terça-feira, março 31, 2020

Freaks


Freaks é mais um daqueles exemplos que não é assim tão difícil contar a história dos X-Men.

Neste universo do filme, que nada tem a ver com a BD, o princípio é o mesmo. Certas pessoas nascem com abilidades fora do normal, sendo caçadas pelos humanos «normais», como seres estranhos e perigosos. Mais, é uma evolução da sociedade quando se acrescenta um elemento estranho à evolução natural: com medo, com implementação de forças e de normas que tentam impedir que o novo ser elimine o ser anterior. Do outro lado, os novos tentam sobreviver e lidar com estas novas abilidades, o melhor que conseguem, sendo forçados a reagir... nem sempre da melhor forma.

Espero que a malta da Marvel/Disney tenha visto este filme.

segunda-feira, março 30, 2020

Ready or Not


Gosto muito de pensar na origem de determinadas histórias, de determinadas ideias.

Neste caso, a protagonista é caçada, num jogo de escondidas, pela família do marido, no dia do casamento. Na noite, mais concretamente. Se a noite em si já teve alguma pressão, nos tempos de outrora, alguém decidiu acrescentar alguma, misturando com aquele conceito usual que é sempre uma briga os sogros e demais novos familiares por casamento gostarem de nós. No fundo, os autores do filme levaram ao extremo as animosidades que existem entre famílias e os novos membros que não têm ligação por sangue.

Sobre o filme, confesso que gostei do entretenimento da coisa. Tentaram fazer uma coisa tipo Saw, mas com esta premissa. Não chegou a ter tanto horror como o dito franchise. O que foi bom, para mim, que não sou assim tão apreciador do género. Depois teve aqueles momentos estúpidos que se tem de dar o desconto, só para a história continuar. Falo do facto de que a moça conseguiu sair da casa, mas não conseguiu esconder-se no meio do mato.

Moça, essa não era a parte mais difícil da noite, caramba!

domingo, março 29, 2020

Captive State


Captive State é um daqueles filmes que desconhecia a existência. Ou se calhar até lhe passei os olhos, mas como tem tão má cotação no IMDb preferi ignorar. Até que alguém decidiu dar o seu aval e meteu-o numa daquelas listas que, volta e meia, não resisto a ver.

Vi o trailer e fiquei agarrado. A história pareceu-me interessante. Porque embora existam bastantes filmes sobre invasões alienígenas, não há tantos a falar do pós invasão, de como seria a vida na Terra depois de vir alguém de fora tomar conta disto tudo.

Felizmente passou algum tempo desde que vi o trailer até ver o filme. Esqueci-me dele o suficiente para saber apenas que tinha bastante interesse em ver. Ajudou. Porque o trailer engana. Dá ar de que o filme tem muito mais acção. E acredito que esse seja o motivo de ter tantas más críticas. Porque espera-se acção e afinal o filme é mais de intriga, de envolvimento. Sinceramente, acho que o filme funciona muito bem para o que tenta ser, mas quando se tem uma campanha de marketing a vender outra coisa... É natural que o público se sinta enganado e reclame.

Eu gostei de ver. Vale o que vale. Acho que tem um bom elenco, no geral, que tem uma envolvência de tragédia adequada à realidade que apresenta. Talvez também tenha sido isso. Ver um filme em que a malta está limitada na sua vivência, com uma núvem de terror a pairar por cima de tudo... Talvez me tenha identificado demasiado e tenha sido mais assustador do que se tivesse visto numa altura em que não estivessmos limitados na nossa vivência.

sábado, março 28, 2020

The Art of Racing in the Rain


É uma espécie de Olha Quem Fala com um cão sábio a narrar a história. Não é assim tão engraçado, atenção. (Será que o Olha Quem Fala será ainda tão engraçado como foi?) 

Parece que a vida do cão e do seu dono, enquanto o teve, foi só tragédias, mas isso é porque tem de haver drama para haver filme. Mesmo o Marley & Me, que é muito mais comédia, teve o seu toque de tragédia. É o que mantém o público agarrado. É a mão que nos agarra o coração e aperta só um bocadinho, só para assustar, só para nos manter atentos.

Apesar das tragédias, AoRitR é um filme de família, para fazer toda a gente sentir-se bem. Faz esse papel muito bem, ou não tivesse tão boa cotação no IMDb.

Quer dizer... Quem é que vai dar uma má nota a um filme com um cão?

sexta-feira, março 27, 2020

Jumanji: The Next Level


Depois duma aventura destas de que falam estas pessoas?

São quatro a seis pessoas que têm muito pouco em comum. Pior, os ainda adolescentes nem sequer andam na mesma escola. Nem isso têm a que se agarrar. Porque convenhamos que há um limite para poder falar-se de determinado evento. Será o mesmo com pessoas que combateram na guerra ou malta que foi aos Jogos Olímpicos. OK pessoal. Já percebemos que «curtiram um molhe» fazer lá o que fizeram em Taizé, mas isso tem pouca relevância para o resto de nós, que ficámos em casa e vimos uma data de televisão.

Não sendo tão giro como o primeiro, este Jumanji teve pormenores bastante engraçados. Vive muito, e ainda bem, das interpretações cómicas do Rock e dos amigos que, graças ao novo factor de que qualquer pessoa pode ser qualquer personagem no jogo, têm assim liberdade para fazer vários tipos de interpretação num mesmo filme.

Juntando a correr e saltar dum lado para o outro, com um fundo azul por detrás... Não é este o sonho de qualquer actor?

quarta-feira, março 25, 2020

Thunder Road


O filme salta constantemente entre a comédia e o drama pesado, nunca deixando antever a cena seguinte. Pode ser visto como um sinal de qualidade do realizador, que também escreveu a história e interpreta-a. Contudo não deixa de ser muito confuso para o espectador (para mim, entenda-se).

Dou como exemplo a cena inicial, que imagino tenha sido a base para todo o filme. O realizador tinha uma ideia, esta cena, e estendeu a coisa até dar para arranjar um filme.

O nosso personagem está num funeral. A mãe morreu. Era professora numa escola de dança. Como homenagem, como forma de despedir-se, decide fazer uma dança ao som duma música de Springsteen. Tudo corre mal. O sistema de som não funciona, logo não há música. Ele não sabe dançar. Engana-se várias vezes. Pragueja e cospe no chão (sim, é numa igreja). Fica frustado. Quer desistir. Continua.

A cena é constrangedora e algo hilariante. Mas não é suposto uma pessoa rir-se disto. É uma cena triste. Ou é suposto ser engraçado?

Que raios quer de nós este realizador/argumentista/actor?

terça-feira, março 24, 2020

Missing Link


Fraquito. Esta produtora lançou cá para fora o Coraline, há uns anos. Desde então é flop atrás de flop. Os desenhos são giros, mas as histórias...

Nem vou muito longe, pois a cena final é ridícula. Não se percebe o papel da mulher, cuja relação com o personagem principal é duvidosa, no mínimo. Aliás não há química entre nenhum dos personagens. Os actores individualmente estão bem, mas sempre que interagem não se perceber a afinidade de que falam.

Este é de evitar... assim como se calhar a produtora que o fez.

segunda-feira, março 23, 2020

Dolor y Gloria


Voltemos à lista. Acho que estou a fazer um esforço maior a ver estes filmes, do que a Academia quando os escolheu este ano.

Uma das poucas vantagens é que volto a ver um Almodóvar. Não acontecia há algum tempo. E a verdade é que tinha algumas saudades. Os filmes deste cavalheiro são das poucas coisas que respeito vindas do nosso país vizinho. Os últimos dele não têm sido incríveis e/ou não têm andado muito na ribalta. E que foi necessário para voltar à dita: contar uma história pessoal.

Funciona quase sempre. Quando bons realizadores decidem contar histórias que têm algo de biográfico o público levanta logo às orelhas. Não creio que seja uma questão de querer saber da vida das pessoas. Acho mesmo que essas histórias são contadas com muito mais emoção, com mais carinho. É o caso de DyG, que terá bastante da vida e das agruras do realizador Espanhol mais famoso do mundo.

E falando em carinho, vai um abraço para Espanha. Não é que vos tenha grande respeito, mas também não vos queria isto. Ninguém merece esta m€rd@. Força, irmãos.

sábado, março 21, 2020

A League of Their Own


Saltemos para mais uma coisa bem disposta, para mais um clássico que a minha senhora não viu. É que para uma «fã» do nosso querido Hanks, o certo é que não viu uma data dos filmes do talentoso rapaz.

No meu entender, o filme envelheceu bastante bem. Continua a funcionar. Claro que se notam algumas limitações narrativas da época. Mas a única coisa «chocante» é ver que Davis teve uma carreira bastante àquem. A mulher devia ter feito mais bons filmes, pois jeito para a coisa não lhe faltava.

O que me fica, acima de tudo, é o fascínio dos Americanos com um desporto que é muito secante. A quantidade de filmes que Hollywood faz com base em beisebol é absurda, quase comparável com a quantidade de filmes feitos baseados na Segunda Grande Guerra.

A League of Their Own é um antigo «blockbuster de Verão» que continua a merecer o meu total respeito.

1917


De volta à vergonha Oscariana '20.

Este é um dos quais esperava alguma coisa. Mas ataquemos à cabeça o ponto fulcral deste filme: nunca na vida poderia ser um único plano contínuo.

Seria incrivelmente difícil contar esta história duma só vez. Não que seja uma narrativa tremendamente elaborada. São dois tipos que têm a missão de entregar uma mensagem. Não é isso que está em questão. Acontece que os dois têm de atravessar um campo de batalha e uma cidade francesa destruída. A pé. A fugir de tiros e de aviões a cair. A tentar evitar armadilhas e a procurar comida no processo. É demasiada coisa a acontecer para ser de seguida. Mesmo no teatro a mesma história teria pausas para mudança de cenário.

E atenção que este facto em nada tira força ao filme. Continuam a ser vários planos contínuos muito bem feitos. Honestamente não precisava que o marketing me tentasse com uma cenoura absurda. Veria o filme de qualquer forma. Tenho total respeito pelo trabalho do Mendes. O que acho ridículo é haver pessoas a acreditar num filme de guerra, de quase duas horas, filmado apenas num take. É quase tão estúpido como os tiros falhados nas ruas a direito, na dita cidade francesa em ruínas.

Posto isto, estava a ser um óptimo visionamento até que... Um Lannister irmão dum Stark?! Mas está tudo parvo? Que raio de casting foi este?

sexta-feira, março 20, 2020

Popstar: Never Stop Never Stopping


Não havendo coisas divertidas novas para ver, teremos de voltar às coisas divertidas que já vi... mas a minha senhora não!

Estávamos todos entusiasmados com Andy Samberg, depois duns bons últimos episódios de Brooklyn Nine-Nine. Propus continuar o registo e aproveitar que o filme está na Netflix (se não são os serviços de streaming e de entregas a salvar-nos nesta fase complicada, não sei que será). Já ando a dizer à moça para ver isto há um par de anos.

Popstar não desiludiu. É extremamente simples e às vezes algo juvenil. E então?

Deu para rir um bocadinho antes de ir dormir. Amanhã logo voltamos às cenas sérias, a ler uma data de notícias logo ao acordar, à procura de algo de bom como novidade... e a falhar sempre de cada vez.

Jojo Rabbit


Voltemos ao raio dos Óscares deste ano, um dos piores que me lembro. A sério. A lista tem piorado, de ano para ano. Pior, para mim, dos mais recentes, foram os de 2018. Fraquíssima. Os do ano passado estiveram ao nível. Este ano tem um ou outro filme de qualidade superior, mas no todo é uma autêntica vergonha. Muitos dos filmes entretanto desisti. Nem tenho paciência para os ver (estou a olhar para vocês, Irlandeses e Romanos). E nem falemos da vergonha que foi voltarem a não ter grande diversidade, do absurdo de terem contratado a Issa Rae e o Kumail Nanjiani só para anunciar uns poucos de filmes feitos pelos mesmos homens brancos do costume.

Posto isto, Jojo Rabbit é realmente uma das melhores coisas a sair da edição branquelas deste ano. É um filme enternecedor, até àquele momento em que somos levados de volta à terrível realidade do que se estava a passar. Nazis, mortes, terror, vidas miseráveis, etc etc etc. É uma história a lembrar um pouco A Vida é Bela, com melhor humor, no meu entender.

E Sam Rockwell esteve absolutamente «fabuloso». Este rapaz... consegue tanto fazer de tipo execrável que odiamos, como alguém levado a fazer coisas parvas mas que é boa pessoa. Tudo ao mesmo nível.

Faltam-me quatro filmes dos Óscares. Não os vou ver seguidos. Não consigo. É demasiado.

quinta-feira, março 19, 2020

Sword of Trust


O meu «arquivo» de filmes não é muito diversificado, neste momento. Algumas coisas guardadas para ver em companhia. Os restos dos Óscares deste ano. Dois ou três filmes que quero mesmo ver, mas para os quais preciso ter disposição emocional específica. E uma data de coisas que vão aparecendo em listas, que tanto podem ser uma trampa como algo de especial.

Sword of Trust pertencia à última categoria. Tem um elenco de gente que costuma fazer coisas divertidas, que é o que procurava hoje. Só que não era nada sequer perto disso. Não é mau. Só não é o que queria.

E, no fundo, a história é apenas uma pequena volta em que regressam todos ao mesmo sítio.

The Turkey Bowl


Que comece a quarentena!

Bem, primeiro nem é propriamente uma quarentena. E segundo, já estamos nisto há algum tempo, infelizmente. Eu é que não tenho estado muito numa de ver filmes. Por vários motivos, mas principalmente porque andei ocupado umas semanas, para variar um pouco. Essa nova/velha ocupação terminou ontem, graças aos assuntos correntes, o que me permite voltar a ter tempo para este vício. Depois, eu e a senhora andamos mais numa de embaçar séries. E por «andamos» entenda-se «ela está mais numa de ver séries».

Continuo sem grande «objectivo» para escolher o que ver. Neste momento a depressão começa a mostrar a sua fronha horrenda, pelo que procurei ver coisas divertidas e bem dispostas. Não há muito disso que já não tenha visto, convenhamos. O que me leva a «terceiras e quartas opções».

Turkey Bowl tem gente cómida e alguns momentos lúdicos, mas é mais uma daquelas histórias saudosistas de ter-se deixado o sítio onde se cresceu, só para voltar (neste caso o nosso protagonista a isso foi obrigado) e ver que afinal tudo o que queríamos sempre esteve no mesmo local.

Não trazendo nada de novo, vê-se bem.

terça-feira, março 03, 2020

Spies in Disguise


Uau! Que história tão clássica e batida.

Temos o nosso herói. O herói dos heróis. Trabalha para uma agência onde é a estrela mais radiante de toda a história da agência. Não tem «colegas». Tem gente que quer ser como ele... ou que quer «estar» com ele. Salva o mundo de cada vez que está em missão. É o arqui-inimigo de todos os vilões. Safa-se sempre. Com arte, engenho e alguma sorte. Não precisa de parceiros. Trabalha sozinho porque qualquer outra pessoa o atrapalharia. Só que este isolamento leva a que seja mais fácil incriminá-lo, porque ninguém o conhece verdadeiramente.

É o que um vilão faz, procurando vingança. Incrimina-o, fazendo-se passar por ele com uma tecnologia avançada. Assim, toda a gente que sempre o invejou aparece vindo de qualquer canto ou buraco, tudo pronto para o meter na cadeia, acreditando ou mesmo só apelando ao que sempre acharam: que ninguém pode ser assim tão bom.

O nosso herói foge para se poder defender, para poder salvar o seu bom nome. Acaba por ter de aceitar a ajuda de quem inadvertidamente despediu, momentos antes de ser incriminado. A ajuda dum cientista com ideias pouco convencionais, que só quer inventar maneiras de acabar com todos os conflitos do mundo sem recorrer à violência.

E, assim, a história culmina no muito clássico desenrolar de história em que o nosso herói transforma-se num pombo que fala e entende outros pombos, disfarçando desta forma a sua imagem para que não seja encontrado pela polícia e possa limpar o seu nome.

Quantas vezes não vimos já esta história?