domingo, janeiro 31, 2010

Where the Wild Things Are

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Gosto muito de fantasia. só que há filmes que às vezes deixam-me deprimidos. Sei e não sei porquê. É suposto e não é suposto. Tende a associar-se fantasia com coisas para putos. Só que depois há os filmes para putos. E filmes para putos não nos deixam deprimidos. No máximo, irritados. Fantasia deixa. Porque mexe connosco àquele nível de fazer ir buscar coisas da infância. Acima de tudo aquele fugir para algum lado, para evitar pensar/lidar com as coisas. A diferença é que, quando éramos miúdos, fugíamos para sítios com monstros que voam e falam, no meio do bosque ou da montanha, com magia e aventura. Agora, mais crescidos mas sempre miúdo, fugimos para as coisas que nos rodeiam, tipo passatempos mas, regra geral, para trabalho. Deprime-me como tudo refugiar-me no trabalho. Não é o trabalho em si, não é que seja horrível. É o estilo de vida. É o teres que o fazer. Sempre preferia fugir para sítios com monstros.

O filme é muito bonito. Claramente faltam imensos detalhes do livro (não vamos reentrar nesta discussão, é ponto assente que, 99% das vezes, os livros são sempre melhores). Não li o livro, indicaram-me algumas cenas em falta que sim, teriam feito toda a diferença. Mas apenas com a sinopse do Imdb dá para ver isso: «(...) Max, a disobedient little boy sent to bed without his supper, creates his own world». Talvez no livro tenha ido para a cama sem comer. Faz muito sentido, especialmente tendo em conta o pormenor que me contaram, do puto nunca comer na história, a não ser no final. No filme, sai disparado de casa, depois de fazer birra e respectiva m#rd@. O filme tem imagens maravilhosas, e o tom da terra dá-lhe um visual muito específico, num género onde é preciso muita imaginação, para sair destacado. Os bonecos do Jim Henson ajudam. Mexem comigo, como imagino que mexam com o imaginário de muito boa gente que teve a sorte de crescer com eles.

FRAGGLE ROCK FOREVER!!!!

Contudo, o pior é que acabei com uma música da Barbara Streisand na cabeça, porque uma das músicas do filme ma fez lembrar. Isso então é deprimente com'ó raio!

2012

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2012 é o número de clichês que este filme tem.

Li algures que Roland Emmerich queria que fosse o seu último filme «apocalíptico». Como tal, queria que fosse tudo em grande. Queria usar todos os truques dos outros filmes, e queria gastar os últimos que tinha imaginado. Parece-me que conseguiu. Só achei repetitivo, porque depois duma fuga de LA de carro, ainda houve uma fuga da Califórnia de avião, sempre com coisas a cair à volta e a terra a desabar mesmo atrás das rodas.

É estranho ver Cusack como herói de acção.

sábado, janeiro 30, 2010

Whatever Works

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I see death by culture shock.

Woody Allen volta a Nova Iorque para fazer qualquer coisa simples. Temos a ideia de que as pessoas descobrem-se lá. Porque Nova Iorque é a cidade onde podes ser tu. Estando rodeado de tudo e todos, podes permitir-te a seguir o teu percurso, naturalmente. What a load of crock!

Tenho pena de não ver Woody a fazer dele mesmo. Há sempre um Woody Allen nos seus filmes. Até a Scarlett já foi Woody Allen. Aqui é Larry David, claro. Não morro de amores por David. Ri-me com o Seinfeld. Já o Curb nunca fez nada por mim. E não me metam a falar da Evan Rachel Wood! É a mesma coisa. E não é a mesma coisa. Aqui podia perfeitamente ser o Woody. Percebo quando é para fazer papéis de mulher ou de gajo novo. Agora, para fazer de velho que sabe mais que os outros, porque não? Continuam as bocas. Woody é um mestre das bocas. E por isso valerá sempre a pena ver um Woody Allen.

The Informant!

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Eu já conheci uns tangosos na minha vida. Gajos que fazem da coisa uma arte. Outros que a tornam mesmo em algo memorável.

Este gajo é um artista. Ele mentia a toda a gente. E o mais engraçado é que há muitas vezes em que nem havia necessidade. O homem envolveu a família, o estado, o patrão, toda a empresa, o FBI, a imprensa, o IRS... toda a gente!, numa história elaborada, só para aparecer, só para ganhar com isso, só para se ir safando. A cena porreira é quando, a meio do filme, toda a gente lhe diz para não falar com ninguém. E ele continua! O gajo falava com quem lhe desse ouvidos. Lindo.
Continuo a não apreciar que se façam filmes de pessoas destas. Mas confesso que entreteve-me.

Zombieland

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Time to nut up or shut up.

FO#@-se!!!! Finalmente um filme de jeito neste inferno de mês!
Ok, sim, é um filme de zombies. Não interessa. Filmes de zombies são como piza e aquela outra coisa de que não tenho qualquer conhecimento de causa. Um mau filme de zombies é sempre bom entretenimento.

Obviamente não vou dizer nada sobre a história. Acho que não tenho que explicar uma história de zombies, certo? Fim do mundo. Praga. Um zombie morde-te, tornas-te num zombie. yadda yadda yadda

Remeto-me antes ao muito bom elenco. Gosto desta nova vaga de geek/heróis. Temos a estrela Michael Cera e este Jesse Heisenberg. Depois de anos e anos de comédias de adolescentes, onde o geek chegava-se à frente, ficava com a cheerleader e batia/humilhava o jock, agora finalmente temos os geeks a fazer de geeks. Muito têm a agradecer ao John Hughes, estas novas estrelas de Hollywood. Emma Stone cai no goto facilmente. O seu ar de miúda acessível faz com que tenha a possibilidade de ir fazendo bons filmes. A Abigail Breslin está a provar que o Little Miss Sunshine não foi um one hit wonder e, a nível de miúdos actores maravilha, a Abigail bate aos pontos a Dakota. Do Woody não há nada a dizer. É o maior. E ainda bem que está a regressar à ribeira.

Com esta gente, zombies palhaços e um Bill Murray a fazer dele mesmo, com muita classe, já não estou deprimido de ter ficado em casa numa sexta à noite.

PS - Vantagem de viver num mundo destruído por zombies? No facebook status update!

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Love Happens

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Estive o tempo todo a pensar o porquê da Jennifer Aniston. Todo o fenómeno à volta dela. Porque é que os homens são doidos por ela. Nos filmes. Porque é que ela faz sempre estes papéis de mulher perfeita. A mulher pelo qual um homem se apaixona profundamente. Não morro de amores. De todo. Mas, como todos os homens, já pensei. Admito que já pensei.

É uma mulher assim tão atraente? Nem por isso. Não é feia, mas não é nenhum portento. É girita. Tem aquela penca, que é um bocado assuntadora. O tom de pele é uma vantagem, assim aquele ar morenaço, mas isso também é possível que seja falso. Já poderá estar entradota, mas continua com um ar jovem. Se bem que neste filme foi ridículo, porque no início andava com um puto músico. Então se não é o aspecto físico, é o quê? Ela tem aquele ar de menina taranta, que precisa sempre de ajuda com alguma coisa. E um homem ajuda. E ao ajudar, aparece aquela sensação de concretização. O ego é massajado. A masculinidade atinge os pontos mais elevados. A auto-estima tem um crescimento mais importante do que o das calças. Claro que é tudo ilusão. Ela não precisa de ajuda nenhuma. Aliás, se perder aquela independência de conseguir fazer as coisas sozinha, ela passa-se. É tudo um jogo. O lançar da rede, a tentar apanhar alguma coisa. Não é feito com maldade, atenção. Faz parte. O homem sente-se importante. Sente-se capaz. Sente-se confiante. Torna-se mais engraçado. Mais interessante. E quando ela o pica para fazer coisas novas, ou mais arriscadas (outra das facetas de Aniston, trazer este tipo de comportamento ao de cima, de experimentar a vida, de viver a vida), o homem salta e faz todas as coisas que nunca pensou fazer. E pensa que está finalmente a viver. Que soltou-se das amarras impostas pela sociedade... pelos pais... pelas próprias inseguranças. E o homem quer apresentar a Aniston aos amigos. Eles adoram-na. Ela adora-os. Tem bom sentido de humor e capacidade de aturar idiotices. Ignora o facto de estar a invadir um espaço que não é o seu, e torna-o seu! Não se fica em nada. Beber. Bocas porcas. Jogar. Seja o que for. Ela tem escola para tudo. Às tantas os amigos já gostam mais dela. É daquelas mulheres perfeitas para levar a casa. Gira o suficiente para o pai ficar orgulhoso. Não demasiado alguma coisa para que a mãe se sinta ameaçada. Carinhosa. Apoiará sempre qualquer decisão, incondicionalmente. Irá sempre perdoar-te, por muito que a magoes. A Jennifer Aniston é a namorada perfeita. Pelo menos em teoria, porque no papel... terá havido um motivo para o Pitt a ter despachado, não?

O filme é uma m#$d@! Do princípio ao fim.
E é uma pena, porque gosto do Eckhart. Ele aqui não tem piada. É bonzinho, chora e é totó. Prefiro-o sacana.

The Boys Are Back

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Mais um que quis ir passear.

Clive Owen era um rapazito certinho. Tinha estudado numa escola toda posh. Não diz asneiras. Tem dinheiro, uma esposa e um filho. A coisa complica-se quando engravida uma australiana que estava de visita em Inglaterra. Mudou-se para a ex-colónia, casou-se novamente e teve novo filho. Mas continua sem dizer asneiras. A esposa nova morre. É aqui que entramos na história. Com uma educação um pouco antiquada, não faz sentido ao Clive um filho sem mãe, só com o pai, mas o homem está decidido a tentar. Nada de regras, porque o puto não precisa disso agora. Um pouco de apoio do fantasma da mulher. E uma nova australiana para fazer-lhe companhia. Clive tenta fazer algo mais dramático. Algumas das cenas com os filhos são carinhosas. Um gajo até se ri com a conversa de «a única regra é que tens que fazer o que te digo». O problema aqui é que o puto mais novo é super irritante.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

The Time Traveler's Wife

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Já pensei nisto. Acho estranho que nem toda a gente pense nisto. Encontrar o nosso eu mais novo. Dar-lhe uma dica. Um apoio. Dar aquele conselho, naquele ponto fulcral da vida, no ponto de viragem. Tentar melhorar tudo.
vai para a esquerda, em vez de ir para a direita
não vás para esse curso
fica em casa na última segunda de Janeiro
não bebas tanto na festa de ano novo, senão vais fazer figuras tristes em frente à miúda
Claro que há desvantagens. Se mudares, mudarás para melhor? Provavelmente não conseguirás mudar grande coisa. Quem acreditará em alguém que te diz que viaja no tempo?

Essa é a premissa do filme. Bana tem uma predisposição genética para viajar no tempo. Não o controla. Às vezes consegue minimizar o efeito, mas pouco mais. Não leva a roupa. Chega sempre nu aos sítios (tempos). Tem que fugir. Tem que correr. Tem que encontrar roupa. Raramente tem ajuda. Nunca sabe quanto tempo vai ficar. Nunca sabe para quando irá. Conhece Rachel. Ou melhor, ela encontra-o e diz que o conhece desde pequena. Bana viaja para um ponto num bosque, muitas e muitas vezes. É lá que se vai encontrando com Rachel. É lá que a programa, desde pequena, a amá-lo. Um excelente trabalho de prospecção, diga-se de passagem. Conheces uma miúda, vais para trás no tempo e convence-la que és o amor da sua vida. Podes ir ao futuro, ver se fica gorda ou assim. É infalível. Antes de te conhecer, já está apaixonada por ti. Muito pedófilo, mas vamos deixar essa passar.

Falando dos dois.
Bana já não me irrita. Desde que o vi mau da fita no Star Trek que curto o gajo. Já não o acho o panhonha de antes. Se alguma vez viajar para o passado e encontrar-me, vou avisar-me de tal facto, para não ser uma surpresa tão grande.
Rachel entra para o Top 10. Depois de muito pensar, decidi que está na hora. A miúda é por demais gira. Tem uns olhos gigantes. E aquele sorriso... aquele sorriso arrebata qualquer um. Não é de agora este pensamento. Entra a Rachel, sai a Anna Friel.

Apenas uma última referência para a realização, para a montagem, para as sequência. Não é fácil montar uma coisa destas. Não é fácil idealizar uma coisa destas. O homem salta dum lado para o outro, para trás e para a frente, numa aparente ordem desconexa. Saber onde está cada versão temporal o tempo todo, não é naaaaada fácil! Se pararmos para pensar, deve dar para encontrar uma data de incongruências. É uma história de amor com viagens no tempo. Para quê pensar?

quarta-feira, janeiro 27, 2010

A Bela e o Paparazzo

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É verdade. Fui ver este filme. Não só isso como, se pensarem bem, vi o filme antes de estrear. Não, não tenho uma cunha lá dentro que me arranjou o DVD. Fui mesmo à ante-estreia. Viv'ó luxo!! Sala lotada. Tive mesmo que ficar na frente. Ao que parece, a excitação era grande e foi tudo cedo.

Que se pode dizer? É o que se esperava.
Há muito que se sabem os problemas que há na 7.ª arte nacional. Apesar de tudo, deu para ir vendo evolução. E há mesmo uma coisa ou outra que não é má. Guiões fracos sempre houve. Isso não se pode fazer grande coisa. É preciso talento. Tem que existir só por si. O talento pode e deve ser trabalhado. Só não pode é ser inventado. As duas grande pechas que sempre indiquei eram o som e as falas. Aqui, o som não está nada mau. Já há meios para evitar ter que ver um filme dobrado, do princípio ao fim. Embora tenha notado duas ocasiões onde ainda acontece. Uma fez sentido. Cenas de exteriores, praia e tudo mais. Ok. Não tem problema. A segunda foi quando o Markl se dobrou a si próprio. O objectivo seria dar uma voz mais imponente, uma coisa mais de rádio, a uma frase marcante que tem. O Markl já tem voz de rádio! Para quê o ênfase?! Já as falas... como digo, há evolução. Há tentar fazer a coisa mais natural. Há asneiras, que existem com toda a gente, mas já não se tenta usá-las como artifício para uma pseudo-naturalidade. Os «fixes» não soam tão mal. E há coisas que se dizem já com alguma inteligência. Será das representações? Será da língua em si? Não sei. Já estou meio perdido.

Individualizando. A Soraia pareceu-me bem como diva das novelas, a aparecer nas capas das revistas, a andar nos copos com os artistas. Tem uma cena estranha que não sei se já tinha reparado, se terei bloqueado por tê-la visto nua. A mulher não abre completamente a boca. Abre os lábios, sim. Já os maxilares não se afastam muito. Assustador, pensando nalgumas situações específicas. O rapaz... a representação dele foi muito ioiô. Em mais do que uma cena: saía, voltava atrás, dizia uma fala final e saía, voltava atrás, saía e parecia que era desta!... voltava atrás. Muito exagero. Muito... demasiado. O mais curioso é que o tempo todo lembrava-me um panasca amigo meu. Era ele! Assim sendo, não posso de modo algum criticar a representação. Se me faz lembrar o tempo todo um amigo meu! Não sei se gostei do Virgílio. Por um lado acho que faz um papel reles. Por outro, até acredito que existam muitas pessoas assim. Será realista, apenas não para mim? Quem se safa é a Maria João Luís. Personagem forte feminino, o que não é muito comum. Sai-se com asneiras, sem ser brejeira. Safa-se bem com falas que não são para toda a gente. Safa falas que seriam reles ditas por outros. Gostei. O Markl... epá, no meio desta salganhada toda, o Markl safa-se bastante bem. Não teve assim tanta piada como a senhora atrás de mim pensava ter, mas foi engraçadito. Ele tem aquela voz. O nosso cérebro já está programado para achar aquela voz engraçada. Analisem friamente. Se apanharem um DVD com legendas, cortem-lhe o som. Vão ver que o que diz não é assim tão giro. A entoação é que faz maior parte do trabalho. E sim, gostei da história dos pinguins. Só tenho pena que tenha sido mal explicada.

O grande problema do filme, ignorando as deficiências usuais do cinema português (as que mencionei e as que já nem ligo), terá sido a passagem de tempo. Houve momentos em que deverá ter passado algum. Dias. Talvez mesmo umas semanas. Só que nós, como espectadores, não damos por isso. «Lembras-te de dançarmos na rua?» PUTO!! Isso foi ontem, c@r@lh0!!!! Claro que me lembro! Tenho cara de ter Parkinson?! Eu por acaso sou o Guy Pearce e faço tatuagens no corpo para me lembrar das coisas?!?! Isto complica o visionamento. Não tenho nada contra pessoas terem uma empatia tal, logo ao conhecer, que faz com que a coisa seja especial. Tenho um problema com «olho para ti e vejo verdade» numa relação com dois dias de vida, sendo que um terço desse tempo foi na cama e o outro foi à base de insultos idiotas.

É o que se esperava, meus amigos, não há nada a fazer.

Para finalizar, tenho a dizer que ver um filme onde a Soraia não aparece nua é um pouco contranatural e, que andar na rua descalço, é proibido por lei!

domingo, janeiro 24, 2010

Couples Retreat

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Este filme é um insulto, do princípio ao fim.
Tentam convencer as pessoas que é assim do nada, que quatro casais podem fazer férias paradisíacas, durante uma semana, só para tentar salvar um dos casais. Tentam convencer-me que são casais de há muito tempo, todos perfeitinhos, apesar de terem os seus problemas. O Vaughn tem mais oito anos que Akerman. O Bateman tem mais onze(!) que Bell. Tentam convencer-me que não arranjaram miúdas mais novas, de propósito, para as estrelas! Ninguém vai conseguir convencer-me que O Vaughn e o Favreau não fizeram este filme só para ter férias à borla na Polinésia Francesa, rodeados de miúdas e álcool e trinta por uma linha, ok?!

Já agora, alguém sabe duma maneira de EU fazer férias na Polinésia Francesa?

Big Fan

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Eeeeeepá!... Eu sou fã. Eu sou adepto. E sim, às vezes fico um bocadinho maluquinho com uns cavalheiros vestidos de vermelho. Mas estes gajos... este tipo de fãs... para estes tipos não há paciência. Eu até compreendo que, para este tipo de pessoas, que não têm mais nada a que se agarrar, para quem a vida poderá ser uma valente trampa, que se agarram de tal forma a uma equipa que não pensem em mais nada, que achem que é a coisa mais importante. Este tipo de atitudes já passam um bocado os limites.

O «grande fã» é adepto dos Giants. Louco pela estrela de equipa. Certa noite, encontra-o, furtuitamente. Segue-o até que ele e o amigo lá têm coragem para o abordar. Só que a estrela é uma diva, meio louca, ainda por cima. Dá-se um mal entendido, uma cena estúpida, e a estrela dá em espancar o fã. O homem vai parar ao hospital e poderá mesmo ter sérios problemas com lesões cerebrais. E, mesmo assim, não quer apresentar queixa!

Não há paciência.

sábado, janeiro 23, 2010

Brief Interviews with Hideous Men

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Ao início parecia um daqueles ensaios de putos acabados de sair da faculdade. Entre umas aulas de psicologia e sociologia, misturado com umas quantas relações que, estranhamente, não funcionaram, aparecem sempre uns palermas que pensam saber muito sobre mulheres e relações e a busca da felicidade. Depois passámos por uma fase em que pensei estar a ver algo escrito por uma mulher rancorosa, que deu-se com homens idiotas (redundante, eu sei) e que decidiu fazer algo a desmarcarar que todos os homens são uns filhos-da-p§€@. Uma realidade desconhecida por maior parte das mulheres... coitaditas. Ou não, não são coitadas. Têm esperança em nós. Ingénuas, talvez seja o adjectivo a usar. No final lá percebi porque vi o filme. Para além de ter uma data de actores (mais cómicos, sim) de que gosto, é realizado pelo Krasinski. E sim, acho muita piada ao rapaz. Não pelos filmes que começa a fazer, tanto representando como realizando, mas pelo Office americano. Queria ver o que tinha desencantado. Percebe-se então o seu discurso no final. Não tanto o conteúdo, mas porque o teve. Percebe-se o rol de cómicos a fazer algo «sério». Percebe-se aquele toque de primeiro projecto. Por muito talento que tenhas. Por muito que adores o projecto e que o queiras fazer especial. Cheira sempre a primeira coisa.

Ao longo do filme, vamos ouvindo relatos de homens. Está no título, não vou explicar essa parte.
Há discursos para todos os gostos. Nem todos são sobre sexo e/ou relacionamentos. Alguns irritam. Alguns fazem (até a mim) odiar os homens. Outros são uma seca. Gostei muito de um. É um discurso que um mulherengo dá sempre às mulheres, quando quer acabar com elas. É uma montagem, com várias mulheres, corte e cola. Ah, e isto ao som de Beach Boys, com Sloop John B (só instrumental)! O mulherengo aqui é interpretado pelo «romântico» Knox Overstreet:

«Sweetie, we need to talk. We've needed to for a while. I have. I mean, I feel like... Can you sit? Sweetie, my relationship record indicates a guy who's bad news. You see, I have a history, a pattern, so to speak of coming on very fast and hard in the beginning of a relationship, of saying "I love you" very early on. It's not as if how many of them is not an understandable question or concern, but if it's all right, it's just... [sigh] it's just not what I'm trying to talk to you about. So I want to hold off on things like names or numbers and just try to be honest with you about what my concerns are, 'cause I care about you a great deal. I'm not explaining this well. I'm not getting through. I'm really starting to freak out. And I know it's insecure, but it's very important to me that you believe that I have meant it absolutely every time I told you that I loved you, every time. And I know I should've told you some of all this about me sooner, before you moved all the way out here, which, believe me, meant so... it made me feel you really cared about this, especially because your moving out here was something I lobbied so hard for. School, your apartment, having to get rid of your cat, (Stitches) (Snookers) (Mr. Fluffy.) And I know... I know a better guy probably would've told you about this before we even slept together. And despite how incredibly magical and ecstatic and right it was... [frustrated groan] Can you imagine what it takes to tell you this, that I'm terrified, that it's even possible that the pattern of sending out mixed signals and pulling away is just another way of pulling away? Maybe deep down, I'm such a coward that I can't pull away myself, so I somehow force you into doing it. Those are valid, totally understandable questions, sweetie. There's just one more thing I feel like I have to tell you about first, though. God, I am terrified to tell you, but I'm gonna tell you. Can you do me a favor and sort of brace yourself and promise not to react for a few seconds after I tell you?
Can you promise?
Can you promise?
Can you promise?
...
Can you promise?»

A Serious Man

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Segundo o IMDb, a vida de Larry Gopnik foi pelo cano abaixo quando o irmão foi viver lá para casa. Dada a introdução no filme, até podemos dizer que sim. Acho a explicação demasiado complexa e direccionada. Larry Gopnik é um looser. Acontece-lhe tudo. A mulher mete-lhe os cornos. Os filhos são idiotas e não o respeitam. No trabalho fazem o que querem dele. Os vizinhos fazem o que querem no quintal dele. O homem passa por momento ridículo atrás de momento ridículo. Simples.

Pormenores engraçados. Aquele toque de humor à Cohen, se bem que aqui, muito mais negro. Não é suposto rir. Também não é suposto ficar sério, mas gargalhadas ou risos largos não surgem. Uma data de gente desconhecida, tirando o dito irmão lá em casa. vê-se bem, mas não é nada de extraordinário.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

The Rebound

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Este filme não é mau. É péssimo.
Houve ali um momento, quando se deu uma dose de falas que deviam ser extintas da história do cinema, em que pensei em parar e desistir. Faltava pouco. Havia esperanças dum retrocesso. Não. Piorou. Fizeram um final com uma montage! Sendo um erro só por si - toda a gente sabe que montages são a meio -, ainda teve o dom de ser especialmente patética. Era suposto dar uma ideia de tempo a passar. Pensei que tinham passado seis meses. Talvez um ano. Foram cinco! Ainda por cima...! Já não tenho paciência para este tipo de cenas. Onde tudo passa num instante. Cada um vai à sua vida. Faz-se tudo e mais alguma coisa. Tudo o que sempre se quis fazer. Fácil. Tudo ao som duma qualquer música pirosa. Já não tenho paciência para estes artifícios, lamento.

domingo, janeiro 17, 2010

Taking Chances

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Confesso que vim aqui parar por causa da Emmanuelle Chriqui. Mas também confesso que esperava bastante mais do Justin Long. E do Rob Corddry! Aliás, alguém consegue explicar-me porque é que o Corddry é o único gajo do Daily Show que NÃO se safa a fazer filmes ou séries?! O gajo só faz coisas reles. Coisas simples, que se percebe o intuito, mas nunca chegam exactamente lá. Eu até acho piada ao cavalheiro. Se bem que devia odiá-lo. Lembro-me perfeitamente dele a fazer uma reportagem sobre a equipa de futebol dos Estados Unidos, no Mundial '02, quando nos ganharam, com o Corddry aos berros, todo contente, com a camisa por cima da cabeça... Bastards!

domingo, janeiro 10, 2010

Whip It

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Filme realizado pela Drew Barrymore e interpretado pela Ellen Page. Aparentemente são muito amigas. Uma continua a tentar fazer filmes onde as mulheres têm papéis fortes e são independentes, mas continua só a fazer coisas ridículas, para se divertir. Não é uma crítica. Provavelmente faria o mesmo. A outra contina com aspecto de ter 15 anos, o que poderá ser um problema a longo prazo. Não é como se pudesse disfarçar, como o Jimmy Fallon, e meter uma barba, só para não parecer o totó do costume. A miúda já tem 22 aninhos. Não parece nada.

O filme valeu para algo bastante simples. Deu para perceber, finalmente, as regras desta bodega! Roller derby, de seu nome. Mulheres em patins, colãs, mini-saias e camisas apertadas. Nomes badalhocos. Às voltas e voltas. Meio à porrada. Ninguém sabe o que é aquilo. Ninguém sabe as regras. Ninguém quer saber as regras. Toda a gente já apanhou aquilo, uma ou outra vez, às tantas da manhã, regra geral, dobrado em alemão. Toda a gente perdeu tempo e ficou a ver, sem nunca perceber o que se passava. Eu agora já sei. Já sou detentor da verdade. Sou uma pessoa diferente. Agora é perceber as regras todas as regras do curling e acho que conseguirei ascender a nível superior.

sábado, janeiro 09, 2010

Bonnie and Clyde

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Três motivos para ver este filme.
1 - é um clássico
2 - para continuar na senda de histórias românticas
3 - uma homenagem a Beatty, que devia ter uma estátua em algum lado, e não era da cara (houve umas notícias sobre Beatty esta semana, vão pesquisar!)

Tinha visto bocadinhos, claro. Aqui e ali. Vontade de ver no TCM, a altas horas da madrugada. Mas nunca tinha visto do princípio ao fim, como é com maior parte dos clássicos. Curiosamente, só tinha visto filmes com Faye Dunaway bastante mais velha. Vê-la como Bonnie... ui!
De registar o final. Um mote das décadas de 60 e 70. Se é para acabar, vamos lá acabar em grande. A cena final é duma violência! Que dizer, ao longo do filme vamos ter tiroteios bastante grandes, brutos, secos. Mas o final... o final é um exagero. E pior que isso, aparece sem aviso nenhum.

P.S. I Love You

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Oh, que mer#@! Dez minutos dentro da história e morre-me o Butler. Aqui não badocho, com sotaque irlandês, mas muito fraquinho. Fico pendurado com a «karate kid», mulher que não me faz acreditar que conseguiria encantar um homem ao ponto de saltar o «lago» para estar com ela; o Spike!; o mau feitio de Gershon e Kudrow; um Harry Connick Jr. igual a si mesmo, mas curiosamente não tão engraçado como de costume; e o Comedian, a representar finalmente um papel onde não morre, por muito que seja pequeno E embora tenha perfeita noção de que terá feito o casting para o papel de Butler. Será que já é de propósito? Se que já só tenta papéis de personagens que morrem?

Butler é o homem perfeito. Dedicado. Apaixonado. Irlandês. Músico. Bonzão. Tudo e um par de botas (no pun intended). Só que morre. E como tal, Swank precisa de instruções para seguir em frente. Que é o que Butler faz, com umas cartas do além.

PS - A Hillary Swank não interessa ao dIABO!

domingo, janeiro 03, 2010

Elf

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Sim, vi um filme de Natal. E então? Não, não é tarde para o fazer! Olha Espanha. Mesmo aqui ao lado. Ainda não abriram as prendas, sequer. E aposto que maior parte das pessoas ainda tem as árvores de Natal montadas. Aposto que ainda há pessoal que não teve oportunidade de entregar prendas. Haverá muita gente que ainda tem que passar pelo processo de trocar coisas. Deve haver mesmo um ou outro que terá prendas ainda por desembrulhar. Isso e o Natal é quando um homem quiser. Eu, por mim, fazia aguentar este mais um tempinho. Dias e dias em casa, no quentinho. Comer bolos e doce e coisas que sabem tão bem como fazem mal. Eu quase não comi peru este ano!! Se dependesse de mim, ainda tinha mais umas semanas de época natalícia. Porque assim que as luzes, as árvores e os enfeites forem à vida, então é só inverno. Frio. Chuva. Escuro durante não sei quanto tempo...

Julgava ser uma pessoa de princípios. Em 2003 ou 2004 ou lá quando este Elf chegou a Portugal, recusei-me a vê-lo. O Will Ferrell?! Não há paciência para o Will Ferrell!! Curiosamente, na altura, Will ainda não era muito conhecido cá. Gozava de sucesso nos Estados Unidos, mas cá... cá, a «elite» tentava perceber o porquê do fenómeno. Lembro-me que nesse ano houve dois filmes com o Will. Este Elf e um outro qualquer. Lembro-me que achei ridículo que o Elf estreasse nas salas portuguesas e o outro não. Se era para apresentar Will ao mercado português, não seria melhor começar com o outro? Qual seria o outro? Seria o Melinda and Melinda? É que acho que este do Woody Allen esteve muito pouco tempo, ou mesmo nenhum, nas salas portuguesas. Já o Elf teve o seu relativo sucesso. Sou tão elistista.
Não que Elf seja alguma coisa de especial. Deu para ver mais um filme de Favreau, antes de meter-se nas aventuras de playboys bêbados enfiados em armaduras. Deu para ver que Zooey já por aí andava. Deu para vê-la loira, o que foi um choque. Deu para vê-la a cantar, que será uma habilidade que ter-se-á perdido.
Faltam 10m ao filme. Algumas cenas ali pelo meio que justificam quase todo o final. É um filme de Natal. Não se lhes peço muito. Assim está bom.

PS - Por muito que me custe admitir, hoje em dia acho piada ao Ferrell. Não digam a ninguém. Por favor.

Black Irish

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O Michael Angarano faz-se. Tem sempre um ar de enjoado do piorio. Será complicado lidar com isso. Sempre com aquela cara de quem está prestes a chorar. Para alguns papéis, até que serve na perfeição. Nada como o estilo preferido americano de underdog. Vamos ver como o rapaz vai lidando com a carreira.

A Emily VanCamp é gira nas horas. Daquele giro incontornável. Muito betinha. Demasiado limplinha para o meu gosto. Mas gira!....

Completas com o Gleeson e a Melissa Leo, mais um puto que não se safa mal, e temos um belo elenco. Só que é deprimente com'ó raio, este filme. Acontece de tudo um pouco. Às tantas é demasiado drama. Incomoda, de ser tanto.

Rachel Getting Married

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Merecia a Anne Hathaway um Óscar por fazer de miúda irritante, centro das atenções, muito provavelmente dela mesma? É uma pergunta pertinente. Quão merecedor de um prémio é um actor ou actriz, se o papel representado é demasiado próximo da verdade?

O filme em si tem uns pormenores engraçados, muito à escola Dogme. Atenção que não sou grande fã do movimento, mas há umas coisas giras a tirar. Lembro-me de falar com um amigo, há cerca dum ano, quando o filme estreou, e este contava-me como tinha visto uns making of, como a banda sonora foi toda gravada no momento das cenas, como a Hathaway às tantas, no stress da cena em si, pediu para a banda calar-se, porque já estava farta de os ouvir. (Lá está, miúda irritante!) O casamento em si tem demasiadas coisas. Algumas engraçadas, mas muito em demasiado pouco tempo e espaço. Em todo o caso, a meia hora final é uma seca, não que seja muito diferente da antecedente hora e meia. Foi bom voltar a ver a Debra Winger.

Vicky Cristina Barcelona

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Não. Lamento. Para mim não faz muito sentido.
A Rebecca Hall... é que isto já não é de agora! Já foi assim no Prestige. Será uma cena com a Scarlett. Antes disso foi no Starter for 10. Sempre a ser passada ao lado por loiras. Ela é boa actriz. Muito boa. E, no entanto, o pessoal ignora-a, das duas últimas vezes pela Scarlett que, convenhamos, pode ser muito boa e muito sensual ou sexual ou o que seja mas... E aprender a representar? Pode ser? Fazer um papel diferente, só naquela? E a Penélope!... A Penélope ganhou um Óscar por fazer de mulher histérica, durante cerca de 15m, no total. Espanhola, entenda-se. Ainda pousou um bocado. Fingiu ser mais boa do que é. Deu uns beijinhos à Scarlett. Imagino que toda a gente tenha gostado dessa parte. Espera aí! Deixa-me só ir ver quem eram as outras nomeadas. Só um segundo.

...


Uuuuuuuui!!!
Ok, falta-me ainda ver a moça do Benjamin Button. Mas a Penélope não bate qualquer das interpretações do Doubt. E muito menos a Marisa Tomei. Não gostei do Wrestler, é um facto, mas a Marisa faz um melhor papel. Sem dúvida.

Últimas duas notas:
- Não é dos bons de Woody. Ele tem os bons e tem os assim-assim. Este é um dos assim-assim, um bocado a roçar o fundo do poço. Pareceu-me demasiado duas adolescentes americanas a passarem o Verão fora e a apaixonarem-se e perderam a virgindade e tudo mais. Yuk!
- O Bardem!... Ele aqui! Ui. Até eu quis ir para a cama com ele. Um personagem um bocado ridículo. É um artista que sofre, mas com mais dinheiro c'ó c@g@r! Pinta, música, poeta, vinhos, comida, é piloto... Estou húmido só de listar estas características.

sábado, janeiro 02, 2010

The Station Agent

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Descobri o filme há relativamente pouco tempo. Daqueles que aparecem, de tempos a tempos. Tem que se prestar atenção, senão passam por ti, sem dares por nada. Já não via um destes há algum tempo. Um daqueles de estar. De deixar ir. Não interessa se não sabes onde vais. Deixas-te ir. E no meio do especial que são personagens como os de Bobby Cannavale, Patricia Clarkson e Peter Dinklage, vês um filme bastante agradável sobre pessoas e como elas são especiais... mas apenas no cinema.

My One and Only

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Farta das «indiscrições» do marido, Renée Zellweger parte com os seus dois filhos pelo país fora, à procura duma marido que tome conta dela, e que seja um pai para os putos. Em termos de número, uma mais dois, nos 50s, metem-se na Route 66 à procura de um, que tome conta dos três, no meio de um sem número de paspalhos.

The Invention of Lying

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Ricky Gervais vive num mundo onde ninguém mente. Não há tangas. Não há ficção. Não há sequer omissões.

Esta última ainda foi a que mais me surpreendeu. Tudo bem que não mentes. Não tens essa capacidade. Mas tens que dizer toda a verdade que te passa pela cabeça?! Omitir também é mentir? Desde quando? Passas por um gajo na rua que cheira mal. Não lhe dizes que cheira bem. Ok. Tens que dizer-lhe que cheira mal? Nem que isso implique levar na tromba?

Ricky é gordo e totó. Sem capacidade de mentir, o homem é um perdedor nato. Até ao dia em que o cérebro queima ali um fusível qualquer e o homem dá uma peta. A partir daí é fácil. Ricky inventa uma espécie de catolicismo e tenta tudo por tudo para que a Jennifer Garner se apaixone por ele. Porquê? Ninguém sabe, nem dá para perceber sequer. Qualquer uma das coisas é absurda. Não sei qual será pior. Sinceramente, acho que há coisas melhores para fazer com o maravilhoso dom de mentir.