domingo, fevereiro 28, 2021

See No Evil, Hear No Evil


Ah, assim sim!

Esta é a parceria que lembro-me de ver com gosto. A base está toda lá. Pryor diz asneiras a torto e direito. Wilder é um ladies man desajeitado. Mas tudo está aprimorado à perfeição. E a história... Perfeita para a época. Um cego e um surdo são incriminados pela polícia. Escapam, claro, e vão atrás dos verdadeiros culpados, interagindo com uma complementaridade extraordinária para quem acabou de se conhecer.

Confesso que já não tinha presente muito do filme, tirando uma frase clássica. A femme fatale procura algo nos bolsos das calças do cego Pryor, e este diz «I don't know what you're looking for, but it's a little to the right».

Acedo que pensava que dizia left e não right, mas lembro-me muitas vezes desta cena. É estranho, bem sei, mas para mim é um clássico dentro dum clássico.

sábado, fevereiro 27, 2021

Monsters


Mais uma vez lá vem o ser humano, com a sua visão limitada, caracterizar negaticamente criaturas que desconhece.

«Monstros». São seres que foram transportados para um planeta que não o seu. Estão a adaptar-se a uma nova realidade. Até porque não é claro que a culpa deles estarem no nosso planeta não seja nossa. Uma nave foi explorar e voltou com «brindes». Não sei quanto a vocês, mas eu ficava sempre arreliado quando os meus pais saíam e não traziam nada para mim. Acho que essa é a mentalidade do ser humano. Se vai é para ir buscar alguma coisa.

Monsters tem o dom de contar uma história bem, sem mostrar grande coisa. Tudo muito simples e tranquilo, mas não desprovido de emoções fortes. É inteligente no que faz e no que deixa para a nossa imaginação.

E tem uma cena duns alienígenas gigantes a (presumo eu) copular. O que é sempre fixe.

Willy's Wonderland


Nic Cage é o personagem principal no filme e não tem uma única fala. Limita-se a interpretar todas as emoções fisicamente, em todo o seu explendor. E se isto não prova que o homem é um dos melhores actores da sua geração, não sei que mais poderá fazer.

Claro que se alguma vez fartar-se de não ter os seus dotes devidamente apreciados no mundo da sétima arte, pode sempre fazer parte duma equipa do Querido, Mudei a Casa ou semelhante. O trabalho que fez em limpar um antro de homicídios foi qualquer coisa de extraordinário. Ficou uma maravilha. E em tempo recorde!

Monster Hunter


O início não foi muito mau. A Leeloo é uma militar destacada no médio oriente. O esquadrão dela apanha uma tempestade estranha, no meio do deserto, que os transporta para um outro mundo, um outro universo, onde existem uns bichos estranhos e tramados de matar. Quase toda a gente morre e Leeloo só sobrevive porque junta-se a um local, que sabe como matar os «monstros».

As criaturas só estão a fazer o que lhes é normal e a tentar sobreviver. Mas vá, chamemos-lhes monstros.

Estão presos num calhau, com bichos nocturnos a tentar usá-los como incubadoras, e um «diablo», saído do Tremors, que morde se assentarem pé fora do calhau. Leeloo e amigo (também conhecido como «estrela de cinema Chinês») arranjam um plano, trabalham juntos e lá se safam.

A partir daí só complicou, ao ponto de meter dragões a viajar para o nosso mundo e fazerem gato sapato de militares norte americanos. Porque uma única militar arreia os monstros sozinha. Uma data deles, com tanques, não fazem frente a nada nem ninguém.

O marido da Leeloo parece ter tentado criar um universo / franchise. Não sei se teve grande sorte.

domingo, fevereiro 21, 2021

The Lego Movie 2: The Second Part


É uma sequela. Não, não é tão giro como o original.

O primeiro mostra-nos o universo e dá-nos a parte emocional, da relação entre o pai e o filho, que melhora pela partilha do interesse comum. Na sequela o efeito surpresa foi-se. Sabemos perfeitamente da ligação entre os dois mundos. E convenhamos que o enredo é praticamente todo dado no final do primeiro filme.

Continua a ser divertido de se ver, atenção. Só não é a mesma coisa.

The Lego Movie


Não tenho muito mais a acrescentar a este anúncio à Lego... Quero dizer, a este filme da Lego! É um tsunâmi de elementos visuais atirados à nossa cara, a uma velocidade estúpida. O cérebro ou explode...

Não sei qual a alternativa. Das duas vezes o meu cérebro explodiu.

PS - O pormenor do capacete partido continua a trazer uma lágrima, num misto de alegria e tristeza. Creio que chamam a isso «saudosismo».

sábado, fevereiro 20, 2021

Bliss


«O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente...»

Algumas pessoas podem levar outras a cometer alguns actos considerados «insanos» por todos os membros da sociedade respeitados. Já mulheres como Salma Hayek conseguem levar alguém à «absoluta loucura». O que é absolutamente normal. É o que acontece a Owen Wilson, que a conhece e deixa de conseguir perceber a diferença entre os dois mundos pelos quais viajam, qual é o verdadeiro e em qual quer viver.

Bliss é uma história de ficção científica a mascarar uma história ainda mais surreal, mas demasiado presente: a de perder tudo na vida por causa dum vício.

sexta-feira, fevereiro 19, 2021

Flora & Ulysses


O problema com maior parte de nós é não termos os olhos e o coração abertos, para vermos e recebermos as coisas mágicas e bonitas da vida. Essa abertura foi-se com a «inocência». Eu sempre fui fechado, mas tento agora mudar, para que possa ter um pouco de luz na vida.

E por «luz» entenda-se «filmes da Disney sobre esquilos super-heróis». Todo eu sou abertura a ter na vida roedores que fazem uma superhero landing na perfeição, enquanto seguram um M&M.

Já não tenho idade nem paciência para esconder coisas. Gosto de filmes lamechas da Disney. E vou sempre tentar vê-los quando estreiam, especialmente os que só tenho de clicar numa app para ver.

quinta-feira, fevereiro 18, 2021

Another You


Este foi o último dos quatro filmes em que Wilder e Pryor colaboraram. E foi um projecto em desespero, parece-me.

A ideia não era má. Wilder acabou de sair dum manicómio e é confundido com um tipo rico que desapareceu. Pryor é um «artista de esquemas» que, por acaso, acompanhava Wilder no seu regresso à sociedade. Claro que tenta aproveitar-se da confusão para ganhar algum, e assim surgem os momentos cómicos. Ou pelo menos deveriam surgir. Aqui encontramos o problema do filme. É que não teve assim tanta piada.

Quero ver o clássico dos clássicos, com esta parelha. Tentar equilibrar um pouco as coisas. Mas confesso que agora estou com algum receio do que possa descobrir.

Funny About Love


Uma das vantagens de vivermos num mundo em que tudo se encontra na Internet, é que conseguimos encontrar tudo na Internet. Dito isto, será que alguém chegou a analisar esta questão do Leonard Nimoy ter realizado uns quantos filmes sobre miúdos, sobre ter miúdos e a dificuldade em às vezes ter miúdos? É verdade que também realizou um par de Star Treks, mas o porquê deste nicho em particular não deixa de ser curioso. E o pior é que nem são projectos nada de especial.

Funny About Love não é mau. Tenho ficado um pouco desiludido com o que tenho visto de Wilder, mas a verdade é que nem estou a ver o melhores dele. E não estou sequer a ver estes filmes com os olhos daquela época. Este filme está um pouco acima da média fraca dos últimos dias.

FAL é sobre um tipo que tinha quase tudo, mas encontrou dificuldades em ter um bebé com a esposa, como muitos casais pelo mundo e pela História fora. Ao menos aqui temos um filme que fala sobre as partes menos boas do processo, e desmistifica um pouco tudo, talvez até ajudando quem esteja a passar pelo mesmo.

Obrigado pelo esforço e interesse, Dr. Spock.

quarta-feira, fevereiro 17, 2021

The Woman in Red


Tenho duas referências da Kelly LeBrock. Uma é o famigerado Weird Science, onde levou adolescentes a fazer tudo e mais alguma coisa. A outra é este Woman in Red, onde tem uma cena épica com o dito vestido, em cima duma «grade ventilada», imitando a icónica imagem da Marilyn. Depois, coitada, fez lá os outros filmes com o palerma. Mas com esses quero ter pouco a ver.

E se Science tem coisas erradas aos olhos de hoje, Red então é uma catadupa de «politicamentes incorrectos», de homens a serem completos idiotas para as respectivas esposas (e namorado). Wilder conta a sua história de adultério enquanto está num parapeito e toda a gente pensa que pretende suicidar-se. Ele escreveu e realizou um filme onde é casado, com duas filhas, e onde acha-se com hipóteses com LeBrock, apesar de não ter feito nada que não ser um palerma com a moça.

Num paralelo, descobri há dias que Wilder esteve casado com Gilda Ratner, uma comediante que fez parte da primeira troupe do SNL. Consta que Radner era um talento humorístico. Vi um par de sketches e a moça tinha piada. Infelizmente deixou a comédia e tudo o resto cedo demais. A curiosidade é que Wilder meteu a esposa como a maluquinha do escritório, interessada em Wilder mas vingando-se agressivamente quando este não retribuiu o afecto.

Voltando ao filme e resumindo: LeBrock era realmente um espanto; Wilder um péssimo guionista/realizador; Stevie Wonder escreveu uma data de originais para a banda sonora (e ganhou um Oscar com isso); toda a gente fuma; os homens são uns porcos; e a cena final é absurda, começando no colchão de água à anos 80 e terminando numa tentativa de suicídio aparecer nas notícias em directo.

Com este «revisionamento» a minha infância foi algo destroçada. Continuem com as vossas vidinhas. Eu vou só ali para um canto escuro chorar um bocadinho.

terça-feira, fevereiro 16, 2021

Silver Streak


Não sei bem que pensar. Não é uma clássica comédia com Wilder e Pryor. É mais um thriller, com uma parte despropositada de romance.

Para além de que:
- Como forma de preliminares, Wilder tem uma longa conversa sobre jardinagem com a moça que conheceu no comboio, procurando ser sensual. Isto porque é editor e trabalha muito nesta área, mas...
- ... Wilder mata uma data de gente neste filme. Sem mostrar remorsos ou sequer transtorno. Conheci alguns editores na vida e posso dizer que quase nenhum seria capaz de homicídio sem qualquer contemplação sobre o acto. Quase.
- Pryor aparece no filme uma hora depois de demasiadas partes secantes num comboio onde Wilder tem dificuldades em manter-se, sendo expulso ou saltando borda fora três ou quatro vezes, só para voltar sempre... porque está apaixonado.
- São quase duas horas de filme e Pryor aparece apenas em cerca de 30 minutos. Ajuda Wilder e tornam-se buddies por causa de... motivos!?
- E a pior cena de todas: Wilder a certa altura usa black face, para evitar ser apanhado pela polícia.

Espero que os próximos melhorem. Este deixou apenas um sabor amargo na boca.

segunda-feira, fevereiro 15, 2021

The Bookshop


Emily Mortimer decide abrir uma livraria numa aldeia. É a pior ideia que qualquer pessoa no mundo, em qualquer momento na história, poderia ter.

Porque nesse exacto momento em que compra uma casa histórica na aldeia, a mulher mais rica dos arredores decide que é ali que quer abrir um centro de artes. Dada a influência que Tammy One tem na aldeia, Mortimer não tem qualquer hipótese.

Convenhamos que abrir uma livraria, ou um centro de artes, seja onde for, é igualmente estúpido, no meu entender.

Stir Crazy


Estava eu a correr uma lista de factos desconhecidos do Trading Places, quando um refere que Wilder e Pryor foram considerados para os papéis principais do filme. Murphy e Aykroyd acabaram por ser os escolhidos, e história cinematográfica aconteceu.

Isto fez-me perceber que Wilder é Pryor foram uma dupla maior do que pensava. Claro que os conhecia do See No Evil, Hear No Evil, para além dum outro qualquer, mas não tinha ideia que os actores tinham colaborado juntos tantas vezes. Ainda fizeram uns quatro ou cinco!

Stir Crazy é um deles, em que Pryor é mais expressivo que verbal, e Wilder é mais temerário que o costume. Ambos estão sem direcção, a viver em Nova Iorque. Decidem atravessar o país numa carrinha, trabalhar aqui e ali para ganharem uns trocos, até chegarem a Hollywood e realizarem o sonho de trabalhar em filmes. Logo na primeira paragem arranjam um trabalho num banco e são incriminados de o roubarem. Na prisão metem-se em alhadas e Wilder acaba por ser obrigado a participar num rodeo - como é normal acontecer em prisões no Sul dos Estados Unidos.

Ainda verei mais um par de filmes com os dois, para além duns clássicos da minha infância, com Wilder. Gostava muito dele quando era miúdo. Assim como de Pryor. Veremos se a imagem que tinha mantém-se.

PS - O filme é realizado por Sidney Poitier. Exacto, para além de quebrar barreiras ganhando Óscares, ainda fazia uma perninha a realizar comédias tolas.

domingo, fevereiro 14, 2021

Smallfoot


Olha, mais uma coisa que a Zendaya fez.

Smallfoot pertence ao WAG, à Warner Animation Group. Uma tentativa de rivalizar com a Disney e as suas Pixar ou Dreamworks.

Pois. Claro que sim.

Não lhes correram mal as primeiras iniciativas, com o filme do Lego ou o Storks. Deram dinheiro e eram coisas com alguma qualidade. A partir daí terá começado a ficar mais complicado. Porque Smallfoot não é mau, mas tem poucas ideias originais. Os maneirismos, piadas físicas, etc., estavam todos no Storks, incluindo os detalhes de comunidade animal, que no fundo são os mesmos da nossa comunidade. Em boa verdade, os filmes podiam ser no mesmo universo amoroso. Um «Animated Amoroso Universe» (AAU - souberam dele aqui primeiro). Mas será suficiente serem apenas filmes amorosos, mais ou menos sempre com a mesma premissa, de dois mundos serem diferentes mas iguais ao mesmo tempo?

Certo. Também não me parece.

sábado, fevereiro 13, 2021

Little Fish


Curioso como um filme com uma doença misteriosa, que afecta a memória, consegue ser um atrofio cerebral. Porque anda constantemente para trás e para a frente no tempo, mostrando momentos no passado, presente e... Bem, não é futuro porque nunca sabemos exactamente qual o presente.

É confuso. É só o que estou a dizer. Mas é uma história romântica. Bonita. Trágica. O casal está muito bem um com o outro. Há detalhes óptimos. E até dá vontade de ver outra vez, só para tentar apanhá-los todos.

Estou triste. Mas não porque vi este filme. Se bem que é por causa do que vi no filme.

The Map Of Tiny Perfect Things


Em menos dum ano vejo dois filmes românticos com a premissa do Groundhog Day. Ou seja, um casal num loop infinito dum só dia.

A sério? Hollywood fez a cena dum estúdio produzir um filme igual, só porque o outro teve sucesso, mas desta vez foram canais de streaming? (O do Samberg é Hulu, este é Amazon.) Devia estar irritado com a falta de imaginação... Acontece que ambos são giros e eu sou um tanso que adora estas histórias.

E, já agora, mais a propósito: quanto tempo seria necessário para descobrir todos os momentos incríveis num só dia?

Brightburn


É uma história escalpelizada e reinventada por muitos, desde que tornou-se popular: e se um bebé alienígena aterrasse na Terra, sendo criado por pais adoptivos terrestres?

Aquele que tornou a história popular acabou por ser um bom exemplo. É um dos heróis mais famosos. Mas há anos que outros exemplos têm surgido na BD. Chiça, até já fizeram uma versão em que a criança aterra na Rússia, tornando-se assim uma arma do governo comunista.

Aqui nem se chega tão longe. O miúdo atinge a puberdade, começa a descobrir os seus poderes... E pronto, está assim o caldo entornado.

É uma das versões mais aterradoras, sem dúvida.

Take the...

sexta-feira, fevereiro 12, 2021

Barb and Star Go to Vista Del Mar


Que mamadice pegada.

Pensei que seria apenas um filme tolo em que duas amigas vão passar férias. Uma especie de Romy and Michelle de meia idade. Afinal mete vilões, planos secretos para matar uma data de gente usando mosquitos venenosos, e muito álcool e/ou narcóticos dos fortes.

No fundo Wiig e a amiga menos conhecida queriam fazer um filme e passar umas férias juntas. Como tal «tomaram umas coisas» que fazem ver cenas e escreveram um filme.

Verdade seja dita, as duas têm empatia e alguma piada juntas.

To All The Boys: Always and Forever


Quantas vezes é que um casal tem de acabar, para provar que estão para durar para sempre?

É verdade que este par de adolescente lida com a perda, desgosto, alegria e até t€s@0 como o mais maduro dos adultos. A sério, às vezes parecem monges tibetanos, cheios de sabedoria e paz, em vez dos adolescente enraivecidos pelas hormonas que povoam 93% dos seus corpos. Talvez tenham amadurecido precisamente porque no curto espaço de tempo que dura a relação (três filmes) passaram por tudo e mais alguma coisa.

Ou então, se calhar, isto é mesmo só ficção romântica adolescente e eu não deveria pensar tanto no assunto.

segunda-feira, fevereiro 08, 2021

Locked Down


Finalmente vejo um filme feito na surreal «realidade» em que vivemos. (Em formato série vejo a brilhante Superstore.)

Em pleno confinamento de Março, em Londres, um casal tenta (sobre)viver em comunhão. Apesar de terem terminado o relacionamento. Não fosse o confinamento e não estariam juntos. Ele está em layoff. Ela está farta do que faz. Juntos planeiam cometer um crime que os tirará da vida de sofrimento em que estão. Salvo a questão Covid. Aí não há dinheiro que os salve.

O filme está muito mal cotado no IMDb e, honestamente, só posso atribuir isso ao facto de que ninguém quer ver ficção sobre o que estamos a viver. Porque o filme não é assim tão mau. É divertido de se ver o suficiente e inteligente na forma como contorna as limitações notórias.

Há a questão do nome dado ao tipo, que pode entalar todo o plano, a qualquer momento. Pergunto-me porque não deram só primeiro e último nome a quem perguntava. Sim, Edgar Allen Poe é bastante reconhecível, mas Edgar Poe não será um nome que passa despercebido?

Não me parece que seja questão suficiente para dar tão má cotação a um filme, por muito que seja mesmo um pormenor tolo.

Stripes


Clássico Bill Murray, com um parceiro de várias posteriores andanças, Harold Ramis, e umas pinceladas duns jovens Candy e Reinhold.

Vi o filme várias vezes, em miúdo. Se bem que tem demasiadas cenas que não são bem para miúdos. Foi curioso que voltei a sentir uma coisa que sentia muito na altura. Que estes filmes tinham inícios geniais, super engraçados, e que o resto era sempre demasiado disparatado. Mesmo imberbe, não era parvo nenhum.

Ora tomemos a história de Stripes como exemplo. Dois palermas sem rumo decidem alistar-se no exército, a ver se orientam-se. São uns malandros e metem-se em tropelias, sentindo até que o treino base poderá ser demasiado para eles. Sendo espertos, safam-se de alhadas maiores e até conseguem passar uns bons momentos com umas polícias militares simpáticas. Até aqui tudo bem. Só que depois...

O sargento tem um acidente e não conseguem terminar de dar o treino base. Sem isso o regimento de Murray et al não consegue passar na formatura e terão de repetir tudo desde o início. Na noite antes da formatura Murray chega-se à frente e lidera a malta para uma exibição tal, que são logo destacados para um projecto militar secreto em Itália. Envolve uma carrinha muito especial. Claro que Murray e Ramis pegam na carrinha e vão à Alemanha onde estão as amigas, passar o fim-de-semana. O capitão pensa que são espiões comunistas e roubaram a carrinha. Mete o regimento atrás deles, só para serem capturados na Checoslováquia. Ao saberem disto, Murray, Ramis e as duas moças fazem-se à estrada para salvarem toda a gente e tornarem-se heróis.

Dá para ver onde a coisa perdeu-se, certo?

sábado, fevereiro 06, 2021

The Dig


Parece que filmes sobre a II Guerra Mundial já não têm o interesse de outrora. Já se fizeram uns quantos, convenhamos. Não há problema. Hollywood adaptou-se e começou uma nova tendência que estou certo durará muito tempo: filmes sobre coisas paralelas à II Guerra Mundial, como este Dig, sobre uma escavação arqueológica que aconteceu mesmo, nos arredores de Ipswich, enquanto aviões da RAF passavam por cima e despenhavam-se perto.

Este filme é tão incrivelmente emocionante como eu acreditava que fosse, quando soube da sua existência. Ainda bem que voltei atrás na minha decisão inicial de não ver o filme. Teve momentos tão excitantes como ver o gato virar-se para adormecer, pela enésima vez hoje. E outros quase tão fascinantes como ver o gato a «tomar banho».

Não sei se fui óbvio o suficiente, mas temos um gato, hoje em dia.

quinta-feira, fevereiro 04, 2021

Uncle Frank


O Vision é gay. E não há nada de errado nisso.

O que é errado é um pai não aceitar o filho por este ser gay. É o que aconteceu ao personagem de Bettany e a muitos homossexuais no passado e, infelizmente, no presente.

Felizmente outros membros da família, apesar de serem duma cidade pequena do sul dos Estados Unidos, não são idiotas. Como é o caso da sobrinha, que vai estudar para Nova Iorque, onde o tio dá aulas e assim pode conhecer o incrível Wally, o melhor personagem do filme.

Agora, é errado Bettany tentar um papel de Oscar, entenda-se um «papel gay», apesar de não o ser? E «papéis gay» ainda dão Óscares, ou os únicos garantidos são os papéis da Segunda Guerra Mundial?

The One and Only Ivan


É um filme da Disney. Convém ter isto presente, pois está cheio de animais que falam uns com os outros e são uns doces para os humanos. Até os entendem e tudo.

Ivan é a estrela dum mini circo de centro comercial. Está relativamente contente com a sua vidinha, até que aparece uma elefante bebé. Não querendo aquela vida para ela, Ivan arranja maneira de, através dos seus desenhos, procurar a liberdade para si e para os colegas animais.

É um filme baseado na história verdadeira dum gorila chamado Ivan, que desenhava, e que esteve 27 anos num mini circo num centro comercial, até que a comunidade local reclamou liberdade para os animais. Assim, Ivan foi recambiado para um... jardim zoológico.

ugh

quarta-feira, fevereiro 03, 2021

Teen Spirit


Sim, sim, eu sei. É um filme de TV da Disney. Que fazer? Tem uma moça que conheço doutras paragens e uma data de miúdos com 20 e poucos anos a fazer de adolescentes. Para além de que tem tantas implicações erradas que são ignoradas. A começar pelos adolescentes a descobrirem que há fantasmas, céu e inferno, e mesmo assim a ponderarem sexo antes do casamento.

O filme é péssimo, para que não haja dúvidas. Para mim, foi tão mau que deu a volta. Adorei.

Só é pena não terem feito um poster como deve ser. Não há muitas opções na net, para um filme destes, claro. Tem de ficar assim esticadinho. Não vou mudar o que faço no blogue só porque ninguém se deu ao trabalho.

terça-feira, fevereiro 02, 2021

Serious Men


O filme é uma porcaria e não o devia ter acabado de ver.

É preciso mais? OK.

O pai trabalha com idiotas que acham-se esperto, que conseguem parecer ser espertos por dizerem coisas inteligentes aleatoriamente, fazendo-se valer que as outras pessoas não são tão espertas, em teoria. Usando a estratégia de «dizer cenas», o pai treina o filho para parecer ser um génio. Para proveito próprio. O esquema não dura para sempre e o filho é descoberto. O pai mostra-se arrependido? Não especialmente. Ah, e os «homens espertos» ainda ajudam no esquema, a certa altura, porque sim.

Uma estupidez pegada.

segunda-feira, fevereiro 01, 2021

Polar


O Mads estava a preparar-se para a reforma. Tem uma bela casa no meio do mato. Arranjou um animal de estimação. Vê filmes e tem outros passatempos. Mantém-se activo ajudando a vizinha a cortar a lenha necessária para passar um Inverno quentinho (só é pena não conseguir ajudar Hudgens com aquele penteado). E, apesar de chegar à idade de reforma, continua um tipo bem parecido.

E não é que o patrão quer lixar-lhe o valor prometido da reforma?! Este patronato é uma vergonha e Mads lá vai ter de chatear-se. E se ele «chateia-se»!