimo de pinta ou interesse. E o que me irrita mais é que até li o livro. E não só não me lembro de nada desta história destes palerminhas, como ainda por cima não contaram nada das minhas partes preferidas, como a moça que escrevia histórias bonitas vitorianas, descobre que o marido a anda a encornar, passa-se e começa a escrever histórias com os mesmos personagens, mas com sodomia de ovelhas e outras ordinarices. Ordinarices fixes de serem lidas, entenda-se. Nesta versão, nada disso. O mais ordinário foi o palermita transportar drogas no recto. Não se pode dizer que seja sequer perto da mesma coisa.

quarta-feira, setembro 12, 2012

Repo Man

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Emilio Estevez é um miúdo punk sem respeito nenhum por nada nem ninguém. Em defesa do palerma, ter dois pais hippies, que mandam todo o dinheiro para uma qualquer igreja evangelista não ajudará. Acaba por envolver-se com pessoal estranho e torna-se repo man. Rouba/recupera carros que não estão a ser pagos. Rouba-os com autorização, vá. Pelo meio tem uns latinos ladrões rivais. Tem uma miúda que é esquisita, mas poderá considerar-se namorada. Tem um mentor. Tem um objectivo: um carro que está valorizado em 20 000 dólares. A questão é que toda a gente quer este carro. Uns pelo dinheiro. Outros porque acreditam que tem extra-terrestres no porta-bagagem. Sim, é a partir daqui que o filme torna-se estúpido à brava e pouco sentido faz. Filme dos anos 80 interpretado pelo Estevez com um brinco ridículo na orelha. Não podia correr bem.

terça-feira, setembro 11, 2012

Les Infidèles

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- Eu traio [a minha mulher] mais desde a crise financeira. Esta história assustou-me.

É tão boa razão como qualquer outra. Confesso que ao início estava um pouco confundido. Esperava uma história do princípio ao fim. Começa o filme com dois amigos de forte cumplicidade, em mais uma saída onde vão trair as respectivas esposas. Depois saltamos para um momento em que um é um engatatão e o outro um totó. Não se conhecem e um deles está de cadeira de rodas. «A história vai andar um pouco para trás e contar como se conheceram, sendo um mentor do outro.», pensei eu. Parte seguinte e continuam sem se conhecer, com ambos longe dos personagens que pensava eu estarem estabelecidos. Lá percebo que é um conjunto de curtas sobre infidelidade. As primeiras acabam por ser bem mais hilariantes que as últimas. Em especial a curtíssima no hospital. Genial. Apesar deste meio mais fraco, Les Infidèles acaba em grande, voltando aos primeiros personagens e dando-lhes um desenrolar previsível, mas mesmo assim engraçado.

Vegas. Lá está. Tudo pode acontecer em Vegas.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Men In Black 3

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Não percebo como é que todos os esforços das pessoas envolvidas neste projecto não estão completamente direcionados a fazer um novo episódio tipo... todos os anos. Porque isto é muito bom. É divertido, inteligente e engraçado. Brinca com coisas de história e factos que damos por adquiridos. Envolve uma data de gente famosa e maior parte com bastante talento. É mais duma hora e meia bem passada. Dará trabalho a fazer? Acredito que muito. Entre outras coisas. Ao que parece esta sequela foi cara como tudo. Estoiraram dinheiro que, provavelmente, não teriam. Acho que o orçamento foi mais que rebentado, assim à estúpida. Segundo consta, claro. O que é certo é que a terceira parte deste universo rendeu algo como 620 milhões de dólares pelo mundo todo. Para além de toda a parafernália vendida que nem dá para contabilizar, tamanho será o valor. Volto então ao meu assunto de abertura: porque é que esta gente não passa a vida a fazer filmes MIB? Mais que não seja, é uma óptima forma de encobrir «a verdade».

domingo, setembro 09, 2012

The Hunger Games

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A certa altura tive muita vontade de ver isto no cinema. Confesso que não sabia grande coisa da história. Graças às imagens de arco e flecha até tinha ideia disto ser mais mediaval/fantasia do que propriamente ficção científica. Pensava que haveria mais magia do que tecnologia. Não estou desiludido, embora toda a história dos ricos no futuro meterem os pobres num todos contra todos já seja um pouco batida, não? A diferença aqui é que a nova lutadora vai lutar mais pelos pobres do que para os ricos... O quê? Esta parte também não é original?

Não desgostei do filme. Como entretanto ouvi umas críticas bem duras, as expectativas estavam baixas. Acho que houve alguns erros de casting, a começar pelo realizador. Para um projecto que ia claramente render milhões, era preciso outro tipo de estética e brilho, tanto na realização como em alguns papéis que ficaram aquém do que se esperava. Talvez desenvolvam os personagens nos próximos e façam sentido as escolhas, não sei. O que é certo é que se isto vai demarcar pela diferença, terá que ser com a questão futurista. E não podem ficar-se apenas pela barba elaborada do Wes Bentley.

sábado, setembro 08, 2012

Medianeras

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Até demasiado próximo do fim pensei que não iria saber que significa medianeras. É o problema de ver algo com uma língua que entendo, mas estou longe de dominar. Em boa verdade, tendo em conta que isto foi-me recomendado por uma arquitecta, o termo não poderia estar longe desta área. Claro que não vou dizer o que significa. Queres saber, vê o filme... ou pesquisa na Internet, se fores desses(as).

Medianeras é uma bonita e muito bem contada história de duas pessoas que isoladas estavam deprimidas, e juntas... bem, não tive muito tempo para ver se eram felizes mas, pela amostra, parece que sim. Acima de tudo, o que impressionou foi o desenrolar das suas histórias. Toda a construção de cenas, de um lado e de outro, estava bem trabalhado. Pode mesmo dizer-se que estava tudo bem alicerçado, ajudando ao erguer dum belo... Não, esta metáfora é horrível e estou a dar um ar de cromo a falar de filmes. Isto não é para mim. Vamos antes falar em como um gajo com claras incapacidades sociais, que passa a vida em casa e tem um cão tipo Lulu, até é jeitoso e não gordo. É que este palerma saca todas as miúdas que conhece ao longo do filme. Mais que não seja, é estatísticamente improvável.

Ok, agora sinto-me melhor.

Deliverance

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Num exemplo de masculinidade e testosterona (em especial o cabelo do Burt Reynolds), quatro homens decidem descer o rio em jangadas. À boa maneira americana, a coisa envolve rednecks e, quando assim é, nunca nada poderá correr bem. Os quatro (mais ou menos) amigos acabam por meter-se em apuros no meio de lado nenhum. Sem ninguém à volta, terão que tomar decisões complicadas, se quiserem sobreviver.

É sempre fixe ver filmes dos anos 70. Dá para ser confrontado com escolhas estranhas de planos, como todo um discurso de Reynolds em que tem umas folhas de árvore a tapar-lhe parte da cara. Já não se vê uma coisa destas, hoje em dia. Com pena.

sexta-feira, setembro 07, 2012

Dark Shadows

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Sem querer descubro que este filme é baseado numa série do final dos anos 60. Para mais, parece-me que o material original tem um ar verdadeiramente assustador. Não é tanto o caso do filme, que roça mais o ridículo, mesmo para níveis a que o realizador nos habituou. Acredito que Tim Burton fosse fã da série. Será a praia dele. E tenho que admitir que o filme acabou por ser mais engraçado do que estava à espera (embora não tanto assim, calma). A história é de Depp ser um vampiro, maldição imposta por uma bruxa por ele enamorada. Não contente com ter morto os pais e o amor da vida dele e de ter-lhe metido a maldição em cima, a bruxa prende-o num caixão durante perto de 200 anos. Depp é liberto por acidente, voltando à casa onde vivia, na cidade que até tem o nome da família dele. Posto isto, a minha única é dúvida é a seguinte: porque é este filme foi vendido como uma espécie de Família Adams? Admito que vi pouco mais que pósteres e umas imagens, mas é ou não é o que parece?

quinta-feira, setembro 06, 2012

Near Dark

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Um filme de vampiros com um final feliz. Confesso que desta não estava à espera.

Kathryn Bigelow realiza um filme passado no sul dos EUA, com uma data de vampiros punks. À boa maneira americana, os vampiros são burros. Porque para seres imortais, passar a eternidade a passear apenas pelo sul dos EUA parece-me profundamente idiota. Mais, o vampiro-mor morre no final por causa duma vingança infantil. Agora, será possível que uma criatura viva cento e tal anos sem aprender a ser paciente? Bem, comprovaria a minha teoria que as pessoas não mudam. Near Dark até tem uma premissa e abordagem interessante. O problema é que foi filmado nos anos 80, com tudo o que de mau daí advém. E o Bill Paxton faz aqui mais um papel de mau da fita irritante.

quarta-feira, setembro 05, 2012

Comes a Bright Day

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Gostava de meter aqui a história que a Imogen Poots conta. Daria algum trabalho e já é tarde. É melhor assim, que lido aqui talvez fosse demasiado lamechas. Assim obrigo alguém interessado (haverá disso?) a vê-la contar. Caso alguém o faça, desafio a não apaixonar-se. Seja homem ou mulher. Há um encanto nos olhos, nos lábios, completamente irrestível. Torna uma história lamechas na que se quer ouvir.

O rapazito do Submarine anda saído da casca e continua a fazer coisas. Aqui vai atrás de Poots porque ela dá-lhe alguma bola no café. Estranho, bem sei, mas não esqueçamos que falamos de ficção. Visita-a no seu local de trabalho, uma joalharia, na pior hora possível: mesmo antes dum assalto. Gera-se confusão, morre uma velhota, o rapazito mete ao bolso o tesouro que os assaltantes queriam. Tudo acaba por correr bem... quer dizer, menos para a velha. E pelo meio há um momento bonito duma loirinha com uns olhos em que apetece mergulhar.

terça-feira, setembro 04, 2012

Goats

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Naked men shouldn't squat.

O Duchovny tem um emprego de sonho. Uma vida de sonho, aliás. Muito no registo a que nos tem habituado nos últimos tempos. Não tanto um chorrilho de mulheres a bater-lhe à porta (embora nem isso lhe falte aqui), mas o mesmo espírito de tudo pacífico e de gostos simples. É caseiro para uma mulher desorientada que tem dinheiro. Ou melhor, os pais tinham dinheiro. Ela herdou-o. O que também é um bom estilo de vida. Falava eu de Duchovny. É caseiro mas com poucas responsabilidades. Tem a sua plantação de erva. E faz trekking com cabras. Cabras mesmo. A sério, não há de todo chorrilho de mulheres a bater-lhe à porta. Só a filha adolescente da vizinha. Mesmo. Anda com os animais e com o filho da mulher rica. Um miúdo um pouco ao desbarato, com o pai ausente porque não consegue aturar a ex-mulher, e com esta... Bem, a mãe é uma personagem só por si. É o miúdo o personagem principal da história. A história passa por como, mesmo sendo um adolescente (entenda-se «quase pessoa, muito irritante») e com pai queimados do cérebro, consegue ser um miúdo fixe e atinado. Mesmo passando boa parte do tempo com cabras, a fumar ganzas mais o Duchovny.

domingo, setembro 02, 2012

Snow White and the Huntsman

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Visualmente, Snow White and the Huntsman é muito bonito. Já em termos de história... Quer dizer, a história é a que se conhece, com as devidas adaptações a tempos modernos. Não sei que falha. Talvez a miúda principal ser desprovida duma pedrita de sal. Talvez o ridículo de algumas cenas. Talvez o registo juvenil com que seja feito. Não é uma crítica. O filme não será para mim. Não tenho nada contra isso. É a minha opinião que dou. Faz sentido que fale do que me incomoda, não? Verdadeiramente assustador é a questão dos anões. Coitaditos, nem neste filme conseguem arranjar trabalho, que não de stand-in, para todos os efeitos. É que os papéis de sete anões foram entregues a actores de estatura convencional. Depois entraram os efeitos especiais a fazer crer que eram anões. Fora cenas filmadas sem que lhes sejam vistas as caras, anões não foram usados nas filmagens principais. Por causa dum qualquer filme de animação, em tempos sugeri que iríamos chegar a um ponto que não seriam necessários actores, que não para dar voz às versões animadas das personagens. Começamos com estas coisas. Já não são precisos anões para interpretar anões.

Já agora, fui só eu a ficar incomodado que as diminutas pessoas tenham sido substituídas no título por um caçador, por muito que esse caçador seja o deus do trovão?

sábado, setembro 01, 2012

The Cabin in the Woods

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É por isto que o deus Whedon é o maior. A sua capacidade de desconstrução. O homem... perdão, o deus pega na história mais batida do mundo e dá-nos algo novo e incrível. Temos esta história da cabana no meio do mato. Perdeu-se a conta à quantidade de filmes e histórias com esta premissa. Um grupo de amigos idiotas vão para lá fazer porcaria. Temos o durão macho-alfa; a loira burra e galdéria; o marrão e o totó; e temos a virgem. Vezes e vezes sem conta vimos estes estereótipos cometer sempre os mesmos erros. A mexer onde não deviam. A dizer uma qualquer expressão em latim ou noutra língua morte. A separarem-se quando estão em perigo. A terem sexo no meio do mato. Quer dizer, esta última não é bem bem um erro.

etc
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E vem o deus Whedon e dá-nos o porquê disto acontecer tantas e tantas vezes.

What to Expect When You're Expecting

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Sim. Estou grávido.

Darling Companion

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Poderia presumir-se, olhando para o póster, que o «querido companheiro» a que se referem seria um dos membros do casal. Ou ele ou ela. Nada disso. Falamos do cão, pois claro. Cão esse que é personagem principal (quase), embora passe maior parte do tempo literalmente desaparecido.

A princípio ainda pensei que o cão fosse uma espécie de cupido para a família. A mãe e uma das filhas encontraram-no à beira da estrada e levam-no a um veterinário. A filha, encalhada, por sinal, acaba por apaixonar-se pelo veterinário. Casam-se um ano depois. Logo após o casamento, enquanto a família passava uns dias numa casa no meio das montanhas, o cão volta a proporcionar um emparelhamento amoroso com o seu desaparecimento, agora entre um primo e uma pitoresca mulher da zona, meio cigana e com supostos poderes psíquicos. No final o cão não era bem um cupido, era mais uma ferramenta para resolver os problemas da família. Pois embora a descrição do IMDb não seja a mais correcta (a mãe não gostava mais do cão do que do marido), o que é certo é que o casal estava com problemas.

Meio lamechas, sim. O cão é giro.